Textos de Desilusão Amorosa
Mais uma paixão não correspondida:
Você achou mesmo que, um dia, ele olharia pra você?
E, mais uma vez, você sonhou, o solitário, o sofrido.
Sonhou com um amor impossível.
Mais uma vez, se enganou.
Viu chances onde não existiam,
interpretou detalhes que não falavam com você.
Tua carência, tua alma pobre de afeto,
te faz criar ilusões ilusórias, sonhos que entram lisos e saem rasgados.
Sim, alma solitária, você se enganou de novo.
Se deixou enganar por si mesmo.
A carência acumulada há anos te faz buscar amor em qualquer olhar gentil,
em qualquer palavra dita com leveza,
em qualquer sorriso que dure mais que o necessário.
Você confunde humanidade com paixão,
gentileza com desejo,
atenção com afeto.
Oh, alma solitária… você não cansa?
Não cansa de causar sofrimento a si mesmo?
Mas eu entendo.
Você acredita, de verdade, que ainda há uma chance,
que sua hora vai chegar.
Você achou que a gentileza dele era sinal.
Achou que, dessa vez, seria diferente.
Mas, não era.
Era só mais uma fantasia.
Mais uma paixão efêmera,
um romance criado na sua cabeça, e só nela.
E agora, alma solitária, você volta pro seu quarto,
pra sua cabeça barulhenta e vazia.
Sangra calado por mais uma decepção.
E, mesmo assim, continua esperando.
DESVIO (soneto)
Hoje nada quero, nem se a paixão quiser
Estou em silêncio, lá fora o alvo me errou
Acontece que meu coração de ti cansou
Nada quero, mesmo se ainda afeto tiver
E assim, nesta emoção, então, eu vou
Deixe a ilusão de lado, não sou qualquer
No meu sentimento não meta a colher
Vai em frente, siga, pois em outra estou
Se livra de mim, nada em mim vai acender
Não pense em mim, a estação já chegou
Desça, pegue o desvio, não vou render
Estou machucado, você na dor acertou
É o fim, entenda, não vamos mais sofrer
Agora só recordação, de quem te amou!
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro, 2017
Cerrado goiano
SINO DOS PASSOS (soneto)
No sertão do cerrado um sino canta
15 horas, um sino num dobre triste
Canta... evocando os Passos aluíste
Do Senhor. Reclinai-vos é hora santa
Um sino canta... A alma no crer levanta
E ao vento soando em um dobre insiste
O canto solitário, que no tempo resiste
Em prece e o testemunho que encanta
Ao longe, num ar sombrio, arde o sino
Chora, e agradece com seus compassos
E o céu se cobre com o repicar em hino
E nesta hora de fé, ao chão os fracassos
Nossos, e o perdão ao nosso Pai Divino
No campanário, soa o sino dos Passos!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23/03/2020, 15’20” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
mexendo em minhas coisas encontrei uma fotografia...
de repente gotas de dor e tristeza cairam sobre ela , eram lagrimas q do meu rosto escoriam pois lembrei do teu abraço apertado ,do teu beijo molhado , to teu sorriso tao formoso, dos teus olhos brilhantes ...entt voltei a sorrir pois lembrei das brigas bestas, das nossas brincadeiras bobas, dos momentos felizes q passamos .
isso ja faz algum tempo mas ainda sinto falta dela
Hoje
Abrigarei soluços no peito
Afogarei o travesseiro
Direi adeus sem palavras
Sem abraços
Sem seu reflexo em meus olhos
Hoje
Dividirei o copo com a tristeza
Tomarei um porre de saudade
Beberei do vazio que ficou
Só hoje
Amanhã passarei batom vermelho
Darei novos sorrisos
Se não der...
Viverei de improviso.
►Melancolia
Minha linda sereia de sonhos encantados
Hoje lembrei-me de tuas caricias
Hoje lembrei-me e contemplei o nosso belo passado
Adoeci, minha linda sereia, adoeci
Talvez eu não conseguirei terminar esta carta
Escrevi tantas, doces como o tocar em uma pétala
Tantas, que me fogem, com a pressa
De encontrar tua dona, linda sereia, minha dama.
Os meus dedos, outrora combatentes ávidos da solidão
Hoje estremecem perante o vazio dos anos sem ti
Em meu coração, sereia, ficara à vontade e, logo, se fora
Linda sereia, entristeço-me, sem limites
Às vezes acordo quando estou prestes a sorrir,
Por vê-la, linda sereia, em minha preciosa imaginação.
Lágrimas, fora tudo o que meu caderno recebera de mim
Borrões escondem dedicatórias, escondem minha aflição
Espero, linda sereia, que esteja à minha espera
Oh, minha linda sereia, quero senti-la
Assim como naquela breve primavera, que lhe fiz a promessa
Promessa aquela que se rompera com a tua partida
Ah, que desejo incontrolável de gritar o teu nome, em desespero
Envelheço abatido, triste, com apenas versos sofridos
Almejando reencontrar contigo, linda sereia, me condeno
Em te apreciar em devaneios, em ilusões feitas pelo tempo
Linda sereia, poeta não sou e jamais serei
Pois, sem o teu amor, me torno um ninguém
Linda sereia, sereia minha, espero que ainda me ame,
Pois te amo tanto, que consigo vê-la em quaisquer cantos.
Ontem presenciei uma cena tão bela, nostálgica
Dois jovens apreciando os campos floridos da praça
Prática essa esquecida, e levada pelo vento, uma lenda mística
Mas, minha alegria deu lugar a lembranças de uma vida perdida
Ah, se tu ao menos me enviasse cartas,
Como aquelas que outrora me alegravam, simples e descuidadas
Não se preocupando com erros e com as palavras.
Amarei você até que a última rosa toque o caixão
Paixão, deixarei para traz uma vida sem direção
Pois minha musa, minha sereia, se despedira sem prévia comunicação.
Escrevo, como sempre o fizera
E, em solo fértil, quebrarei minhas algemas
Meu amor, que saudade de suas peripécias
Que saudade de nossas conversas.
Escrevo, como sempre o fizera
Esperando abraçá-la novamente, minha doce donzela
Esperando abandonar este mundo de trevas,
E retornar aos braços de minha Bela
Despeço-me, por hora, de ti
Venha me visitar algum dia, sim?
Estarei aqui, na cadeira que grita sua velhice
Estarei aqui, assim como um dia você dissera, como um "cãozinho"
Querendo mais que tudo o carinho e, tenho certeza,
Que voltarei para ti
Minha doce e linda sereia.
Caramba, será que eu fui feito pra errar?
Minha mente uma hora parece estar certo, e depois não tá.
Isso prejudica só a mim?
Por quê eu sou assim?
Um poema que mais parece um interrogatório,
Feito de eu pra eu mesmo, peço ajuda. Não, eu imploro!
Pois não aguento mais essa indecisão,
Uma hora é "sim" noutra é "não".
Talvez eu seja doente,
Ou não esteja passando por uma fase boa.
E por mais que eu tente,
A minha mente continua louca,
Sem muita coerência,
Isso tem a ver com inteligência?
Não sei até quando vão ter paciência,
Se eu fosse empresário, já estava em falência.
Pensei nisso como se o mundo eu não temesse.
Mas uma coisa, dúvida gera desinteresse.
Então eu sou desinteressante,
Pois minha vida é uma incógnita não é de agora, mas desde antes.
Essa fase que eu tô passando não desejo a ninguém,
Muito menos a você, que eu faço de tudo pra te ver bem.
Vou dormir, acho que não tô bem
Mas escrever pra não chorar, esse dom poucos têm.
Humor Cadavérico
A frieza ríspida, brusca, inexpressa a verborragia eloquente de seus olhos onde se floresce a tristeza que escurece a abóboda dos teus olhares.
O rosto corado reflete com um ar trágico como água inerte, que transparece o sombrio e sádico desânimo de seus pesares.
Se esquece da natureza doce e reescreve em sua beleza o retrato da alma podre outrora ilesa, que agora padece em seus agitados mares de incerteza e de lagrimas que caem aos pares.
Será isto, um estado contínuo e irrefutável, que fora escrito na dura rocha do peito tal a lei?
Será passageiro, talvez a culpa tardia e longa dos tolos casos em que errei?
Seria isto, meu reinado de tristeza, melancolia áspera que eu herdei?
Se isto for, pego comigo toda essa lastimável podridão que a mim se mistura de forma homogênea, me proclamando ilustre Rei.
perdi-me num sonho do qual não queria acordar
dias e dias passaram e só queria chorar
pensava estar feliz mas feliz eu nunca fui.
" Olá isto sou eu mentido por falta de amor"
dias de mentira vivi
prendi-me a ti e ali fiquei
atrás de ti corri até o dia em que me cansei!
em tempos me perdi
em tempos me encontrei
agora sou só eu
Eu e mais ninguem !
Hoje parece que me falta algo...
Uma bebida.. Uma Pessoa... Uma Compania..
Um cigarro... Hoje me falta a vontade de bate em alguem...Me falta a raiva eo odio
Hoje me falta a vontade de amar... Me falta a vontade de querer segui em diante e olhar pra frente...
Hoje eu so quero vencer a falta que você me faz o querida é doce Solidão que aperta meu coração ..
Que Me traga como o final de um cigarro... que me descarta como uma garrafa de vodka vazia
A SOLIDÃO SE FAZ COMPANHEIRA
Esses dias
Eu tenho
Me sentido
Estranha
Não paro de pensar
Em você-, que absurdo!
Eu não reajo
Bem a paixão
Não consigo vê-la
Como algo natural
Não posso aceitar
Que estou apaixonada
Por você
Acho que já estou
Acostuma com a solidão
Talvez o meu
Destino
Seja morrer
Sozinha
Ju
No silêncio da noite me deito na rede
E apesar de ouvir só os meus pensamentos,
Sinto no peito a dor da saudade de quem um dia já tive
Lembro daquele beijo gostoso
E dos teus longos cabelos negros entre os meus dedos.
Como sentir o teu cheiro era bom!
Sentada em mim no banco do carro
Olhava a tua boca a salivar
E me alegrava ao ver teus olhos marejados de prazer
Me lembro como se hoje fosse aquela noite
Eu te beijava suavemente
E você me mordia o pescoço
Mas infelizmente,
Por medo e nada além disso,
Tudo acabou.
O carinho nunca se foi.
A saudade ficou.
E a lembrança mora comigo.
Lágrimas da Alma
(Jelres Freitas - Dezembro/2012)
Lágrimas da alma,
Se traduzem em pensamentos.
Quão grandes sentimentos,
Quão puros sofrimentos.
Oh Alma Porque Choras?
É uma pena que as palavras sejam finitas
Por mais que sejam bonitas
Me encontro em situação aflita,
Jamais encontrarei guarida
Ao tentar me expressar.
Sentimento que tenta desabrochar,
Mente que hesita em pensar,
Medo de que possa eclodir,
Será que vou eu resistir?
Oh, o que decidir?
Decisão? Difícil de se tomar!
A quem declamar?
Penso, por que preocupar?
Se tudo passa, isto há de passar.
Minha maldição
Dois de cada coisa
Dois amores não correspondidos
Dois anos de sofrimento
Dois melhores amigos perdidos
Aposto que mais dois anos remoendo
Já morei em duas casas e um apartamento
Será que mudarei por causa desta maldição?
Dois minutos de paz neste momento
Enquanto escrevo uma poesia que nunca virará canção.
Duas horas chorando
Dois dias segurando o choro
Duas ideias ruins, eu fico pensando
Se vivo de dores ou se morro.
A Rosa no Jardim Poluído
No meio do caos, nasceu uma rosa,
Tão frágil, tão pura, tão só.
Era vida onde tudo era cinza,
Um suspiro no mundo sem voz.
Ela crescia entre pedras e vidro,
Entre sombras que a queriam calar.
Mas sua cor gritava resistência,
Como quem se recusa a parar.
O vento trazia poeira e mágoas,
As folhas caíam sem aviso.
E a rosa, firme, se perguntava:
“Vale a pena florescer num lugar tão vazio?”
As estrelas, que nunca a notavam,
Brilharam uma noite, só pra lhe ver.
Mas no dia seguinte, indiferentes,
Deixaram a rosa sozinha a sofrer.
E assim ela murchou em silêncio,
Sem culpa, sem glória, sem fim.
Era bela demais praquele jardim,
Mas ninguém enxergou até que chegou ao fim.
Talvez sejamos todos essa rosa,
Tentando ser vida num chão sem razão.
Florecendo, mesmo sem sentido,
Numa luta entre o coração e a solidão.
O Peso do Abraço
Te abraçar é sentir o mundo parar,
Como se a vida tomasse fôlego em nós.
Carrego o peso de tudo o que não dissemos,
Palavras presas, gritos que viraram pó.
E, mesmo assim, teus braços me curam,
Como quem diz: "Fica, ainda há tempo pra amar."
Garota Confusa
Ela veio como vento, sem saber o caminho,
Um riso perdido, olhar tão sozinho.
Falava de sonhos sem explicação,
E escondia verdades no seu coração.
Era doce e amarga, mar e deserto,
Um passo em falso, um querer tão incerto.
Eu tentei entendê-la, mas me perdi,
Pois ela era um mistério que nunca abri.
No fim, partiu como quem não quer ficar,
Deixou saudade onde quis me apagar.
E eu, que só queria lhe dar um lugar,
Descobri que não se prende quem não sabe amar.
Amaldiçoada, eles dizem.
A garota que chama atenção por onde passa,
Por onde passa sua silhueta os satisfazem.
Sua beleza ultrapassa os limites da natureza;
A natureza apenas observa o quanto grandiosa é essa garota,
A grandeza de cada detalhe em seu corpo e alma.
Apenas a derrota e capaz de desafiá-la
E com calma e clareza, a garota é capaz de vencê-la.
Amaldiçoada, eles dizem,
A garota que é capaz de fazer você se apaixonar.
Mas com insatisfação e decepção,
A garota deixa o mundo sem sua maldição.
Infinitos finitos.
Tem tantas coisas acontecendo
Comigo, aqui dentro
E eu queria te contar;
Queria te contar tudo;
Mas eu tenho medo.
Eu tenho medo porque
Não sei como vai ser
Quando você saber
Será que vai conseguir entender?
Eu reconheço,
Meus pensamentos são intensos
E minha mente descontrolada
Anda a mil por hora.
E você não foi feito para ser assim.
Você é pedra.
Pedra fria que me esquenta,
Me alucina,
Me encanta,
E amedronta.
Porque eu sei que existem infinitos
Maiores que outros.
E você já deve saber o tamanho do meu.
Mas,
Mesmo que pareça mentira
Ainda não sei quase nada
Sobre o seu.
Será que eu me entreguei demais?
Me abri demais?
Fui eu mesma demais?
Para alguém que sempre souber ser,
Alguém que sempre foi,
Só o de menos.
É que teu encanto é lindo,
Você é lindo,
Seu jeito é lindo.
Mas, o meu infinito não cabe no seu.
E eu não sei, se você
Quer que caiba.
Refrãos sem freio
Sabe o teu gosto de música?
Coincidentemente ele combinou com meu.
Sabe aquelas músicas? Aquelas que você tanto posta?
Eu comecei a curtir.
O problema foi que a minha curiosidade e o teu gosto
colidiram como novidade pra mim.
Logo, eu já as ouvia normalmente pensando em você,
Em porcentagens cada vez mais crescentes.
Até que eu não pude mais ouvi-las
Pela dor que seria lembrar a cada verso,
Relacionar cada refrão à sua pessoa.
Saber que a rejeição era certa bloqueou a continuação dessa ilusão
Mas quem sou eu pra impedir meus sentimentos?
Ser a dona dele não é o suficiente.
O progenitor passa a não ter mais poder sobre suas próprias crias;
assim como eu não tenho sobre os sentimentos que em mim afloraram.
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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