Textos de Filosofia
O que de mais lindo que existe na filosofia que me fez apaixonar-me loucamente por essa "vadia indecisa" é o seu poder de contratação, de ao aceitar os fenômenos como aparentam ser, ora se nem mesmo sei q existo ou que essa mesa em minha frente é real ou mera projeção da minha mente, como posso acreditar que no campo político não podem haver outras possibilidades de organização social sendo mais justas e igualitárias, ou ainda que o padrão de beleza criado pelas mídias de comunicação de massa não podem expressar aquilo que em si é belo para mim, pois isso cabe somente a minha análise e não de mais ninguém, muito menos de porcos capitalistas dispostos a diminuir sua vontade de viver lhe taxando como um ser fora dos padrões, aff. E quem dirá ainda dá reflexão se sou livre para decidir os meus atos ou determinado por condições superiores, o que é o certo ou errado, e é claro o que eu sou? O que estou sendo? Como posso ser e não-ser ao mesmo tempo. Ah, filosofia, minha donzela vazante e tão pouco admirada, vc me conquistou...
A maior evidência da existência de Deus não vem da história, filosofia ou ciência, embora estas estejam realmente envolvidas por incontestáveis impressões digitais do Criador. A maior evidência surge no quarto fechado com o coração contrito, quando os joelhos são dobrados e o nome de Cristo invocado, pois ali Ele responde!
A filosofia nos dá o conhecimento do universo como uma totalidade orgânica, totalidade que se desenvolve a partir do conceito e que, nada perdendo do que faz dela um conjunto, um todo cujas partes estão unidas pela necessidade, a si mesma regressa e no regresso a si mesma forma um mundo de verdade.
A FILOSOFIA que está mais viva do que nunca em nossos dias, se faz presente na universidade apenas com características superficiais. Explico: A História nas universidades, bebeu muito Nietzsche, contudo quem ganhou destaque foi o Michael de Michel de Foucault, esqueceram do Jacques Derrida que muitas vezes é bem mais interessante.
O problema do estudante de filosofia e do estudante de história é que chega um determinado momento que pensamos saber das coisas, e é ai que percebemos que somos meros IDIOTAS, no mundo. E que o mundo é mais velho que nós, e que ainda há muito o que aprender. Sair da IDIOTICE, mesmo para quem tem mestrado, doutorado e até pós doutorado não é uma tarefa fácil.
É aqui que eu quisera possuir tudo o que a filosofia tem dito e redito do livre arbítrio, a fim de o negar ainda uma vez, antes de cair onde ele perde a mesma aparência de realidade; acabaria esta página por outra maneira. Mas não posso; digo só que não pude reter a cabeça nem os olhos, e vi as duas damas, com os braços cingidos a cintura uma da outra, vagarosas e visivelmente queridas.
“Antes da Filosofia... O que na mente do ser humano havia? Muitas coisas: Mitos, crenças, religião, arte, medos, costumes, universo em claustrofobia! Depois da Filosófica: tudo, todas essas coisas continuam a existir, contudo, estão constantemente sob a crítica ameaçadas de ruir... Ou mudar... Filosofia: contínuo perquirir!”
Ainda sou um dos 'Idiotas' remanescentes da geração e da filosofia 'careta' que defende traição como um 'crime' a ser levado à 'Corte marcial'. Que entende que carinho precisa estar em diversas e profundas escalas e dimensões, coisas que raras pessoas entendem e praticam. Que respeito está em uma instância muito mais ampla do que os nossos olhos possam ver, e principalmente, no que eles não possam ver. E que Eu Te Amo jamais seja algo dito em vão ou sem real propósito.
O amor pode até não morar na vã filosofia, ou entre rimas pobres de letras de músicas do sertanejo universitário e/ou Pablo que oscilam entre prazer, dor, chifre, vergonha e rancor, mas que, ainda assim, alimentam reflexões que resistem à passagem do tempo e que fazem bem a qualquer namorico. Mas o amor nada me deu em troca. Queria muito ser salvo, mas nem uma só vez no decorrer destes meus monstruosos anos de peste emocional e punhetas solitárias foste capaz de gerar uma única fagulha fecunda. O teu falhanço, que o foi, e que só os espíritos verdadeiramente grandes, tristes e isolados podem entender sem cólera, sem desprezo, sem vícios decadentes, foi causa do desespero em todas as partes do mundo de todos aqueles dispostos a sacrificar-se por uma gota de verdade. E se Romeu e Julieta tivessem casado, provavelmente estariam obesos, sofrendo, endividados, cheios de filhos ou brigando pela separação nos tribunais. Prefiro continuar sozinho do que entrar numa relação doente de cobranças, prazos e horários!"
A Filosofia não é religião, nem uma prática iniciática de vida; ao invés, é o lugar crítico da razão, como por vezes se diz. A Filosofia não é um corpo de conhecimentos que nos baste assimilar acriticamente, mas antes a atividade crítica de estudar ideias e argumentos minuciosamente, para ver se serão plausíveis ou não. [...] Significa apenas que o trabalho filosófico é fundamentalmente a discussão minuciosa e paciente dessas conclusões e dos argumentos que as sustentam.
Da minha própria definição da filosofia como 'unidade do conhecimento na unidade da consciência e vice-versa', decorre que a primeira obrigação do filósofo é abrir-se a todas as correntes de pensamento, a todos os valores que estejam em luta no seu tempo, deixar-se impregnar por eles sem nenhum julgamento prévio e, aos poucos, ir buscando alcançar uma atitude intelectual de conjunto que faça justiça aos vários pontos de vista, baseando nisso a construção da sua personalidade e o seu senso de orientação na vida e no conhecimento. Isso implica que ele só deve começar a expor publicamente os seus pontos de vista quando alcançar um certo nível de maturidade intelectual (foi por isso mesmo que só publiquei meu primeiro livro aos 48 anos de idade, uma das estréias mais tardias da literatura nacional). E é óbvio que qualquer investigação dos capítulos da sua vida anteriores a esse momento revelarão aspectos da sua formação que depois se integraram num quadro maior com novo significado, e que isoladamente NÃO SÃO provas de 'adesão' a esta ou àquela idéia. Só à luz da sua filosofia atual se pode compreender esses capítulos, mas o observador ignorante ou malicioso pode fazer aí uma confusão dos diabos, tomando etapas de um aprendizado como se fossem dogmas de uma crença. No Brasil, onde tantos, em compensação da insignificância das suas vidas, gostariam de posar de detentores de 'inside informations' escandalosas e demolidores de reputações, a tentação de fazer isso é quase irresistível.
Nancy amava Sid mas gostava de ler filosofia e ouvir musica de Wagner, Sid amava Nancy e não gostava de mais nada. Só cantava com a banda por amor a Nancy. Sid odiava filosofia e a musica de Wagner e odiava qualquer coisa que Nancy gostasse. Por sorte, Nancy não gostava da banda, então não tinha que odiá-la. Quando Nancy estava feliz com alguma coisa, Sid dava um jeito de destruir aquela felicidade, de matar aquela coisa. Nancy era feliz com Sid e Sid machucava a si mesmo, não queria de jeito nenhum que ela fosse feliz, as pessoas felizes não eram confiáveis para ele e ele queria confiar em Nancy. Sid batia com a cabeça nas paredes até tirar sangue e Nancy chorava e isso satisfazia Sid. Nancy estancava as feridas de Sid com profunda tristeza e ele a cobria de beijos, chupava seu próprio sangue molhado pelas lágrimas de Nancy.
Claro que a morte é um tema na história da filosofia (risos), mas não como vivência íntima. Em Baudelaire existe a morte, em Sartre não. Os filósofos têm se esquivado da morte fazendo dela uma questão, ao invés de experimentá-la como algo existente. Não a consideram como algo absoluto, mas entre os poetas é diferente. Eles adentram profundamente o fenômeno, rastreando-o. Um poeta sem sentimento de morte não é um grande poeta. Parece exagerado, mas é assim.
Só a filosofia e a poesia podem expressar a experiência humana concreta, com a condição de que não pretendam abrangê-la e explicá-la, mas apenas designá-la para seres humanos que a vivenciam tanto quanto o filósofo e o poeta e que, tal como estes, não têm o poder de abrangê-la e explicá-la. [...] Por “poesia” entendo, no caso, “arte literária em geral”.
A filosofia é justamente a busca de uma capacidade interna que você tem de discernir a verdade dentro da máxima medida humana, e portanto você mesmo vai ter de ser o juiz da coisa. Mas se você quer ser o juiz, você tem de se preparar para isso. Você precisa buscar dentro de si um ponto de seriedade máxima para poder ter a credibilidade máxima.
Eu considero que a filosofia, quando se constitui como profissão universitária na universidade medieval, abre chance para um progresso formidável da técnica filosófica. Mas a profissão tem suas exigências internas. A profissão é um fenômeno sociológico por si mesmo, e a estrutura desse fenômeno sociológico é inteiramente independente da constituição da filosofia enquanto disciplina e forma de vida; não há coincidência entre as duas coisas. Se você observar as várias fórmulas sociais em que se apoiou a prática da filosofia ao longo dos tempos, você verá que é uma coisa bastante variada. A filosofia começa como uma espécie de clube de aficionados, reunidos em torno de Sócrates, Platão e Aristóteles, e as primeiras universidades se constituem exatamente assim.
Nós não podemos esquecer nunca que a primeira filosofia que surge com Sócrates — não com os pré-socráticos, que embora estejam praticando algumas atividades filosóficas não têm ainda uma consciência clara do que seja a filosofia como atividade distintiva — começa como filosofia política, ou seja, começa como meditação e análise crítica não só da sociedade em geral, mas da própria situação social dos seus interlocutores.
A filosofia é uma meditação, uma análise crítica sobre o conjunto dos seus conhecimentos e de sua experiência, inclusive a religiosa. Nesse sentido, a filosofia se torna obrigatória para qualquer pessoa capaz de exercê-la. Se você consegue se colocar problemas de nível filosófico, então você tem a obrigação de desenvolver uma capacidade filosófica para poder raciocinar responsavelmente sobre os assuntos que lhe interessam. Não se trata de, como dizem, 'aprender a pensar'. A filosofia não é 'aprender a pensar', de maneira alguma. Todo mundo sabe pensar: é uma coisa espontânea, até um macaco ou um gato sabem pensar. [...] O objetivo de todo pensamento, como já demonstrou Aristóteles nos Tópicos, é provocar a intuição. O que é intuição? É conhecimento direto, percepção direta. Aristóteles diz que, na dialética, o confronto de várias idéias e hipóteses cria uma espécie de massa crítica, até que chega uma hora que, por intuição, você percebe as coisas como elas são. Este é o objetivo: aprender a saber, não a pensar.
Se todas as faculdades de filosofia, letras e ciências humanas do Brasil fossem fechadas, isso não traria nenhum dano econômico nem cultural para o país. Só teríamos de encontrar, para alguns milhares de analfabetos funcionais, o número suficiente de empregos braçais para os quais eles estão qualificados.
Nossos pensamentos ou nossa filosofia ( amor ao conhecimento ) é que nos modifica, ou seja: o Iluminismo, ato de clarear, foi dessa forma que pessoas que não tinham sangue azul ( sem origem nobre ) defenderam o direito de pensar e agir, porque entenderam que assim aconteceria mudanças na sociedade, nos ideais de liberdade e fraternidade e com suas filosofias se tornaram burgueses.
