Textos de Luto

Cerca de 1555 textos de Luto

⁠Conversar no amanhecer e descobrir você.

Todas as palavras que você diz envia calor e agitação por todo o meu corpo.
Cada foto que você posta é uma nova inspiração para um artista, e cada abraço distante que você da monta uma barreira de vidro e flores de quem você fingia ser.
E eu não consigo parar.
O nome que esta escrito em cima de você não significa nada.
O que todas essas pessoas pensavam de você?
O que você era para nós? o que nós achamos que você era?
Essa é você de verdade agora?
Vulnerável e exposto?
E eu não consigo parar.

Inserida por _misandiego

⁠Borboleta
(Poema de Bruna Wotkosky)

Eu era como uma borboleta recém-saída do casulo,
mas sem forças próprias.
E sem forças, o sangue não corre pelas asas,
e as asas não têm poder para voar.

Eu caminhava errante,
presa ao chão que não era o meu lugar.
Mas em algum momento, o Senhor me levou de volta ao casulo.
E lá, precisei lutar para sair outra vez.

Foi um esforço imenso.
Mas essa luta renovou o fluxo da vida em minhas asas,
e me deu força para voar.

Hoje, ainda lembro do tempo em que andava mais abaixo.
Mas ao lembrar, vejo também a força que precisei para renascer.
E agora, conheço a beleza de voar.

Inserida por Brunawotkosky

⁠Muitas pessoas que projetaram suas vidas
Hoje estão no caixão.
Vários sonhadores à deriva,
Prejudicados pela vida, morreram em vão.

Projetar sua vida é um desperdício,
O coração perdido em meio à ilusão.
No vício, com carência, à beira do precipício,
Querendo vencer, mas esperando alguém segurar sua mão.

Inserida por Ivor


Por que tinha que ser comigo?
O que eu perdi? Perdi o chão... perdi a vida... perdi a emoção. Perdi a essência de viver. A alegria no sorriso já não é a mesma, meu filho se foi e junto dele, os sonhos que nunca serão vividos.
Perdi os ensinamentos que jamais poderei te dar, perdi o tempo que nunca mais poderei recuperar. Perdi a noção de você... e agora, não consigo me encontrar em nenhum outro lugar.
Onde foi que eu te perdi? Por que foi que eu te perdi? Qual é o sentido de tudo isso?
Por quê? Por quê?
Por que me deram tanto para depois me tirarem tudo? Por que tinha que ser comigo? Por que o vazio é tão grande? Por que não tive uma chance?
Por quê?
Dizem que o tempo cura, que a dor ameniza, mas ninguém entende que certas perdas não são superadas, apenas carregadas. O amor que sinto por você não desaparece, ele grita dentro de mim, atravessa os dias, sufoca as noites.
Eu tento seguir, mas há dias em que tudo o que eu queria era te encontrar. Te ter, ao menos por um instante. Sentir seu cheiro, ouvir sua voz, tocar suas mãos. Mas tudo o que me resta são perguntas sem respostas... e um amor que jamais terá fim.
Você se foi... e levou uma parte de mim.

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Inserida por luna_angelita

⁠A morte.
A morte é uma história,
a morte é uma lenda.
A morte é uma passagem,
a morte é um fato.
Uma história que causa medo,
do outro, pavor.
Cada um tem um pensamento,
um comportamento, e a lenda já não assusta mais.
Não tanto. É uma passagem do tempo finito para o infinito.
É o momento em que se volta para o Sono Eterno, do antes do nascer.
É um fato: basta nascer para morrer.
Nunca ninguém viveu na hora do fato para dizer: eu vi a morte passar.

Inserida por luna_angelita

Volta, tempo

Volta, tempo, você não me esperou,
E eu fiquei para trás.
O tempo se foi,
E eu ainda estou aqui.

Mas tempo, volta aqui… ou não…
Então, ao menos, tenha a decência
De me devolver
O que, com o tempo, eu perdi.

Tempo… você levou
O que havia de mais importante em mim.
Levou ela,
E eu fiquei sozinha aqui.

Entre o passado e o presente,
Eu tento encontrar,
Mas o que mais me assola
É o futuro…
Porque sei que lá, ela não está.

De quem é a culpa?
Dela?
Ou do tempo,
Que se perdeu de mim
E sumiu com ela?

Agora, no vago do meu ser,
Em meio ao meu tempo,
Eu busco o pouco que há em mim dela.
Dela, só resta o passado.
Nem o presente eu tenho mais.
E a culpa…
A culpa é do tempo,
Que me levou
E deixou ela para trás.

Ela…
A razão do meu espaço-tempo.
Quem é ela?
A melodia e a canção
Que tocava na minha pequena
E antiga passarela.

Traz de volta ela, tempo…
Porque sem ela,
O passado vira lembrança,
O presente vira luto,
E o futuro…
Não se encontra.

⁠não é solidão.
é invasão consentida.
um tipo de presença que não pede licença
porque sabe que ainda tem a cópia da chave.



o lado esquerdo da cama cede.
não por hábito.
mas por teimosia do lençol.
o corpo ausente continua exigindo espaço ~
e eu cedo.



a toalha continua úmida.
não sei se é da última vez
ou de alguma memória que escorreu
quando eu não estava olhando.



o som do gelo ainda cai no copo.
como se tivesse a quem servir.
mas ninguém brinda comigo.
nem o silêncio.



a morte não te levou.
ela só desfez o contrato.
ficou com o nome,
com os papéis,
com a parte que convence os outros
de que você se foi.

mas o resto ficou.
os ruídos leves no corredor.
o perfume que reaparece ~ sem explicação.

essa mania absurda de eu ainda saber
o ritmo da sua respiração
mesmo sem você.



ninguém me disse que o luto fala baixo.
que ele deita do meu lado
e às vezes respira junto.

que eu ainda viraria de lado à noite
esperando um corpo
que aprendeu a não chegar.



não sei se sinto falta
ou se me converti naquilo que faltava.
na forma da ausência,
no vulto do costume,
no intervalo entre a porta abrindo
e ninguém entrando.



não sei mais se sinto falta.
ou se já sou feita só disso.
da tua falta com forma.
com corpo.
com tempo marcado.
com trilha sonora que insiste
em tocar quando não devia.



isso não é saudade.
é ocupação indevida.
com senha do wi-fi.
com chave da porta.
com espaço no armário.

uma ausência que não partiu.
só se instalou.
e tem me mantido acordada
no mesmo ponto
em que você deixou de me amar.

como se esse ponto fosse
casa.
fim.
ou castigo.

Juliana Umbelino • O Luto Sou Eu

#Luto #Poesia #LiteraturaBrasileira #Relacionamentos #Leitura

Inserida por Umamineira

⁠não houve justiça. nem perdão. só o costume de esquecer.

a professora faltou hoje.
mas ninguém perguntou por quê.
disseram que ela "estava estranha" há dias —
como se tristeza usasse crachá.

a vizinha do oitavo foi despejada.
levou um gato.
deixou uma planta na portaria.
ninguém subiu com ela.
ninguém ligou depois.

um amigo meu não responde mais.
não porque sumiu.
mas porque cansou de tentar explicar
por que dói mais quando dizem que você precisa seguir em frente
como se a frente existisse
pra quem ficou soterrado por dentro.

falam muito em cura.
mas quase sempre é cobrança disfarçada.

falam muito em perdão.
mas quase sempre é silêncio em cima da dor alheia
pra não estragar a estética do discurso.

ninguém quer saber o que te quebrou.
só querem que você pareça inteiro.

a mulher que denunciou
foi lembrada como “intensa demais”.

o homem que chorou
foi tachado de instável.

a criança que travou
foi chamada de birrenta.

não existe justiça
quando o critério é o incômodo que você causa.
nem perdão
quando o outro não acha que errou.

e ainda assim,
o mundo continua a se cumprimentar nas calçadas.
a desejar bom-dia
com a voz pastosa de quem não quer escutar resposta.

não houve reconciliação.
houve esquecimento.
que é o nome elegante do abandono.

a justiça virou post.
o perdão, estética.

ninguém quer reparar.
só remendar o que aparece.

e se você insiste em lembrar,
te chamam de ressentida.
te pedem leveza,
mas nunca te devolvem o que te tiraram.

ninguém paga.
ninguém volta.
ninguém segura a mão da criança que você era
quando a dor começou.

perdoar virou roteiro.
mas ninguém ensina a segurar o corpo
quando ele treme só de ouvir o nome.

a justiça falha.
mas o que mais dói
é ver quem sempre se calou
sendo cobrado por não reagir bonito.

a verdade é que a maioria não quer justiça.
quer tranquilidade.

e o perdão?
só serve se vier com laço e silêncio.

hoje,
eu vi alguém chorar no vagão do metrô.
ninguém olhou.
ninguém estendeu palavra.
mas todos pensaram:
“tomara que fique bem.”

como se torcer fosse gesto suficiente.

não houve justiça.
não houve pedido.
não houve volta.

mas houve alguém que entendeu
que continuar,
mesmo sem reparo,
tambem é um tipo de resistência.
e isso, aqui,
é o mais próximo que a gente tem do perdão.

Inserida por Umamineira

⁠sem justiça, sem perdão — só protocolo

ninguém é salvo.
alguns só têm boa assessoria.

há quem confunda resposta com redenção.
mas o que é dito publicamente
raramente se parece com o que sangra no privado.

o mundo aprendeu a pedir desculpas
como quem emite um recibo:
com data, com cálculo, com linguagem neutra.

desculpa hoje vem com asterisco.
com planejamento de imagem.
com legenda que diz “aprendi muito”
sem dizer o quê.

ninguém quer ser perdoado.
só esquecido.

e rápido.

a justiça também virou performance.
é lenta onde devia ser urgente.
é veloz onde devia ter escuta.

e se você gritar,
vão dizer que perdeu a razão.
se ficar em silêncio,
vão chamar de consentimento.

não há saída fácil
quando quem escreve as regras
também decide quem merece exceção.

no filme,
a ilha prometia liberdade.
e entregava anestesia.

a dor era arquivada.
os traumas, redesenhados.
o passado, editado para caber numa narrativa rentável.

não é ficção.
é estrutura.

é o feed onde tudo parece harmonia,
mas ninguém pergunta quem limpou o chão depois da festa.

o mundo não quer justiça.
quer justificativa.

e isso — isso é o mais desolador.

perdão, aqui,
não nasce de consciência.
nasce de conveniência.

e a paz?
ela existe —
mas só pra quem pode pagar pela versão limpa da própria história.

quem sobrevive,
sabe:
não há reconciliação onde o poder segue intacto.

há só o silêncio de quem entendeu tarde demais
que perdoar também virou moeda.

e que a justiça, hoje,
é só uma sala com espelhos.
e ninguém mais reflete.

Juliana Umbelino

Inserida por Umamineira

⁠I. a parte em que ninguém percebe

há dias em que o mundo continua ~
mas eu não.

eu me arrasto dentro da roupa.
cumpro compromissos como quem finge
ainda habitar o próprio nome.
me sento onde sempre me sentei,
mas algo em mim não chega.

o corpo levanta,
mas não comparece.



há horários que evito.
nomes que pulo.
itens na gaveta que não toco há meses.

não é superstição.
é autodefesa.

ninguém entende.
porque continuo funcionando.
mas já não pertenço à máquina.



II. a parte que só eu escuto

há um som que só eu ouço.
não é voz,
não é memória,
não é aviso.

é uma frequência baixa
que vibra quando tudo está em silêncio.

uma presença que não se mostra,
mas me atravessa.

me obriga a manter as janelas fechadas,
a não reorganizar os móveis,
a conservar os espaços como estavam
no dia anterior ao que nunca mais passou.



não estou esperando nada.
mas também não fui.
é isso que ninguém entende:
o não ir.

o continuar por engano.

o viver como quem segura a respiração
no fundo da piscina
sem saber se ainda é possível subir.



III. a parte em que eu entendo

as coisas não melhoram.
elas se adaptam.
e chamam isso de cura.

eu aprendi a conversar sem falar.
a sorrir sem acionar músculo.
a dormir com a sensação
de que algo ainda respira ao lado.

talvez seja eu.
talvez não.

mas sigo deitada.
olhando pro teto
como quem espera uma explicação
que não chega.



e então amanhece.
como se nada tivesse acontecido.
como se meu corpo não estivesse carregando
o peso exato
do que ninguém ousa perguntar.

e eu levanto.
porque a vida, ao contrário da morte,
não precisa pedir permissão pra continuar.

Juliana Umbelino • O Luto Sou Eu

#LeitoraVoraz #Luto #Sentimentos #Lar #LiteraturaBrasileira

Inserida por Umamineira

⁠há coisas que não escrevi em papel.
mas continuam aparecendo nas minhas mãos.



talvez seja isso que chamam de seguir em frente:
continuar tocando o mundo com dedos que ainda tremem do que não foi dito.

não é culpa.
não é saudade.
é o tipo de presença que já não tem nome
mas ainda sabe o caminho até minha cama.



essa semana, encontrei seu nome
no fundo de uma gaveta
onde não guardo mais nada.
mas ali estava ele.
como se nunca tivesse saído.

às vezes, as lembranças têm a audácia
de se esconder nas coisas limpas.



tem palavras que não escrevi,
mas o corpo aprendeu.
tem hábitos que finjo que perdi,
mas reaparecem nos dias em que durmo pouco
e acordo cedo demais pra estar viva de verdade.



nunca fui de ter fé.
mas às vezes falo contigo
como quem reza pra algo que não acredita,
mas precisa manter por perto.

e não.
não é oração.
é hábito.
é cansaço.
é um tipo de apego que ainda late.



ninguém me avisou que aquilo que não se escreve
fica procurando lugar pra sair.

às vezes escorre no banho.
às vezes bate na parede da garganta.
às vezes se arruma inteiro pra aparecer de madrugada
com cheiro de antes
e a voz que eu jurei não lembrar mais.



tem dias em que acordo com a sensação de que alguém escreveu em mim.
e não fui eu.
como se as mãos tivessem lembrado o caminho sozinhas.
como se o corpo tivesse sonhado um gesto
e decidido repeti-lo em silêncio.



há coisas que eu jurei ter superado.
mas continuam me usando como hospedeiro.
coisas que encostam nos objetos,
mexem na disposição dos móveis,
ficam em pé no canto do quarto
como um pensamento que ninguém convidou
e não tem educação pra sair.



as palavras não saem.
mas a sensação fica.
e ela sabe usar minha mão pra lembrar.



ninguém vê.
mas tem algo aqui dentro
que escreve por mim.

não escreve bonito.
não escreve pra curar.
escreve pra lembrar que eu ainda sinto.



o que não é escrito,
às vezes cresce.
às vezes pesa.
às vezes te escreve de volta.

sem papel.
sem tinta.
só a memória viva do que você tentou enterrar
com palavras que nunca chegaram a nascer.



e é aí que mora o perigo.
no que ficou grande demais
pra continuar calado.
mas educado demais
pra gritar.

Juliana Umbelino

Inserida por Umamineira

⁠eu cresci ouvindo duas vozes.
uma dizia: abaixe a cabeça.
a outra perguntava: até quando?



no começo, obedeci.
porque ensinaram que ser boa
era o mesmo que não incomodar.
que ser certa
era não querer mais do que te dão.

e eu quis.

quis tudo.

quis entender o que havia em mim
que doía mesmo quando tudo estava calmo.
quis saber se a fé podia existir sem promessa.
se era possível amar sem se oferecer em sacrifício.



foi assim que aprendi a diferença entre culpa e chamado.
culpa grita quando você se escolhe.
chamado sussurra quando você esquece de si.



tem gente que ouve Deus nas igrejas.
eu ouvi dentro de mim.
no dia em que parei de fingir que tava tudo bem.
no dia em que parei de repetir o nome dos outros
como se fosse meu.



não me tornei melhor.
me tornei honesta.
com a raiva.
com o medo.
com a sede de parar de agradar
quem nunca teve fome de mim.



há quem diga que a vida é sobre encontrar paz.
mas ninguém avisa que, às vezes,
a paz é barulhenta.
ela chega quebrando os móveis
onde você guardava a versão que os outros aceitavam.



no fim, eu entendi:
o inferno não são os outros.
é a tua própria voz
cada vez que você se cala pra caber.

e o céu?
o céu talvez seja esse instante exato
em que você decide nunca mais se explicar.



Juliana Umbelino

#Literatura #AmoLer #Leitora #Leitura

Inserida por Umamineira

⁠os ombros aprenderam a subir.
sozinhos.
pra se defender de um impacto que não vem mais,
mas continua esperado.

e ninguém percebe.
porque do lado de fora,
parece só postura.



os olhos seguem.
mas sem foco.
não procuram.
se movem por convenção.
há muito deixaram de querer encontrar.



a respiração encurta
em lugares muito cheios,
em mensagens muito longas,
em olhares que demoram mais que dois segundos.

não é fobia.
é memória corporal de quando tudo doía demais
pra ser dito em voz alta.



o toque —
não importa se vem por afeto ou distração —
é lido como ameaça.
o corpo se retrai antes de entender.

o corpo entende antes da razão.
sempre entendeu.



tem dias em que visto a roupa com cuidado
pra que ela esconda
onde dói mais.

e se encaixe nos ombros
como um escudo.
ninguém repara.
mas eu visto pra não ser tocada.



os pés não fazem barulho ao andar.
não por elegância.
mas porque aprendi que ser invisível
é, às vezes, mais seguro do que ser querida.



há partes minhas que desativaram.
não por escolha.
por sobrevivência.

ninguém nota.
mas eu parei de acenar.
parei de chamar.
parei de responder ao próprio nome
com entusiasmo.



isso não é trauma.
é adaptação.
o corpo se acostuma a não esperar retorno.
e começa a existir
com o mínimo necessário
pra não sumir.



mas o mais cruel é que, por fora,
parece força.
parece autonomia.
parece “nossa, como você lida bem com tudo isso”.

mal sabem
que foi o ombro subindo sozinho
que contou o resto da história.



Juliana Umbelino

Inserida por Umamineira

⁠A última vez que falei com a senhora foi na quinta-feira. Como sempre, com aquele cuidado carinhoso de quem se importa de verdade:
"Como está o trabalho?"
"E a faculdade, está gostando?"
"Ainda está estudando pra concurso?"

A senhora nunca deixava de demonstrar atenção, mesmo nas coisas mais simples. Sempre presente com palavras que acolhiam, sempre interessada em saber como eu estava, mesmo quando o mundo parecia girar depressa demais.

Receber a notícia da sua partida foi como um silêncio que ecoa. Seu jeito singelo, mas firme, dava brilho à nossa família.

O que mais me dói é não poder estar presente neste momento. Dói não poder contribuir fisicamente com o que talvez fosse meu último gesto de cuidado com quem tanto me cuidou.

Mas levo comigo a esperança de que, de alguma forma, eu possa honrar a sua memória com a minha caminhada.

Descanse em paz, minha vó. E obrigado por tanto.

Inserida por filipe_barreto_1

⁠Cabelos caindo
Dentes lascando
Língua sangrando
Cansaço frequente
Fraqueza anormal
Alimentação ruim
Unhas fracas
Dentes ficando amarelos
Higiene regredindo
Impulsividade fora do controle
Apatia...
Esperança de te encontrar na próxima página desse caderno velho...
Esperança de te reencontrar na av sete de setembro
Esperança de sentir seu calor novamente, seu amor, sua saudade
A gente só sente saudade de algo quando a gente perde algo, e quando foi mesmo que eu te perdi? Eu nem me lembro mais...
Eu ainda te amo
Você soa como palavras não ditas num discurso de ódio, ou melhor, de amor...
Melhor ainda... Você apenas soa como palavras não ditas dentro da minha cabeça
Você ainda vive dentro de mim
Tudo ainda tá aqui, o que mudou é que o tudo que era nosso não tá mais com você.
Você ainda vive aqui dentro de mim, naquele sítio que eu te prometi, de como você me contava de quando você e sua mãe brigavam, e sem pensar duas vezes eu te prometia te tirar daquele inferno cotidiano assim que você completasse 18 anos, mas como ditado diz...
Quem jura, mente...
Eu não estava mentindo, só que o destino não queria isso pra gente.
Você ainda vive dentro de mim...
Você e a Millena e o sítio, e a briza fria da manhã num dia ensolarado, era assim que eu te descrevia meu doce girassol.
Eu te amo, não se esqueça nunca de mim girassol
Eu nunca vou te esquecer, vou te levar pra sempre comigo, com a gente....
Você ainda vive dentro de mim.... E vou levar você, a nossa linda filha e o nosso momento pra sempre dentro do meu peito.
Viva com ele, como você nunca viveu dentro de mim...

Inserida por Extintor

⁠Meus sentimentos não passam de leve — eles rasgam, queimam, vibram na pele.
Tudo em mim sente demais, vive demais, doa demais. Deus me livre de atravessar essa vida de forma mecânica, anestesiada, e sem alma.
O que me torna tão humana é justamente essa vulnerabilidade em sentir tudo. Essa entrega sem defesas, essa coragem de sentir até o que machuca.
Porque até a dor, quando vivida por inteiro, me lembra que ainda estou aqui — viva, presente, pulsando.
E eu sou grata por isso.
Porque a vida é breve, e talvez essa seja a única chance que eu tenha de sentir tudo o que há pra sentir
eu sou profundamente grata por não ser feita de indiferença.
Pois ser indiferente seria desperdiçar o milagre de estar viva.

Inserida por sarahcastello

⁠Minha vida tem tantas portas...
Tem vias retas... tem vias tortas.
Toda manhã ao sol nascer...
qual delas quero trilhar...
tranquilamente posso escolher.
Vou seguindo nesse espaço infinito.
Num compasso tão bonito...
Dois pra cá... dois pra lá...
Fazendo meus dias formosos.
Gravando na alma tudo em que acredito...
Tenho força, tenho entusiasmo, tenho ânimo...
Tenho fé... acima de tudo
Um futuro leve e cheio de paz.
Para qualquer dor, tenho um escudo.
Todavia...
As vias nem sempre como quero se desenham...
Apesar de todo meu empenho...
Lá vem nuvens pesadas devagarinho...
Seu intuito: fazer sombras pelo meu caminho.
Tenho toda a força do mundo...
Luto... esmurro... grito... rujo como um leão...
Mas o mundo tem-me feito muitas vezes um frio e insensível vagabundo.
Luto, sim... mas, às vezes, esmorece meu coração.
E tá tudo bem 😉

Inserida por RosangelaCalza

⁠"E quando menos esperamos já passou uma vida e desperdiçamos a oportunidade de dizer eu te amo, obrigado, isso basta, voce é incrível, já disse isso pras pessoas que lhe amam ou está aí ocupado com seu emprego, com sua ansiedade, com seus ganhos e esquecemos de nosso próximo e a vida se vai, esperar um luto para dizer sinto muito é um preço muito caro a se pagar"

Por tanto, não perca seu tempo, tem alguém que adoraria ouvir eu te amo e me importo com você

Inserida por Gilalves12

⁠Talvez uma gargalhada num velório seja mais honesta que um choro numa pregação religiosa.

A emoção verdadeira não obedece a protocolos, nem respeita o “ambiente adequado”.

Às vezes, a lembrança engraçada do falecido invade a mente, e rir é inevitável — e profundamente humano.

Não é desrespeito, é sinceridade.

Por outro lado, há lágrimas que escorrem, não pelo peso da fé ou do arrependimento, mas pelo constrangimento social de parecer frio.

Chora-se porque os outros choram, porque a expectativa exige um rosto molhado.

A verdade é que autenticidade não se mede pelo cenário: pode haver mais vida em uma risada fora de hora do que em mil prantos ensaiados.

O coração não conhece etiquetas — e, quando tenta segui-las, quase sempre mente.

Inserida por ateodoro72

⁠VOCÊ SE FOI E ME DEIXOU PERDIDO
(RÉQUIEM A NATAN)
Assim que você partiu, meu mundo ruiu.
Minha vida virou de cabeça pra baixo.
Estraçalhado, despedaçado.
Fiquei em pedaços.
Perdi a cabeça.
Minha cabeça foi para um lado
e meu corpo para outro lado.
Eu me tornei um quebra-cabeças,
com peças espalhadas por todo canto.
Um quebra-cabeças difícil de montar.
Aliás, difícil não!
Impossível de montar.
Sabe por que é impossível?
Porque está faltando uma peça.
Esta peça é você, meu coração

Inserida por svs

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