Textos de Luis de Camoes
Mágico Menino Neymar
Voa o menino. É alado?
Talvez tenha asas invisíveis
Que os olhos humanos não percebem
Apenas quem pode como ele
Crer na vontade de ser grande.
Ser o melhor naquilo que faz com amor.
Pode enxergá-las.
É contorcionista?
De certo que sim.
Pois, entre pernas adversárias lá vai ele
Com seus requebros estonteantes
Desintegra-se diante de abismados oponentes
Para se recompor lá na frente
E em giros espetaculares golpear redes.
E, quando vestido de verde amarelo,
O garoto multiplica-se em
Duzentos milhões de amantes da bola.
Deixa-se usar por todos nós.
Nós nos entranhamos nele e
Rolamos com ele nos gramados.
Vão junto, também, as nossas almas
Nosso querer e os nossos sonhos
E, então somos com ele, vencedores.
Também é o menino um perfeito desenhista
Quando reproduz nas suas cobranças
Com o floreio dos passistas
Nossos semblantes
Risonhos...
Com seus chutes certeiros e implacáveis
Aí então ele é um mágico gigante, e
Dobra o mundo que maravilhado
O aplaude de pé.
E, então, senhores?
É um Pelé?
Sim, ele o é.
Cidadela
Cidadela da minha desguarnecida.
Meu coração, o arqueiro já não tem
A zaga protetora, a guarida
Dantes disposta no sorriso de alguém.
Minha postura muito aquém de regular
Põe contra mim meu próprio time, os sentidos.
Ai, quantos gols angústias permiti marcar
E meu juízo, o juiz, valida os impedidos.
Meus adversários poderosos
Exploram meus rebotes desconexos.
Sempre fatais seus ataques perigosos.
Ai, que se extinguem meus reflexos.
O espetáculo não tem mais atrativo
Golearam meus sonhos e anseios.
Ai que o meu saldo se torna mais negativo
Se se eu me perco até nos escanteios
Da vida...
PARALELO ENTRE O POLÍTICO E O HOMEM DE ESTADO
O político tem a voluptuosidade do poder. O Homem de Estado, a fascinação de um ideal.
O político tem a magia da transigência e é única a sua finalidade: durar no poder. O homem de Estado tem o fetichismo da intolerância de seus princípios, e nada o afasta da diretriz a que se traçou.
Um é plástico. O outro, irredutível.
Um segue a curva das conveniências. O outro, o fio a prumo do seu destino.
O primeiro pode sofrer todas as influências do meio e acomodar-se às cores, às ideias e à temperatura do ambiente. O segundo é insensível às reações contrárias e é inamolgável.
O político tem em vida as cortesias da popularidade, mas, quando morre, a multidão se diverte em espetar-lhe a língua com estiletes. O Homem de Estado possui fidelidade e pureza de ideais. Não é em vida, vitoriado em carros de triunfos. Mas, à sua morte, o povo o eleva à glorificação dos altares.
É com a matéria prima dos homens de Estado que os regimes plasmam a sua glória.
O político faz-se como o gramático. O homem de Estado nasce, como o poeta.
Um é a conquista do próprio homem, obtida pelo estudo ou pelo interesse. O outro é uma criação que surge de séculos a séculos; é um presente da natureza, uma dádiva do destino.
Um é a glória de uma ambição. O outro é uma apoteose de uma vocação.
O político vive do presente. O homem de Estado do futuro.
Um vive para os seus contemporâneos. O outro se projeta na prosperidade.
Um fala o idioma comum dos homens. O outro, a linguagem mística dos tempos, e, por isso, nem sempre o Homem de Estado pode ser compreendido em vida.
O político surge na vida pública sob os únicos estímulos do seu interesse. O Homem de Estado traz para o poder uma idéia que deve ser posta em marcha.
O político orienta-se pelo interesse privado. O Homem de Estado, pelo interesse público.
Para um, a política é o trapézio, onde as vitórias do cinismo têm as galas de habilidades acrobáticas. Para o Homem de Estado, a ação de governo é um sacerdócio e, em vez de trapézios, deve construir arcos de triunfo.
O renome do político dilata-se facilmente em superfície e atinge muitas vezes ampla popularidade. A fama do Homem de Estado cresce em profundidade, lentamente, mas mergulha suas raízes nas sombras da História e a posteridade aprenderá o seu nome de cor.
Um tem a escassa limpidez do vidro. O outro, a fulguração eterna do diamante.
Minha escolha
Não sofro de solidão
'Experencio' uma liberdade que me faz tão bem pra alma...
Por que você quis ficar só? Alguém me perguntou.
Para ser livre. Respondi.
Livre pra quê?
Para ser Só
Mas, ser só por quê? Esse alguém insistiu.
Pra poder escolher. Retruquei.
Escolher o quê?
Ser livre. Conclui.
"O amor é uma espécie de preconceito. A gente ama o que precisa, ama o que faz sentir bem, ama o que é conveniente. Como pode dizer que ama uma pessoa quando há dez mil outras no mundo que você amaria mais se conhecesse? Mas a gente nunca conhece."
(Charles Bukowski)
"Nunca me senti só. Gosto de estar comigo mesmo. Sou a melhor forma de entretenimento que posso encontrar."
(Charles Bukowski)
"É este o problema com a bebida, pensei, enquanto me servia dum copo. Se acontece algo de mau, bebe-se para esquecer; se acontece algo de bom,bebe-se para celebrar, e se nada acontece, bebe-se para que aconteça qualquer coisa."
(Charles Bukowski)
Revendo um recorte da história e refletindo um pouco, percebi que a maior mentira já contada sobre a educação no Brasil é: 'Na ditadura é que as escolas eram boas. Para ser admitido em escolas, os estudantes precisavam passar por uma prova. O ensino público era de boa qualidade'.
Pois bem, o problema é que na verdade, as escolas estavam evoluindo nas décadas de 60 até o início da de 70, por causa dos 'avanços' anteriores a essa época. É ingenuidade (ou esperteza demais) pensar que em tão pouco tempo, todo o ensino mudou, porque a ditadura se instaurou. É muito mais lógico, acreditar que foi um crescimento alcançado por décadas de esforço. O que a ditadura fez, a mando dos EUA e com o aval da imprensa (e da elite) Brasileira, foi acabar com o avanço da qualidade do ensino. Os maiores brasileiros do século passado foram presos, torturados e os que não conseguiram exílio foram mortos. Não foi o aumento do número de vagas que diminuiu a qualidade, mas sim o plano do capitalismo, em manter o Brasil como subdesenvolvido. Se nossas escolas, nossos educadores, nossos políticos honestos não tivessem sucumbido aos 24 anos de atraso extremo, poderíamos até não estar lá nos 90%, mas com certeza estaríamos muito melhor.
Perceba a Lua cheia sobre nós.
Sejamos como essa luz, que mostra seu valor
Quando não há energia elétrica,
Quando o homem do campo está voltando para casa.
Que sejamos cheios, mas conscientes
De que também haverá minguante.
Mas é essa "crise"
Que torna a lua Nova.
Que renovemo-nos sempre,
Sem deixar a essência, os princípios.
Que a cada fase nova,
Cresçamos mais, juntos,
Para celebramos o estar cheio novamente.
Somos luz para tantos jovens
Somos luz, um para o outro.
Mas saibamos que a nossa luz
Nada mais é do que a luz de Deus
Que reflete no seu povo.
Não é a chuva
Que está forte demais.
Somos nós que continuamos
Degradando, devastando, desmatando.
Não foi a chuva
Quem derrubou a casa, a árvore, alagou as ruas.
Fomos nós que produzimos a falta de espaço,
Arrancamos as outras árvores,
Entupimos rios, córregos, sistemas de esgoto.
E jogamos tudo no mar
Com a sínica pretensão
De que todo o lixo desapareça
Como num passe de mágica.
Por que jogamos quase tudo no mar?
Chega um momento, na vida do(a) cristão(ã), que agir somente dentro dos limites do templo já é pequeno demais para ele(a). Aí, a ação evangélica transborda os muros e os preconceitos. Já não é cabível a essa pessoa, ver um irmão, ou uma irmã, com necessidades e não parar para ajudá-lo(a). Já não é humano passar por alguém que sofre e não sofrer junto. Num determinado momento, amar o outro como a ti mesmo pede que quase nada seja mais importante do que a vida do outro. O "sair de si mesmo" torna-se obrigatório. Não há cristianismo, se agimos somente para nós, em nosso favor, por nós.
A vida começa ser ínfima, diante do que pode-se fazer. Então, o Eterno sobrepõe-se ao Agora e tudo faz sentido: minha vida, meus dons, já não me pertencem mais. Eles devem ser colocados à disposição de algo maior. O Eterno vai ficando mais presente a cada dia e tornando-se o guia do agir, do pensar, do falar.
Não é para viver esses 70, 80 anos como se nunca fosse morrer. É para amar nesses 86400 segundos que temos todos os dias.
O negro precisa trabalhar mais, ser mais honesto, para estar acima de suspeitas no trabalho. O negro precisa se vestir melhor, fazer mais a barba, alisar mais o cabelo, para não ser confundido com um assaltante. O negro precisa ter dinheiro para comprar um sapato para o filho e nunca esquecer a nota fiscal, porque a qualquer momento pode ser abordado. E além disso, há muita gente que acha que o negro deve permanecer calado.
A pessoa passa a vida inteira sonhando com o dia que terá condições de melhorar de vida, dar o que não pôde ter para seus filhos. E aí, quando consegue, a sociedade lhe nega o direito de ser.
Lute, resista, persista.
São histórias que não batem
Amores que não nascem
Caídos que não reagem.
Muita coisa precisando de "lavagem"
E tudo é devastado por causa da pastagem.
No outono, troca de folhagem
Para reconstruir a imagem
De que temos a coragem
De enfrentarmos a viagem
Dessa vida, que é só uma passagem.
Cada vez que vejo um ser humano sendo massacrado pelo sistema (seja o sistema político, religioso, econômico, etc.), sinto o estômago revirar, a garganta fechar e o choro vir à tona.
É questão de direitos. O Estado, as igrejas, os sustentadores da economia têm a obrigação de "morrer" antes de qualquer cidadão da "base". Essa é a ordem correta.
Nenhuma instituição é mais valiosa do que uma única vida.
Eu tento entender, mas não consigo. Tento de novo, e não me é possível compreender o ciclo vicioso que caímos, porque quem sempre pôde ajudar a mudar a realidade, sem muito esforço, também nunca se interessou por isso. Colocam seu dinheiro acima do prato de comida digno para muitos outros.
Quem se negaria a ter educação de alta qualidade? E aqueles que têm a oportunidade de dar educação de qualidade para todos, mas não dão?
E são esses mesmos, que negam os direitos para todos, os primeiros a puxar o gatilho, quando alguém os incomodam. Para eles, a lei é matar qualquer um que os enfrente, ou que seja ser humano demais para sobreviver com o que eles oferecem.
Temos o dever moral de desrespeitar leis injustas.
Não se engane com os Jornais. Todas as vezes que passa um problema do SUS, da escola pública, da segurança pública, do lazer, moradia, etc. e esses jornais criticam o governo, porque não presta os serviços com a qualidade necessária para atender a todos, eles não estão defendendo que o Governo melhore os serviços.
O que Marinho's, ACM's, Abravanel's, Saad's, Macedo's, etc. defendem é o fim desses serviços e que todos os brasileiros paguem por tudo que utilizar. Porque assim, eles, que têm dinheiro, poderão usar os serviços sem demora, quando quiserem, sem que haja um pobre na frente, porque chegou antes.
23 mulheres, em grande maioria de origem pobre. Muitas delas, mesmo sendo as melhores no que fazem, ainda continuam pobres. Elas, seleção Feminina de Futebol, ganharam o campeonato mundial, contra a fortíssima seleção dos EUA. Nenhuma palavra de agradecimento, de mérito, de festividades, saiu da tela da Rede Globo. Enquanto isso, o representante de um esporte pouco profissional no Brasil, Medina, do Surfe, virou o ídolo, salvador da Pátria, o símbolo de superação, etc, etc.
No momento que o Futebol feminino dá um banho no futebol masculino, somos convidados a venerar, somente, um campeão não muito importante para as crianças. O ideal seria que os dois tivessem o mesmo espaço para celebrar seus títulos.
Como sempre, a imprensa diz muito mais sobre o que ela não veicula, do que sobre o que ela tenta informar.
Há muita gente disposta a acolher o Jesus que está no Céu. Mas quantos estão dispostos a acolher os pequeninos, imagem e semelhança dEle?
Já tive que ouvir, inclusive de cristãos, "se quer defender 'bandido', então leve para sua casa". Jesus foi crucificado por ser condenado, quem diria, como bandido. E ainda teve, ao seu lado, um bandido que se salvou. Não está claro? Hoje, amanhã, e todos os outros dias, não são dias de aceitar Jesus, como seu Senhor, Salvador e somente isso. São dias de aceitar que todos os que sofrem, assim como O Senhor sofreu, possam ter um olhar de compaixão, de acolhimento, de compreensão. Muitos pequeninos são julgados instantaneamente, nos programas de TV. Quantos desses podem ter tido uma vida parecida à do bandido ao lado de Cristo? Não saberemos, se não lhes dermos a chance de se reerguer. Pagar pelos erros? Sim! Mas pagar com dignidade e com a garantia de poder ter a segunda chance, aquela que não fomos capazes de dar nem ao próprio Cristo.
O coração gosta de mandar na gente, né? Acha que sabe tudo, que pode sentir o que quiser, que o final será feliz. O coração de um romântico vive intensamente o que julga ser amor, mesmo quando enganado por um mínimo sinal falso.
Ama quem o ignora, ignora quem o ama. O coração tem dessas loucuras, de fazer a razão entrar em espiral. E o romantismo é tão volátil, quanto profundo.
Ah! O introvertido romântico. É tão observador e detalhista, que um único erro pode mudar tudo, ou é tão cego, que cria uma imagem irreal do ente amado, por ser utópico.
Há dias de tranquilidade, há dias de vazio com ansiedade. Há dias de solidão em meio à multidão, há dias de noites projetando futuros improváveis.
Mas perece que, no fim, a razão sempre está lá, esperando o coração, para dizer: —Eu te avisei!
Mas há de ser deste mundo, quem consiga fazer o coração sentir o que o cérebro vê, ou fazer o cérebro estar são para um coração apaixonado.
Mensagem do dia (26-2-15) Vamos pra vida?
Pelo amor de Deus pare de se esconder da vida ou de ficar ai paralisada no medo. Afinal de contas, a vida foi feita pra viver. Não é verdade? Portanto, se vista com a roupa da coragem e saia por este mundo afora. Tudo bem que você vai cruzar com alguns espinhos pelo caminho. Mas se você tomar os devidos cuidados não vai ter problema algum. Aliás, se você olhar os desafios da vida por um outro ângulo vai perceber que eles só têm o objetivo de desenvolver os teus próprios potenciais. Então, vamos pra vida? Porque ficar ai dentro de casa aprisionada no medo você não vai arrumar nada. Além domais, tenho certeza que existe alguma coisa legal pra você fazer. Que tal aprender alguma coisa nova, participar de algum curso que desenvolva suas qualidades? Não aceito a desculpa de que você não consegue. Você nem tentou. Pensando bem, se você quiser pode mudar sua vida agora mesmo e para melhor. Já vi gente sair do nada e conquistar o mundo. E com você não vai ser diferente. Pelo menos tente mais uma vez.
Quantos bandidos Jesus adotou e levou para casa?
O cobrador de impostos, que fazia caixa 2;
A mulher que traiu o marido;
Os mendigos, que viviam jogados na entrada da cidade;
O criminoso condenado à morte;
E muitos outros excluídos da sociedade foram os preferidos de Jesus: as crianças, as mulheres, os samaritanos, etc.
Quando alguém me diz "tá com pena de bandido, leve para casa", eu respondo "mas é isso mesmo que os cristãos devem fazer".
E quem se diz cristão, mas defende o discurso de ódio contra os bandidos, também deve acreditar que Jesus foi condenado, como bandido, justamente.
Há de chegar o dia no qual iremos se perguntar: Será que foi certo, será que foi a melhor decisão? E se tivesse feito isso ou aquilo. Espero que nesse dia estejamos numa melhor, pois certeza e seus sinônimos são palavras de apenas um significado, a morte, essa sim é a única certeza da vida. Tudo que é certo é incerto e toda garantia é falha, precisamos diariamente persistir e insistir em tudo aquilo que se entregamos e doamos a ter, mesmo que as mais fortes barreiras lhe impeçam de seguir em frente, jamais desista de algo que lhe custou tanta dedicação.
Acredite, o melhor sempre esta por vir, quando se tem fé tudo se renova e tudo se expande, espero que quando chegada a hora do final do grande ciclo não exista arrependimentos, pois existem fases na vida que tem de ser vividas em sua plenitude, mesmo que isso lhe custe algo irrecuperável.
"Não faça do comentário alheio o seu inferno pessoal"
Ao invés de se estressar com o que os outros vão pensar a seu respeito, aprenda a conviver com as diferenças e, principalmente, com a intolerância de alguns. Afinal, você não vai agradar a todos.
Ademais, você jamais vai conseguir mudar o que as pessoas sentem por você. Portanto, seja inteligente: não faça do comentário alheio o seu inferno pessoal. Aceite que tem gente que não te aceita como você é, entenda que ninguém tem a obrigação de te entender e muito menos de te amar. O amor dos outros tem que vir de forma natural e espontânea. Amor forçado não tem sabor.
A vida está ai pra você vivê-la como melhor lhe aprouver. Cabe somente a você escolher onde vai colocar o seu poder de importância. Ou seja, você pode escolher dar importância para o cometário alheio ou simplesmente pode não dar a mínima bola para o que os outros vão pensar a seu respeito.
Enfim, o inferno ou paraíso depende do modo como você vai escolher viver. Pois uma coisa é verdade, você não pode mudar o que os outros pensam ou sentem, mas pode mudar a sua reação a respeito das atitudes alheias.