Textos de Amor Não Melosos
Te escrevi uma carta
Da qual não te entreguei
Falava sobre nossos sentimentos... Talvez meus
Era de um tempo, que eles ainda existiam
E eu os sentia indo embora...
Te escrevi uma carta
Onde meus últimos sentimentos foram deixados
Onde tudo que me existia, tudo que restava
Ficou em um papel; e eu ainda não te entreguei
Talvez por medo de deixá-los partir
Te escrevi uma carta
Onde deixei meus sentimentos
Deixei tudo que existia, eu os arranquei de mim
Não era forte para suporta-los
[talvez não fossem meu.
_Caim Campbell
Reciprocidade
Reciprocidade não se pede, não se cobra e não se implora.
Tudo que é pedido, cobrado ou implorado não vale a pena. Entenda que ninguém é 100% ocupado pra não te dar atenção. Quem te quer te coloca lá, você não precisa implorar ou cobrar espaço na vida de alguém, não é fácil desistir de quem se ama, mas por amor a gente fica, mas por amor a gente também vai, antes de querer procurar alguém pra amar, ame-se, como vai amar outra pessoa e querer que ela te ame se você mesma não faz isso?
quanto mais próximo estiver à sua auto-libertação
mais comum será ouvir que você parece não estar bem, que se perdeu, que está enganado ou que desse jeito a coisa não vai dar certo
o condicionamento é muito forte e qualquer chance de ruptura incomoda quilômetros de muralha
seja forte
não desista
não ceda tão fácil
em algum momento há uma amorosa inversão
o que se diz professor começa a prestar mais atenção
e passa a aprender com o aprendiz
Não há distâncias
Não há distancias para quem ama de verdade, mesmo tendo que encarar dias de tédio, provocações e situações desafiadoras. A determinação impede os avanços do orgulho, a vontade do reencontro dão forças para a distancia de um amor sobreviver a tudo. O amor é a raiz de um sentimento verdadeiro, ele cresce no coração e se espalha rapidamente, tomando posse do corpo inteiro. O amor é grandioso, ele da prioridade, ele da importância a quem tem o seu devido merecimento e pertencimento.
Descansa no Senhor, e espera nele; não te indignes por causa daquele que prospera em seu caminho, por causa do homem que executa astutos intentos.
Assim é o Descanso no Senhor, estamos aflitos, muitas vezes irados, prontos pra fazer alguma besteira, o que fazemos?
Descanse no Senhor, essa é a resposta.
- Mas eu não consigo, a vontade que dá é de resolver as coisas do meu jeito.
Entenda o colo do Pai nem sempre é confortável, muitas vezes você quer sair, resolver do seu modo as coisas, mas quando se entrega, adormece e repousa, porque o colo do Pai transmite o que mais buscamos, "SEGURANÇA".
No hálito fremente das luzes
sei-me dançando um dia
uma melodia que não me lembre.
Sei da noite, uma chuva fria
de corpo sei, um fumo quente
sei dos olhos, nos meus
a alma nua
sei da boca, perdida
os sabores e recantos
sei das sombras e sei do espanto
e na seiva, segredo lua
onde rubra, a vontade queima
Sei de ti, que não esquecerei
sei da melodia que não me lembro
que noite dentro, um dia
dançaremos juntos, eu sei
não, não há tristeza sem senão
mas há um certo ar, não resisto
um inverno arrepio de verão
que na beleza, sempre existe
não sei se olhar, se expressão
se por dentro um traço-esguio
só sei de um certo ar, perdição
um se-me-toca, estou perdido
um marejar raro e persistente
um quero fugir, mas não consigo
haja quem, ar-tão-assim, aguente
mas se, eternamente, o belo existe
que a perdição seja permanente
mas a tristeza, nem sempre triste.
Por que eu?
Por que tenho que pagar conta que não fiz? Eu não escravizei ninguém; não invadi nenhuma terra; não matei; não roubei; nunca me interessou a opção sexual de alguém, a não ser de quem seja do meu interesse amoroso.
Por que eu?
Eu não invadi essa terra, hoje, Brasil. Não matei índios. Não fui buscar escravos e nem os comprei para trabalhar de graça onde quer que fosse. Nunca tive escravos. Nunca escravizei.
Por que eu?
Nunca matei um bicho grande, só alguns pequeninos, assim, mesmo, por necessidade, como formiga, lagarta e nem os fiz sofrer.
Por que eu?
Por que tenho que pagar pelo que não fiz?
Por que tenho que carregar e pagar dívidas de tempos que eu nem existia?
Por que eu?
Nunca portei nenhuma bandeira em nome de uma causa. Nunca invadi nenhum lugar. Nunca empunhei uma arma para tirar alguma vida.
Minto!
Empunhei, sim, faca para fazer algum alimento; empunhei enxada para arrancar algum tubérculo da terra. Cortei cordão umbilical de frutas que se ligavam ao corpo de suas mães. Joguei água quente em esqueleto de animais, mas não os matei, já estavam mortos. Tudo pela sobrevivência que aprendi. Mas nunca matei por dinheiro, por vingança ou maldade ou ambição. Nunca!
Por que eu, se nem de briga eu gosto?
Por que tenho que pagar por coisas que nem tenho?
Por que tenho que pagar terras para índios e assentados se nem eu tenho terra?
Por que tenho que pagar casa para sem teto, se nem tenho uma?
Por que tenho que pagar ou tratar de 'anistiados', se foram eles a empunhar suas armas contra gente que eu nem sabia quem era?
Por que eu tenho que tratar de presos e bandidos que nunca vi na vida - graças a Deus - nunca coloquei armas nas suas mãos e nunca disse:
-Tire a vida daquela pessoa, ali?
Por que eu tenho que tratar de ladrão, se eu me mato de trabalhar e lutar para colocar comida em minha mesa e até de outras mesas ou bocas?
Por que eu?
Por que tenho que aturar calada os assaltos e roubalheiras de diversas formas, inclusive políticas, se vou debaixo de chuva/ debaixo de sol para buscar o meu pão, minhas conquistas?
Por que eu?
Se já derramei tanto suor nessa terra que, sendo ela tão abençoada e fértil por Deus, às vezes se torna ácida pelo sal que desce de meu corpo.
Por que eu?
Se a Holanda, e demais companheiros de exploração, estão nessas terras desde seu descobrimento, explorando as suas riquezas a não pagar nada e ainda a se achar no direito de mandar em território alheio?
Por que eu?
Não sei, talvez eu esteja apaixonado.
As vezes penso se é melhor investir ou deixar de lado.
As vezes tô andando na rua e penso naqueles cabelos cacheados.
Lembro daquele abraço dela que eu fico encantado.
Mas não sei, perto dela eu fico sem assunto,
Não consigo perder a vergonha como eu faço com todo mundo.
Estar perto dela é diferente, é maravilhoso.
E esse sentimento pendente que é perigoso.
Hoje ela não faz ideia do que eu sinto por ela,
Ela deve imaginar que eu só quero ser amigo dela.
De cabelos bem cuidados e de pele branca,
Só de pensar minha consciência já balança.
Só queria que ela lesse e entendesse que esse poema é pra ela.
Que pra mim ela não é um problema, e sim uma princesa mais perfeita que a cinderela.
Vento
Toda menininha cresce,
Só não cresce a menininha
Que me encanta em teu olhar.
Ah! Se tu soubesses me amar,
E não apenas me gostar.
Nunca mais iria me deixar.
Esse vento!!!
Que te levou pra tão distante,
Mas nunca pôde me afastar...
Seria apenas uma brisa,
Que ao nosso amor
Teria vindo afagar...
Edney Valentim Araújo
1994...
Perdoa-me por aquilo que não tem perdão,
Eu fui embora, e levei comigo o seu coração.
Perdoa-me pelas noites que não te iluminei,
E sobretudo não te aconcheguei...
Perdoa-me por tudo que abandonei,
Sim, eu fui embora, eu te deixei...
Perdoa-me ao girar da tranca,
Dei as costas para a tua esperança.
Perdoa-me porque a pena eu paguei,
Por tudo que construí, e larguei...
Perdoa-me por ter te deixado
Solitário,
Não quis ter te abandonado
No poemário,
E muito menos te humilhado
Por ter desconfiado de ti;
Perdoa-me por te amar mais
Do que a mim mesma.
Perdoa-me porque não fiz a tempo,
De ter entregue o meu sentimento.
Orgulho-me ter o meu ego pisoteado,
Para transformá-lo em estrela no éter
Deste amor infinito - e implacável;
Entrego ao mundo o que eu já devia
Ter tornado teu, e te revelado...
Perdoa-me pelo desespero,
Porque você não sai da minh'alma,
E não sai da minha retina;
Continuo por ti seduzida.
Perdoa-me eu sei que errei,
Como o fogo consome a brasa,
O amor quando é amor nunca acaba.
O coração bate descompassado,
É a fera que há em mim querendo
O teu laço que se chama [abraço];
Permanece o intenso sabor pelo fato
De nós termos nos [beijado]...
Perdoa-me porque é indescritível,
O amor que sinto é infalível,
O tempo não o apagou amor incrível.
Se o amor é o limite do amor,
Amar jamais terá limite,
O tempo me mostrou
Que enquanto houver céu,
Entre nós não haverá limite.
Eu não pertenço a lugar algum e nem a ninguém, pois sou como o vento que segue seu próprio rumo...
E talvez essa seja a maior dádiva que possuo, pois para amar tem que ser livre!
Livre de si mesmo e de pré-conceitos, pois amar é aceitar às coisas como são e assim compreender em si mesmo a complexidade da vida através de um olhar sem julgamentos.
Na vastidão do mundo,
Tu me observas infinita,
Não perdes nada de mim,
Nem quando sofisma,
De mim tudo encontras,
Sempre no canto do olhar,
Vive do tempo e sem contas,
Porque ficaste perdido,
No imenso espaço de amar,
Vamos aprendendo nos namorar,
E nos invadir em paz
Como duas gaivotas que se namoram.
Tenho no teu corpo, o mistério,
A expressão mais paradísiaca,
A vitória do impróvável,
E a glória de toda poesia,
Que quero desvendar inteira.
Estendo o meu corpo no teu,
A concretude mais intensa,
A glória da certeza,
E a vitória memoriável
Se fará perfeita - entenda.
No infinito escrito,
A eternidade vai se escrevendo,
Com caneta tinteiro, e néctar
Dos frutos e das flores,
Pela primavera eu morro de amores.
Mergulhados um no olhar do outro,
Não há pecado que nos detenha,
Submergidos um no outro aos poucos,
Não há dogma que nos contenha,
Sabemos bem o que queremos:
juntos somos fogo e a boa lenha...
Não tenho pressa...
Tocando em meus poemas,
Tu me sentes silenciosamente
Na tua pele e ao teu lado;
Fazendo-te renovado sempre
O restante já faz parte do passado,
Eu sei que sou o teu maior presente;
Longe de ser um instante:
Eu sei que sou o teu futuro certo
O restante já não mais te interessa
Eu sei que sou o teu amor seguro.
Não tenho pressa...
Entretidos naquilo que dizem ser jogo,
Não há intenção que não se realize;
O melhor do jogo é violar as regras.
Neste curso não há quem se delicie,
- criamos o nosso próprio fetiche
Sabemos bem para onde ir:
juntos somos o altar e o rito...
Não tenho pressa...
Escrevendo o melhor conto,
- em segredo
Tu segues os meus versos
- eróticos
Ora santos, e ora desalinhados,
Tu me carregas como pupila
E o sorriso de canto...,
Sou a canção que fascina,
O sol da manhãzinha,
E a estrela que tanto admira.
Não importa como acontece,
Ele chega bem de mansinho,
De um jeito que te aquece;
Não importa, ele acontece.
Essa liberdade que se solta,
E que te prende,
Cantarola de dia,
E de noite suspira...;
Ao poeta sempre inspira.
Não importa, mas é assim,
Ele vem de forma indescritível,
Cheio de si, e sublime em mim;
Não importa, mas é incrível.
Essa prisão que não é prisão,
E que te deixa livre,
Só com o teu violão,
Espera, crê e confia;
Fazendo bagunça no meu coração.
Não pode e não
haverá de existir
Nada mais belo
e interessante,
E que nos conduza
a (fluir);
Nos levando
ao infinito
Do amor e da vida
alucinante.
Não sossego
e nem deixo sossegar,
Porque o que sinto
é de arrepiar:
Na poesia e na gentil
arte de amar.
Não devo nada
a ninguém
Nada mais
justo e forte:
É princípio
de (alguém)
Que é capaz
de amar
Até além
da morte...
Não calo e nem
deixo de escrever,
Aquilo que sinto_ eternizo
Na poesia o quê é,
e também há de ser!
Não nego o quê
bate no peito
Arrepiando a pele,
O amor é assim:
imperfeito.
Revirando o juízo,
Para tudo ele
encontra um jeito.
As cores se envolveram
Na curva do horizonte,
As duas não se esqueceram;
E é bem aqui dentro de mim,
Que você se esconde.
As espumas e as ondas,
Os beijos das sereias,
As carícias entre as espumas,
Iluminando as mil maneiras,
Escrevendo as boas loucuras.
As cores - 'as nossas',
Os perfumes - a prosas,
Os vinhos - e as rosas,
As mãos - amorosas,
Os beijos - sonetos,
Seguem todos em mim,
A vida prosseguindo o curso,
E eu jamais te esqueço - padeço.
Existe um canal que nos liga,
Reafirme: que nada nos separa.
E muito menos não existe,
Alma audaciosa que nos defina.
Existe uma corrente tranquila,
Afirmativa e serena - nos leva
Para onde que ninguém imagina;
O coração vai e sempre solicita.
O encontro de embarcações
Doces e repletas de emoções,
Em busca de grande sensações.
O encontro de tripulações,
Desencontro de sensações,
- Distanciam emoções
Há o encontro de águas,
- um turbilhão de sonhos
Inteiros e macios...,
Livres, e cativos... não te conto!
Ali, logo ali está,
A vida a vibrar,
Bem no mangue,
Não tão distante,
E bem perto do mar;
Na Ilha dos Remédios,
Vou a cura procurar
Pela cura do mal de amor,
Devo ir, e se lá eu não for,
Comigo para sempre ficará
A repleta dor desse mal de amor,
- Que talvez nunca passará... -
Ali, bem dentro de ti,
Com o barulho do mar,
Sublime cantante,
Menestrel brilhante,
Indo sempre ao mangue,
Para a vida cultivar,
Nas carregadas redes de pesca,
Para enriquecer a festa e alimentar,
O povo que luta e ama,
Nessa terra que o mar balança,
Floresce no sorriso a alma açoriana.
As emoções são como flores,
Não permita que arranquem:
as suas pétalas
Viva imensamente o seu jardim,
Não cale a sua vida interior, enfim.
Não deixe que te governem,
Tome as rédeas da tua vida,
Não existe alma garrida
Estando ela em companhia de Deus;
Não se iluda com falsas promessas,
Viva intensamente em suas terras:
serenamente, silencie a sua mente.
Existem aqueles que oferecem
- conflitos -
Para sair no final da história
como heróis;
No fundo não passam de bandidos
Para fazer de um país um celeiro
de oprimidos;
Enganando-os que tudo se encontra
- resolvido -
Um verdadeiro oceano de ressequidos.
Não deixe que te desgovernem,
Sê senhor de si mesmo,
Enfrente a realidade,
Fuja da alienação e da maldade,
Pare para pensar em silêncio,
Apazigue o coração e o pensamento,
Para depois não haver lamento,
Não te leves por qualquer onda,
Elas são agéis e te pegam,
E quando menos você imagina:
aí já foi tarde!
Estarás agarrado com a barafunda,
Casado com a Ditadura,
E completamente perdido na noite escura.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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