Textos de Promessa
PROMESSA
Palavras precisam de respeito,
quando ditas, cumpridas!
Esperança se cria pelas palavras e sonhos.
Quando não cumpridas cria falsas razões para viver.
Criei expectativa pelas suas palavras,
acreditei no sonho impossível,
sonhei com a esperança acesa dentro de mim,
senti as raízes da promessa no findar das minhas veias.
Foi quando percebi a vasta tristeza,
no âmago da minha alma,
sonhei, esperei e chorei
enfim, acordei.
Foi quando despertei para a vida
que pude perceber que já não tinha mais você,
cai na real situação da falsa ilusão que vivia,
encontrei a paz em mim,
sou feliz assim,
e entendi a essência do que é uma promessa de verdade.
E prometi a mim mesma,
nunca mais sofrer por ilusões.
Prometi a mim mesma
acreditar na minha realidade
e mostrar que as escolhas
são os resultados do que acreditamos.
Aceitação
Minha vida doer-me-á sem a prantear!
A esperança na promessa é infinda,
E que a ninguém, jamais chegou, ainda,
Fez-me aceitar meu pranto, sem o soluçar!
Minha sina aceita-la-ei sem me angustiar!
A tristeza serena com a alegria linda
Na dança dos passos é sempre bem-vinda
A que sai de mansinho sem se lastimar!
Minha paz aceitar-me-ei, é o meu Eterno Fim…
Vaidoso é o pensamento delirante, que me diz:
" é porque nunca amaste que és um infeliz..."
... Felicidade... Dir-me-ás quem já amou,
Ou é vaidade pura, que minha mente aceitou
Em dissimular a dor, que está dentro de mim??!!
A paz... essa promessa que, silenciosa, se esconde no amor que carregamos por aqueles que partiram. Às vezes me pergunto se a mereço, se um dia poderei repousar nos braços da tranquilidade. Mas sei, em cada batida do meu coração, que a paz vive no amor que permanece. Ela se esparrama nas lembranças, nos sorrisos que compartilhamos e na saudade que agora me envolve como um abraço distante.
Talvez a paz não seja um fim, mas um caminho. Um caminho que percorremos com a certeza de que, ao final dessa jornada terrena, o reencontro nos espera. Como uma brisa suave, ela toca nossas almas, prometendo que nada foi em vão. Que todo amor vivido é eterno. E que, após uma longa viagem, aqueles que amamos estarão lá, à nossa espera, como o pôr do sol que se esconde apenas para ressurgir, mais belo, no amanhecer.
E assim, sigo... Sigo com a certeza de que a paz não é apenas para quem se foi, mas para quem ficou, carregando no peito um amor que jamais se apaga.
São Luís, oh, São Luís, cidade de paixão,
Em cada rua, em cada canção,
Vejo a promessa de um novo amanhecer,
E sei que, um dia, irei te reaver.
Oh, São Luís, pérola do Maranhão,
Tua beleza é como uma canção.
Teus casarões, tua cultura, teu povo,
Em meu coração, teu amor renovo.
Parto agora, mas com uma promessa,
De retornar à tua beleza sem cessar.
São Luís, oh, São Luís, cidade querida,
Em minha vida, serás sempre uma linda partida.
São Luís, oh, São Luís, cidade de encanto,
Tua beleza é um doce canto.
Prometo retornar, São Luís, minha querida,
Para celebrar a vida, nesta terra tão linda.
Ah, viver bem nas grandes cidades, esse eterno paradoxo que nos seduz com a promessa de felicidade embalada em concreto e Wi-Fi grátis. Afinal, quem não deseja mergulhar de cabeça na corrida dos ratos, essa nobre disputa por um pedaço de queijo gourmetizado no fim do labirinto urbano?
Eis o cenário perfeito: acordar antes mesmo do sol ter a decência de aparecer, engatar uma maratona diária que mistura trabalho, compromissos sociais em lugares "instagramáveis" e, claro, a sagrada prática de documentar cada segundo dessa frenética existência para que todos saibam que sim, você está vencendo na vida.
Mas, por favor, não se iluda pensando que está no controle. Não, você está apenas seguindo a manada, trocando seus sonhos por pontos de fidelidade no cartão de crédito e likes nas redes sociais. A grande ironia é que, no fundo, todos correm em círculos, com medo de olhar para o centro do labirinto e encontrar o vazio que tentam desesperadamente preencher com barulho, movimento e, claro, um sem-número de coquetéis artesanais.
Viver bem, nesse contexto, é uma arte perdida, substituída pela habilidade de ostentar um verniz de sucesso enquanto se navega no caos urbano. Esqueça a busca por significado ou conexões genuínas; o novo nirvana é ter um perfil invejável no LinkedIn e uma agenda tão cheia que mal sobra tempo para respirar.
Ah, e não esqueçamos a corrida dos ratos, essa metáfora adorável para a nossa existência. Porque, no fim das contas, o que realmente importa é quem consegue correr mais rápido nessa esteira que nos leva a lugar nenhum, certo? Afinal, nada diz "eu venci na vida" como ser o rato mais rápido, o primeiro a alcançar o queijo — mesmo que, ao chegar lá, você perceba que o queijo é, na verdade, apenas uma miragem no deserto da modernidade.
Então, por que não abraçar essa loucura? Seja o rato mais elegante da corrida, corra com estilo, mesmo que no fundo todos saibamos que não há saída do labirinto. Afinal, como diria o filósofo cínico que mora em cada um de nós: melhor correr na esteira da ilusão do que admitir que, talvez, não saibamos mais o que significa viver bem de verdade.
Hoje sou outono,
quarenta e oito vezes.
Há em mim o peso das folhas,
mas também a promessa das raízes
que nunca deixaram de se agarrar à terra.
Não conto os anos,
conto os abraços,
as vozes dos amigos que resistem
como rochedos ao vento.
A família,
são os rios onde mergulho o coração,
sempre frescos, sempre certos,
a correr pela alma
como um alívio antigo.
Olho o horizonte e há luz,
mesmo que o inverno venha,
há calor guardado nas mãos,
como sementes que esperam a hora certa.
Sigo em frente, confiante,
porque cada estação traz consigo
a promessa de um recomeço.
Agradeço a todos que se lembram de mim
neste dia simples,
e aos que partiram,
carrego-os comigo,
como sombras que dançam ao sol,
um eco de memórias que nunca se apaga.
RODEAR
Era uma vez um mundo onde muitas relações eram vazias. Lá, o amor era promessa, que escapava entre os dias.
Ele falava com gestos discretos e sorriso envergonhado. Por trás daqueles olhos verdes, um novo universo me era revelado.
Há quem diga que se apaixonar à primeira vista é mito Mas naquela situação, meu coração já estava encantado e perdido.
Declarava ideias como se desenhasse o que eu imaginava viver. Cada riso expontâneo era o que eu buscava, mesmo sem saber.
Quem diria que, no vazio daquele dia eu me embebedaria de bons pensamentos. Alguém leve, tímido e lindo despertou meus sentimentos.
Sangue e Resiliência
Quebrei uma promessa no alvorecer,
Confiei em quem não devia conhecer.
Me joguei nos braços do primeiro que veio,
E o meu coração, firme, caiu no vazio.
Abalou-se o chão, o mundo desmoronou,
Para um lugar estranho o destino me levou.
Um lugar que nunca mais pisei desde então,
Mas que ainda vive em mim, como uma canção.
Parei de ter esperanças, foi cedo demais,
Parei de adivinhar, aceitei a paz.
A paz que não era paz, mas sim resignação,
E assim as coisas seguiram, sem direção.
E você vê nos olhares que cruzam o seu,
Sente no tratamento, no jeito que é "adeu".
Sempre o último a saber, o primeiro a partir,
Carregando nos ombros o peso do existir.
E quando o céu começa a desabar,
A culpa, desde o início, é sua a carregar.
Te acordam com febre, às cinco da manhã,
E o anjo da guarda já não te faz companhia, não.
Deixe que passem por cima, ria da dor,
Deixe o sangue escorrer, sem rancor.
Eles estão certos, você está errado,
Mas no seu peito, um fogo está guardado.
Porque o sangue que escorre não é só dor,
É a força que nasce, é o grito de amor.
É a vida que insiste, mesmo em desespero,
É o verso que nasce do fundo do seu ser.
Então ria dos golpes, mas não se perca,
Porque a dor é passageira, mas a alma é vasta.
E um dia, quem sabe, você vai olhar pra trás,
E ver que o sangue que escorreu foi o chão que você pisou pra andar.
Promessa ao Futuro Amor.
À sombra do ontem, sob a luz do agora,
Escrevo-te, enquanto o coração ancora.
Por amores que vieram, paixões que partiram,
Peço que não temas as marcas que exibo.
Cada queda, cada voo, traçou meu caminho,
Forjou-me inteiro para estar em teu ninho.
Se ecos do passado em mim ainda ecoam,
Foram eles que aos teus braços me trouxeram à toa.
Perdoa-me, amor, se em sombras me vês,
Mas foi nelas que aprendi a te amar de vez.
Pois o que sou é feito de erros e acertos,
E é só por isso que em ti me completo.
Não me olhes como mapa de perdas e dores,
Mas como jardim, florido de amores.
Se hoje te guardo, se hoje te espero,
É porque só em ti, enfim, me entrego.
Meu futuro amor, sem as rotas passadas,
Talvez não soubesse as trilhas exatas.
Mas se o destino nos faz convergir,
Cada passo foi feito para em ti existir.
Promessa Inquebrável
Sob o céu tingido em fogo,
Vi teus olhos a brilhar,
Tuas juras de amor eterno,
Um adeus sem desvendar.
A guerra da tua mente,
Em teu amor por mim,
Tentou apagar memórias,
Mas você sabe que o nosso amor não tem fim.
O tempo riu da minha espera,
Sussurrou que foste em vão,
Mas meu peito, em chama eterna,
Recusou tal traição.
Outonos viram meus cabelos
Se tingirem de neblina,
Mas meu amor seguiu intacto,
Como a lua, que ilumina.
Então veio a última carta,
Um diário esquecido e frio,
Teus versos presos no passado,
Como um barco à deriva no rio.
"Se o destino nos roubou,
Que a morte nos faça inteiros,
Pois te espero além do tempo,
Onde os dias são primeiros."
E ao cair da última folha,
Senti tua mão na minha,
Nosso amor é verdadeiro,
E você sabe que ele viverá para a eternidade.
Eu já não acredito mais
Eu já não acredito mais,
Na promessa de eternos dias,
Nas palavras lançadas ao vento,
Nos sussurros que a noite desfia.
A esperança me deixou à deriva,
Às margens da profunda solidão,
Sorvendo a dor em um cálice amargo,
Onde antes brindava-se paixão.
Teu corpo é feixe de luz no crepúsculo,
Sedução que desfila sem pudor,
Um poema divino, irradiando esplendor,
Mas é miragem que o coração já não quer decor.
Teu sorriso, armadilha luminosa,
Prende, inebria e, cruel, entontece,
É a arte mais pura da sedução,
Mas é pintura que a alma já não conhece.
De fascinação se vestia o amor,
Em teus braços um falso abrigo,
Deixaste-me só, no limiar da dor,
Entre versos, me perco e comigo sigo.
Porque já não acredito mais,
Nas juras evaporadas ao amanhecer,
No amor que se faz de paz,
Mas é apenas poesia que não se pode viver.
Sera, o mistério que nos envolve,
O amanhã incerto, que o presente resolve.
É a promessa no horizonte distante,
O sonho que nos guia, a cada instante.
Sera, o sussurro do vento na noite,
A esperança que brilha, mesmo sem açoite.
É a chance renovada a cada alvorecer,
Oportunidade de crescer, de florescer.
Sera, o enigma que buscamos decifrar,
A incógnita que nos faz questionar.
É o destino que tecemos a cada escolha,
O caminho que trilhamos com coragem e escolha.
Então, que o sera seja nosso impulso,
Nosso motivador, nosso compromisso.
Para vivermos cada momento com intensidade,
Sabendo que o futuro é nossa oportunidade.
É primavera no meu coração
há uma promessa gravada no tempo,
uma esperança que insiste
em florescer no mais árido campo.
Sob o manto gelado da estação,
onde a melancolia se esconde,
há uma semente em germinação,
aguardando o instante que responde.
A primavera surgirá esfuziante,
como um abraço de luz e calor,
despertando a vida vibrante,
espalhando sua beleza e cor.
Cada flor, um sussurro de alegria,
cada raio de sol, uma carícia suave,
pintando o céu com a magia
que só o renascer sabe.
O inverno pode parecer eterno,
mas a primavera sempre vem,
trazendo consigo o terno
renovar do ciclo, o amor que contém.
Então, mesmo na mais sombria hora,
lembre-se do brilho que virá,
pois a primavera
em cada coração que a esperará.
Eu te encontrei,
e havia no ar uma promessa,
um calor no vazio que antes habitava,
um sonho de alma entrelaçada.
Eu via potencial nos teus olhos,
um futuro que brilhava distante,
mas os dias passaram,
e o brilho virou silêncio,
um peso que carreguei sozinha.
Teus passos pararam,
frente à tela que não dizia nada.
A casa quieta, sem vida,
o diálogo, ausente,
os sonhos, adormecidos.
Eu, que buscava fogueiras,
ganhei cinzas.
Eu, que via beleza na natureza,
encontrei desordem.
Eu, que ansiava por almas,
encontrei um corpo cansado.
E então veio a fúria,
não tua, mas da dor que te moldou,
e a ferida que carrego agora
fala mais de nós do que qualquer palavra.
Ainda assim, desejo teu bem,
mesmo quando o meu coração
não sabe mais o que sente.
Porque amar também é aprender a partir,
é respeitar o que não pode ser.
Hoje, olho para dentro,
procuro as respostas nas minhas raízes,
porque sei que mereço mais
do que apenas existir ao lado de alguém.
Mereço ser fogo,
mereço ser vida.
De ti, levo o aprendizado,
um desejo manso de que encontres o teu caminho,
mesmo que ele não cruze mais o meu.
Ele partiu com sonhos na mala,
um adeus abafado, a promessa no ar.
Foi buscar o futuro em terras distantes,
e no caminho, deixou de amar.
Tinha o mundo na palma da mão,
dinheiro no bolso, coragem no peito.
Mas trancou a faculdade, perdeu a razão,
e hoje só carrega um vazio desfeito.
Os livros fecharam, os planos fugiram,
as aulas ficaram no pó do passado.
O futuro, outrora tão claro, escureceu,
e o amor que deixou, ficou apagado.
Ela esperou, com olhos cansados,
contando os dias que não voltariam.
Mas ele, perdido, nos ventos soprados,
desfez os laços que os uniam.
Agora, com tudo, ele nada tem.
O brilho do ouro não aquece a alma.
A riqueza preenche, mas não detém,
a dor do silêncio que nunca se acalma.
Ele queria o mundo, mas perdeu o chão.
Tropeçou em escolhas, esqueceu-se do “nós”.
Hoje, ouve distante a melodia do amor,
uma música que já não tem voz.
A esperança é uma febre que não queima, mas arde em silêncio, uma promessa que nunca foi feita, mas que insistimos em acreditar. É como deitar em um gramado úmido ao entardecer, sentir a terra fria contra as costas e a brisa carregando um cheiro de coisas esquecidas — da infância, talvez, ou de um sonho que nunca aconteceu.
E nesse momento, enquanto o vento invade os pulmões como se quisesse torná-los eternos, você percebe que a paz não é uma conquista, mas uma entrega. É um instante roubado do caos, um suspiro entre a tempestade.
As palavras para descrevê-la, se é que existem, são frágeis como fios de teia ao sol. Elas não dizem, mas insinuam. Porque a paz, quando vem, não se explica: apenas invade. Talvez seja isso que Clarice quis dizer tantas vezes — que há um mundo dentro de nós, maior do que qualquer compreensão. E nesse mundo, a esperança floresce como uma erva daninha teimosa, rachando até o concreto da nossa dureza.
O Limiar
No limiar, a eternidade espreita,
não como promessa, mas como ameaça.
Entre o passo seguro e o salto no abismo,
o homem hesita, petrificado
pela vertigem do possível.
Afundar na mediocridade é fácil:
um declive suave,
onde cada escolha não feita
é um alívio que pesa mais que o risco.
Ali, a eternidade morre devagar,
como uma vela esquecida na escuridão.
Mas o abismo – ah, o abismo! –
clama com sua garganta infinita,
oferecendo a vertente do desconhecido,
um eco que promete não respostas,
mas expansão.
É nele que a eternidade vive,
não como certeza,
mas como um desejo sem fim.
No limiar, somos tudo e nada,
um suspiro preso na garganta do universo,
um instante que decide se a alma
se desintegra na poeira do comum
ou se arde no fogo insaciável do eterno.
E então, ao olhar para trás,
quem ousou saltar verá não o chão,
mas o infinito que o acolheu.
Quem recuou, verá não o conforto,
mas as grades de sua própria fuga.
No limiar, a escolha é simples,
mas o peso é eterno:
morrer na margem
ou viver na queda.
*”Quando o Ano Nasce em Nós”*
Chega mais um ano, trazendo com ele a promessa de novos dias…
Mas a verdade é que o tempo não espera e a vida continua a correr, impiedosa, enquanto ainda guardamos palavras não ditas e sonhos adiados…
Pense nas mãos que você não segurou, pense nos abraços que deixou para depois, pense nas desculpas que o orgulho calou…
Quantas dessas oportunidades e escolhas já se foram ?
Escolher amar, mesmo que assuste…
Escolher viver, porque a vida não nos dá garantias, só chances…
Se você ainda tem tempo, então você ainda tem tudo…
Que 2025 não seja só um ano novo no calendário, mas um novo ano dentro de você…
Que seja o ano em que você finalmente entenda: cada instante importa….
E enquanto você respira, ainda há vida…
Feliz 2025 !! 🍾🎉🎊
O Amor que Não Vingou
Havia uma promessa em cada gesto,
uma semente de eternidade
plantada na distração dos dias.
Uma certeza muda,
que murmurava “será”,
e, no peito, o eco respondia “quem sabe”.
Ele veio como um presságio de primavera,
mas trazia no olhar
um rastro de outono.
Eu, cega de esperança,
pendurei flores no varal da alma,
esperando que secassem ao sol
e se transformassem em pétalas eternas.
Mas cada pétala escorregou por entre os dedos,
como se o amor fosse
uma água impossível de segurar.
O que restou?
Rascunhos de promessas
e o silêncio,
que nunca pediu perdão.
Tentei resgatar o brilho
que imaginei ter visto,
mas era um brilho que existia
mais em mim do que no outro.
Então descobri que a decepção
nasce das sementes que regamos
com sonhos maiores que a realidade.
Fiquei diante do vazio.
Percebi que o vazio
também é espaço
para a gente se preencher do que é nosso.
Aos poucos, entendi que esse amor
não cabia nas mãos,
e talvez não coubesse em nenhum outro lugar.
No fim, sobrou a lembrança
de um quase,
e, no entanto,
ela se deitou em mim
como uma certeza daquilo
que não foi.
Aprendi que, às vezes,
o que não se cumpre
deixa em nós uma força adormecida
— que um dia acorda renovada, feita do que realmente é.
Ariana Manzoni
