Textos de Chico Chavier sobre o Amor
Quer falar sobre realidade? Não vivemos em nada que chegue perto disso desde a virada do século. Nós a desligamos, retiramos a bateria, comemos coisas transgênicas e jogamos os restos na lixeira da condição humana. Moramos em casas de marca registradas por empresas que foram construídas sob números bipolares que crescem e sobem em telões digitais nos hipnotizando no maior sono que a humanidade já viu. Precisa cavar fundo, garoto, antes de achar algo real. Vivemos em uma reino de mentiras, um reino em que você viveu por tempo demais. Então não me fale sobre não ser real. Sou tão real quanto o rissole de carne na sua bolsa.
Se não houvesse tristeza nem miséria, se em todo lugar corressem águas sobre as pedras, se cantassem aves, a vida podia ser apenas estar sentado na erva, segurar um malmequer e não lhe arrancar as pétalas, por serem já sabidas as repostas, ou por serem estas de tão pouca importância, que descobrí-las não valeria a vida duma flor.
Se e quando programas de computador atingirem uma inteligência sobre-humana e um poder jamais visto, deveremos valorizar esses programas mais do que valorizamos os humanos? Seria aceitável, por exemplo, que uma inteligência artificial explorasse os humanos e até os matasse para contemplar as necessidades de seus próprios desejos? Se a resposta é negativa, a despeito da inteligência e do poder superiores, por que é ético que humanos explorem e matem porcos?
Preciso de alguém que eu possa estender a mão devagar sobre a mesa para tocar a mão quente do outro lado e sentir uma resposta como - eu estou aqui, eu te toco também. Sou o bicho humano que habita a concha ao lado da conha que você habita, e da qual te salvo, meu amor, apenas porque te estendo a minha mão.
Demorei tempo demais para conseguir escrever sobre isso. Harry Potter. Não só ele, mas também Hermione Granger, Rony Wesley, Gina Wesley, Os gêmeos, Hagrid, Snape, Minerva, Dumbledore e, é claro, Lord Voldemort. São tantos nomes que compõe essa história, muito mais que esses, cada um com seu valor, cada qual representando mais de uma década de história. Eu, você, NÓS somos a geração Harry Potter, e eu me orgulho muito disso. Fomos nós quem chorou e riu, quem leu todos os livros e tem, dentro de si uma parte do que representa a nossa vida. Há tantas coisas que eu gostaria de expressar, a minha vontade instantânea de chorar quando eu penso que é o "fim". Eu vejo as notícias na televisão e me dá um nó na garganta. Infelizmente, eu nao poderei assistir ao ultimo filme na estréia do mesmo. É claro, eu sei o que acontecerá no final. Mas enxergar isso, diante de uma tela de cinema, e escutar o "hino" de HP pela ultima vez, me causará uma dor aguda, que eu já tive um pequeno vislumbre quando vi Dobby morrer. Não quero que acabe. Não quero ter que chegar em novembro ou julho e não ter nenhuma estréia de Harry Potter para acontecer. É repugnante! É tão clichê dizer: não é o fim, nunca será o fim, a menos que eu mate essa história dentro de mim. Mas eu acho que é isso que reconforta. É essa ideia de que a saga criou uma amizade em forma de teia, e no momento em que um de nós esquecer o quanto foi importante em nossas vidas, o resto irá se romper. Lembro quando li pela primeira vez "A cicatriz não incomodara Harry nos últimos dezenove anos. Tudo estava bem." Foi o terrível momento em que eu desabei em lágrimas e pensei "haverá o filme, e eu mal posso esperar para assisti-lo". Mas agora que o filme chegou e realmente terminou a história, eu imagino o que vou pensar quando a ultima cena acabar e as luzes do cinema acenderem. Não há o que pensar. Porém, deixo com Harry e todos os seus amigos o amor sincero que iniciou na minha infância e persistirá por toda a minha vida. Lerei os livros mais uma vez, assistirei aos filmes mais algumas milhares de vezes até me conformar. Foi, com certeza A MELHOR HISTÓRIA QUE O MUNDO JÁ VIU. Pottermaníaco ou não, o mundo inteiro conhece a história do bruxinho com uma cicatriz em forma de raio na testa. Assim, com minhas sinceras palavras termino isso dizendo uma única coisa: nunca haverá um adeus para Harry Potter.
Contanto que você me ame,estamos sobre pressão,7 bilhões de pessoas no mundo tentando se encontrar,mantenha-se firme,sorriso no rosto mesmo que você tenha vontade de franzir a testa;mas ei sabe garota nós sabemos que é um mundo cruel,mas eu me arriscarei!!!Contanto que você me ame podemos passar fome,podemos estar falidos,contanto que você me ame serei sua platina,serei sua prata e serei seu ouro. . .
Grava a minha essência como um selo sobre o teu coraçao. Que minha memória ressoe através do cerne do teu ser. Deixa-me brilhar e erguer-me através do centro da tua paixão, através das margens da tua ação, através de cada parte de ti que se torna viajante e deixa o lar. Grava-me como um monograma que alerte todo mundo: Eis o sinal da integridade, eis o sinal do amor. A força dos cosmos se oculta sob sua superficie.
Às vezes, dizer que podemos fazer algo pode ser mais desanimador. Não aprendemos sobre um mundo em que você não precisa se sair bem e pode falhar. Mesmo assim, vamos fazer o máximo que pudermos. Vamos dar nosso melhor. Mas ainda espero que, mesmo que fracassemos, sejamos fortes o suficiente para levantar outra vez.
Muitas vezes construímos castelos sobre solo instável, ele sempre esteve lá, daquela forma escondido abaixo de linda grama, e sem nos darmos conta do perigo investimos tempo e esforço sem conta para dar vida a este sonho, dando base para que seja duradouro e lindo, mas é inevitável que tudo venha abaixo, porque independe de nosso esmero, independe da nossa força de vontade e de tudo mais que possamos fazer, o solo nunca será verdadeiramente compacto o suficiente para suportar o que temos a oferecer.
Não escreva o que não viveu, não diga sobre o que não passou, não alimente alguém de esperanças com palavras vazias. Não diga que entende tudo, enquanto só houver dúvidas na sua mente. Suas palavras atraem pessoas que vivem o que você diz viver, seus conselhos ajudam quem faz o que você diz fazer, mas não existe forma de se aprofundar se o sentimento não for seu. Então, vamos deixar as hipocrisias de lado e conquistar com fatos. Não iluda quem só precisa ser escutado. Pode funcionar no começo, mas logo a ficha cai, e se antes parecia fácil resolver qualquer nó, esconder a falta de conteúdo não é tão simples assim.
Então, eu decidi escrever sobre você. Enumerei todos os teus detalhes e tentei colocar em uma palavra só: Confusão. Procurei muitos sinônimos para tentar te descrever, mas nenhum te encaixava. Porque você é isso, uma junção de tudo e de nada. Você empurra, se joga e minutos depois se arrepende e retrai. Isso que me encantou, você abre os braços para o mundo e abraça tudo o que estiver ao seu alcance e entre um desses abraços você me alcançou. Nesse abraço eu reencontrei toda a felicidade já esquecida, deixada em outros corações e outras pessoas. Você me reviveu e eu queria reviver-te. Coloquei-te dentro de mim e não quis retirar até prova-lo que não era qualquer uma que conseguia ocupar todo aquele espaço. Passei varias noites em claro para tentar provar o quanto você realmente significava pra mim, o quanto precisava da tua presença por perto. Foi ai que perdeu o controle, você venceu a guerra e eu vi que realmente era impossível ganhar de você. Porque eu tinha me entregado, tinha perdido antes mesmo de começar. Não controlamos tudo que sentimos ou aquilo que precisamos por pra fora, eu te tirei pra fora por palavras e mais palavras. Garoto, você foi meu furacão, foi minha confusão e foi a coisa mais bonita que presenciei dentro de mim, daquele tipo que só acontece uma vez na vida. Não era amor, mas era uma coisa bonita de se sentir e apreciar, porque não doía, não apertava, só precisava ser mantido quente e conservado. Você foi e ainda é a coisa bonita que bate aqui dentro, mas às vezes precisamos nos libertar de coisas bonitas. Eu te deixei ir, junto levou as lembranças e a saudade que insistia apertar aqui dentro. Você tem um medo enorme dentro de você que precisa ser controlado, medo de amar. Mas era isso que eu gostava em você, foi por isso que me encantei por você. A coisa mais bonita de quando se gosta é libertar-se daquilo que te faz bem. Eu me libertei de você.
Sob a pressão das preocupações e das tristezas sobre a nossa mortal condição, pessoas de todas as épocas, e em todos os países, usaram algum tipo de ajuda às suas consolações morais: vinho, cerveja, ópio, brandy ou tabaco. Considero portanto que a proibição de destilarias é - economicamente, financeiramente, comercialmente, medicinalmente e até moralmente - uma medida mais bem intencionada do que bem pensada. É muito sacrifício por mero preconceito.
Claro que eu agradeço por ter nascido homem, muito menos pressão. A pressão sobre as mulheres é muito maior. Se foca na carreira, é carreirista, se quer ser mãe, é dondoca. Se busca o equilibrio, os dois lados censuram.Uma mulher com 30 anos sem filhos é vista com comiseração. Um homem, acham que ainda está amadurecendo. Por isto eu admiro, a mulher.
Quem descobre a verdade sobre si mesmo, liberta-se de todas as inverdades e ilusões. Liberta-se, do egoismo, da ganância, da luxúria, da vontade de explorar, de defraudar os outros. Liberta-se de toda a injustiça, de toda a desonestidade, de todos os ódios e maledicências de todo o mundo caótico do velho ego.
Ao ser perguntado sobre como fizera a escultura de Davi (com quase 4,5 metros em um só bloco de mármore, guardada na academia Artes de Florença), Michelangelo disse: "Foi fácil, fiquei um bom tempo olhando o mármore até nele enxergar o Davi. Aí peguei o martelo e o cinzel e tirei tudo o que não era Davi!"
Esses dias, me perguntaram se eu estava apaixonado. Depois de pensar um pouco sobre o assunto, eu percebi: eu não estou, eu sou apaixonado! Sou apaixonado pela vida! Sou apaixonado pelos meus pais e irmãos, minha família. Sou apaixonado pelos meus amigos que ainda estão aqui, mas também pelos que já partiram ou os que nunca mais vi. Sou apaixonado por abraços, sorrisos e amores que ainda nem conheci. Ainda digo mais, acho que todos também deviam ser assim.
Dia desses tive um sonho sobre nosso futuro. Eu acordava e saia na ponta dos pés até o banheiro tentando não te acordar, e você resmungaria rindo de mim que até quieta fazia o barulho de um míssil. Você respeitaria todos os dias em silêncio o meu humor negro ao acordar cedo, e eu faria torradas com muito requeijão, suas preferidas. Eu ajeitaria sua roupa minutos antes de você sair, e sempre arrumaria seu cabelo - apesar de já estar arrumado - apenas para te manter por perto mais tempo. Jantaríamos fora toda sexta à noite, toda a semana em algum lugar diferente. Experimentaríamos desde comida tailandesa, até o x-bacon do trailer que tem na praça. Você me abraçaria apertado dizendo que sou péssima para escolher restaurantes, e eu te chamaria de implicante. Brigaríamos ao menos três vezes na semana, pelas coisas mais bobas - ciúmes, amigos e porque nunca tenho o que vestir, mesmo com um guarda-roupa cheio. Te deixaria desesperado com meus textos cheios de indiretas, mas você nunca perguntaria abertamente se foi para você, por puro orgulho e medo de ser verdade. Faríamos as pazes todo fim de tarde, seja com um beijo, seja com uma mensagem que mandarei dizendo que estou com saudade, porque cada minuto longe de você demora uma década. Assistiríamos ao jogo todo domingo e quarta à noite, e você riria das minhas crises histéricas xingando o juíz, daria um beijo na minha testa e diria “calma, é só um jogo, você vai sobreviver”, mesmo sabendo que de nada adiantaria e que meu humor de toda a semana estariam naqueles noventa minutos. Iríamos em churrasco de amigos, e implicaríamos um com o outro em cada piada sem graça que fizerem, e mesmo assim, todos perceberão que eu sou metade de você, e você metade de mim. Iríamos ao cinema ver a adaptação daquele livro que você detesta, mas eu adoro, e dormiria abraçado comigo durante o filme, enquanto eu choro desesperada porque o mocinho foi para a guerra. Quando você tivesse nervoso, eu te abraçaria e ficaríamos deitados no sofá fingindo que prestamos atenção na televisão, até você se acalmar. Iríamos para a serra em todas as férias, e ficaríamos sentados em frente à uma lareira tomando alguma bebida quente e sussurrando o quanto nos amamos e nos queremos e nos seremos. Todas as noites dormiríamos abraçados, diríamos o quantos nos amamos, e adormeceríamos sabendo que um era a metade perdida do corpo do outro que jamais se separariam novamente. Ao acordar, não enxerguei um sonho, mas sim uma promessa.
Também pode acontecer que existam fanáticos da consciência, puritanos que preferem morrer sobre uma vã ilusão e não .sobre uma incerta realidade. Mas isto não só é nihilismo, mas também sintoma de uma alma que se sente desesperada e fatigada até a morte, por muito valorosa que possam parecer as atitudes de semelhante virtude
O cristão e o materialista têm crenças diferentes sobre o universo. Eles não podem estar ambos certos. Quem estiver errado agirá de uma forma que não se adequa ao universo real. Conseqüentemente, com a melhor das boas intenções do mundo, ele estará ajudando seus semelhantes a se destruírem.
"Preciso dizer uma coisa sobre o medo. Ele é o único adversário efetivo da vida. Só o medo pode derrota-la! É um adversário traiçoeiro, esperto... Como sei disso! Não tem nenhuma decência, não respeita leis nem convenções, não tem dó nem piedade. Procura o nosso ponto mais fraco e encontra com a maior facilidade. Começa pela mente, sempre. Num momento, estamos nos sentindo calmos, confiantes, contentes. Aí o medo, disfarçado sob a capa de uma ligeira dúvida, se infiltra na nossa mente como um espião (...)" As aventuras de PI - pag.194