Textos de Culpa

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⁠"O grito da caserna"

Me cansei das palavras bonitas escritas em verde-oliva
Em verde-oliva pra escrever bem sobre as mulheres
Medíocres muitas palavras pintadas
Que mulheres da caserna superaram desafios e fazem parte da história
Da história de quem? Pra quem?
Calam-se pra erguerem o troféu do preconceito
Preconceito de gênero, de formação, de vida.

Sob os sóis de formaturas
Finge-se adestrar mulheres
Adestradas pela hierarquia e disciplina
Mulheres que tratadas pela Força seriam firmes
Seja firme para quem? Por quê?
Que mal tem em não ser firme se a mulher pode ser o que ela quiser
Exerça sua função! Mas não escrotize.
Exceto se sua essência for escrota.

Me cansei da farsa que obrigada camuflar os sentimentos
Que diz que ninguém chora, não pode cansar, não deve parar
Me cansei dos olhares hipócritas e preconceituosos
Gritei
Voz não tem eco no horror
Voz não tem dono no terror
Fantasmas não têm voz
Porque gritar só pode ser “Sim Senhor!”

Não cansei de marchar pra meu destino
Escolhi levantar a bandeira em silêncio
Depois do medo, da opressão, de depressão
Larguei a bandeira da mulher farsante que não sou
E assumi que não sou produto da grande fábrica de robôs
Por quê? Porque tive medo, senti opressão, vivi depressão
Por quê? Porque sou frágil, humana, espontânea, natural.

E neste brado não se escondem minha aversão
Náusea às sociopatas sedutoras de plantão!
Seus chamarizes estão nas estrelas
Cujos trajes ordenados só lhes despertam as oportunistas por ocasião!
Essa mulher nunca fui eu
Por quê? Porque sou frágil, humana, espontânea, mulher.

Sr comandante que não me perdoe!
Eu quis me libertar, eu não nasci esta mulher que o holocausto criou
Forjada no aço da exclusão e da tortura
Estou aqui
As memórias da caserna fazem parte de mim
Não quero mais os regulamentos desregulados
Regras que encobrem e protegem os mais altos e ambiciosos
Os que preferem encobrir erros a perder uma promoção.

Sr comandante que não me perdoou!
E de “vermelha” me rotulou
Não teve estratégia para me “converter”
E o grito de dentro da caserna eu precisei ter.

Um grito de liberdade foi o silêncio da despedida suprimida
O grito supostamente silenciado fora substituído
pelo grito que ganhou mais força com a soma das memórias.

Eu nasci mulher, biologicamente mulher
No entanto, eu me fiz mulher, audaciosamente mulher
Mulher que pensa
Mulher que chora
Mulher que se cala pra ter voz na hora certa
Mulher que sente
Mulher que deveras consente
Consente pelo cansaço do fardo.

Foi a esperança de ganhar força o meu grito de mulher
forjada no campo da batalha castrense
grito que ecoa sem poder escolher
que escutem todos, a partir de agora, o “eu” que a esta mulher pertence.


Poema publicado no e-book "Fragmentos de Inspiração: versos e poesias"

Inserida por JaniaradeLimaMedeiro

⁠"Inocente útil"

Inexiste outro adjetivo para classificar
Embora descaracterizando-se da essência original
do conceito inicial à inocência útil enxergar.

Aqui não se erguem bandeiras político-partidárias
que se pudessem explicar
aqui, talvez, somente a política relação
por parte dos oportunistas de plantão!

Oportunistas são seres de visão!
Veem num relacionamento necessário a fonte de informação
Buscam impactos por influências
Que lhes abram portas à continuada formação
e que os ingênuos favoreçam à sua produção.

Tão inocente: não se viu manipular
Por caridade, facilitou aos astutos “necessitados”
Fantasiou e iludiu-se:
as relações fluidas eram de pureza aos “interessados”.

Através da relação de interesse
foi sugada a malícia racional
capaz de acreditar na perversidade humana
porque na estrutura de pureza,
via-se somente o estereótipo angelical.

Por meio da sua integridade
não enxergou a malícia humana e o
poderoso envolvimento cruel
dos atentos em beneficiarem-se com toda gama.

Ingenuamente, compartilhou conhecimento
espontaneamente, acreditou na construção de relações sólidas
inocentemente, dividiu seu material e trabalhou para “amigos”.

“Amigos” que sentavam ao seu lado
desde a caronista fingidora de emoções,
aos artistas do teatro da vida!

Os ingênuos são aproveitados nas fases em podem ser úteis
e os astutos deleitam-se do melhor que os puder usar.
Os lobos, abastecidos de seus ardis,
sondam terrenos férteis de ignorância sobre a maldade humana.
Raposas fingem-se dóceis e amigáveis para conhecer suas fragilidades.
Caroneiros da boa fé, inclusive.
Astutos que utilizam da parábola cristã e fazem-se de cordeiros.
São hipócritas e dizem o que não praticam.
São sociopatas e investem em vestes para representar.
Utilizam-se do discurso divino para promoção da confiança .
E brincam “eu tenho cara de ser gente boa mas sou uma pessoa má”.

Lobos covardes, medíocres e aproveitadores
sabotam-se em suas falsas convicções.
Golpeam injustamente os que estenderam a mão:
Os prestativos, porem inservíveis, já não têm mais espaço.

O diário cruel da caserna em que opressores se oprimem
porque se “a farinha é pouca, meu pirão primeiro”.
Inexiste camaradagem.
Mentira! Cada um por si e salve-se da próxima escala de serviço ou missão.

E assim vida verde-oliva segue
processa novos contextos e necessidades.
Pelo instinto de sobrevivência na caserna
“ex-caronista descobre outras relações de necessidade útil,
desprezando quem se tornou inútil
desde que deixou a farda verde-oliva”:
frustado depoimento da ingenuidade iludida.

Experientes no processo de tirar proveito,
rompem com as relação de utilidade,
são malditos ferem inocentes.

Ferimento de mágoa, dor, ressentimento transformados em
reconhecimento da exploração emocional:
a inocência útil começa a processar rancor.
Porque insignificante torna-se tudo o que pensa-se de bom ter construído.

Disfarçados do discurso hipócrita da bondade em nome de Deus
escandalizam a pureza do amor divino real.
A sua religiosidade suja e profana do egoísmo e do individualismo.

Desfarçam-se por meio do mandamento cristão de amor ao próximo.
Farsantes!
O próximo são seus próprios ‘eus’
usurpadores de mentes e corações
dedicados à concretização do único amor importante:
autoamor.

Amor próprio, egocêntrico e capaz de convencer o inocente útil
Usá-lo, envolvê-lo, conquistá-lo e, descartá-lo.

É justo que sejam sempre bonificados?
Pensando no sentido da formação para a vida
Cada um que escolhe teu caminho e utiliza seus dons...

Poderia ser indiferente e desejar-lhes só o bem ... mas
neste momento manifesto minha necessidade de evolução espiritual:
que os lobos recomecem e sejam surpreendidos
que lhes seja permitido recomeçar novos ciclos
que estes novos ciclos reproduzam a ojeriza que nutro
que este nojo multiplique-se e solidifique-se
que suas máscaras caiam
que possam envelhecer essencialmente solitários
que sejam cercados por nova geração de lobos que lhes seque
que suas almas (caso as tenham) sejam de lamento por seus vazios
que vejam a força que fizeram nascer aos inocentes úteis
que matem-se na alcateia
que morram-se.

Poema publicado no livro: "Fragmentos de Inspiração: versos e poesias"

Inserida por JaniaradeLimaMedeiro

⁠"Como e por que me tornei professora?"

COMO ?
Estava nos primeiros passos ...
brincadeiras com sucatas!
com suas cores e formas ...
desconsertavam e voltavam ao compasso!
objetos que construía,
que só pra mim sentido faria.
Com outra percepção se deu
quando as letras eram desenhos
que surpresa:
os coloridos representavam sons.
Nas mãos da mamãe as figuras brincavam:
cortava, colava e dava outros tons.
Chamou-as de sílabas
e brincávamos de rir.
Vi que sozinhas,
as vogais tristonhas
com essas tais consonantes
precisavam interagir.
E sobre o papel sem cor
a mãe me provocaria
e eu coloria, a sorrir.
Certo dia papai chegou
e um grande presente na parede fixou.
De tão verde parecia a mata
Com seus bastões coloridos
que no quadro verde podia tingir.
De tão alto me obrigava
nas pontas dos pés ficar
e de joelhos eu descia
para desde sua base
as minhas letras começar a desenhar.
Crianças chegavam de lá e de cá.
Vizinhos e primos queriam brincar.
Os colocava sentados no chão
e ali começava a brincar de ensinar.
E assim foi...
pela descoberta das letras com a mãe colorindo,
montando e desmontando pra ler
por meio do pai a brincadeira completava
quando as crianças amontoavam
e dali eu dizia que ensinava a escrever.

POR QUÊ ?
Na escola aprendia
conversando com a “tia”
que a todo tempo me chamava
porque parada eu não ficava.
Seu tom de voz, medo não causava
porque tia Heralda, tranquila sempre estava.
Me pedia para ajudar na sala
e no recreio eu podia ter minha fala.
Assim descobria uma nova ação
entre professor-aluno uma relação.
De origem não genética
mas de natureza dialética.
Então pude conhecer
que “todo professor é sempre aluno
e todo aluno, professor, pode ser” 68
Estas palavras do Seu Antonio
que em suas cartas eu pude ler
para me preparar e entender
sobre as inquietações deste universo do saber.
Assim com Gramsci um pouco mais entendi
por que docente eu me vi
e tão logo o coração aquiesci.

Poema publicado no livro "Fragmentos de Inspiração: versos e poesias."

Inserida por JaniaradeLimaMedeiro

⁠Os multiletramentos direcionaram à multiplicidade cultural de diferentes públicos e multiplicidade de significações, com reflexos dos seus diferentes signos linguísticos, objetos e interpretações.


Extraído do livro: "Fábulas para se ler além da escola", Editora Schreiben

Inserida por JaniaradeLimaMedeiro

A prática da leitura e da produção textual refletem na cultura e na linguagem, contribuindo à formação humana na perspectiva integral em que os sujeitos aprendem a construir formas de pensar, além de articulações linguísticas capazes de recriarem novas condições sociais.


Extrato do livro: "Fábulas para se ler além da escola", Editora Schreiben

Inserida por JaniaradeLimaMedeiro

⁠O cravo brigou com a rosa, levou tapa e fez careta,
Disse: “Nunca mais te falo!”, saiu com muita treta.
Mas no baile da alegria, veja só que confusão:
Tavam juntos, lado a lado, dançando de mão na mão.


Paráfrase em cordel da canção popular “O cravo brigou com a rosa” publicada em "Cordel de primeira viagem: estudantes em sua estreia literária pelo sertão encantado da cultura nordestina"

Inserida por JaniaradeLimaMedeiro

⁠Era necessário que a coroa de espinhos fosse colocada sobre sua cabeça?
Nenhum dos ladrões que com ele foram crucificados recebeu esse ornamento.
Mas a Ele — JESUS — era preciso humilhar, expor, desfigurar.
Colocaram-no diante dos seus, não como mártir, mas como artífice de uma conspiração.
Queriam que o vissem como autor e executor de um levante contra os poderosos.
E assim, sob o peso da dor e do escárnio, coroaram o inocente com o símbolo da culpa alheia.

Inserida por CCF

⁠Surto de alforria
Estamos surtando -
Mas não.
Não é um surto psicótico.
Estamos em um surto contra nós mesmos.
Contra a vida.
Contra todas aquelas coisas e verdades que nos obrigamos a engolir diariamente.
A loucura brota da mesma vertente da sanidade.
Duas faces de uma mesma moeda.
A depender das circunstâncias:
veremos apenas uma delas como verdade absoluta durante uma vida inteira.
E do que tanto digo sem dizer?
Por ora, anuncio o descrédito por si mesmo.
Ou, a loucura de acreditar.
Falo do ódio a si próprio.
Ou, da loucura de, talvez, ousar se amar.
Quero proclamar minha loucura
com a aventura de dar-me alforria.
Denunciar minha sanidade,
de ter me mantido em cativeiro,
privando-me da exposição,
do julgamento,
do apedrejamento em praça pública.
Estou surtando.
Ou, sendo curada por minha loucura.

⁠Amar nas sombras



Não tente explicar aquilo que você ainda não viveu, a experiência grita mais alto e desmascara os sem noção,

me chamam de antissocial só porque eu gosto de ficar em casa a sós pensando nela,

só um pouquinho de você aqui eliminaria o meu silêncio e abriria enormes sorrisos,

uma rede, duas árvores , um livro e a paisagem do vale a frente, é esse o retrato que me faz lembrar de como você é perfeita e doce na sedução através da saudade.

Inserida por Ricardossouza

No caos a salvação



⁠No caos, depois do período da cegueira passar o mar vermelho começou a se abrir,

noites densas, reações intensas, perdas imensas, o tempo indefinido,

no quase fim, ao olhar pro nada profundo por muito tempo fui resgatado e guiado por uma luz que dizia sim é possível,

poucas mãos valentes foram suficientes para alimentar a chama ardente que ainda tomava conta de mim,

vozes me diziam que tudo era passageiro, sonhos me mostravam o fim do pesadelo,

noites em vão, dias perdidos, na corda bamba um show de desafios,

com o apoio de corações bondosos o meu ser que até ali era indomável se olhou por dentro e enxergou a mudança,

no churrasco depois de uns anos, entre os sorrisos e as lembranças daquela tempestade, o olhar de orgulho e a salvação enlaçada pela amizade e coragem de poucos me trouxe até aqui firme e motivado na intenção demonstrar o quanto é importante acreditarmos que tudo vai da certo é só focarmos em acreditar que existem saídas e elas vão aparecer para nos resgatar de quaisquer situações que sejam.

Inserida por Ricardossouza

Sensatez




⁠Olhar antes fora da caixa é um movimento que pode definir se sua tentativa de escolha foi vitoriosa ou será um erro continuado,

Tentar viver as próprias fantasias no mundo da realidade é um ato de coragem ou uma fraqueza protegida pela soberba,

Uma erupção sanguínea acontece a cada vez que eu penso em você e as flores, o campo, as montanhas e a noite profunda são testemunhas de uma única vítima,

Da lua nova a lua crescente minguante o mais sensato a dizer é que eu continuo observando você.

Inserida por Ricardossouza

⁠Ladrão de ilusões


Navegando pelo mar das ilusões, espalhei sorrisos e abraços fortes,

em cada ancorada pratiquei o escambo e como moeda de troca me oferece como prêmio em busca das joias pulsantes,

sonhos derretidos, prazeres passageiros, promessas jogadas nas ondas, sentimentos aprisionados, distancias infinitas,

conquistador de corpos e mentes, deixei perdido no tempo a magia de um navegante aventureiro, roubei almas, distribui desejos, vendi o retorno, carreguei gritos e sussurros nas viagens sem destino,

de uma lenda, a uma história,

de um pirata aos corações.

Inserida por Ricardossouza

⁠Ninguém Viu" – por Wallace de Oliveira Silva

Ninguém viu quando chorei no silêncio,
nem quando segurei o grito com um sorriso.
Fui forte pra todos, menos pra mim.
E ainda assim… ninguém notou.

Fui abrigo pra quem só sabia partir.
Estendi a mão pra quem já vinha armado.
Falei de paz, recebi guerra.
E ainda assim… eu fiquei.

Me chamam de ingênuo,
mas não sabem o quanto eu sangrei
pra continuar Não sabem quantas vezes eu me perdi
pra não perder o outro.

Cresci onde amor era luxo,
mas eu dava de graça.
Sonhei onde era proibido,
e mesmo assim… continuei sonhando.

Não é fraqueza querer ver o bem no outro.
É coragem.
Coragem de ser luz,
mesmo quando só te entregam escuridão.

Inserida por wallace_gregorio

⁠De Pé Por Dentro" – por Wallace de Oliveira Silva

Tô cansado, mas sigo.
Com a alma rasgada, mas o olhar firme.
Ninguém vê o que eu escondo —
só sentem falta quando eu me calo.

Já levantei gente enquanto eu caía.
Já fiz sorrir quem nem sabia meu nome.
E mesmo assim, continuo doando
um pouco de mim em cada gesto.

Tenho mil cicatrizes,
mas nenhuma me fez virar o que eu jurei não ser.
Não jogo sujo,
não piso pra subir,
não aponto o dedo pra quem já tá no chão.

Já entendi que nem todo mundo vai me querer bem.
Mas isso não muda quem eu sou.

Porque quem é luz,
brilha mesmo em meio ao abandono.

E eu sigo aqui:
de pé por fora,
mesmo quando tudo desaba por dentro.

Inserida por wallace_gregorio

⁠Vitrine de valor


Relógio travado, noite silenciosa e uma tocha acesa a iluminar os passos,

A imaginação pincelada nas paredes dos casebres, exposta nas árvores, espalhada pelo chão de pedras antigas, o intenso pensar no caminhar,

Nas ruelas da cidade de Ouro Preto, o cheiro do pão de queijo e dos doces mineiros feitos por ela saiam pelas janelas abertas e invadiam a história escrita na intenção de impulsionar e revolucionar um sentimento que parecia perdido no tempo mas por necessidade dos desejos, das verdades e da saudade resolveu se apresentar como um grandioso lustre de uma catedral,

Endossado pelas idas e vindas subi as escadarias do íntimo com o selvagem, o aventureiro, o trapaceiro e o efêmero sendo deixados de lado a cada degrau vencido,

Priorizar a essência pode revelar uma vitrine bem iluminada e cheia de oportunidades de valor.

Inserida por Ricardossouza

⁠SEGUNDA-FEIRA COM OZZY – UM RITUAL DE MEMÓRIAS E PRESSÁGIOS

(Por John Rabello de Carvalho)

Ontem era só mais uma segunda-feira comum.
Ou pelo menos, parecia ser…

Mas às 9h da manhã, quando meu irmão Estevão me chamou e me perguntou: e aí cara, você viu a mensagem que te mandei? Respondi que não, então ele me chamou até a sua casa e me mostrou as carnes para um churrasco, com as cervejas e o vinho, algo estranho começou a tomar forma.
Um espírito antigo acordava no som do primeiro riff...
Ozzy Osbourne começava a cantar…
E o tempo parou.

Não sabíamos porquê, mas estávamos ali:
Celebrando sem motivo. Brindando como profetas do nada.
Rindo, lembrando histórias, ouvindo — de “Mr. Crowley” a “Mama I’m Coming Home”, como se fosse o último disco antes do fim do mundo.
Falávamos dele, do Sabbath, da história, da loucura.
Como se estivéssemos preparando uma despedida...
…sem saber.

E o dia passou inteiro assim.
Ouvindo o Príncipe das Trevas.
Mas quando a madrugada caiu…
Veio o silêncio por dentro.

Três e pouca da manhã.
Ozzy ainda tocando em meu celular,
e meu peito apertando como quem pressente o fim.
Um choro travado. Uma tristeza sem nome.
Como se o tempo estivesse me dizendo:

"Isso que você sente é real.
Você está de luto por algo que ainda não aconteceu."

E então eu vi:
Não era só sobre música.
Era sobre tudo o que vivi até aqui.
Era sobre mim mesmo, meu passado, minha juventude, meus medos,
os fantasmas que gritam nos solos de guitarra.
Era sobre a fragilidade do eterno.

Hoje acordei e ainda ouço Ozzy.
Mas não é mais ele cantando para mim.
Sou eu cantando por ele.

---

E então veio a notícia. A dor tomou forma.

Infelizmente, nesta terça-feira, 22 de julho de 2025,
meu coração vestiu o luto eterno,
porque John Michael Osbourne, o eterno Príncipe — Ozzy — partiu deste mundo.

E eu não sei como lhe dizer adeus…
Mas creio, sim — creio que suas músicas viverão até o fim do mundo.
Agora, apenas virão os dias, os meses, os anos,
até que chegue a nossa vez…
E quando chegar,
espero ouvir, na travessia do além,
um último acorde ecoando em trevas e abrindo a porta para a luz:

"I’M GOING OFF THE RAILS ON A CRAZY TRAIN..."

Descanse, Príncipe. Viva eternamente em cada alma que queima com tua voz despertando bons sentimentos.

Inserida por JRabellodeCarvalho

⁠Mateus 7.13-14 – A Porta Estreita e a Porta Larga.
A régua de medir da hipocrisia é, ironicamente, desmedida...
E quando as narrativas se tornam intérpretes da verdade, a mentira ganha espaço, obscurecendo a realidade e distorcendo o que de fato acontece - espaço aberto para a estrada larga do mal.
E assim... As conveniências do mundo se moldam a um emaranhado de escolhas confusas, com efeitos paralisantes, que recusam o Caminho Estreito — Jesus Cristo — para trilhar o caminho largo do pecado, que conduz à estagnação, à destruição e à separação de Deus.

Inserida por JulmarCaldeira51

⁠Movimentos intocáveis


O que não me prende ao chão e não me faz flutuar não merece os meus sacrifícios, não merece as minhas mágoas e muito menos o meu silêncio.

Escavando os desejos encontrei intactos os olhares, as palavras doces e os sentimentos perdidos, logo morri por dentro.

Penalizado pelo ritmo lento das lágrimas deletei os gritos mas recarreguei a saudade e no exagero dos tropeços as desculpas soaram em vão,

A música toca e agora danço inconsequente com a mulher hoje intocável, porém frequentadora assídua da minha mente.

Inserida por Ricardossouza

⁠O Amor — por Edergilian Alves de Sousa

O amor é esse mistério doce que nos envolve sem pedir licença. É quando a gente se ilude, mas chama essa ilusão de esperança. É quando buscamos um propósito que nem sabemos se existe, mas mesmo assim seguimos, de olhos fechados, coração aberto, peito entregue.

É ter coragem de acreditar no inacreditável, de abrir os braços para o impossível, de aceitar o que, para muitos, seria inaceitável. O amor não faz sentido — e é justamente por isso que faz toda a diferença.

Quando se ama, barreiras que pareciam muros viram pontes. Distâncias se encurtam, medos se desfazem, e tudo o que antes era limite vira motivo para continuar. Porque amar é desafiar a lógica, é apostar todas as fichas na incerteza, é se entregar sabendo que não há garantias, mas ainda assim querer — e querer muito.

No fim, o amor é tudo aquilo que a gente deseja pra si mesmo: é cuidado, é calor, é colo. É estar inteiro no outro sem se perder de si. É desejar tanto, tão profundamente, que mesmo sem ter certeza de nada, a gente se sente mais vivo do que nunca.

Amar é isso: um salto no escuro que ilumina a alma. É tudo o que não se explica — mas se sente. E, se for pra ser ilusão, que seja a mais bonita de todas: aquela que faz a vida valer a pena.

Inserida por edergilian

Biquíni Cavadão – Vozes que Nunca se Calam

Na curva do tempo, no grito do chão,
Surge o som forte do Biquíni Cavadão.
Não é só uma banda, é filosofia,
É trilha de luta, é luz que irradia.

Bruno Gouveia, a voz que comanda,
Que canta verdades, que nunca se espanta.
Seu timbre é bandeira em qualquer geração,
Nos leva pra dentro da própria canção.

Carlos Coelho, nas cordas da vida,
Transforma em melodia cada ferida.
Com riffs precisos e alma no som,
Nos guia com notas que tocam o dom.

Miguel Flores, maestro dos sons,
⁠Teclado e essência nas ondas e tons.
Pinta com dedos paisagens no ar,
Um mundo inteiro pra nos encantar.

Álvaro Birita, no tempo perfeito,
Comanda os tambores de peito a peito.
Batidas que marcam amor e emoção,
Ritmando histórias do coração.

Quatro estrelas, um só coração,
Formam o universo do Biquíni Cavadão.
E cada canção, uma estrada, um farol,
Nos aquece a alma como um raio de sol.

Entre o ontem e o sempre, seguem sem freio,
Com rock, coragem e um lindo anseio.
E quem já os ouviu sabe da razão:
Eles moram pra sempre dentro da canção.

Inserida por wallace_gregorio

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