Textos de Esperança
Eu conto a ti meus medos
São casos, feitos e ocasiões
Eu sei muito dos teus sinais
O quanto tem manifestado perdões
Mas uma misteriosa força me prende aos currais
Eu conto a ti meus medos
Sou livro aberto e não tenho segredos
Eu vejo o rompante do tempo
O medo do destino se for como vento
Se planto ou colho nada vejo
Mais do que medo é esta cegueira
Ainda que realizar é que almejo
Sabendo da plenitude celestial verdadeira
O caráter humano fraco e falho se instalou
Junto uma bagagem de um sonhador
Talvez não sendo capaz de criar a oportunidade
Estou nas mãos do senhor essa é a verdade
Ainda vejo guiar meus passos
Na queda ou redenção seu forte abraço
A bênção e a promessa no vigor a refletir
O espírito do senhor que vem em mim emergir
Eu conto a ti meus medos
Sou livro aberto e não tenho segredos
Eu vejo o rompante do tempo
O medo do destino se for como vento
Perante a ignorância fica a intenção
Nos moldes da possibilidade sua mão
Ao meu alcance a oração
Perdoe me não ter a serena aptidão.
Giovane Silva Santos
ORAÇÃO DA FÉ
SANTO E ETERNO DEUS, neste momento de fé e de oração, de joelhos aos vossos pés, clamo ao Deus Vivo, pela vida do teu povo. Senhor, assim como o orvalho da madrugada desce das nuvens do céu e rega terra seca, fazendo reviver a relva do campo, derrama sobre nós as tuas bençãos celestiais, fazendo reflorescer em nossos corações, a fé, o amor, a paz e a esperança. Amém.
O poema de Deus I
Deus, ao escrever um poema
Preocupou-se com cada verso
Depois de desenhar o universo
Aproveitou! Coloriu o ecossistema
Tantos detalhes... Poemas completos
Histórias incríveis! Milagre da vida
Há um e outro, triste, que ainda duvida
Mas na hora amarga, ora em secreto
Quanta perfeição em cada poesia...
Indescritível! Soberano! Senhor do tempo
Presente em nossa vida à todo tempo
E na criação, com extrema sabedoria
Deu título e disse: "São todos meus"
Assim seja! Somos todos poemas de Deus...
Cláudio da Cruz Francisco
O poema de Deus II
Um sopro! E logo, nasceu tudo,
Na terra e em tudo que nela há...
Sem nenhum erro... sem falhas,
Tudo perfeito! Um doce mundo.
Dentro de cada coração, acredite,
A arte de Deus brilha... se destaca,
E quando a fé enfraquece e falha,
Ele reescreve a história... Medite!
A vida é poesia viva do criador!
E orgulha quando reconhecemos,
E mais ainda, quando nele cremos...
Que não sejamos apenas expectador,
E vivamos com amor cada capítulo,
De quem escreve à muitos séculos...
O poema de Deus III
O poema de Deus tem muitos valores,
Sabedoria, sentimentos e ideias,
Ele não descansa e nem tira férias,
Escreve todo dia... Traz novos sabores.
Contudo, há algo mais interessante...
Ah, isto sim, é nobre e agradável,
Saber que cada verso confiável,
É do poeta mor! O mais importante!
É preciso, leitor, observar detalhes,
Abra o coração para reconhecer,
Há versos limpos a cada amanhecer.
Que a graça de Deus se espalhe...
E a cada capítulo, possamos refletir,
É ele, responsável por nosso existir.
Mudanças
Tantos pensamentos,
Que passam por minha mente,
São diversos os momentos,
Que varam o que se sente.
Tantos acontecimentos,
Tantas novidades,
Uma mistura de sentimentos,
Inúmeras possibilidades.
É uma mistura de ruim com bom,
É impressionante a mudança,
Hora de seguir o som,
Seguir o fluxo dessa esperança.
As coisas tendem a melhorar,
Fugir não é mais opção,
Não agora, não podemos parar,
Deixe se levar por essa emoção.
ACREDITO NOS VOTOS
Acho que nasci no tempo errado.rs
Não acredito em relacionamentos vazios,
não quero sair pegando geral porque isso de verdade não preenche a falta de ter algo real e que dure a vida toda.
Eu realmente acho lindo ver duas pessoas velinhas de mãos dadas, ouvir histórias de amor que duraram mais de 60, 70, 90 anos.
Sério isso realmente são coisas que eu desejo pra um futuro relacionamento, com minha futura esposa!
Acredito que ainda vale apena cartas escritas a mão, dar flores e fazer serenatas.
Acredito no amor a moda antiga, talvez eu seja um bobo ou careta em idealizar algo que quase ninguém mas acredita.
Mas eu tenho total certeza que os votos matrimoniais são promessas que deve ser cumpridas!
Eu acredito no amor real, no amor que é cultivado todos os dias por duas pessoas, que passam a vida inteira em uma batalha para ver quem vai fazer o outro mais feliz.
Acredito no amor que não é egoísta nem ganancioso, que cumpri a promessa de ama e respeita todos os dias da vida, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença até que um dia morte finalmente encerre uma longa e linda história de amor entre dois corações.
E você, no que acredita?
Não seja carnal mas aproveite o bom
e semelhante que Deus viu na Sua Criação. Não seja frágil mas cuide das suas emoções e feridas. Não espiritualise tudo mas respeite e busque o espiritual. Lembre-se: Você é corpo, alma e espírito. Se cuidar de apenas um tripé da sua existência, verá que o caminho inevitável é o tombo.
É difícil explicar, até mesmo sentir
O que as vezes se passa em nossa cabeça e coração.
Tentamos, nos confundimos.
Imaginamos, nos iludimos.
Somos enganados por nós mesmos.
Pensar demais de si além do normal é loucura.
Mas pensar nada é o que?
Tenho medo da solidão, do obscuro e complexo mundo mental.
Neste mundo louco, quem decide entendê-lo cai em suas insanidades.
Podemos apenas negar ou mentir nossos distúrbios?
O quer que façamos, não se pode negar a amargura
Que é está presa ao mundo podre, arisco e desumano.
Vamos firmes persiste, pois, o prêmio está por vim.
As Sete Aberrações
VI - O Tempo
Enquanto penso no que me foi dito na noite anterior, vou até o banheiro, encho minhas mãos de água e molho meu rosto, encarando o espelho logo em seguida.
De minha narina esquerda, uma linha vermelha se estendia até meus lábios. Esfreguei com meu pulso e encarei o sangue que manchava minha pele.
"Por quê?" - Falei, em voz alta. De trás de mim, inesperadamente, recebi uma resposta:
"Será que é tarde demais?"
Me virei rapidamente. Encostado na outra parede, enquanto sentado no cesto de roupas, ele estava, ou melhor, eu estava. Olhei para o espelho mais uma vez e ambos aparecíamos no reflexo. Olhando para baixo, percebi que não estava mais no banheiro de meu apartamento. Não existia chão, meus pés se sustentavam nas solas dos pés de outro reflexo meu, que me encarou da mesma forma que o encarei. Acima de mim, na imensidão branca onde deveria estar o teto, mais três reflexos perambulavam, sem parecer me notar ali, ou sequer, viam uns aos outros.
"Somos muitos, não?" Disse aquele que foi o primeiro a aparecer, e que ainda mantinha-se à minha frente.
"Mas você é diferente. Diga, você é outro? A sexta aberração?"
Aquele "eu" andou em minha direção com um olhar sereno, encarou-me e então, limpou meu sangue com um lenço que tirou de seu bolso, lenço esse, que eu mesmo ganhara de meu pai anos atrás. O mesmo lenço estava também em meu bolso.
"Todos somos, fomos, poderíamos ter sido ou seremos versões de você, em momentos do passado, presente ou futuro. Eu, sou a sua versão de um futuro bem próximo"
"Por isso é você quem me responde?" Perguntei. Ele me respondeu confirmando, com um aceno de cabeça e um sorriso de canto de boca.
Depois de pouco tempo, estávamos sentados, olhando para cada versão de nós mesmos. Ao redor deles, memórias do passado se formavam.
Apontava, animado, para cada uma delas, contando sobre os momentos felizes como se meu outro eu não os conhecesse. Nas memórias, vi pessoas que já se foram, como meus avós, alguns tios e primos. Isso me fez transbordar algumas lágrimas, secadas pelo meu outro eu, que tentando fazer me distrair, apontou na direção das memórias mais engraçadas de minha infância. Logo me reanimei, assisti tudo o que podia e não podia me lembrar.
Olhando um pouco à minha direita, vi algumas versões de mim que não reconhecia. Antes de eu sequer questionar, fui respondido:
"Ah, todos esses são versões de você que não chegaram a existir, graças às escolhas que fez".
Alguns momentos tristes, outros felizes, que gostaria de ter vivido, sonhos que não pude realizar em lugares que não pude ir, mas nenhuma parecia tão relevante quanto aqueles que há muito haviam partido, e agora, pareciam estar a um palmo de distância.
"Eu só queria poder dizê-los como sinto falta... De cada um deles". Estiquei minha mão em direção a eles, mas apesar de parecerem tão próximos, estavam longe demais.
"Impressionante" - Disse meu reflexo, enquanto me encarava surpreso "Mesmo com todas essas possibilidades lhe sendo mostradas, ainda insiste em olhar para os momentos do passado".
"Bom..." Respondi. "Cada uma dessas versões poderiam ter acontecido, mas não aconteceram. Sendo assim, elas não fazem parte de mim, não são eu, não me são tão valiosas."
"Você prefere suas memórias, mesmo as dores que passou, mesmo os momentos ruins, as perdas, todas elas fazem parte da sua vida"
Apenas concordei com um aceno de cabeça.
"Estou sem palavras, posso apenas parabenizá-lo" Nesse momento ouvi um barulho de estática, senti uma pontada no peito, depois todo aquele local pareceu tremer. As pessoas que vi simplesmente sumiram.
Coloquei minha mão no peito, me controlei e olhei para ele de novo.
"Para onde eles foram? Isso foi uma provação ou algo assim? Qual é a lição que deveria ter aprendido com isso tudo?"
Ele me olhou mais uma vez, com um olhar triste, ainda que sorridente.
"Acho que... Quem acabou recebendo uma lição fui eu. Esperava que visse todas aquelas possibilidades e se sentisse tentado em poder viver de forma diferente. Ainda assim, você preferiu a vida que teve" - Mais uma vez, a dor no meu peito e o barulho de estática se fizeram presentes.
"Eu não entendo" respondi
"Não percebe? Você conseguiu aprender conosco! Com cada uma das aberrações! Entende cada erro que cometeu, mas ainda assim, sabe que seus erros são parte de quem você é, ou melhor, de quem somos! A perfeição vem daquilo que é, não do que poderia ser. Você,
pequeno iluminado, pôde me dar uma provação e eu sequer passei, eu devo ser sua versão que fracassou nesse teste." Sua última frase saiu em um tom de ironia.
Meu coração apertou mais forte dessa vez, junto com outro barulho de estática, fazendo com que eu quase desmaiasse. O clarão ao redor começou a se raxar e mostrar o negro atrás daquela lona de luz. Pensei em perguntá-lo se ele de fato, era a sexta aberração, mas, rapidamente, a resposta a essa pergunta se tornou clara: já havia admitido, eu mesmo, ser uma aberração.
"Eu não me arrependo de nada, e também, não é como se fosse uma desistência banal, mas, queria ficar com eles! Deixe-me ir de uma vez, eu sei que estou pronto!" Disse finalmente.
"Não se preocupe, logo você estará com todos" - respondeu. A face começou a se raxar, revelando raios brancos e negros através da carcaça feita à minha imagem e semelhança - "Mas ao menos mais uma vez, você deve acordar" - um último som de estática me atingiu, fazendo-me fechar os olhos - "Ainda há aqueles que precisam de você do outro lado". Comecei a ouvir vozes desesperadas e gritantes ao meu redor, eles pareciam pedir espaço, ordens para que outras pessoas se afastassem, em um desespero que não me parecia fazer sentido.
Abri meus olhos a ofegar, quando vislumbrei tudo que estava ao meu redor. Estava deitado e amarrado a uma maca. Uma mulher e dois homens de jalecos brancos e máscaras que cobriam suas bocas e narinas, me encaravam, secavam minha testa com esparadrapos e me pediam para me acalmar, que já havia passado. Diziam eles, que apenas quatro choques do desfibrilador foram o suficiente, para que eu recobrasse a consciência.
As Sete Aberrações
VII - A Mãe
Estou sentado na cama de um hospital. Minha cabeça está enfaixada e em meu pulso direito, há uma agulha, anexa à mangueira que traz um soro às minhas veias. À minha esquerda, minha mãe está sentada, sem falar uma palavra sequer, apenas me encara. Presa à parede em minha frente, uma televisão exibe a programação tediosa de domingo. Ao mesmo tempo em que encaro a tela, não assisto, meus olhos estão completamente sem foco, sem brilho.
O sufocante branco fechado ao meu redor parece manter-me preso à ilusão que a aberração da noite passada causara.
Em uma mudança de imagens da tv, pude ver meu reflexo na tela. Sorri ao estranhar minha própria aparência e, enquanto as vozes de uma plateia de talk show gargalhavam histericamente, decidi quebrar o silêncio daquele quarto quase vazio, subitamente:
"Mãe" - Eu chamei. Ela me encarou surpresa - "Eu estou parecendo uma aberração, não estou?" Comecei a rir, enquanto algumas lágrimas percorriam o rosto mais magro e pálido do que outrora.
"Como você pode fazer piadas desta situação? Será que você não entende que é culpa sua que tenha chegado a esse ponto? Nós queríamos cuidar de você! Nós queríamos fazer isso tudo passar!"
"Quem não entende é você" - Respondi, calmamente - "Não faz ideia da dor que passei, todas as sete vezes, e nada adiantou"
"E por isso você vai desistir? Como você pode fazer isso conosco?" Ela começou a chorar, pendendo seu rosto para frente e cobrindo-o com as palmas das mãos.
Envolvi em meus braços a figura daquela mãe que, outrora tão firme, inabalável, agora mostrava sua sensibilidade e tristeza.
"Eu também te amo" - Respondo.
A noite chega e com ela, meu pai. Ele entra no quarto e abraça minha mãe, que logo após, aperta minhas duas mãos, beija minha testa e dá as costas. O homem de barbas curtas e acinzentadas senta-se ao meu lado um pouco mais tímido que minha mãe e segura minha mão esquerda.
"Como está essa força, garoto?" Pergunta. Obviamente sabe minhas condições, mas seu perfil, calmo e descontraído sempre fala mais alto.
"Estão igual ao meu cabelo" - Brinquei.
"Mas..." - Ele ergue um pouco as faixas em minha cabeça. Seus olhos castanhos se estreitam para encarar o outro lado das bandagens - "É, acho que não precisamos fingir que está tudo bem" - Termina, demonstrando frustração ao falhar em sua piada.
Dou risada enquanto o encaro e ele me acompanha. Não demorou muito, aqueles risos foram banhados em nossas lágrimas.
"Eu tenho que confessar... Estou com medo" - Pela primeira vez, ouvi aquelas palavras. Pela primeira vez, soube o que meu pai estava sentindo e, pela primeira vez, vi meu grande protetor, amedrontado.
"Eu também estou, pai" - Apertei a mão dele um pouco mais firme, enquanto seu sorriso sumia completamente, dando lugar aos soluços de choro - "Imagino que seja difícil, que doa me ver assim, mas, você precisa ser forte. Quando isso acabar, você será o único com quem a mãe poderá contar. Por favor, prometa que será forte, por ela"
Ele acenou afirmativamente com a cabeça e me abraçou, como nunca havia abraçado antes.
Minha família perdeu muito pela esperança de me curar. Tudo em vão. Agora, estava sendo difícil de aceitar a derrota, apesar de toda a gratidão que sentia por eles e toda a vontade de continuar lutando, o fim era iminente.
Pouco depois, minha vista começou a se turvar. Senti frio. Assisti o vulto embaralhado de meu pai se levantar, perguntando às enfermeiras que entraram o que estava acontecendo, de forma desesperada, quando tudo finalmente tornou-se escuridão.
Tudo o que pude ouvir, ou sequer sentir, foram três toques contínuos de sinos, como os das catedrais. Logo em seguida, vi algo em minha frente, o que deduzi ser a última das aberrações.
Seu corpo era simplesmente uma capa negra e flutuante, ressaltando dois olhos brancos e profundos dentro da touca. Nas extremidades das mangas daquela capa, mãos negras e esqueléticas se faziam visíveis. Em sua mão esquerda, trazia uma grande foice.
"Olá" - Tentei dialogar. Esperei algum tempo, em vão, não recebi qualquer resposta - "Acho que sei o motivo de estar aqui"
"Ela anuncia minha vinda com as fragrâncias de crisântemo, para que um dia possa ver as cores do jardim. Não permitiria que partiste só, então abri caminho até ti, mas, eu... Sinto muito..." - Respondeu finalmente a criatura
"O que? Sério? Você não é a Morte? É seu trabalho!"
"Sabes quem sou?" - Ele pareceu confuso. Apesar de sua aparência nada convidativa, sua voz e sua forma de falar eram suaves, quase doces. - "Não me agrada que as coisas aconteçam dessa forma. Queria ser capaz de evitar-me a vir àqueles como você, que mesmo tão jovens, tornam-se sábios e aclamáveis. Bem-aventurado seria o mundo, se os viventes presenciassem tudo aquilo que já vistes"
"Tu sabes de toda a dor que já senti. Conheces cada momento, dos triviais aos fundamentais, os quais presenciei. Por isso, hoje estás aqui. Morte, tu não vens como uma aberração ou uma inimiga, eu bem a conheço, pois tu és o descanso eterno, que agora sei, dentro de mim, que sou merecedor. Assim como a acolho alegremente, espero que me aceite, sob seus mantos, de bom grado" - Agora, tudo estava feito.
A Morte surpreendeu-se ao ouvir meus dizeres. Já sentia-me muito menos carnal do que sempre fora. Apesar de não poder ver a face daquele que estava à minha frente, senti certa emoção calorosa vinda de seus olhos, então sorri.
Ele estendeu sua mão direita em minha direção. Instintivamente, fiz o mesmo, ou tentei. Algo estava me segurando. Quando olhei para trás, várias pessoas estavam ali. Amigos de longa data e alguns que há muito não via, familiares que não eram tão próximos e alguns que nunca me abandonavam, até mesmos conhecidos, aos quais apenas dizia "Oi" ou "tchau". Todos eles seguravam meus braços.
Encarei aquela que estava mais próxima. Aquela pessoa, segurando com força em meu pulso esquerdo.
"Não vá, não ainda. Por favor! Eu sequer consegui me despedir!"
Vê-la chorar foi o mais doloroso dos sentimentos que tive até hoje. Logo após suas palavras, todos começaram a fazer o mesmo.
"Volte!" - Diziam - "Não desista!"; "Nós estamos aqui" - Os gritos eram incessantes
"Eram eles que ainda precisavam de mim, não é?"
"Esta é tua última e mais difícil provação" - Respondeu-me a Morte.
Olhei para todos aqueles que estavam ali, aquelas gotas de luz em uma imensidão feita de trevas. E, com um sorriso e um último aceno de cabeça, disse: "Obrigado" e "Adeus". Quase todas aquelas luzes acenaram de volta, enquanto reconhecia meu pai no meio da multidão, abraçando minha mãe com força, transformaram-se todos em flores variadas, cheias de cor, vívidas, a não ser por uma pessoa. Sua mão ainda segurava meu pulso, enquanto seu rosto inclinado ainda lamentava nosso adeus.
Coloquei minha mão sob seu queixo e o ergui, encarando profundamente seus olhos.
"Todos temos nossas próprias vidas para seguir, com ou sem outras pessoas, mas, sei que minha vida foi tão bela quanto poderia ser, porque você estava lá. Não quero que lembre de mim com arrependimentos ou mágoas, quero que saiba que, mesmo no último momento de minha vida, você foi a mais forte luz, que teimou em brilhar no meu coração sem pulso. Agradeço por sempre ter estado comigo. Obrigado. Eu te amo"
Aquela luz, ao me abraçar, finalmente cedeu. Em minhas mãos, tudo que sobrou fora uma rosa vermelha. Os badalares dos sinos começaram mais uma vez, mas, não pararam em seu quarto toque. Ao fundo, pude ouvir uma melodia que conhecia de algum lugar. As flores que
haviam caído ao chão começaram a se multiplicar em um extenso jardim. A imensidão negra deu seu lugar a um céu azul repleto de nuvens brancas e estrelas.
Atrás de mim, a Morte removeu de sua cabeça o manto, que, outrora negro, tornara-se azul. A imagem de uma bela mulher se fez presente sob as luzes dos céus e daquele manto. Aos seus pés, todos aqueles que já haviam partido estavam presentes. Aos meus lados, todas as sete criaturas que conheci anteriormente ajoelharam-se perante a ela. Aproximei-me e fiz o mesmo gesto.
"Você conseguiu. Seja bem-vindo" - Disse ela.
"Assim como vós, ponho-me sob o manto da noite, onde hei de descansar, brilhando como estrela, com todas as outras luzes que me aceitam em seu meio. Obrigado por receber-nos." respondi, em uníssono, com A Anunciante, O Espelho, A Máscara, O Mundo, A Esperança e O Tempo, despedindo-me de tais aberrações.
Estendi minha mão direita, entregando a ela, oito rosas vermelhas.
Minha irmã acordou assustada com esse sonho, sentou-se em sua cama e enfim, entendeu: "Suas orações foram entregues a tempo".
É 2020 o ano em que a terra parou
Ou quase ... Devia ter parado
As pessoas em uma corrida de crer
ou não crer , eis a questão
A pandemia não se importa com o ser
E mostra para todos a voz da Razão
Somos todos iguais você aceite isso ou não .
É dentro de casa né
Todos dentro de casa né
Mas ainda tem gente trabalhando
Você ja tomou sua vitamina D no quintal
A massa segue trabalhando
Não dá para ficar doente
Não tem atendimento no hospital
Medo de morrer a gente tem
É um medo que a gente tem todo dia
Mas a felicidade ela mora aqui onde a despensa está sempre meio cheia
Nunca meio vazia
Ainda que se aparece uma necessidade
"E só tinha meio quilo "
Mesmo assim a gente dividia
A felicidade mora naquela criança que diz
Mãe o legal é que agora você fica comigo todo dia
Não é só de choro a pandemia
Ainda que doa em todos nós
A perda da vida
É lindo ver o mundo arrotando empatia
Eu sei que foram muitos adeus ,
E também foram muitos" Ah Deus !"
Mas desde que o mundo é mundo
A única certeza da vida é a morte
Bom descanso aos que foram
Aos que ficam boa sorte
No fim eu espero que seja um bom recomeço
E que não desperdicemos esta chance
Que não precise ser algo em escala global
Para lembrar que os pobres morrem de fome
Que possamos eleger governos
Onde as pessoas sejam importantes
Porque temos de entender que
Depois não adianta
entrar na internet e virar militante
Temos que fazer valer o nosso nome
Racionais nos dizem ,
Nós dizemos ,
mas pensar não tem sido, o que fazemos
Esse é o momento pra fazer diferente, este é o momento pra fazer diferença .
Mudando a nós ,olhando para nós ...
E percebendo a dor do outro .
A quarentena acredito eu
É para lembrar que a vida é bem mais do que Eu e os meus
A vida envolve todo um ecossistema
Que entra em colapso pela menor das nossas escolhas
Então talvez te prender em casa te tire dessa bolha
O mundo não muda , Quem muda são as pessoas...
Pamela Pacheco @sobreapam
Se você tem sentido mais sono que o habitual
Você não está Sozinhx
Aproveite para dormir o que você não conseguiu em outros momentos .
Enxergue como compensação e abra mão da culpa.
VOCÊ NÃO ESTÁ Sozinhx
Se tem vontade de comer várias coisas diferentes
Aproveite por que você tem tempo de valorizar sua vontade e comer o que você quer.
VOCÊ NÃO ESTÁ Sozinhx
Se às vezes tem vontade de chorar
Dê vazão a todo este sentimento
Deixe fluir com as lágrimas
toda essa dor e desassossego
Que você carrega durante todo tempo
E dedique a dor todo o seu desapego.
Não sinta culpa por ter mais do que alguns tem
Seja grato ao universo por isso
Não sinta culpa por não ter o suficiente para ajudar fora de casa
Eleve seu pensamento
E faça uma oração
não importa sua crença neste momento.
Não compare seu padrão de vida
Com as lives das redes sociais
Isso nunca foi saudável antes
Agora então,quanto menos
Ainda é demais.
Apesar disso tente manter uma rotina
É importante para seu corpo
É importante para sua mente
Tentar quer dizer ir no seu ritmo
Fazer o que você consegue
Lembre se você é super capaz
Apesar de distante dos outros
Tenha alguém para conversar
Seja "ouvidos " também
Estamos nessa juntos
E Juntos somos mais fortes.
Pamela Pacheco
Amazônia. ALERTA!
O que fizeram com nossas matas
Bela Floresta quem te devasta?
Por que te calas, velha Cascata
Rouxinol triste parou seu canto.
E as borboletas voam em pranto.
O homem insano tirou seu manto.
Árvore verdejante,a ti faço um juramento.
Junto ao seu coração chorar o seu lamento.
Vejo teus galhos copados como um monumento.
Por que te sugam e te destroem assim dessa maneira?
Choro pelo canarinho, o beija-flor e também por ti.
Floresta escassa tão desfigurada,
Sou o teu sentir.
Minh!alma entristecida se enluta na dor.
Rios, afluentes, fontes e animais.
Sou o seu grito nas horas fatais.
Seu orvalhar expressa o seu clamor,
Vil animal o homem e suas façanhas,
Vai ser punido por suas artimanhas.
Quando criança cobria-me as tranças
Braços abertos a me guardar na sombra.
Meus Piqueniques eu sentada em seu chão
A mesa posta os pássaros em canção.
Saudade e sonhos minha árvore querida,
Infância linda seiva de sua vida.
Quando chegarem os falsos lenhadores
Pranteia o orvalho demonstra suas dores.
Não percas nunca o manto de suas cores
Luta e reage contra os opressores.
Confiam em mim e em deus defensores,
Honrados iremos te render louvores.
As vezes medo, insegurança, vou dormir com lágrimas nos olhos indeciso e sem saber se estarei vivo no dia seguinte ou se os meus estarão.
Outras vezes sorrisos, ao despertar e ver que ganhei mais um dia de vida e também os meus.
Assim tem sido minha vida nesses dias nebulosos com tudo que vem acontecendo no mundo.
Mas aprendi a reforçar aquilo que sempre tive fé, esperança e acreditar que logo tudo isso irá passar e que nós aprenderemos uma lição.
Respirar é de graça, mas vale mais que ouro,
que abraçar não custa nada, mas hoje pagaríamos muito
e viver em liberdade não tem preço.
Sergio Fornasari
COVID-19
Todos nós sabemos da complexidade e da necessidade de renúncias, para enfrentarmos este momento.
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Entretanto, não podemos fazer com que o nosso mundo pare exclusivamente em torno do coronavírus.
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Alguns vivem fixados na frente da televisão, onde na maioria das vezes só se noticiam tragédias e números alarmantes de mortes.
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É preciso ocupar a mente com temas distintos, dar um refúgio para si e em especial, para a alma.
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Se assim não for, a doença psíquica atingirá muito mais do que o próprio vírus.
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Leia um livro, repense a vida, fale mais “Eu te amo”, reflita a fragilidade da vida, perdoe mais, releve, evolua e veja quão passageira é a vida.
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ORE!
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Não se desespere, Deus faz-se presente.
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Na vida, as vezes são necessárias as tempestades para mostrar que algo não está equilibrado e para que depois, o sol possa vir novamente a surgir.
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É momento de muita responsabilidade, fé, renascimento, esperança e evolução.
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Vai passar!
Paulo Bruno Ruinho
Nossa vida é comparada a um livro repleto de páginas, onde conseguimos ler o que está diante dos nossos olhos.
As páginas seguintes, já estão escritas, e nunca será possível ler o livro de trás para frente.
Muita atenção na leitura do livro!
Para não pular páginas e perder o foco bem como o sentido do livro chamado vida.
Viva a vida intensamente!
À sensação é a de viver em um aquário
Vejo amanhecer e vejo anoitecer rápido
Mas tudo é igual
Da minha janela eu vejo muros
É como se nada fosse o suficiente
Não vivo neste mundo ,existo ,
Já não sou o que eu era
Mas nem sei quem eu sou
Outrora cem vidas quisera
Hoje não sei o que fazer d'esta.
Palavras transbordam dos meus dedos
E meus lábios estão selados
Declarações são ditas por meus olhos
Mas meus lábios estão calados .
E eu que sempre tive histórias pra contar
Hoje me falta coragem
De revelar meus medos
A humanidade os reflete
Não é como se fossem segredos
Mas de mim
Sufocam me risos forçados
Perfuram me medos infundados
Dizem eles.
Aí de mim que padeço
Em minha mente
Mas em meio a tanta gente
Sou só uma casca vazia
Sentimentos para quê?
Eles não geram rendimentos
Aí de mim que da boca pra dentro
Só faço sentir
Da boca pra fora eu tento sorrir
Não tenho utilidade se for pra falar de verdades
Com toda essa gente que só faz mentir.
Abismo
Quando se está a beira de um abismo, percebemos o quanto somos pequenos.
Quando estamos no topo de uma montanha percebemos o quanto o céu e as estrelas são magníficas.
Às vezes nas nossas vidas podemos passar por diversas trilhas, muitas vezes deslumbrantes e bucólicas, porém é comum nos deparamos com obstáculos e desafios.
Por vezes pensamos em desistir, sentimos medos, cansaço.
Mas quando chegamos no topo da montanha, podemos decidir olhar para o abismo e sentir vertigem, ou olhar para o céu e vislumbrar com a imensidão do infinito, sentir o quanto fomos valentes, determinados.
Neste momento feche os olhos, sinta a brisa gelada acarinhar sua face, silencie seus pensamentos, ouça apena as batidas do seu coração.
Lembre se sempre haverá outras trilhas, outras paisagem outros abismos e céus.
Renata Batista
Poetisa
26/10/19
A porta está um pouco aberta
E o vento entra lentamente se aconchegando no meu pequeno quarto,
Meus olhos parecem criar novas cores ao olhar o céu pela janela
Enquanto minha alma canta a poesia que escutei daquela antiga música,
O chão duro e frio em que meu corpo usou de colchão
Empurra meus sentimentos para fora, como lágrimas de esperança.
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