Textos curto de Tristeza
Um problema de dentro
Eu tenho estado cansado
Tenho tido pouco cuidado
Estou com olheiras bem traçadas
Resultantes de muitas batalhas
Maioria de conflitos mentais
Maior parte acidentais
Eu simplesmente falhei
São problemas que não evitei
Essa foi uma grande guerra
Que finalmente se encerra
Não me encho de orgulho
Preciso fazer melhor
E mostrar do que sou capaz
ACORDANDO DE UM SONO PROFUNDO
Muitos exaltam a inteligência avassaladora dos escritores, tal inteligência que não é exclusiva, mas em demasia se estabelece na imaginação. As virtudes da vida também trazem consigo consequências dolorosas, assim me sinto, assim se faz. Em tantas ocasiões me vi ser esfaqueado pelas minhas próprias mãos, açoitado pela mente fértil, tendo eu acreditado nas minhas próprias ilusões de histórias nunca escritas.
Na infância que me deixa só,
Nos caminhos de terra a navegar.
Vejo o meu ser ingénuo,
Ao atingir o pico da plenitude.
Hoje volto lá e olho,
A poeira das ruínas onde um dia fui feliz.
Na casa onde fui mais eu,
Do que alguma vez serei.
Sem alma e sem euforia,
Recordo-me dos tempos em vão.
No azul tão cinzento e chuvoso,
Olho e sinto de novo.
Desesperançada
Hoje é fácil, para ti, apontar o dedo.
Mostrar ao mundo todo o que em mim é puro segredo.
Minh´alma chora.
Em nada mais encontra paz... em nada mais tem alegria.
Sou escravo de mim mesmo.
Mandado para degredo.
Aqui estou eu preso em grilhões.
Ninguém é culpado se o mundo
me tirou a esperança
Se as pérolas espalhadas por aí já não me traduzem mais emoções.
Quando a música cessa restando somente o silêncio, quando ela se vai e tudo fica tão triste. Minha alma não mais me responde, apenas se senta e aguarda a sua volta.
Quando a melodia vem tão melancólica e me deixa sem chão, encontro-me buscando desesperadamente meios de dar-lhe uma nova canção. E ela entoa tão lindamente como quando sonho com o dia em que te encontro.
Que o chão desabe sobre meus pés
E que não sobre nada ao meu redor
Que o céu nublado desabe em uma torrencial tempestade
E arrefeça a já não existente planície
Que a neblina cubra todo o meu entorno
Para que eu não veja mais o abismo abaixo de mim
Nem o céu escurecido
E unicamente sinta os pingos de chuva sobre meu corpo
Levitando no vazio do nada.
Te perdi sem ao menos saber o motivo
Devo ter errado em algum momento
Estive ausente quando você mais precisou
Minha inconsequência te afastou de mim
Hoje estou consciente que errei muito
Mas também com a certeza que faria tudo diferente
Por amar demais te perdi
Me perdi nas atitudes por medo de te perder
Mas o amor maior do mundo em minha vida
Sempre será você.
Jogue-me á noite, dê-me ao dia.
Faça dos meus poemas realidade, dê-me ao menos essa amargura.
Deixe-me ficar mais um pouco, se feche mais tarde.
Ofereça-me sua despedida, dê-me motivos para chorar.
O motivo? Quero me sentir vivo novamente.
Prometi não amar porque dói, mas não amar me faz não sentir dor e não sentir dor me faz parecer estar morto, é isso que eu não quero. Fazer do meu peito cemitério. Um zumbi.
A vida que leva sentido pela dor,
e que somente a dor pode nos tirar,
mesmo que sem vontade ou razão,
nosso último sopro de ar.
Dentro dessa contradição,
jaz no buraco vazio do teu peito,
onde devias ter um coração,
um nó de forca para o desavisado.
Onde amargo fim chegou e,
sem ser considerado por motivo algum,
amor, desvaído, sem força ou vontade,
no peito do condenado.
No fim, apenas o silêncio,
e uma alma pura em sua elegância,
queima no fogo sem fim,
destroçada e sem esperança.
indignado, sim, estou indignado
Me sinto indignado com este cansaço
E essa indignidade, não só do cansaço, mas da sociedade
Malditos ridículos, me deixam na dúvida de saber se sou digno até mesmo de me sentir cansado
Pessoas e pessoas, se ao menos elas estivessem tão cansadas como pessoa
E eu sei que minha voz não ecoa
Mas aqui estou eu. INDIGNADO
Medita o bardo em silêncio profundo...
Na tarde cinza dum dia sem cor,
a alma chora seu revés sem rancor
mas, o coração se afoga em lago imundo!
Descem lágrimas em pingos de dor...
Cada suspiro é lamento rotundo
e, só a tristeza habita o seu mundo
desprovido da alegria do amor!
Sua alma é noite escura de agonia...
Porém, no fundo, uma luz a brilhar,
traz promessa de novo porvir, pois
a tristeza, embora possa durar,
é passageira como a ventania
que destrói, mas traz beleza depois!
Consigo te ver
Tão próxima
Mas também tão distante
Não és mais a mesma
Será se tudo o que você sentia
Passou em um instante?
Mal a vejo sorrir
Será se sou tão decepcionante
Para te causar infelicidade constante?
Ainda estou a te esperar
Para tomarmos aquela xicara de chá
E falar
Falar sem parar sobre tudo que a vida nos fez passar
Quem estou tentando enganar...
O chá já esfriou e toda vez fico a esquentar
Dia após dia
Em um desejo constante
De enfim poder te olhar
Quem estou tentando enganar...
Você não vai mais voltar.
Perdida em lembranças
Tem dias que me perco nas lembranças,
de tempos de alegrias e esperanças,
do teu jeito de me fazer rir o tempo todo,
de tudo que éramos juntos
das coisas que somos tão iguais,
e da maioria que somos tão diferentes.
Minha inspiração para escritos profundos,
meu descanso para as agruras do mundo,
a certeza que tinha um apoio a todo segundo.
Qual é o seu maior medo?
O amor.
Pois ele transforma tudo em incerteza;
Pensamentos antes inimagináveis tornam-se reais.
A vida é reescrita com um toque de caos sublime,
Onde tudo é possível, tudo é assustador.
Amar de verdade é caminhar nas possibilidades do desconhecido,
E isso, meu amigo, é o que mais me assusta.
Meu próprio algoz
Eu pensava sobre o futuro
O que queria fazer
Com quem queria viver
Do que iria viver
Até não mais, querer viver
O sentimento que era bom foi esfriando
O amor que sentia era difícil mostrar
Ou o carinho que gostaria de expressar
O eu te amo que eu desejava falar
Agora sentia minhas vontades e desejos me deixar
E fui vivendo essa transformação da alma.
E um vazio virou da cabeça o porta-voz
Uma angustia tão forte me tirava a voz
E hoje vivo lutando dia após dia
Com o desejo Amargo de me tornar meu algoz
???
Eu me sinto vazio, vagando por essa imensidão de oportunidades e sentimentos, eu ainda me sinto vazio. É como se me apertassem como uma pasta de dente e falarem: "Ops, está vazio." E descartarem, como se eu não existisse mais, como se as minhas dores não fosse realmente válidas, como se eu tivesse sofrido pouco, como se eu tivesse sentido pouco, mas afinal: O que eu sou? Se sou descartável, o que eu sou?
Ao ouvir meus raps de reflexão, percebo minha imaturidade, sou muito racional em certos momentos, mas isso é errado, meço o mundo com minha régua, e esqueço que somos 7 bilhões de pensamentos.
Tenho que amadurecer emocionante, e, por incrível que pareça, tenho que ser mais flexível com as pessoas, principalmente com quem amo e gosto, a racionalidade só serve no mundo ideal que existe em minha cabeça psicótica, na vida real, o mundo ideal é uma ficção.
Arrependimento
Não se escolhe arrepender-se;
arrependimento é um sentimento.
Manifesta-se na alma,
na inquietação do espírito,
na angústia que sufoca o peito
e esmaga nossos corações.
O arrependimento ecoa no choro,
represado na garganta,
na dor, no desespero pelo perdão,
no desgosto nos olhos de quem nos ama,
no remorso incontrolável
pelo passado que não se desfaz.
Arrependimento não se escolhe;
é algo sentido.
"Silenciosa
Vem a noite fria
Que lentamente habita em meu âmago
E reclama um verso!
‒ Que pena! Não te tenho rimas.
Sou apenas miragem de uma vida!
Rindo… uma vez outra chorando!
Às vezes de um sonho
De uma canção
Ou de um gemido a devorar-me!"
Rogério Pacheco
Livro: Vermelho Navalha - 2023
Teófilo Otoni/MG
Pra não dizerem que não fui mediocre - Ao meu amigo Alexandre
Tudo é podre no mundo. Que importa?
Se a ferida que tenho está morta
Maldito tédio; bates minha porta.
Ferida do tempo, ainda me corta.
A dor ao meu passado me transporta
O Peito bate mais do que suporta
E sinto explodir à minha aorta
Apenas minha fronte me conforta
Embora a coitada esteja torta
Vive presa e leve como esporta
Cai guardada, em um vaso de retorta.
Que à minha alma à distância exporta
Por isso o sofrimento me recorta
Como, na pior das safras, a horta!
