Textos de Gibran
Sinto-me como uma semente no meio do inverno, sabendo que a primavera se aproxima. O broto romperá a casca e a vida que ainda dorme em mim haverá de subir para a superfície, quando for chamada. O silêncio é doloroso, mas é no silêncio que as coisas tomam forma, e existe momentos em nossas vidas que tudo que devemos fazer é esperar. Dentro de cada um, no mais profundo no ser, está uma força que vê e escuta aquilo que não podemos ainda perceber. Tudo o que somos hoje nasceu daquele silêncio de ontem. Somos muito mais capazes do que pensamos. Há momentos em que a única maneira de aprender é não tomar qualquer iniciativa, não fazer nada. Porque, mesmo nos momentos de total inação, esta nossa parte secreta está trabalhando e aprendendo. Quando o conhecimento oculto na alma se manifesta, ficamos surpresos conosco mesmos, e nossos pensamentos de inverno se transformam em flores, que cantam canções nunca antes sonhadas. A vida sempre nos dará mais do que achamos que merecemos.
Hoje não podeis ver e nem ouvir, e é melhor assim. Mas um dia, o véu que cobre os vossos olhos será retirado pelas mãos que o teceram, e a argila que obstrui os vossos ouvidos será retirada pelos dedos que a amassaram. Então vereis, então ouvireis. E não deplorareis ter conhecido a cegueira e a surdez, pois,naquele dia, conhecereis a finalidade oculta de todas as coisas e bendireis as trevas como bendireis a luz.
Esta vida é sua. Tome o poder de escolher o que você quer fazer e fazê-lo bem. Tome o poder de amar o que você quer na vida e amá-lo honestamente. Leve o poder de andar na floresta e fazer parte da natureza . Tome o poder de controlar sua própria vida. Ninguém mais pode fazer isso por você. Leve o poder para tornar a sua vida feliz. Vivemos só para descobrir beleza. Todo o resto é uma forma de espera.
Ser ocioso é tornar-se estranho às estações e ficar afastado da procissão da vida que marcha majestosamente e com orgulhosa submissão em direção ao infinito. Quando trabalhais sois uma flauta através da qual o sussurro das horas se transforma em música. Amar a vida através do trabalho é ter intimidade com o segredo mais secreto da vida. É dar a todas as coisas um sopro do vosso espírito. O trabalho é o amor tornado visível.
Prece de:
Khalil Gibran,
by Nilton Mendonça
Se somente escutardes na quietude da noite,
Podereis ouvi-los dizerem silêncio:
Deus nosso, que és nosso Eu-Alado,
É tua vontade em nós que quer,
É teu desejo em nós que deseja,
és impulso em nós que pode transformar,
Nossas noites, Que te pertencem,
Em dias que também te pertencem...
Nada podemos te pedir, Pois
conheces nossas necessidades,
antes mesmo que nasçam em nós.
Tú és nossa necessidade, e,
Dando-nos mais de ti,
Tú nos dá tudo!
Kahlil Gibran para Mary Haskell
Nós dois estamos procurando tocar os limites da existência. Os grandes poetas do passado sempre se entregavam à Vida. Eles não procuravam uma coisa determinada, nem tentavam desvendar segredos: simplesmente permitiam que suas almas fossem arrebatadas pelas emoções.
Hoje, as pessoas estão sempre buscando segurança, e às vezes conseguem: mas a segurança é um fim em si, e a Vida não tem fim. Poetas não são aqueles que escrevem poesia, mas todos os que têm o coração cheio do espírito sagrado do Amor.
Sete vezes desprezei minha alma
Quando a vi disfarçar-se com humildade para alcançar a grandeza
Quando a vi coxear na presença dos coxos
Quando lhe deram a escolher entre o fácil e o difícil, e escolheu o fácil
Quando cometeu um mal e consolou-se com a idéia de que outros cometem o mal também
Quando aceitou a humilhação por covardia e atribuiu sua paciência à fortaleza
Quando desprezou a fealdade de uma face que não era, na realidade, senão uma de suas próprias máscaras
Quando considerou uma virtude elogiar e glorificar.
O Homem e a Natureza
"Ao romper do dia, sentei-me na campina, travando conversa com a Natureza, enquanto o Homem ainda descansava sossegadamente nas dobras da sonolência. Deitei-me na relva verde e comecei a meditar sobre estas perguntas:
Será a Beleza Verdade? Será Verdade a Beleza?
E em meus pensamentos vi-me levado para longe da humanidade. Minha imaginação descerrou o véu de matéria que escondia meu íntimo. Minha alma expandiu-se e senti-me ligado à Natureza e a seus segredos. Meus ouvidos puseram-se atentos à linguagem de suas maravilhas.
Assim que me sentei e me entreguei profundamente à meditação, senti uma brisa perpassando através dos galhos das árvores e percebi um suspiro como o de um órfão perdido.
“Por que te lamentas, brisa amorosa?” perguntei.
E a brisa respondeu: “Porque vim da cidade que se escalda sob o calor do sol, e os germes das pragas e contaminações agregaram-se às minhas vestes puras. Podes culpar-me por lamentar-me?”
Mirei depois as faces de lágrimas coloridas das flores e ouvi seu terno lamento… E indaguei: “Por que chorais, minhas flores maravilhosas?”
Uma delas ergueu a cabeça graciosa e murmurou: “Choramos porque o Homem virá e nos arrancará, e nos porá à venda nos mercados da cidade.”
E outra flor acrescentou: “À noite, quando estivermos murchas, ele nos atirará no monte de lixo. Choramos porque a mão cruel do Homem nos arranca de nossas moradas nativas.”
Ouvi também um riacho lamentando-se como uma viúva que chorasse o filho morto, e o interroguei: “Por que choras meu límpido riacho?”
E o riacho retrucou: “Porque sou compelido a ir à cidade, onde o Homem me despreza e me rejeita pelas bebidas fortes, e faz de mim carregador de seu lixo, polui minha pureza e transforma minha serventia em imundície.”
Escutei, ainda, os pássaros soluçando e os interpelei: “Por que chorais meus belos pássaros?”
E um deles voou para perto, pousou na ponta de um ramo e justificou: “Daqui a pouco, os filhos de Adão virão a este campo com suas armas destruidoras e desencadearão uma guerra contra nós, como se fôssemos seus inimigos mortais. Agora estamos nos despedindo uns dos outros, pois não sabemos quais de nós escaparão à fúria do Homem. A morte nos segue, aonde quer que vamos.”
Então o sol já se levantava por trás dos picos da montanha e coloria os topos das árvores com auréolas douradas. Contemplei tão grande beleza e me perguntei:
“Por que o homem deve destruir o que a Natureza construiu?”
Que hajam espaços na vossa junção,
E deixem que os ventos dos céus dancem entre vocês.
Se amem um ao outro mas não façam do amor uma prisão.
Deixem que seja antes um mar em movimento entre as margens das vossas almas.
Encham as taças um do outro mas não bebam de uma só taça.
Podem dar um ao outro do vosso pão mas não comam do mesmo pão.
Cantem e dancem juntos e sejam alegres, mas deixem que cada um de vocês fique só,
Tal como as cordas da lira estão separadas e no entanto vibram na mesma harmonia.
Entreguem os vossos corações, mas não à guarda um do outro.
Porque só a mão da Vida pode conter os vossos corações.
E estejam juntos, mas não demasiado juntos:
Porque os pilares do templo se erguem separadamente,
E o carvalho e o cipreste não crescem na sombra um do outro.
Tanto a semente intacta, como aquela que está rompendo sua casca tem as mesmas propriedades. Entretanto, só a que está rompendo sua casca é capaz de lançar-se na aventura da vida.
Esta aventura requer uma ousadia única: descobrir que não se pode viver através da experiência dos outros, e estar disposto a entregar-se. Não se pode pegar os olhos de um, os ouvidos de outro, para saber de antemão o que vai acontecer; cada existência é diferente da outra.
Seja o que for que me espera, eu desejo estar com o coração aberto para receber. Que eu não tenha medo de colocar o meu braço no ombro de alguém, até que ele seja cortado. Que eu não tema fazer algo que ninguém fez antes, até que seja ferido. Deixe-me ser tolo hoje, porque a tolice é tudo que eu tenho para dar esta manhã; eu posso ser repreendido por isso, mas não tem importância. Amanhã quem sabe, eu serei menos tolo.
Teus filhos não são teus filhos
Eles são filhos e filhas da Vida
Com saudade de si mesma.
Eles não vêm de ti, mas através de ti
e, embora estejam contigo,
não te pertencem...
Podes dar-lhes teu amor, porém não os teus pensamentos,
uma vez que eles têm seus próprios pensamentos.
Podes abrigar seus corpos, mas não suas almas, pois elas
vivem na casa do amanhã, que não podes visitar,
nem mesmo em sonhos.
Podes esforçar-te em ser como eles, mas não faça-nos
à tua semelhança, porque a vida não anda para trás e não
se detém no passado.
Disse então, Almitra: Fala-nos do Amor.
E ele levantou a cabeça e olhou para as pessoas, e o silêncio caiu sobre eles. E com uma voz poderosa ele disse:
Quando o amor vos chamar, segui-o,
Apesar do seu caminho ser duro e íngreme.
E quando suas asas vos envolverem, abraçai-o,
Apesar da espada escondida entre suas penas poder ferir-vos.
E quando ele falar convosco, acreditai nele,
Apesar de sua voz poder esfacelar vossos sonhos como o vento norte arruína o jardim.
Pois mesmo quando o amor vos coroa, ele vos crucifica. Mesmo sendo para o vosso crescimento, ele também vos poda.
Mesmo quando ele chega à vossa altura e acaricia vossos ramos mais tenros que tremem ao sol,
Ele também desce até vossas raízes e abala a vossa ligação com a terra.
Como feixes de milho, ele vos une a si próprio.
Ele vos ceifa para desnudar-vos.
Ele retira vossas espigas.
Ele vos mói até ficardes brancos.
Ele vos amassa até ficardes moldáveis;
E depois ele vos designa ao seu fogo sagrado, para que vós vos torneis o pão sagrado do sagrado festim de Deus.
Todas estas coisas o amor fará convosco até que conheçais os segredos dos vossos corações, e, através deste conhecimento, vos torneis fragmentos do coração da Vida.
Mas se, por medo, buscardes apenas a paz do amor e o prazer do amor,
É melhor que cubrais a vossa nudez e que passeis da eira do amor,
Para o mundo sem estações, onde rireis, mas não de todo o vosso riso, e chorareis, mas não todas as vossas lágrimas.
O amor não dá nada além de si mesmo e não toma nada além de si mesmo.
O amor não possui nem é possuído;
Pois o amor é suficiente ao amor.
Quando vós amais, não deveis dizer:
“Deus está no meu coração”, mas sim “Estou no coração de Deus”.
E não pensai que podeis dirigir o curso do amor, pois o amor, se achar que mereceis, dirige o vosso curso.
O amor não tem outro desejo além de satisfazer a si mesmo.
Mas se vós amais e precisais ter desejos, que sejam estes os vossos desejos:
Derreter e ser como um riacho que corre e canta sua melodia para a noite.
Conhecer a dor do carinho demasiado.
Ser ferido pela vossa própria compreensão do amor;
E sangrar por vossa própria vontade e com alegria.
Acordar ao amanhecer com o coração leve e agradecer por mais um dia de amor;
Descansar ao meio-dia e meditar sobre êxtase do amor;
Voltar para casa ao entardecer com gratidão;
E então dormir com uma prece ao bem-amado em vosso coração e uma canção de louvor em vossos lábios.
.
[Khalil Gibran. In: O profeta. - Segunda parte]
Adotarei o Amor
Adotarei o amor por companheiro
e o escutarei cantando,
e o beberei como vinho,
e o usarei como vestimenta.
Na aurora o amor me acordará e me conduzirá aos prados distantes.
Ao meio dia conduzir-me-á à sombra das árvores onde me protegerei do sol como os pássaros.
Ao entardecer conduzir-me-á ao poente, onde ouvirei a melodia da natureza despedindo-se da luz, e contemplarei as sombras da quietude adejando no espaço.
À noite o amor abraçar-me-á, e sonharei com os mundos superiores onde moram as almas dos enamorados e dos poetas.
Na Primavera andarei com o amor lado a lado!
E cantaremos juntos entre as colinas!
E seguiremos as pegadas da vida, que são as violetas e as margaridas!
E beberemos a água da chuva, acumulada nos poços, em taças feitas de narciso e lírios.
No Verão deitar-me-ei ao lado do amor sobre camas feitas com feixes de espigas, tendo o firmamento por cobertor e a lua e as estrelas por companheiras.
No Outono irei com o amor aos vinhedos e nos sentaremos no lagar!
E contemplaremos as árvores se despindo das suas vestimentas douradas e os bandos de aves migratórias voando para as costas do mar.
No Inverno sentar-me-ei com o amor diante da lareira!
E conversaremos sobre os acontecimentos dos séculos e as histórias das nações e dos povos.
O amor será...
Meu tutor na juventude!
Meu apoio na maturidade!
Meu consolo na velhice!
O amor permanecerá comigo até o fim da vida!
Até que a morte chegue, e a mão de Deus nos reúna de novo!
O Louco No pátio de um manicômio encontrei um jovem com rosto pálido, bonito e transtornado. Sentei-me junto a ele sobre a banqueta e lhe perguntei porque estava ali.Olhou-me com olhar atônito e me disse: "Meu pai queria fazer de mim um retrato dele mesmo, e assim também meu tio. Minha mãe sempre comparava-me com outros que acreditava serem pessoas ideais. Minha irmã me apontava o marido, como modelo perfeito para ser seguido.Meu irmão pensava que eu devia ser idêntico a ele. E mesmo meus professores, colegas, conhecidos...criticavam-me de maneira velada por meu jeito de ser. Por isso vim pra cá. Acho o ambiente sadio. Aqui posso ser eu mesmo.
O livro “O Profeta”, de Khalil Gibran conta a história de Al-Mustafá, um homem que retorna à sua terra. Os habitantes da aldeia onde ficou todos estes anos pedem que ensine o que aprendeu.
A seguir, alguns dos trechos (editados) deste clássico do século XX:
O matrimônio
Vocês nasceram juntos, e juntos estarão mesmo quando as asas brancas da morte terminem com seus dias - porque continuarão unidos na memória silenciosa de Deus.
Mas que haja espaço entre os dois. Que o vento dos céus possa passar entre seus corpos.
Amem, mas não transformem o amor em uma atadura.
Que um encha o copo do outro, mas que jamais bebam do mesmo copo.
Cantem e dancem, estejam alegres, mas que cada um mantenha sua independência; as cordas de um alaúde estão sozinhas, embora vibrem com a mesma música.
Entreguem o seu coração, mas não para que seu companheiro o possua - porque só a mão da Vida pode conter corações inteiros.
Estejam juntos, mas não demasiado juntos - porque os pilares de um templo estão separados.
O carvalho não cresce à sombra do cipreste, e o cipreste não consegue crescer à sombra do carvalho.
Os filhos
Seus filhos não são seus filhos; são filhos e filhas da vida. Vieram através de vocês, mas não lhe pertencem.
Podem dar seu amor, mas não seus pensamentos - porque eles tem seus próprios sonhos.
Podem proteger seus corpos, mas não suas almas - porque suas almas habitam na casa do amanhã, que mesmo em sonho vocês não podem visitar.
Podem tentar ser como eles, mas não tentem fazer com que se comportem como vocês; porque a vida não retrocede, nem se deixa seduzir pelo dia de ontem.
Vocês são o arco onde seus filhos, como flechas vivas, são impulsionados para adiante; deixem que a mão do Arqueiro trabalhe, porque assim como Ele ama a flecha que voa, também ama o arco, que permanece estável.
O amor
Quando o amor chamar, aceitem seu chamado, mesmo que o caminho seja duro, difícil.
E quando suas asas se abrirem, entreguem-se, mesmo que a espada que está ali escondida termine provocando ferimentos.
E quando o amor disser algo, acreditem, mesmo que sua voz destrua seus sonhos, como o vento do norte devasta os jardins.
Porque o amor glorifica e crucifica. Faz crescer os ramos, e os poda. Tritura os homens, até que estejam flexíveis e dóceis. Os queima em fogo divino, para que possam converter-se em um pão sagrado, que será consumido no banquete de Deus.
Entretanto, se tiverem medo, e quiserem encontrar no amor apenas a paz e o prazer, melhor que se afastem de sua porta, e procurem outro mundo, onde poderão rir mas sem toda alegria, e poderão chorar mas sem usar todas as lágrimas.
O amor não dá nada e não pede nada além de si mesmo. O amor não possui nem é possuído - porque ele se basta.
E não tentem dirigir o seu curso: porque se o amor achar que são dignos, ele os dirigirá até onde devem chegar.
E disse o Divino: ‘‘Ame seu inimigo!’’.
E eu o obedeci e amei a MIM MESMO!
Khalil Gibran
Se sua compaixão não inclui a você próprio, sua COMPAIXÃO é incompleta!
Buda
O que é o INIMIGO?
- Eu mesmo!
Minha ignorância, meu apego, meus ódios!
Aí está realmente o INIMIGO!
Dalai Lama
Passamos boa parte de nossas vidas combatendo as imperfeições ALHEIAS, temos SEMPRE um olhar crítico e uma palavra ácida para os ERROS ALHEIOS, contudo, em algum momento ALGUÉM nos disse que “VEMOS O CISCO NO OLHO DO PRÓXIMO, MAS NÃO ENXERGAMOS A TRAVE EM NOSSO OLHO” e “AQUELE QUE NÃO TIVER PECADO QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA”!
Estas máximas deixam claro que a luta é INTERNA, o verdadeiro MAL, o verdadeiro INIMIGO habita em nós, não é combatendo o EXTERNO que iremos melhorar, e nossa função prioritária neste mundo é NOS MELHORARMOS, EVOLUIRMOS, aprendermos e praticarmos o “AMAI-VOS UNS AOS OUTROS COMO EU VOS AMEI”!
É fundamental conscientizarmo-nos que nos compete AJUDAR, JULGAR não faz parte dos ensinamentos Cristãos “PORQUE O MAL É O QUE SAI DA BOCA”, em nossa TRILHA EVOLUTIVA necessitamos de COMPAIXÃO, TOLERÂNCIA, PERDÃO... da mesma forma que NOSSOS SEMELHANTES!
Sobre o professor
Khalil Gibran (1883-1931):
"Aprendi como o silêncio é valioso ao encontrar faladores; aprendi como a tolerância é importante ao encontrar intolerantes; aprendi como o conhecimento é necessário ao encontrar ignorantes; aprendi como a bondade faz bem ao encontrar maldosos. Como não ser grato a esses professores?"
Carta #3
Estou no carrossel de Gibran
Girando e vislumbrando as mais lindas, coloridas e brilhantes imagens, confortada pelo som da tua voz, meu `Gibran`
Tu me deste teu tempo
Tu me deste teu espaço interno e nele quero estar
Tu és aquele quem eu permito tocar minha pele, sem qualquer pudor
Aquele para quem eu tenho o prazer de me entregar (corpo e alma) e sinto falta do cheiro e do gosto
Aquele por quem eu abri meu mais precioso espaço, para que faças morada nele
Aquele que meus olhos se sentem seguros em olhar
... e lendo Gibran, o Profeta.
Falou-se e comentou-se sobre o Amor!
E, em seguida sobre os humanos.
E tão relevante como o Amor é também o ser humano.
Pois se não existirmos onde entraria o Amor?!
... e percebendo está magnitude entendi que é preciso, e se faz nescessário a congruência de ambos pra que de fato exerçamos oque ele afirmou de Humanismo.
Salvê Khalil Gibran
"O mar banha e acaricia as nossas mentes e corpos com suas ondas rítmicas, enquanto o oceano aéreo que vaga pelo céu eleva nossos espíritos para além desse mundo."
"Deste modo; ambos ligam a menor das formas vivas com a vastidão da Vida sem forma. E assim procedendo, completam o círculo da Criação que, em harmonia, nos liberta."
"E esse coração que resplandece, criando uma estrela de cada partícula de Vida; e nada mais é senão essa mesma luz da Vida que procuramos em cada gole de água e em cada golfada de ar."
Com a canção de suas palavras se desvanecendo no silêncio, ele voltou a face para as estrelas e deixou sua respiração se fundir, uma vez mais, com o ar que agora se movia suavemente à nossa volta cantando uma cantiga de amor.
Khalil Gibran
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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