Textos de Amor e Amizade
Depois que ficamos adultos, as decepções da vida se tornam mais fáceis de digerir, depende também do grau de importância que damos a elas. Estamos mais maduros, calejados e atentos. Analisando as decepções afetivas, chego a conclusão que a da amizade é mais densa e amarga que existe, por que uma traição de um relacionamento amoroso, dói e passa, muitas vezes as vezes a chegada de um novo amor nos faz superar aquela dor, há até quem perdoe. Na amizade não, na quebra de confiança de um amigo o processo é lento e quase impossível esquecer, colar, ou colocar um novo amigo no lugar. Não há remédio que cure a ressaca sentimental que é ser traído por um amigo. É triste.
“A vida se torna maravilhosa quando amadurecemos e percebemos que as pessoas não são objetos que nos pertencem, mas seres livres que escolhem estar ao nosso lado. Relações saudáveis não envolvem cobranças ou exigências, mas sim respeito mútuo e aceitação das diferenças. Mesmo que as opiniões nem sempre coincidam, o importante é caminhar juntos como companheiros, amigos e parceiros, valorizando o apoio recíproco e o crescimento conjunto acima de tudo.”
E se o que buscamos não está fora, mas dentro? Talvez o conforto que procuramos em palavras de outros seja apenas um espelho — não para refletir, mas para distorcer. Porque é mais fácil culpar o outro ou a condição humana do que admitir que, no fundo, a miséria que nos prende tem raízes na nossa incapacidade de domar o ego, de calar o orgulho. Talvez sejamos apenas fragmentos partidos de um todo que nunca entenderemos, eternamente a oscilar entre a dor de ser e o desejo de transformar.
"Há um dia perfeito em que realizamos todos os nossos planos e sonhos sem maiores esforços ou quaisquer dissabores, e nele podemos descansar de angústias e ansiedades, me refiro ao delicioso Amanhã..., o qual, inobstante sua magia, só existe no etéreo da nossa imaginação, portanto antes de se escravizar do porvir, trate de construir com segurança os seus passos no hoje."
Quando magoar alguém que você ama, tem que ter cuidado, pois você pode machucar ainda mais se não tiver cautela. Tem que colocar o curativo (que é a sinceridade), tem que trocar ele toda manhã e toda noite (isso seria a conversa), assim você pode manter uma amizade ou conquistar/reconquistar um amor.
Eu sempre achei que tudo que a gente precise pedir, não tem valor algum. Respeito que precisa ser cobrado não é respeito, é qualquer outra coisa, mas respeito não. Atenção que precisa ser implorada, não é atenção. Consideração que precisa ser pedida não é consideração. Quando você é importante para a pessoa, não precisa lembrá-la dessas coisas elementares que devem nortear um relacionamento saudável. Na verdade, respeito, atenção e consideração é o mínimo que tem que existir em um relacionamento, seja ele de amizade ou amor.
Somos o que deixamos no coração das pessoas. Somos esse relance que pode ser brisa ou pode ser furacão. Somos qualquer instante inesquecível ou esquecido facilmente. Somos um bom detalhe, uma tentativa, uma razão para acreditar. Somos milhões de motivos para o abraço ser bem demorado ou um só motivo para nem aos menos abraçar. Do tanto que deixamos, não podemos nos deixar. Seja qual for a sua métrica, não se perca na sua própria imensidão. A responsabilidade faz parte de cada ida e cada volta, cuidado com o que você anda deixando por aí, cuidado para não bagunçar a vida do outro e se perder de si.
Que na simplicidade da vida possamos encontrar pessoas importantes para compartilhar o melhor de nós. E que cada segundo seja muito importante pra sorrir, abraçar e dizer sempre como somos importantes para o outro em um relacionamento ou até mesmo em uma verdadeira amizade. Mantendo sempre a nossa essência e valores!
Não é reclamar, gosto de como as coisas são, mas sinto falta de como elas já foram, sinto falta daquele abraço apertado ao me receber, sinto falta daquele beijo carinhoso pra acalmar meu coração, sinto falta daquela mensagem de carinho, sinto falta de ouvir que a amizade é importante, sinto falta das pequenas coisas, sinto falta dos memes, sinto falta das respostas rápidas, sinto falta das longas conversas, sinto falta de me sentir importante, sinto falta de você, sinto falta de mim, sinto falta de nós, sinto falta da alegria que a gente sentia de estar junto! Dizem que uma amizade é um casamento e acredito sim que possa ser, porque é se doar, é aprender a conviver, é conhecer as falhas e amar da mesma forma, é ver erros e perdoar, é querer o melhor, é querer estar junto, é amar infinitamente, é dar o braço a torcer, é brigar, é cuidar, é parceria, é cumplicidade, é dar prioridade, é doar um rim se precisa, é dividir lágrimas, é somar sorrisos e gargalhadas! Sim ser amigo é muito foda, se você for de verdade! Por isso sinto falta, porque quando tudo era novo, sempre havia um gostinho de quero mais, mas e agora? Se tornou rotina, até cansarmos uma da outra?
O plástico descartado, poluirá por centenas de anos, queimado gerará fumaça tóxica. É um crime contra o futuro não conter o avanço do plástico... É urgente ação e conscientização de todos, para que cem por cento dos plásticos produzidos sejam reciclados. Os oceanos gemem, a terra quieta engole seus medos, o ar está ficando irrespirável... Até quando poluiremos??
Sei que sou falho, humano, pequeno e desejoso de tantas coisas, mas uma coisa que não me permito perder é a gratidão. Sou grato pelos amigos que tenho e deixo o reconhecimento da importância que cada um tem na minha vida, vida que segue. Que seja para o melhor, sempre, para todos nós. Um grande abraço e um beijo...
"" Cada um tem uma história e espero que a sua seja de superação...Que Deus vá te abençoando dia a dia e a cada amanhecer você consiga entender que a vida já é em si uma vitória. A felicidade depende em muito do que queremos e buscamos e as vezes buscar a Deus é suficiente para uma pessoa ser completamente feliz. Que você consiga isso...""
Composição sublime, majestosa, feita de dois universos, de duas artes formosas, fortes sentimentos, uma mesma origem, essencialidades distintas, profundez e liberdade, vontades implícitas e explícitas verdades, cores iluminadas, uma integridade genuína de um amor verdadeiro, tanto fraterno quanto de amizade, amabilidade rara permitida por Deus, poesias vivas, mais do que lindas palavras, melodias de almas, não apenas algumas cifras, considerando que nelas, a felicidade se propaga, uma amando a outra verdadeiramente, na fala e na prática, dádiva de um mútuo contentamento, que deixam valiosas marcas que não se apagam com o tempo.
Ainda sobre o Catete, comecei a ver um "cara de rua" direto... Vive nas imediações do Museu do Catete. Negro, boa complexão física, aparentando uns 50 anos. Usa, habitualmente, roupas rasgadas deixando à mostra, por desgraça, vamos reforçar, o que os nudistas exibem por prazer. Seu corpo é infestado de parasitas e por isso vive se coçando. Tem aquelas tromboses com lepra nos tornozelos e grita poemas a seu modo, ali em frente a lanchonete Big-Bi; xinga as crianças que saem do palácio e o provocam, ou pára em frente ao palácio e perde a compostura xingando o governo pelo que ele acusa de "roubalheira nas eleições". Dorme na calçada, ou, quando chove, se vê obrigado a dormir sob as coberturas da Rua do Catete, da Rua Pedro Américo, ou adjacentes... Não dá pra deixar de reparar que ele é extremamente admirador do palácio... Por vezes pára, e fica com uma cara de pão doce, imóvel, olhando o imóvel. Vive por isso fazendo versos em homenagem ao palácio. Versos gozadíssimos, cujas rimas param algumas pessoas mais perceptivas... O seu nome, ou apelido, não consegui descobrir ainda. Sempre que tento, quando ele está mais calmo, recitando os versos em frente ao palácio, é sábado ou domingo, quando as crianças ficam provocando o pobre homem, que, ao perceber a gozação, inicia uma série decorada de palavrões impossibilitando-me de qualquer contato. Ainda lembro de alguns versos: "Tcham, tcham, tcham, ninguém faz nada por mim, tchan tchan tchan também quero casas". São uns versos meios bizarros mesmo, no estado bruto. Esse "tcham", é pra entender que ele canta seus versos. A melodia, se bem me lembro, é quase igual ou semelhante em todos os versos, sobre tudo, sem estribilho. Ele bebe, vive de esmolas, e quando as recebe agradece com bons modos, os restos de comida de quem sai da lanchonete e mitiga sua fome. Mas, desde que não discordem do que ele diz durante a aproximação. Se alguém der uma esmola, e ainda der um conselho, é certo a descompustura e, de acordo com o grau do conselho ( "o senhor tem que parar de beber", "cadê a sua família, procure sua família", "procure um trabalho") ele chega, por vezes, a atirar no doador da esmola a própria esmola recebida. Até agora apurei que, assim como eu, ele também tem seus momentos de introversão. Reparei que é sempre quando está chovendo. Nessas ocasiões, quando passo por ele, está sentando na calçada com uma parada tipo um pregador de varal, daqueles antiguinhos de madeira, e com ele inicia um rápido movimento entre os dedos, fazendo com que o pregador deslize ao longo do polegar até o indicador. Assim está sempre quando chove. Parece que fica curtindo sua desgraça, ruminando o passado possivelmente melhor do que o presente, e certamente bem melhor do que o futuro sem esperanças. Sem esperanças porque não podemos ser hipócritas; um ser humano alheio a tudo e a todos. Sua figura marcante de miserável de rua se apresenta bem nítida e ninguém liga. Sua vida vai passando despercebida pelas ruas do Catete. Diferente de nós, ninguém reza por ele, ninguém chora por ele, nem velas serão acesas para ele... Contudo, graças ao passaporte da bem-aventurança, irá logo logo para o céu, igual a todos nós!! Feliz Carnaval.
Solidão; barco vazio que passa estacionado. Sozinho à espera de... Com sentido e sem ninguém. Solidão. Vida lenta. Vive mais tempo e devagar. Finais de semana longos como semanas.Televisão; lê; escreve; acesso à rede. Não é orgulho. Razão interior. Consciência. Não se vende. Pode se render. Se rende.Peso da dor. Tombou. Caiu no chão. Não levantou. Acordou. Ali, a pedra. Peso. Saiu dali. Rastejou. Passado. Presente na lembrança. Fora do futuro. Solidão.
Explicitar os inúmeros atributos morais e as provas de caráter dos nossos amigos exigiria uma adjetivação que muito pouco definiria as cativantes personalidades que teremos que dessecar. Por isso, vou falar de forma geral, e no final especificamente para uma pessoa. São, antes de tudo, bons. Acho desde que me entendi por gente, fiz poucas, mas amizades que irão perdurar até a minha morte. Lembro quando tinha 19 anos, estagiando, só via a hora do término do estágio para encontrar os companheiros de merdas próprias da idade. Fumava um gudan garang de chocolate, comendo o melhor "italiano" de calabresa do bar do Seu Zé, na Moreira César, em Niterói, dormia tarde e não fazia nada além de ler, esbanjando saúde do modo mais irresponsável possível. Até que alguns amigos começaram atuar sobre o meu comportamento, com conselhos e ponderações, de um certo modo mudando, aos poucos, meu jeito de ser pra melhor. Ao contrários dos inimigos, amigos acham isso normal e depois voltam para esgotar sua paciência num momento de estudo. E foi graças aos meus amigos, nessas mudanças de ambientes, na descoberta de novos amigos, novas cidades, novas casas, novos relacionamentos, que nós vamos nos transformando. Mas eu tive amigos que me fizeram ver a dureza da vida, ou melhor, me acompanharam nesta realidade. Nesse passo comecei a perceber algumas regras de vida, mais salutares. Com conselhos e exemplos de responsabilidade funcional dos amigos que tive na adolescência, principalmente nas competições, me tornei uma pessoa melhor. Lembro que nesta época passei a me dedicar mais aos livros e , por intermédio de um amigo especificamente, tornei-me amigo de outros amigos. Tive o prazer de conviver muito tempo com essa pessoa, aderir as mesmas causas, cheguei até pensar em adquirir um crédito espiritual para abater em outras vidas pela grande amizade. Mas a marcha inexorável do tempo foi nos tornando mais velhos, e meu amigo, de tanto fazer o bem, cansou. Seu coração parou. Eu, agora, só parei para lembrar da nossa amizade, aproveitando para saudar a sua memória, e também de todos os meus amigos vivos, e também aqueles amigos vivos que estão na minha vida como mortos, no panteão das minhas saudades...
Em caminhos diferentes, pelas veredas da vida, encontramo-nos seguidamente com algumas almas amigas em vários momentos; vamos assim, em tempos quase não percebidos atando laços, desatando laços, e refazendo laços. O tempo é cruel e faz doer porque mata uma linha de história. Mas, entre essas pessoas, entre verdadeiros amigos, mesmo que o tempo perdure milênios, quando o reencontro acontece é sempre como um novo renascer que nunca envelhece. Ser amigo de alma ultrapassa a barreira do espaço tempo.
A definição dos grupos está nos dicionários. Nada mais é do que uma reunião de pessoas. Objetivos são dois: um imediato, conversar e "bater papo" sobre os mais variados assuntos; outro mediato, o de divulgar pontos de vista pessoais resultantes de conversas mantidas e, não só isso, passar para o papel ou apenas difundir por qualquer meio de divulgação, o que se assimilou ou se vem assimilando na vida. Não é necessário escrever um livro para ser considerado um componente de grupo. Há pessoas que nunca escreveram um livro, e se escreveram, não foram editados por causas que não vem a furo citar. Mas nem por isso deixam de ser considerados como eminentes divulgadores de cultura, pelas palavras, pelas atitudes e comportamentos exemplares. São mestres por índole e por finalidade de vida. Cultura pode ser divulgada no verso de um soneto, na síntese de uma quadrinha, num haicai ou num simples bilhete. Há um livro sobre os bilhetes de Jânio Quadros que pode ser considerado como aulas de administração e de gramática. A experiência de vida de um homem cultuado pela admiração dos seus contemporâneos, vale mais do que uma biblioteca. É claro que o livro fixa no tempo o estado de alma de quem o escreve, é consagrado ou não na época do lançamento, pode resistir ao tempo ou morrer ao nascer. O certo é que, inexoravelmente, como na vida, sofrem os efeitos da velhice e acabam sendo enfileirados numa estante sem o manuseio dos leitores do futuro que, certamente, dispensarão suas informações, na melhor das hipóteses, transformados em disquetes de computador.Porém, em importância cultural, não há como desconsiderar o que já foi considerado. Ao mesmo tempo, no passado, livros convergiram escritores e poetas, criando o hábito da leitura. Obviamente, com a convergência digital, a época digital vai divulgando, cada vez mais atuante, atraindo gente nova e da terceira idade, nos mantendo numa vida de difusão cultural no nosso meio tão carente disso. E a política também está diretamente ligada a essa questão. Nossas mudanças não podem ser imunes à política. É com a política que, através dos desníveis sociais e culturais que, naturalmente, com todas as diferenças, conseguimos nos nivelar e nos estruturar nessa vida caótica. Isso porque o câmbio de amizades supera qualquer forma de desnível. Aqui são aplicadas regras de matemática, relacionadas com a obtenção do máximo e do mínimo de divisores comuns. E como na matemática, o resultado é perfeito e exato, como não podia deixar de ser.
Das crianças... agora comecei a ter contato com uma figurassa. O filho de 4 anos do síndico do meu prédio, o Gabriel, que vai jogar bola numa parte do terraço que é colada na minha varanda. É o filho do meio de uma família bem situada na sociedade e, como natural, muito mimado pelos pais e um outro irmão. Goza de perfeita saúde e leva uma vida normal das crianças da sua idade. Está sempre aqui no terraço brincando sozinho, jogando bola, tentando, pelo o quê eu escuto, imitar os craques da seleção. Aí começo a me identificar com ele. Como eu, ele também é, pelo que percebo, controlado por uma necessidade de fazer gol que lhe acompanha, diariamente, até o momento de dormir. Como eu fui um dia, apesar do carinho dos pais e do irmão mais velho, deve-se sentir sozinho nos períodos escolares, sem parceiros para as traquinadas da idade. A não ser nos dias de domingo, quando reparo que o levam para uma vila aqui atrás, onde ganha a rua para brincar com alguns garotos da sua idade, mas jamais afastando-se do local. Cópia do que eu fui, também ele joga sua bola imaginando dribles impossíveis e gols inimagináveis dos craques de hoje. Aí que entra a questão, quando ele dá um gritinho Vai "NIUMÂ" (Neymar) e a bola cai aqui na minha varanda hahaha. Como os chutes estão frequentes nos finais de semana, ele já me chama na intimidade, com uma ousadia impressionante: "XIÔÔ (tio), "QUÉ" PANHÁ BÓIA". E lá vou eu devolver a bola para que o jogo não pare por incompetência do gandula. E daí, talvez, a gratidão manifestada pelos cumprimentos e acenos de mão com que me agracia ao passar por mim agora na portaria. Tentando avaliar o peso da cruz que cada um carrega e, sobretudo, vendo o Gabriel, nos finais de semana me posicionando como gandula na varanda, e nunca deixando de me cumprimentar ao me encontrar na portaria ou na rua, espero que ele possa crescer sem encontrar maiores obstáculos no mundo cão em que vivemos, e que este século que ele irá enfrentar adulto seja menos violento e ofereça às pessoas maiores possibilidades de realização dos sonhos de vida. Sinceramente é o que eu desejo ao meu "amigo" Gabriel...
