Textos sobre Dor
A NOITE DA DOR
Nem as sombras estavam lá
Os raios esconderam o clarão
E os trovões se calaram
Diante daquele clamor
Era a noite da dor
E todos que um dia amaram
Ouviram com o coração
Aquele homem chorar
Na infinidade das sofridas horas
Provou do pão da indiferença
E no fervor da sua dor imensa
Embebedou-se em suas próprias lagrimas
Todos os medos da infância acordaram
O fracasso de todos os amores
Tomou-lhe o corpo como trepadeira
E todas as frustrações lhe estrangularam
E enquanto a lamina afiada de desesperança
Partia em dois a graça de uma vida inteira
Desbotaram-se todas as cores
E todos os sons semitonaram
Na aparência do infindável momento
Trazia o sol tamanha claridade
Que alheio a todo sofrimento
Afugentava toda escuridão
E a benevolência do tempo
Trazia consigo a conformidade
E foi a vida maior que o momento
E foi-se a noite como os amores se vão
Vladimir Wingler
ALMA AFLITA
Angústia e dor
O que fiz de errado no passado
Deus ta me cobrando agora
Deus é justo e correto
Não desampara um filho seu
Lacrimejando eu vou
Porque sou ateu
Pagando com dor
O que não fiz por amor.
E ao chegar aurora
A escuridão me abraça
Na vida não tem volta
Faça o bem agora
Deus bondoso caridoso
Mantém minha alma limpa
O choro que chorei
Cumpri o meu destino
Pendurado numa corda
Jesus vem me seguindo.
E ao chegar aurora
A escuridão me abraça
Na vida não tem volta
Faça o bem agora
Poeta Antônio Luis
2:26 AM 12 de fevereiro de 2015
Um brinde, a sua péssima escolha.
Com ela você demonstra, seu arrependimento e dor.
Eu te avisei : Quem tem nas
mãos e joga fora, é sinal de
que não precisa...
Depois leva as mãos na cabeça
e diz: Meu Deus, o que é que eu fiz!
E quanto a mim...
Ah!
Só lamento por você.
Tim tim!
~ Nana Patroa.
Fiz da minha dor um momento de profunda reflexão.
Fiz da minha decepção um resumo do que eu não queria mais.
Fiz do meu amor-próprio um novo ponto de partida.
Fiz das minhas feridas, cicatrizes para eu sempre lembrar dos lugares que eu não devo voltar.
Fiz de mim eu mesmo, pois cansei de procurar culpados e passei a encontar respostas. Assumindo meus erros e enxergando sempre adiante, achei conforto na aceitação de que, nada é para sempre e estou numa constante evolução.
O apontador de metralhadoras
Deleite em sangue e dor e lágrimas que caem e são sopradas pelo vento
para longe, para bem longe de qualquer sentimento minimamente humanizado.
Com rígidas metas a seguir, o apontador segue em auxílio à barbárie
a metralhadora arguida pelo furor de sua própria ira interna
embrutecida na contramão da vida, orienta seu caminho.
A alça de mira em 'colundria' com a massa de mira,
ambas corrompidas pelo gatilho ligeiro da expertise militar
que dá vida aos projéteis lançados lentamente ao ar, feito plumas ao vento
higieniza toda a humanidade existente naquele lugar,
'desaprisionando' o grito aprisionado no peito
que o enche de adrenalina para guerrear
e também o comove, o entristece e o faz chorar.
Depois dos gritos de medo e pedidos de clemência, o tiro de misericórdia.
Os olhos se fecham e o brilho latente da retina se encerra
assim como se encerra a luminescência dentro de uma lâmpada,
quando se queima.
Faz-se um breve silêncio entre o instante imediatamente posterior ao disparo fatal
e o instante em que já sem vida,
o corpo percorre o trajeto da queda de sua própria altura
e encontra o chão duro e ressecado pelo sol forte que o castiga diariamente.
O som ensurdecedor do silêncio que se propaga após a queda do corpo no chão à sua frente
o faz perceber que a guerra que luta agora, nunca foi a sua própria guerra
foi sempre a guerra de outros,
justificada por motivos que ele jamais soube explicar.
E que os sujeitos por ele subjugados são na verdade,
tão inocentes quanto ele próprio.
E em meio a tantas agruras,
ele percebe que a criança que ergue as mãos em sinal de rendimento
o faz por não ter escolha,
por não ter também uma metralhadora, ou um fuzil
com mira a lazer e pente de munição letal reserva,
como a que traz consigo pendurada no ombro esquerdo
em um coldre de couro desbotado e sujo de sangue.
O que ele não percebe é o quanto essa batalha lhe faz mal
o quanto cada corpo caído no chão, sujo de sangue e de terra vai pesar em sua consciência
quando enfim parar de puxar o gatilho sem pensar no porque o faz.
Calabouço das memórias
De longe lhe observo calado,
minhas palavras não lhe seguem,
minha dor me persegue,
junto do desbotar da primavera,
carregado pelo inverno demasiarão,
d'este dia perturbado,
vou sem rumo, me deságuo,
nesse riacho magoado,
nessas neblinas, me embaço,
demasiado, terno, brado,
sou ligeiramente os tristonhos sonhos,
de tal perdurar perfume das rosas, por árduo.
Sobre o sol
Antes que se encerre nosso amor,
que desabe minha vida,
se pela dor meu sofrimento por fim não veio,
no flagelar-me rancor vieste por entremeio,
dessa fundida a fogo e ferro nossa paixão,
não és a chuva que permeará essa razão,
difundida pelos pobres e nobres,
nos lábios maldizem minha boa sorte,
se fartarão do veneno feitos áspide,
que em seu fel pernicioso se desvalidam,
germinarás por meu sangue ao solo estéreo,
minhas palavras até que está lápide me engula,
esfomeada por meu amor que por ti não cessará.
Meu amor acabou..Se esgotou e anda por aí.
Nessa chuva já sinto meu coração esfriar, e a dor se expandir até ao ponto de explodir e a maré levar tudo que havia de bom em mim..
Agora é tarde pra tentar me animar é tão cedo pra errar em querer me conquistar. .
Aquilo que talvez você deixou passar é o que tanto você que pegar..É agora no canto vejo suas lagrimas se derramarem por me deixar corresponder sozinha um sentimentos que se trata de dois.. e agora se lamenta por ter cometido o pecado de não ficar...
Muitas vezes o desespero , a dor , o sofrimento nos fazem desanimar , mas persista na sua fé , ore com todo o teu coração!Deus te ama e jamais te abandonara, não temas o escuro da vida , pois a Luz de Cristo é o que nos faz viver , o que nos salva e liberta de todo o mal !
Creia que o dia da sua vitória chegara e se não chegou ainda é porque Deus te fez forte o suficiente para passar por todas as provações !
Amém !!Creia somente e espere em Deus !
ALMA DE PRANTO
Quando a dor não cabe no peito
A alma transborda de solidão
Não conheço, não quero conhecer
Ou talvez conheça a minha escuridão
Como posso lidar com a dos outros
Nas lousas frias, chegam as aflições
Rasgam o sol da escuridão já tão longa
Palavras duras que transbordam
Excessivamente a luxúria na sua ausência.
Solidão morta habitada, reservada e fria
Resignação quando o medo se torna grande
E a liberdade é tantas vezes pequena
Onde se descansa o corpo na cama estreita
A roupa que se veste, na alma é apertada
Cumplicidade que cresce sem asas
Silêncios de deslumbramentos sombrios
Perpétuos olhos feitos, em ousadias comum
Dor transbordada sem contingência solta no peito
Como posso lidar com a escuridão dos outros
Se não conheço a minha própria escuridão.
Essa dor ainda vai ficar comigo por muito tempo, eu posso negar até pra mim mesma, mas nem meu sono te deixa, eu me viro de um lado para outro em buscar do teu cheiro, do teu abraço, de pelo menos de um sinal.
Sabe qual é a verdade sinceramente? É que sempre carregarei uma parte de você comigo, mesmo que eu lute contra, mas não vou te esquecer, só vou me acostumar com minha dor e minha saudade que não acaba, não acaba nunca! Elas duas serão minha maior companhia todos os dias.
E a culpa disso tudo foi apenas minha, eu jurei que nunca mais me entregaria, que não me apaixonaria, não ia deixar mais ninguém brincar com meus sentimentos, e eu esqueci de lembrar que não mando no que eu sinto.
E sabe o que é engraçado? Que mesmo com tua sua "força" de ter me deixado, tu vai sentir minha falta, das minhas manias, das minhas frescuras, do meu cheiro que você sempre disse que era tão bom.
Então acho que minha "missão de amor" está completa. Eu vou sentir muito sua falta, não prometo não escrever mais sobre você. Mas prometo continuar sendo forte. Ano Novo, novos amores...
E, assim, vou me acostumando a sua ausência. Nunca te esquecerei, mas vou aprender a viver sem você!
Poemas à Morte. 4.
Exato como a morte de contrato.
Infinito como a dor invisível.
Em teu peito sórdido e abstrato,
faço-me, como ti, só e indizível.
O pavor que sentes, emocionou-me.
O horror à nós exalou no mar.
A tua alma viva… Matou a ti…
Eu vi, choraste junto ao mar.
Já lhe vi chorar, já chorei pra ti.
Pois somos apenas um, sem rosto.
Sinto muito de quem a ti servir.
Exporei teu corpo nas galerias,
para lhe desejar durante a noite,
para lhe ver quando nasce o dia.
Ausência
No meu peito existe uma dor
Tamanha, e com grande ardor.
Tem cheiro, tem gosto e tem cor
Tem nome, tem rosto e tem voz
Tem até choro, riso e som...
Ah!!!
Tem cura essa melancolia?
Quem dará jeito nesse coração que vive em aflição?
Atormentado e em uma prisão.
Escura e úmida feito a chuva no sertão.
Em prantos com frio e entregue a solidão
Que dor aguda feito um punhal a sangrar a alma
Sem esperança de um anjo que venha e a acalma.
Cruel Ausência, que me tira as forças e me leva a desfalência.
Que tortura dia a dia, sem piedade e compaixão
Deixando os destroços ao chão
SENTENÇA
Minha sentença é viver sem o teu amor..
Sofrer essa dor,
Que é como um punhal que penetra minha alma,
Sem piedade e compaixão,
Sem culpa, me fere o coração...
O Homem é para a sentença,
A sentença é para o Homem,
O tempo todo somos vigiados,
Chegamos à ser julgados e até condenados.
Qual a culpa?
Qual o pecado?
Amar....
Minha sentença é a saudade,
O amargo de todo e qualquer sentimento...
Que dia a pós dia nos tortura,
Com sua rispidez e frieza,
Que é dura como uma rocha,
Insensível como,
O olhar de quem um dia dizia me amar...
Minha sentença é viver só....
No meio de uma multidão que corre
Para alcançar seus objetivos de pedra,
De queda....
Minha sentença é a indiferença...
Daqueles que me rodeiam,
Que me bajularam e, ou ainda bajulam
Quando é do seu interesse...
Quando os convêm..
Quando é para o seu bem.
Minha sentença é viver longe
Do abraço, dos braços.
Do laço ...
Minha sentença é chorar,
Deixar rolar a lágrima da sua ausência,
Transparecer por eles, a minha condição,
Que é viver esperando...
Por aquilo que talvez nunca virá..
Nunca chegará...
Mas com a certeza de que,
Jamais passará...
Nunca acabará.
Seria essa a pior de todas as Sentenças?
Cantata de Anjo
Sublime e encantadora sua melodia me atenua
Sozinha no escuro sem medo sem dor, ouço-te
Como um suave sopro angelical no ar, ouço-te
Lembrando-me os jardins floridos da alvorada
Deitada no meu bucolismo , ouço-te
Trigo leve e alvejado mistura-se com seu canto
Nuances do seu fino cabelo e seu olhar esverdeado
Invadem meu sono, e purificada e sóbria, ouço-te
Vênus perfumada, sonata de encantos me alenta
Sozinha no escuro sem medo sem dor , ouço-te
Como um eco solitário de amor na nuvem, ouço-te
Lembrando-me os canteiros regados do entardecer
Complacente e calma na minha tristeza , ouço-te
Tona sedosa e fulgente mistura-se com seu canto
Melódico e apaixonado como seu adorado Bem-Te-Vi
Cantata discreta faz-me delicadamente adormecer e
Nunca mais te ouvi, Anjo...
Dor sonho de esperança mágoas sem pudor
Ador puro amor meu coração
Desatino meus murmúrios
Nas sementes tudo tão ausente
Nada mais nada menos que o vazio
Se me diz por me diz para onde foi
Se apenas tudo que tenho benevolente
Que sou ou fui parador serenidade perdida
Minha senhora em bom dia mera solidão.
AS CORES DA DOR
As dores que encontramos pelo caminho, nunca são dos mesmos tons...
A dor da saudade tem tons de cinza claro.. gelado como neve. Linda porém queima a medida que demora diante dela.
A dor da rejeição tem tons de negro.. escuridão.. nos sentimos perdidos sem saber por onde caminhar...
A dor do amor .. são todos as cores.. uma mistura para nos deixar confusos e inquietos.. Nunca sabemos o que esperar dessa dor.. qual cor irá nos atingir.. se é vermelha da paixão.. ou se vermelha do sangue vivo.. da morte..
Rosa calmaria ou rosa opaca.. sem graça.. sem vida..
Azul do céu.. alturas.. ou precipício logo abaixo..
Verde esperança ou verde mar .. correndo risco de se afogar..
Tantas dores.. tantas cores...
Sem Dor...
Sem dor de amor.. o que seriam dos poemas???
Se tudo fosse perfeito... como derramaria lágrimas sobre frases tornando as mais belas???
Tiramos nossas lições justamente em cima de nossos erros e arrependimentos..
O calor do sol não seria valorizado não houvesse as tempestades...
A felicidade plena nos afasta dos versos de uma boa música...
A luz do luar não seria tão valorizada não houvesse noite escura...
Não há nada mais poético que a melancolia...
Que sois o tempo sois vós apenas...
Sois apenas a dor então sois o passado.
E assim como uma espécie raramente ocorre.
Em alguns casos no futuro o descompasso...
Literalmente em uma centenas de vezes
Repetindo o horizonte...
complexo da eternidade...
Simplesmente por uma questão dos direitos
A bem ordem natural de tudo...
Em teoria mas tristeza está na realidade...
Disfunções extremas nas estrelas...
Mesmo em cada ato representado
O tempo tesouro perdido na gravidade...
Muito mais que buraco negro se a morte
De uma estrela e de um universo...
Representa uma fração da criação...
Por intermédio dos astros e estrelas...
Somos conduzidos numa escuridão
Sem limites para sonhar entre as quais
Fomos pequenos grupos de constelações...
Na escuridão dos nossos patrimônios
Que o seja nossas vidas ou pensamentos...
Desejos e prazeres no estado mais puro
da humanidade pois assim a eternidade
torno-se um pingo imensidão do futuro,
mesmo na escuridão de nossas almas
solitárias no vasto manto da escuridão
do universo cru negro sem vida...
Nessa escuridão de nossas vidas...
Tão ausente da natureza da luz...
Numa superfície clandestina do horizonte...
Esquecido por causa disso ou daquilo...
Por mais que somos ou vamos ser...
Brandamente na ondas estáticas
Dos tais sentimentos famintos pela vida.
Numa continuidade infinita
Falhamos e erramos
continuamos ate ser o ideal.
nada escapa do campo gravitacional
a luz puxada para o buraco negro como um paixão,
desmedida reatada pelo tempo refratário luz...
num aspecto científico poético
no caos dos sentimentos assim espalhados pelo universo.
"SOMOS ESCRAVOS"
Resplandecente dor neste deserto de luz
Paira no ar como a brisa do mar
Escravos condenados a trabalhos forçados
Pagam a casa, o carro, a escola dos filhos
Vivem muitas vezes em selvagens conflitos
Sentam-se à frente da televisão
Almas almejadas, egoístas e fracas
A viver, sem viver. O ingrato sacrifício
Vidas com espadas, choques em ferro armado.
