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Gênesis 6

O dilúvio

1 Quando os homens começaram a multiplicar-se na terra e lhes nas­ceram filhas,
2 os fi­lhos de Deus viram que as filhas dos homens eram bonitas, e escolheram para si aquelas que lhes agradaram.
3 Então disse o Senhor: "Por causa da perversidade do homem, meu Espírito não contende­rá com ele para sem­pre; ele só viverá cento e vinte a­nos".
4 Naqueles dias, havia nefilins na terra, e também posterior­mente, quando os filhos de Deus possuíram as filhas dos homens e elas lhes deram filhos. Eles foram os heróis do passado, homens famosos.
5 O Senhor viu que a perversidade do homem tinha aumentado na terra e que toda a inclinação dos pensamentos do seu coração era sempre e somente para o mal.
6 Então o ­Senhor arrependeu-se de ter feito o homem sobre a ter­ra, e isso cortou-lhe o coração.
7 Dis­se o Se­nhor: "Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, os homens e também os ani­mais, grandes e pequenos, e as aves do céu. Arrependo-me de havê-los feito".
8 A Noé, porém, o Senhor mostrou bene­volência.
9 Esta é a história da família de Noé:
Noé era homem justo, íntegro entre o po­vo da sua época; ele andava com Deus.
10 Noé gerou três filhos: Sem, Cam e Jafé.
11 Ora, a terra estava corrompida aos olhos de Deus e cheia de violência.
12 Ao ver como a terra se corrompera, pois toda a humanidade havia corrompido a sua conduta,
13 Deus disse a Noé: "Da­rei fim a todos os seres humanos, por­que a terra encheu-se de violên­cia por causa deles. Eu os destruirei com a terra.
14 Você, porém, fará uma arca de madeira de cipreste; divida-a em compartimentos e revista-a de piche por dentro e por fora.
15 Faça-a com cento e trinta e cinco metros de comprimento, vinte e dois metros e meio de largura e treze metros e meio de altura.
16 Faça-lhe um teto com um vão de quarenta e cinco centímetros entre o teto e o corpo da arca. Coloque uma porta lateral na arca e faça um andar superior, um médio e um inferior.
17 "Eis que vou trazer águas sobre a terra, o Dilúvio, para destruir debaixo do céu toda criatura que tem fôlego de vida. Tudo o que há na terra perecerá.
18 Mas com você estabelecerei a minha aliança, e você entrará na arca com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos.
19 Faça entrar na arca um casal de cada um dos seres vivos, macho e fêmea, para conser­vá-los vivos com você.
20 De cada espécie de ave, de cada espécie de animal grande e de cada espécie de animal pequeno que se move rente ao chão virá um casal a você para que sejam conservados vivos.
21 E armazene todo tipo de alimento, ­para que você e eles tenham mantimento".
22 Noé fez tudo exatamente como Deus lhe tinha ordenado.

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Gênesis 7

1 Então o Senhor disse a Noé: "Entre na arca, você e toda a sua família, porque você é o único justo que encontrei nesta geração.
2 Leve com você sete casais de cada espécie de animal puro, macho e fêmea, e um casal de cada espécie de animal impuro, macho e fêmea,
3 e leve tam­bém sete casais de aves de cada espécie, macho e fêmea, a fim de preservá-los em toda a terra.
4 Daqui a sete dias farei chover sobre a terra qua­renta dias e quarenta noites, e farei desaparecer da face da terra todos os seres vivos que fiz".5 E Noé fez tudo como o Senhor lhe tinha ordenado.
6 Noé tinha seiscentos anos de idade quan­do as águas do Dilúvio vieram sobre a terra.
7 Noé, seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos entraram na arca, por causa das águas do Dilúvio.
8 Casais de animais grandes, puros e impuros, de aves e de todos os animais pequenos que se movem rente ao chão
9 vieram a Noé e entraram na arca, como Deus tinha ordenado a Noé.
10 E, depois dos sete dias, as águas do Dilúvio vieram sobre a terra.
11 No dia em que Noé completou seiscen­tos anos, um mês e dezessete dias, nesse mesmo dia todas as fontes das grandes profundezas jor­raram, e as comportas do céu se abriram.
12 E a chuva caiu sobre a terra quarenta dias e quarenta noites.
13 Naquele mesmo dia, Noé e seus filhos, Sem, Cam e Jafé, com sua mulher e com as mu­lheres de seus três filhos, entraram na arca.
14 Com eles entraram todos os animais de acordo com as suas espécies: todos os animais selva­gens, todos os rebanhos domésticos, todos os demais seres vivos que se movem rente ao chão ­e todas as criaturas que têm asas: todas as aves e todos os outros animais que voam.
15 Casais de todas as criaturas que tinham fôlego de vida vieram a Noé e entraram na arca.
16 Os animais que entraram foram um macho e uma fêmea de cada ser vivo, conforme Deus ordenara a Noé. Então o Senhor fechou a porta.
17 Quarenta dias durou o Dilúvio, e as águas aumentaram e elevaram a arca acima da terra.
18 As águas prevaleceram, aumen­tando muito sobre a terra, e a arca flutuava na superfície das águas.
19 As águas dominavam cada vez mais a terra, e foram cobertas todas as altas montanhas debaixo do céu.
20 As águas su­biram até quase sete metros acima das montanhas.
21 Todos os seres vivos que se movem so­bre a terra pereceram: aves, rebanhos domésti­cos, animais selvagens, todas as pequenas criatu­ras que povoam a terra e toda a humanidade.
22 Tu­do o que havia em terra seca e tinha nas narinas o fôlego de vida morreu.
23 Todos os seres vivos foram exterminados da face da terra; tanto os homens como os animais grandes, os animais pequenos que se movem rente ao chão e as aves do céu foram exterminados da terra. Só resta­ram Noé e aqueles que com ele estavam na arca.
24 E as águas prevaleceram sobre a terra cento e cinquenta dias.

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Gênesis 8

1 Então Deus lembrou-se de Noé e de todos os animais selvagens e rebanhos domésticos que estavam com ele na arca, e enviou um vento sobre a terra, e as águas começaram a baixar.
2 As fontes das profundezas e as comportas do céu se fecharam, e a chuva parou.
3 As águas foram baixando pouco a pouco sobre a terra. Ao fim de cento e cinquenta dias, as águas tinham diminuído,
4 e, no décimo sétimo dia do sétimo mês, a arca pousou nas montanhas de Ararate.
5 As águas continuaram a baixar até o décimo mês, e no primeiro dia do décimo mês aparece­ram os topos das montanhas.
6 Passados quarenta dias, Noé abriu a jane­la que fizera na arca.
7 Esperando que a terra já tivesse aparecido, Noé soltou um corvo, mas este ficou dando voltas.
8 Depois­ soltou uma pomba para ver se as águas tinham diminuído na superfície da terra.
9 Mas a pomba não encontrou lugar onde pousar os pés porque as águas ainda cobriam toda a superfície da terra e, por isso, voltou para a arca, a Noé. Ele estendeu a mão para fora, apanhou a pomba e a trouxe de volta para dentro da arca.
10 Noé esperou mais sete dias e soltou nova­mente a pomba.
11 Quando voltou ao entardecer, a pomba trouxe em seu bico uma folha nova de oliveira. Noé então ficou sabendo que as águas tinham diminuído sobre a terra.
12 Esperou ainda outros sete dias e de novo soltou a pomba, mas dessa vez ela não voltou.
13 No primeiro dia do primeiro mês do ano seiscentos e um da vida de Noé, secaram-se as águas na terra. Noé então removeu o teto da arca e viu que a super­fície da terra estava seca.
14 No vigésimo sétimo dia do segundo mês, a terra estava completamente seca.
15 Então Deus disse a Noé:
16 "Saia da arca, você e sua mulher, seus filhos e as mulheres deles.
17 Faça que saiam também todos os anima­is que estão com você: as aves, os grandes animais e os pequenos que se movem rente ao chão. Faça-os sair para que se espalhem pela terra, sejam férteis e se multipliquem".
18 Então Noé saiu da arca com sua mulher e seus filhos e as mulheres deles,
19 e com todos os grandes animais e os pequenos que se movem rente ao chão ­e todas as aves. Tudo o que se move sobre a terra saiu da arca, uma espécie após outra.
20 Depois Noé construiu um altar dedicado ao Senhor e, tomando alguns animais e aves puros, ofereceu-os como holocausto, queimando-os sobre o altar.
21 O Senhor sentiu o aroma agradável e disse a si mes­mo: "Nun­ca mais amaldiçoarei a terra por causa do homem, pois o seu coração é inteiramente inclinado para o mal desde a infância. E nunca mais destruirei todos os seres vivos como fiz desta vez.
22 "Enquanto durar a terra, plantio e colheita, frio e calor, verão e inverno, dia e noite jamais cessarão".

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Gênesis 9

A aliança de Deus com Noé

1 Deus abençoou Noé e seus filhos, dizendo-lhes: "Sejam férteis, multipliquem-se e encham a terra.
2 Todos os animais da terra tre­merão de medo diante de vocês: os animais selvagens, as aves do céu, as criaturas que se mo­vem rente ao chão e os peixes do mar; eles estão entregues em suas mãos.
3 Tudo o que vive e se move servirá de alimento para vocês. Assim como dei a vocês os vegetais, agora dou todas as coisas.
4 "Mas não comam carne com sangue, que é vida.5 A todo aquele que derramar sangue, tanto ho­mem como animal, pedirei contas; a cada um pedirei contas da vida do seu próximo.
6 "Quem derramar sangue do homem, pelo homem seu sangue será derramado;
porque à imagem de Deus foi o homem criado.
7 "Mas vocês sejam férteis e multipliquem-se; espalhem-se pela terra e proliferem nela".
8 Então disse Deus a Noé e a seus filhos, que estavam com ele:
9 "Vou estabelecer a minha aliança com vocês e com os seus futuros descendentes,
10 e com todo ser vivo que está com vo­cês: as aves, os rebanhos domés­ticos e os animais selvagens, todos os que saíram da arca com vocês, todos os seres vivos da terra.
11 Esta­beleço uma aliança com vocês: Nunca mais será ceifada nenhuma forma de vida pelas águas de um dilúvio; nunca mais haverá dilúvio para des­truir a terra".
12 E Deus prosseguiu: "Este é o sinal da aliança que estou fazendo entre mim e vocês e com todos os seres vivos que estão com vocês, para todas as gerações futuras:
13 o meu arco que coloquei nas nuvens. Será o sinal da minha alian­ça com a terra.
14 Quando eu trouxer nuvens sobre a terra e nelas aparecer o arco-íris,
15 então me lembrarei da minha aliança com vocês e com os seres vivos de todas as espécies. Nunca mais as águas se tornarão um dilúvio para destruir toda forma de vida.
16 Toda vez que o arco-íris estiver nas nuvens, olharei para ele e me lembra­rei da aliança eterna entre Deus e todos os seres vivos de todas as espécies que vivem na terra".
17 Concluindo, disse Deus a Noé: "Esse é o sinal da ali­ança que estabeleci entre mim e toda forma de vida que há sobre a terra".

Os filhos de Noé

18 Os filhos de Noé que saíram da arca fo­ram Sem, Cam e Jafé. Cam é o pai de Canaã.
19 Esses foram os três filhos de Noé; a partir de­les toda a terra foi povoada.
20 Noé, que era agricultor, foi o primeiro a plan­tar uma vinha.
21 Be­beu do vinho, embriagou-se e ficou nu dentro da sua tenda.
22 Cam, pai de Canaã, viu a nudez do pai e foi contar aos dois irmãos que estavam do lado de fora.
23 Mas Sem e Jafé pegaram a capa, levantaram-na sobre os ­ombros e, andando de costas para não verem a nudez do pai, cobriram-no.
24 Quando Noé acordou do efeito do vinho e descobriu o que seu filho caçula lhe havia fei­to,
25 disse: "Maldito seja Canaã! Escravo de escravos será para os seus irmãos".
26 Disse ainda: "Bendito seja o Senhor, o Deus de Sem! E seja Canaã seu escravo.
27 Amplie Deus o território de Jafé; habite ele nas tendas de Sem, e seja Canaã seu escravo".
28 Depois do Dilúvio Noé viveu trezentos e cinquenta anos.
29 Vi­veu ao todo novecentos e cinquenta anos e mor­reu.

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Gênesis 10

O mapa das nações

1 Este é o registro da descendência de Sem, Cam e Jafé, filhos de Noé. Os filhos deles nasceram depois do Dilúvio.
2 Estes foram os filhos de Jafé: Gômer, Magogue, Madai, Javã, Tubal, Meseque e Tirás.
3 Estes foram os filhos de Gômer: Asquenaz, Rifate e Togarma.
4 Estes foram os filhos de Javã: Elisá, Társis, Quitim e Rodanim.5 Deles procedem os povos marítimos, os quais se sepa­raram em seu território, conforme a sua língua, cada um segundo os clãs de suas na­ções.
6 Estes foram os filhos de Cam: Cuxe, Mizraim, Fute e Canaã.
7 Estes foram os filhos de Cuxe: Sebá, Havilá, Sabtá, Raamá e Sabtecá. Estes foram os filhos de Raamá: Sabá e Dedã.
8 Cuxe gerou também Ninrode, o primeiro homem poderoso na terra.
9 Ele foi o mais valen­te dos caçadores, e por isso se diz: "Valente como Nin­rode­".
10 No início o seu reino abran­gia Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinear.
11 Des­sa terra ele partiu para a Assíria, onde fundou ­Nínive, Reobote-Ir, Calá
12 e Resém, que fica entre Nínive e Calá, a grande cidade.
13 Mizraim gerou os luditas, os anamitas, os leabitas, os naftuítas,
14 os patrusitas, os casluítas, dos quais se originaram os filisteus, e os cafto­ritas.
15 Canaã gerou Sidom, seu filho mais ve­lho, e Hete, Posteriormente, os clãs cananeus se espa­lharam.
16 como também os jebu­seus, os amor­reus, os girgaseus,
17 os heveus, os arqueus, os sineus,
18 os arvadeus, os zemareus e os hama­teus.
19 As fronteiras de Canaã estendiam-se desde Sidom, iam até Gerar, e chegavam a Gaza e, de lá, prosseguiam até Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim, chegando até Lasa.
20 São esses os descendentes de Cam, con­forme seus clãs e línguas, em seus territórios e nações.
21 Sem, irmão mais velho de Jafé, também gerou filhos. Sem foi o antepassado de todos os filhos de Héber.
22 Estes foram os filhos de Sem: Elão, Assur, Arfaxade, Lude e Arã.
23 Estes foram os filhos de Arã: Uz, Hul, Géter e Meseque.
24 Arfaxade gerou Salá, e este gerou Hé­ber.
25 A Héber nasceram dois filhos: um deles se chamou Pelegue, porque em sua época a terra foi dividida; seu irmão chamou-se Joctã.
26 Joctã gerou Almodá, Salefe, Hazarmavé, Jerá,
27 Adorão, Uzal, Dicla,
28 Obal, Abimael, Sabá,
29 Ofir, Havilá e Jobabe. Todos esses foram filhos de Joctã.
30 A região onde viviam estendia-se de Messa até Sefar, nas colinas ao leste.
31 São esses os descendentes de Sem, con­forme seus clãs e línguas, em seus territórios e nações.
32 São esses os clãs dos filhos de Noé, dis­tribuídos em suas nações, conforme a história da sua descen­dência. A partir deles, os povos se dispersaram pela terra, depois do Dilúvio.

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Gênesis 11

A torre de Babel

1 No mundo todo havia apenas uma língua, um só modo de falar.
2 Saindo os homens do Oriente, encontra­ram uma pla­nície em Sine­ar e ali se fixaram.
3 Disseram uns aos outros: "Vamos fazer tijolos e queimá-los bem". Usavam tijolos em lugar de pedras, e piche em vez de argamassa.
4 Depois disseram: "Vamos construir uma cidade, com uma torre que alcance os céus. Assim nosso nome será famoso ­e não seremos espalhados pela face da terra".
5 O Senhor desceu para ver a cidade e a torre que os homens estavam construindo.
6 E disse o Senhor: "Eles são um só povo e falam uma só língua, e come­çaram a construir isso. Em breve nada poderá impedir o que planejam fazer­.
7 Venham, desçamos e confundamos a língua que falam, para que não entendam mais uns aos outros".
8 Assim o Senhor os dispersou dali por toda a terra, e pararam de construir a cidade.
9 Por isso foi chamada Babel, porque ali o Senhor confundiu a língua de todo o mun­do. Dali o Senhor os espalhou por toda a terra. Desde Sem a Abrão
10 Este é o registro da descendência de Sem: Dois anos depois do Dilúvio, aos 100 anos de idade, Sem gerou Arfaxade.
11 E depois de ter gerado Arfaxade, Sem viveu 500 anos e ge­rou outros filhos e filhas.
12 Aos 35 anos, Arfaxade gerou Salá.
13 De­pois que gerou Salá, Arfaxade viveu 403 anos e gerou outros filhos e filhas.
14 Aos 30 anos, Salá gerou Héber.
15 Depois que gerou Héber, Salá viveu 403 anos e gerou outros filhos e filhas.
16 Aos 34 anos, Héber gerou Pelegue.
17 De­pois que gerou Pele­gue, Héber viveu 430 anos e gerou outros filhos e filhas.
18 Aos 30 anos, Pelegue gerou Reú.
19 De­pois que gerou Reú, Pelegue viveu 209 anos e gerou outros filhos e filhas.
20 Aos 32 anos, Reú gerou Serugue.
21 De­pois que gerou Seru­gue, Reú viveu 207 anos e gerou outros filhos e filhas.
22 Aos 30 anos, Serugue gerou Naor.
23 De­pois que gerou Naor, Serugue viveu 200 anos e gerou outros filhos e filhas.
24 Aos 29 anos, Naor gerou Terá.
25 Depois que gerou Terá, Naor viveu 119 anos e gerou outros filhos e filhas.
26 Aos 70 anos, Terá havia gerado Abrão, Naor e Harã.
27 Esta é a história da família de Terá: Terá gerou Abrão, Naor e Harã. E Harã gerou Ló.
28 Harã morreu em Ur dos caldeus, sua terra natal, quando ainda vivia Terá, seu pai.
29 Tan­to Abrão como Naor casaram-se. O nome da mulher de Abrão era Sarai, e o nome da mu­lher de Naor era Milca; esta era filha de Harã, pai de Milca e de Iscá.
30 Ora, Sarai era estéril; não tinha filhos.
31 Terá tomou seu filho Abrão, seu neto Ló, filho de Harã, e sua nora Sarai, mulher de seu filho Abrão, e juntos partiram de Ur dos caldeus para Canaã. Mas, ao chegarem a Harã, estabeleceram-se ali.
32 Terá viveu 205 anos e morreu em Harã.

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Gênesis 12

A chamada de Abrão

1 Então o Senhor disse a Abrão: "Saia da sua terra, do meio dos seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mos­trarei.
2 "Farei de você um grande povo, e o abençoarei. Tornarei famoso o seu nome,
e você será uma bênção.
3 Abençoarei os que o abençoarem e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem; e por meio de você todos os povos da terra serão aben­çoados".
4 Partiu Abrão, como lhe ordenara o Senhor, e Ló foi com ele. Abrão tinha setenta e cinco anos quando saiu de Harã.5 Levou sua mulher Sarai, seu sobrinho Ló, todos os bens que haviam acumulado e os seus servos, com­prados em Harã; partiram para a terra de Canaã e lá chega­ram.
6 Abrão atravessou a terra até o lugar do carvalho de Moré, em Siquém. Naque­la época, os cananeus habitavam essa terra.
7 O Senhor apa­receu a Abrão e disse: "À sua descendência darei esta terra". Abrão cons­truiu ali um altar dedicado ao Senhor, que lhe havia aparecido.
8 Dali prosseguiu em direção às colinas a leste de Betel, onde armou acampamento, tendo Betel a oeste e Ai a leste. Constru­iu ali um altar dedicado ao Senhor e invocou o nome do Senhor.
9 Depois Abrão partiu e pros­seguiu em direção ao Neguebe.

Abrão no Egito

10 Houve fome naquela terra, e Abrão des­ceu ao Egito para ali viver algum tempo, pois a fome era rigorosa.
11 Quando estava chegando ao Egito, disse a Sarai, sua mulher: "Bem sei que você é bonita.
12 Quando os egípcios a virem, dirão: 'Esta é a mulher dele'. E me matarão, mas dei­xarão você viva.
13 Diga que é minha irmã, para que me tratem bem por amor a você e mi­nha vida seja poupada por sua causa".
14 Quando Abrão chegou ao Egito, viram os egípcios que Sarai era uma mulher muito bonita.
15 Vendo-a, os homens da corte do faraó a elogiaram diante do faraó, e ela foi levada ao seu palácio.
16 Ele tratou bem a Abrão por causa dela, e Abrão recebeu ovelhas e bois, jumentos e jumentas, servos e servas, e camelos.
17 Mas o Senhor puniu o faraó e sua corte com graves doenças, por causa de Sarai, mulher de A­brão.
18 Por isso o faraó mandou chamar Abrão e disse: "O que você fez comigo? Por que não me falou que ela era sua mulher?
19 Por que disse que era sua irmã? Foi por isso que eu a tomei para ser minha mulher. Aí está a sua mu­lher. Tome-a e vá!"
20 A seguir o faraó deu or­dens para que providenciassem o necessário para que Abrão partisse com sua mulher e com tudo o que possuía.

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Gênesis 13

Abrão e Lot separam-se

1 Saiu, pois, Abrão do Egito e foi para o Neguebe, com sua mulher e com tudo o que possuía, e Ló foi com ele.
2 Abrão tinha enrique­cido muito, tanto em gado como em prata e ouro.
3 Ele partiu do Neguebe em direção a Be­tel, indo de um lugar a outro, até que chegou ao lugar entre Betel e Ai onde já havia armado acam­pamento anteriormente
4 e onde, pela pri­meira vez, tinha cons­truído um altar. Ali Abrão invocou o nome do Senhor.5 Ló, que acompanhava Abrão, também possuía rebanhos e tendas.
6 E não podiam morar os dois juntos na mesma região, porque pos­suíam tantos bens que a terra não podia sustentá-los.
7 Por isso surgiu uma desavença entre os pastores dos rebanhos de Abrão e os de Ló. Nessa época os cananeus e os ferezeus habi­tavam aque­la terra.
8 Então Abrão disse a Ló: "Não haja desa­vença entre mim e você, ou entre os seus pasto­res e os meus; afinal somos irmãos!
9 Aí está a terra inteira diante de você. Vamos separar-nos. Se você for para a esquer­da, irei para a direita; se for para a direita, irei para a esquer­da".
10 Olhou então Ló e viu todo o vale do Jordão, todo ele bem irrigado, até Zoar; era como o jardim do Senhor, como a terra do Egito. Isto se deu antes de o Senhor destruir Sodoma e Gomorra.
11 Ló escolheu todo o vale do Jordão e partiu em direção ao leste. Assim os dois se separaram:
12 Abrão ficou na terra de Canaã, mas Ló mudou seu acampamento para um lugar próximo a Sodo­ma, entre as cidades do vale.
13 Ora, os homens de Sodoma eram extremamen­te perversos e pecadores contra o Senhor.
14 Disse o Senhor a Abrão, depois que Ló separou-se dele: "De onde você está, olhe para o norte, para o sul, para o leste e para o oeste:
15 to­da a terra que você está vendo darei a você e à sua descendência para sempre.
16 Tornarei a sua descendência tão numerosa como o pó da terra. Se for possível contar o pó da terra, tam­bém se poderá contar a sua descendência.
17 Per­corra esta terra de alto a baixo, de um lado a outro, porque eu a darei a você".
18 Então Abrão mudou seu acampamento e passou a viver próximo aos carvalhos de Manre, em Hebrom, onde construiu um altar dedicado ao Senhor.

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Gênesis 14

Abrão salva Lot

1 Naquela época, Anrafel, rei de Sinear, Arioque, rei de Elasar, Quedorla­omer, rei de Elão, e Tidal, rei de Goim,
2 foram à guerra con­tra Bera, rei de Sodoma, contra Birsa, rei de Gomorra, contra Sinabe, rei de Admá, contra Seme­ber, rei de Zeboim, e contra o rei de Belá, que é Zoar.
3 Todos esses últimos juntaram suas tropas no vale de Sidim, onde fica o mar Salga­do.
4 Doze anos estiveram sujei­tos a Que­dorlao­mer, mas no décimo terceiro ano se rebelaram.5 No décimo quarto ano, Quedorlaomer e os reis que a ele tinham-se aliado derrotaram os refains em Asterote-Carnaim, os zuzins em Hã, os emins em Savé-Quiriataim
6 e os horeus desde os montes de Seir até El-Parã, próximo ao deserto.
7 Depois, voltaram e foram para En-Mispate, que é Cades, e conquistaram todo o território dos amalequitas e dos amorreus que viviam em Hazazom-Tamar.
8 Então os reis de Sodoma, de Gomorra, de Admá, de Zeboim e de Belá, que é Zoar, mar­charam e tomaram posição de combate no vale de Sidim
9 contra Quedorlaomer, rei de Elão, contra Tidal, rei de Goim, contra Anrafel, rei de Sinear, e contra Ario­que, rei de Elasar. Eram quatro reis contra cinco.
10 Ora, o vale de Sidim era cheio de poços de betume e, quando os reis de Sodoma e de Gomorra fugiram, alguns dos seus homens caíram nos poços e o restante es­capou para os montes.
11 Os vencedores saquea­ram todos os bens de Sodoma e de Gomorra e todo o seu mantimento, e partiram.
12 Levaram também Ló, sobrinho de Abrão, e os bens que ele possuía, visto que morava em Sodoma.
13 Mas alguém que tinha escapado veio e relatou tudo a Abrão, o hebreu, que vivia próximo aos carvalhos de Manre, o amorreu. Manre e os seus irmãos Escol e Aner eram aliados de Abrão.
14 Quan­do Abrão ouviu que seu parente fora levado prisioneiro, mandou convocar os trezen­tos e dezoito homens treinados, nascidos em sua casa, e saiu em perseguição aos inimigos até Dã.
15 Atacou-os durante a noite em grupos, e assim os derrotou, perse­guindo-os até Hobá, ao norte de Damasco.
16 Recuperou todos os bens e trouxe de volta seu parente Ló com tudo o que possuía, com as mulheres e o restan­te dos prisioneiros.
17 Voltando Abrão da vitória sobre Que­dorlaomer e sobre os reis que a ele se haviam aliado, o rei de Sodoma foi ao seu encontro no vale de Savé, isto é, o vale do Rei.
18 Então Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, trouxe pão e vinho
19 e abençoou Abrão, dizendo: "Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, Criador dos céus e da terra.
20 E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou seus inimigos em suas mãos".
E Abrão lhe deu o dízimo de tudo.
21 O rei de Sodoma disse a Abrão: "Dê-me as pessoas e pode ficar com os bens".
22 Mas Abrão respondeu ao rei de Sodoma: "De mãos levantadas ao Senhor, o Deus Altíssi­mo, Criador dos céus e da terra, juro
23 que não acei­tarei nada do que pertence a você, nem mesmo um cordão ou uma correia de sandália, para que você jamais venha a dizer: 'Eu enriqueci A­brão'.
24 Nada aceita­rei, a não ser o que os meus servos comeram e a porção pertencente a Aner, Escol e Man­re, os quais me acompanharam. Que eles recebam a sua porção".

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Gênesis 15

A aliança de Deus com Abrão

1 Depois dessas coisas o Senhor falou a Abrão numa visão: "Não tenha medo, Abrão! Eu sou o seu escudo; grande será a sua recompensa!"
2 Mas Abrão perguntou: "Ó Soberano Se­nhor, que me darás, se con­tinuo sem filhos e o herdeiro do que possuo é Eliézer de Damasco?"
3 E acrescentou: "Tu não me deste filho algum! Um servo da minha casa será o meu herdei­ro!"
4 Então o Senhor deu-lhe a seguinte res­posta: "Seu herdei­ro não será esse. Um filho gerado por você mesmo será o seu herdeiro".5 Le­van­do-o para fora da tenda, disse-lhe: "Olhe para o céu e conte as estrelas, se é que pode contá-las". E prosseguiu: "Assim será a sua des­cendência".
6 Abrão creu no Senhor, e isso lhe foi creditado como justiça.
7 Disse-lhe ainda: "Eu sou o Senhor, que o tirei de Ur dos caldeus para dar a você esta terra como herança".
8 Perguntou-lhe Abrão: "Ó Soberano Senhor­, como posso saber que tomarei posse de­la?"
9 Respondeu-lhe o Senhor: "Traga-me uma novilha, uma cabra e um car­neiro, todos com três anos de vida, e também uma rolinha e um pombi­nho".
10 Abrão trouxe todos esses animais, cortou-os ao meio e colocou cada metade em frente à outra; as aves, porém, ele não cortou.
11 Nisso, aves de rapina começaram a descer so­bre os cadáveres, mas Abrão as enxotava.
12 Ao pôr do sol, Abrão foi tomado de sono profundo, e eis que vieram sobre ele trevas densas e apavorantes.
13 Então o Senhor lhe disse: "Saiba que os seus descendentes serão estrangeiros numa terra que não lhes pertencerá, onde também serão escravizados e oprimidos por quatro­centos anos.
14 Mas eu castigarei a nação a quem servirão como escravos e, depois de tudo, sairão com muitos bens.
15 Você, porém, irá em paz a seus antepassados e será sepultado em boa velhice.
16 Na quarta geração, os seus descen­dentes voltarão para cá, porque a malda­de dos amor­reus ainda não atingiu a medida completa".
17 Depois que o sol se pôs e veio a escuri­dão, eis que um fogareiro esfumaçante, com uma tocha acesa, passou por entre os peda­ços dos animais.
18 Naquele dia, o Senhor fez a se­guinte alian­ça com Abrão: "Aos seus descenden­tes dei esta terra, desde o ribeiro do Egito até o grande rio, o Eufra­tes:
19 a terra dos queneus, dos quenezeus, dos cadmo­neus,
20 dos hititas, dos ferezeus, dos refains,
21 dos amorreus, dos cananeus, dos girga­seus e dos jebuseus".

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Gênesis 16

Agar e Ismael

1 Ora, Sarai, mulher de Abrão, não lhe dera ne­nhum filho. Como tinha uma serva egíp­cia, chamada Hagar,
2 disse a Abrão: "Já que o Senhor me impediu de ter filhos, possua a mi­nha serva; talvez eu possa formar família por meio dela". Abrão atendeu à proposta de Sarai.
3 Quando isso aconteceu, já fazia dez anos que Abrão, seu marido, vivia em Canaã. Foi nessa ocasião que Sarai, sua mulher, lhe entregou sua serva egípcia Hagar.
4 Ele possuiu Ha­gar, e ela engravidou.
Quando se viu grávida, começou a olhar com desprezo para a sua senhora.5 Então Sarai disse a Abrão: "Caia sobre você a afronta que venho sofrendo. Coloquei minha serva em seus braços e, agora que ela sabe que engravidou, despreza-me. Que o Senhor seja o juiz entre mim e você".
6 Respondeu Abrão a Sarai: "Sua serva está em suas mãos. Faça com ela o que achar melhor". Então Sarai tanto maltratou Hagar que esta acabou fugindo.
7 O Anjo do Senhor encontrou Hagar perto de uma fonte no de­serto, no caminho de Sur,
8 e perguntou-lhe: "Ha­gar, serva de Sarai, de onde você vem? Para onde vai?"
Respondeu ela: "Estou fugindo de Sarai, a minha senhora".
9 Disse-lhe então o Anjo do Senhor: "Vol­te à sua senhora e sujeite-se a ela".
10 Disse mais o Anjo: "Multiplicarei tanto os seus descendentes que ninguém os poderá contar".
11 Disse-lhe ainda o Anjo do Senhor: "Você está grávida e terá um filho, e lhe dará o nome de Ismael, porque o Senhor a ouviu em seu sofrimento.
12 Ele será como jumento selvagem; sua mão será contra todos, e a mão de todos contra ele, e ele viverá em hostilidade contra todos os seus irmãos".
13 Este foi o nome que ela deu ao Senhor, que lhe havia falado: "Tu és o Deus que me vê", pois dissera: "Teria eu visto Aquele que me vê?"
14 Por isso o poço, que fica entre Cades e Bere­de, foi chamado Beer-Laai-Roi.
15 Hagar teve um filho de Abrão, e este lhe deu o nome de Ismael.
16 Abrão estava com oi­tenta e seis anos de idade quando Hagar lhe deu Ismael.

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Gênesis 18

Os três visitantes

1 O Senhor apareceu a Abraão perto dos carvalhos de Manre, quando ele estava sen­tado à entrada de sua tenda, na hora mais quen­te do dia.
2 Abraão ergueu os olhos e viu três ho­mens em pé, a pouca distân­cia. Quan­do os viu, saiu da entrada de sua tenda, correu ao encontro deles e curvou-se até o chão.
3 Disse ele: "Meu senhor, se mereço o seu favor, não passe pelo seu servo sem fazer uma parada.
4 Mandarei buscar um pouco d'água para que lavem os pés e descansem debaixo desta árvore.
5 Vou trazer a vocês também o que comer, para que recuperem as forças e prossigam pelo cami­nho, agora que já chegaram até este seu servo".
"Está bem; faça como está dizendo", res­ponderam.
6 Abraão foi apressadamente à tenda e dis­se a Sara: "Depressa, pegue três medidas da melhor farinha, amasse-a e faça uns pães".
7 Depois correu ao rebanho e escolheu o melhor novilho, e o deu a um servo, que se apres­sou em prepará-lo.
8 Trouxe então coalha­da, leite e o novilho que havia sido prepa­rado, e os serviu. Enquanto comiam, ele ficou perto deles em pé, debaixo da árvore.
9 "Onde está Sara, sua mulher?", pergunta­ram.
"Ali na tenda", respondeu ele.
10 Então disse o Senhor: "Voltarei a você na primavera, e Sara, sua mulher, terá um filho".
Sara escutava à entrada da tenda, atrás dele.
11 Abra­ão e Sara já eram velhos, de idade bem avançada, e Sara já tinha passado da idade de ter filhos.
12 Por isso riu consigo mesma, quan­do pensou: "Depois de já estar velha e meu senhor já idoso, ainda terei esse prazer?"
13 Mas o Senhor disse a Abraão: "Por que Sara riu e disse: 'Poderei realmente dar à luz, agora que sou idosa?'
14 Existe alguma coisa impossível para o Senhor? Na primavera volta­rei a você, e Sara terá um filho".
15 Sara teve medo, e por isso men­tiu: "Eu não ri". Mas ele disse: "Não negue, você riu".
16 Quando os homens se levantaram para partir, avistaram lá embaixo Sodoma; e Abraão os acompanhou para despedir-se.

Abraão intercede por Sodoma

17 Então o Senhor disse: "Esconderei de Abraão o que estou para fazer?
18 Abraão será o pai de uma nação grande e pode­rosa, e por meio dele todas as nações da terra serão abençoadas.
19 Pois eu o escolhi, para que ordene aos seus filhos e aos seus descendentes que se conservem no caminho do Senhor, fazendo o que é justo e direito, para que o Senhor faça vir a Abraão o que lhe prometeu".
20 Disse-lhe, pois, o Senhor: "As acusa­ções contra Sodoma e Gomorra são tantas e o seu pecado é tão grave
21 que descerei para ver se o que eles têm feito corresponde ao que te­nho ouvido. Se não, eu saberei".
22 Os homens partiram dali e foram para Sodoma, mas Abraão per­maneceu diante do Senhor.
23 Abraão aproxi­mou-se dele e disse: "Exterminarás o justo com o ímpio?
24 E se hou­ver cinquenta justos na cidade? Ainda a destrui­rás e não pouparás­ o lugar por amor aos cin­quenta justos que nele estão?
25 Lon­ge de ti fazer tal coisa: matar o justo com o ímpio, tratando o justo e o ímpio da mesma maneira. Longe de ti! Não agirá com justiça o Juiz de toda a terra?"
26 Respondeu o Senhor: "Se eu encontrar cinquenta justos em Sodoma, pouparei a cidade toda por amor a eles".
27 Mas Abraão tornou a falar: "Sei que já fui muito ousado a ponto de falar ao Senhor, eu que não passo de pó e cinza.
28 Ainda assim per­gunto: E se faltarem cinco para completar os cinquenta justos? Destruirás a cidade por causa dos cinco?"
Disse ele: "Se encontrar ali quarenta e cinco, não a destruirei".
29 "E se encontrares apenas quarenta?", insistiu Abraão.
Ele respondeu: "Por amor aos quarenta não a destruirei".
30 Então continuou ele: "Não te ires, Se­nhor, mas permite-me falar. E se apenas trinta forem encontra­dos ali?"
Ele respondeu: "Se encontrar trinta, não a destruirei".
31 Prosseguiu Abraão: "Agora que já fui tão ousado falando ao Senhor, pergunto: E se apenas vinte forem encontrados ali?"
Ele respondeu: "Por amor aos vinte não a destruirei".
32 Então Abraão disse ainda: "Não te ires, Senhor, mas permite-me falar só mais uma vez. E se apenas dez forem encontrados?"
Ele respondeu: "Por amor aos dez não a destruirei".
33 Tendo acabado de falar com Abraão, o Senhor partiu, e Abraão voltou para casa.

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Gênesis 20

Abraão e Abimeleque

1 Abraão partiu dali para a região do Neguebe e foi viver entre Cades e Sur. Depois morou algum tempo em Gerar.
2 Ele dizia que Sara, sua mulher, era sua irmã. Então Abimele­que, rei de Gerar, mandou buscar Sara e tomou-a para si.
3 Certa noite Deus veio a Abimeleque num sonho e lhe disse: "Você morrerá! A mulher que você tomou é casada".
4 Mas Abimeleque, que ainda não havia tocado nela, disse: "Senhor, destruirias um povo inocente?5 Não foi ele que me disse: 'Ela é mi­nha irmã'? E ela também não disse: 'Ele é meu irmão'? O que fiz foi de coração puro e de mãos limpas".
6 Então Deus lhe respondeu no sonho: "Sim, eu sei que você fez isso de coração puro. Eu mesmo impedi que você pecasse contra mim e por isso não lhe permiti tocá-la.
7 Agora devol­va a mulher ao marido dela. Ele é profeta e orará em seu favor, para que você não morra. Mas, se não a devol­ver, esteja certo de que você e todos os seus morrerão".
8 Na manhã seguinte, Abimeleque convo­cou todos os seus conselheiros e, quando lhes contou tudo o que acontecera, tiveram muito medo.
9 Depois Abime­leque chamou Abraão e disse: "O que fizeste conosco? Em que foi que pequei contra ti para que trouxesses tamanha culpa sobre mim e sobre o meu reino? O que me fizeste não se faz a ninguém!"
10 E perguntou Abime­leque a Abraão: "O que te levou a fazer isso?"
11 Abraão respondeu: "Eu disse a mim mes­mo: Certamente ninguém teme a Deus neste lugar, e irão matar-me por causa da minha mulher.
12 Além disso, na verdade ela é minha irmã por parte de pai, mas não por parte de mãe; e veio a ser minha mulher.
13 E, quando Deus me fez sair errante da casa de meu pai, eu disse a ela: As­sim você me provará sua lealdade: em qual­quer lugar aonde formos, diga que sou seu ir­mão".
14 Então Abimeleque trouxe ovelhas e bois, servos e servas, deu-os a Abraão e devolveu-lhe Sara, sua mulher.
15 E disse Abime­leque: "Minha terra está diante de ti; podes ficar onde quise­res".
16 A Sara ele disse: "Estou dando a seu irmão mil peças de prata, para reparar a ofen­sa feita a você diante de todos os seus; assim ­to­dos saberão que você é inocente".
17 A seguir Abraão orou a Deus, e Deus curou Abimeleque, sua mulher e suas servas, de forma que puderam novamente ter filhos,
18 por­que o Senhor havia tornado estéreis todas as mulheres da casa de Abimeleque por causa de Sara, mulher de Abraão.

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Gênesis 21

O nascimento de Isaque

1 O Senhor foi bondoso com Sara, como lhe dissera, e fez por ela o que prometera.
2 Sara engravidou e deu um filho a Abraão em sua velhice, na época fixada por Deus em sua promessa.
3 Abraão deu o nome de Isaque ao filho que Sara lhe dera.
4 Quando seu filho Isaque tinha oito dias de vida, Abraão o circuncidou, conforme Deus lhe havia ordenado.
5 Estava ele com cem anos de idade quando lhe nasceu Isa­que, seu filho.
6 E Sara disse: "Deus me encheu de riso, e todos os que souberem disso rirão comigo".
7 E acrescentou: "Quem diria a Abraão que Sara amamentaria filhos? Contudo eu lhe dei um filho em sua velhice!"

Agar e Ismael mandados embora

8 O menino cresceu e foi desmamado. No dia em que Isaque foi desma­mado, Abraão deu uma grande festa.
9 Sara, porém, viu que o filho que Hagar, a egípcia, dera a Abraão estava rindo de Isaque,
10 e disse a Abra­ão: "Livre-se daquela escrava e do seu filho, porque ele jamais será herdeiro com o meu filho Isaque".
11 Isso perturbou demais Abraão, pois en­volvia um filho seu.
12 Mas Deus lhe disse: "Não se perturbe por causa do menino e da escrava. Atenda a tudo o que Sara lhe pedir, porque será por meio de Isaque que a sua descendência há de ser consider­ada.
13 Mas também do filho da escra­va farei um povo; pois ele é seu descen­dente".
14 Na manhã seguinte, Abraão pegou al­guns pães e uma vasilha de couro cheia d'água, entregou-os a Hagar e, tendo-os colocado nos ombros dela, despediu-a com o menino. Ela se pôs a caminho e ficou vagando pelo deserto de Berseba.
15 Quando acabou a água da vasilha, ela deixou o menino debaixo de um arbusto
16 e foi sentar-se perto dali, à distância de um tiro de flecha, porque pensou: "Não posso ver o menino morrer". Sentada ali perto, começou a chorar.
17 Deus ouviu o choro do menino, e o anjo de Deus, do céu, chamou Hagar e lhe disse: "O que a aflige, Hagar? Não tenha medo; Deus ou­viu o menino chorar, lá onde você o deixou.
18 Le­vante o menino e tome-o pela mão, porque dele farei um grande povo".
19 Então Deus lhe abriu os olhos, e ela viu uma fonte. Foi até lá, encheu de água a vasilha e deu de beber ao menino.
20 Deus estava com o menino. Ele cresceu, viveu no deserto e tornou-se flecheiro.
21 Vivia no deserto de Parã, e sua mãe conseguiu-lhe uma mulher da terra do Egito.

O acordo em Berseba

22 Naquela ocasião, Abimeleque, acompa­nhado de Ficol, comandante do seu exército, disse a Abraão: "Deus está contigo em tudo o que fazes.
23 Agora, jura-me, diante de Deus, que não vais enganar-me, nem a mim nem a meus filhos e descendentes. Trata ­a nação que te aco­lheu como estrangeiro com a mesma bondade com que te tratei".
24 Respondeu Abraão: "Eu juro!"
25 Todavia Abraão reclamou com Abimele­que a respeito de um poço que os servos de Abime­leque lhe tinham tomado à força.
26 Mas Abimeleque lhe respondeu: "Não sei quem fez isso. Nunca me disseste nada, e só fiquei saben­do disso hoje".
27 Então Abraão trouxe ovelhas e bois, deu-os a Abimeleque, e os dois firmaram um acordo.
28 Abraão separou sete ovelhas do reba­nho,
29 pelo que Abimeleque lhe perguntou: "Que signi­ficam estas sete ovelhas que separaste das demais?"
30 Ele respondeu: "Aceita estas sete ovelhas de minhas mãos como testemu­nho de que eu cavei este poço".
31 Por isso aquele lugar foi chamado Berse­ba, porque ali os dois fizeram um juramento.
32 Firmado esse acordo em Berseba, Abimeleque e Ficol, comandante das suas tropas, voltaram para a terra dos filisteus.
33 Abraão, por sua vez, plan­tou uma tamargueira em Berseba e ali invocou o nome do Senhor, o Deus Eterno.
34 E morou Abraão na terra dos filisteus por lon­go tempo.

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Gênesis 22

Abraão é provado

1 Passado algum tempo, Deus pôs Abraão à prova, dizendo-lhe: "Abraão!"
Ele respondeu: "Eis-me aqui".
2 Então disse Deus: "Tome seu filho, seu único filho, Isaque, a quem você ama, e vá para a região de Moriá. Sacrifique-o ali como holocausto num dos montes que lhe indicarei".
3 Na manhã seguinte, Abraão levantou-se e preparou o seu jumento. Levou consigo dois de seus servos e Isaque, seu filho. Depois de cortar lenha para o holocausto, partiu em direção ao lugar que Deus lhe havia indicado.
4 No terceiro dia de viagem, Abraão olhou e viu o lugar ao longe.5 Dis­se ele a seus servos: "Fiquem aqui com o jumento enquanto eu e o rapaz vamos até lá. Depois de adorar, voltare­mos".
6 Abraão pegou a lenha para o holocausto e a colocou nos ombros de seu filho Isaque, e ele mesmo levou as brasas para o fogo, e a faca. E, caminhando os dois juntos,
7 Isaque disse a seu pai, Abraão: "Meu pai!" "Sim, meu filho", respondeu Abraão.
Isaque perguntou: "As brasas e a lenha estão aqui, mas onde está o cordeiro para o holo­causto?"
8 Respondeu Abraão: "Deus mesmo há de prover o cordeiro para o holocausto, meu filho". E os dois continuaram a caminhar juntos.
9 Quando chegaram ao lugar que Deus lhe havia indicado, Abraão construiu um altar e so­bre ele arrumou a lenha. Amarrou seu filho Isa­que e o colocou sobre o altar, em cima da lenha.
10 Então estendeu a mão e pegou a faca para sacrificar seu filho.
11 Mas o Anjo do Senhor o chamou do céu: "Abraão! Abraão!" "Eis-me aqui", respondeu ele.
12 "Não toque no rapaz", disse o Anjo. "Não lhe faça nada. Agora sei que você teme a Deus, porque não me negou seu filho, o seu único filho."
13 Abraão ergueu os olhos e viu um carnei­ro preso pelos chifres num arbusto. Foi lá pegá-lo, e o sacrificou como holocausto em lugar de seu filho.
14 Abraão deu àquele lugar o nome de "O ­Senhor Proverá". Por isso até hoje se diz: "No monte do Senhor se proverá".
15 Pela segunda vez o Anjo do Senhor chamou do céu a Abraão
16 e disse: "Juro por mim mesmo", declara o Senhor, "que, por ter feito o que fez, não me negando seu filho, o seu único filho,
17 esteja certo de que o aben­çoarei e farei seus descendentes tão numerosos como as estrelas do céu e como a areia das praias do mar. Sua descendência conquistará as cidades dos que lhe forem inimigos
18 e, por meio dela, todos os povos da terra serão abençoados, por­que você me obedeceu".
19 Então voltou Abraão a seus servos, e juntos partiram para Berseba, onde passou a viver.­

Os filhos de Naor

20 Passado algum tempo, disseram a Abraão que Milca dera filhos a seu irmão Naor:
21 Uz, o mais velho, Buz, seu irmão, Quemuel, pai de Arã,
22 Quésede, Hazo, Pildas, Jidlafe e Betuel,
23 pai de Rebeca. Estes foram os oito filhos que Milca deu a Naor, irmão de Abraão.
24 E sua concubina, chamada Reumá, teve os seguintes filhos: Tebá, Gaã, Taás e Maaca.

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Gênesis 23

A morte de Sara

1 Sara viveu cento e vinte e sete anos
2 e morreu em Quiriate-Arba, que é He­brom, em Canaã; e Abraão foi lamentar e chorar por ela.
3 Depois Abraão deixou ali o corpo de sua mulher e foi falar com os hititas:
4 "Sou apenas um estrangeiro entre vocês. Cedam-me alguma propriedade para sepultura, para que eu tenha onde enterrar a minha mulher".
5 Responderam os hititas a Abraão:
6 "Ouça-nos, senhor; o senhor é um príncipe de Deus em nosso meio. Enterre a sua mulher nu­ma de nossas sepulturas, na que lhe parecer me­lhor. Ne­nhum de nós recusará ceder-lhe sua sepultura para que enterre a sua mulher".
7 Abraão levantou-se, curvou-se perante o povo daquela terra, os hititas,
8 e disse-lhes: "Já que vocês me dão permissão para sepultar minha ­mulher, peço que intercedam por mim junto a Efrom, filho de Zoar,
9 a fim de que ele me ceda a caverna de Macpela, que lhe pertence e se encontra na divisa do seu campo. Peçam-lhe que a ceda a mim pelo preço justo, para que eu tenha uma propriedade para sepultura entre vocês".
10 Efrom, o hitita, estava sentado no meio do seu povo e respondeu a Abraão, sendo ouvi­do por todos os hititas que tinham vindo à porta da cidade:
11 "Não, meu senhor. Ouça-me, eu lhe cedo o campo e também a caverna que nele está. Cedo-os na presença do meu povo. Sepulte a sua mulher".
12 Novamente Abraão curvou-se perante o povo daquela terra
13 e disse a Efrom, sendo ou­vido por todos: "Ouça-me, por favor. Pagarei o preço do campo. Aceite-o, para que eu possa sepultar a minha mulher".
14 Efrom respondeu a Abraão:
15 "Ouça-me, meu senhor: aquele pedaço de terra vale quatro­centas peças de prata, mas o que significa isso entre mim e você? Sepulte a sua mulher".
16 Abraão concordou com Efrom e pesou-lhe o valor por ele estipulado diante dos hititas: quatrocentas peças de prata, de acordo com o peso corrente entre os merca­dores.
17 Assim o campo de Efrom em Macpela, perto de Manre, o próprio campo com a caverna que nele há e todas as árvores dentro das divisas do campo, foi transferido
18 a Abraão como sua propriedade diante de todos os hititas que tinham vindo à porta da cidade.
19 Depois disso, Abraão sepultou sua mulher Sara na caverna do campo de Macpela, perto de Man­re, que se en­contra em Hebrom, na terra de Canaã.
20 Assim o campo e a caverna que nele há foram transferi­dos a Abraão pelos hititas como propriedade para sepultura.

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Gênesis 24

Isaque e Rebeca

1 Abraão já era velho, de idade bem avançada, e o ­Senhor em tudo o aben­çoara.
2 Dis­se ele ao servo mais velho de sua casa, que era o responsável por tudo quanto tinha: "Ponha a mão debaixo da minha coxa
3 e jure pelo Se­nhor, o Deus dos céus e o Deus da terra, que não buscará mulher para meu filho entre as filhas dos cana­neus, no meio dos quais estou vivendo,
4 mas irá à minha terra e buscará entre os meus parentes uma mulher para meu filho Isaque".
5 O servo lhe perguntou: "E se a mulher não quiser vir comigo a esta terra? Devo então levar teu filho de volta à terra de onde vieste?"
6 "Cuidado!", disse Abraão, "Não deixe o meu filho voltar para lá.
7 "O Senhor, o Deus dos céus, que me tirou da casa de meu pai e de minha terra natal e que me prometeu sob juramento ­que à minha descendência daria esta terra, enviará o seu anjo adian­te de você para que de lá traga uma mulher para meu filho.
8 Se a mulher não quiser vir, você estará livre do jura­mento. Mas não leve o meu filho de volta para lá."
9 Então o servo pôs a mão debaixo da coxa de Abraão, seu senhor, e jurou cumprir aque­la palavra.
10 O servo partiu, com dez camelos do seu senhor, levando também do que o seu senhor tinha de melhor. Partiu para a Mesopotâmia, em direção à cidade onde Naor tinha morado.
11 Ao cair da tarde, quando as mulheres costumam sair para buscar água, ele fez os camelos se ajoelha­rem junto ao poço que ficava fora da cidade.
12 Então orou: "Senhor, Deus do meu senhor Abraão, dá-me neste dia bom êxito e seja bondoso com o ­meu senhor Abraão.
13 Co­mo vês, estou aqui ao lado desta fonte, e as jovens do povo desta cidade estão vindo para tirar água.
14 Concede que a jovem a quem eu disser: Por favor, incline o seu cântaro e dê-me de be­ber, e ela me responder: 'Bebe. Também darei água aos teus camelos', seja essa a que escolhes­te para teu servo Isaque. Saberei assim que ­foste bondoso com o meu senhor".
15 Antes que ele terminasse de orar, surgiu Rebeca, filha de Betuel, filho de Milca, mulher de Naor, irmão de Abraão, trazendo no ombro o seu cântaro.
16 A jovem era muito bonita e vir­gem; nenhum homem tivera relações com ela. Rebeca desceu à fonte, encheu seu cântaro e voltou.
17 O servo apressou-se ao encontro dela e disse: "Por favor, dê-me um pouco de água do seu cântaro".
18 "Beba, meu senhor", disse ela, e tirou rapidamente dos ombros o cântaro e o serviu.
19 Depois que lhe deu de beber, disse: "Ti­rarei água também para os seus camelos até saciá-los".
20 Assim ela esvaziou depressa seu cântaro no bebedouro e correu de volta ao poço para tirar mais água para todos os camelos.
21 Sem dizer nada, o homem a observava atenta­mente para saber se o Senhor tinha ou não co­roado de êxito a sua missão.
22 Quando os camelos acabaram de beber, o homem deu à jovem um pen­dente de ouro de seis gramas e duas pulseiras de ouro de cento e vinte gramas,
23 e perguntou: "De quem você é filha? Diga-me, por favor, se há lugar na casa de seu pai para eu e meus companhei­ros passarmos a noite".
24 "Sou filha de Betuel, o filho que Milca deu a Naor", respondeu ela;
25 e acrescen­tou: "Temos bastante palha e forragem, e também temos lugar para vocês passarem a noite".
26 Então o homem curvou-se em adoração ao Senhor,
27 dizendo: "Bendito seja o Senhor, o Deus do meu senhor Abraão, que não retirou sua bondade e sua fidelidade do meu senhor. Quanto a mim, o Senhor me conduziu na jorna­da até a casa dos parentes do meu senhor".
28 A jovem correu para casa e contou tudo à família de sua mãe.
29 Rebeca tinha um irmão chamado Labão. Ele saiu apressado à fonte para conhecer o homem,
30 pois tinha visto o penden­te e as pulseiras no braço de sua irmã, e ouvira Rebeca contar o que o homem lhe dissera. Saiu, pois, e foi encontrá-lo parado junto à fonte, ao lado dos camelos.
31 E disse: "Venha, bendito do Senhor! Por que ficar aí fora? Já arrumei a casa e um lugar para os camelos".
32 Assim o homem dirigiu-se à casa, e os camelos foram descarrega­dos. Deram palha e forragem aos camelos, e água ao homem e aos que estavam com ele para lavarem os pés.
33 De­pois lhe trouxeram comida, mas ele disse: "Não comerei enquanto não disser o que tenho para dizer".
Disse Labão: "Então fale".
34 E ele disse: "Sou servo de Abraão.
35 O Senhor o abençoou muito, e ele se tornou mui­to rico. Deu-lhe ovelhas e bois, prata e ouro, servos e servas, camelos e jumentos.
36 Sara, mulher do meu senhor, na velhice lhe deu um filho, que é o herdeiro de tudo o que Abra­ão possui.
37 E meu senhor fez-me jurar, dizendo: 'Você não buscará mulher para meu filho entre as filhas dos cana­neus, em cuja terra estou vi­vendo,
38 mas irá à família de meu pai, ao meu pró­prio clã, buscar uma mulher para meu filho'.
39 "Então perguntei a meu senhor: E se a mulher não quiser me acompa­nhar?
40 "Ele respondeu: 'O Senhor, a quem tenho servido, enviará seu anjo com você e coroará de êxito a sua missão, para que você traga para meu filho uma mulher do meu próprio clã, da família de meu pai.
41 Quando chegar aos meus parentes, você estará livre do juramento se eles se recusarem a entregá-la a você. Só então você estará livre do juramento'.
42 "Hoje, quando cheguei à fonte, eu disse: Ó Senhor, Deus do meu senhor Abraão, se assim desejares, dá êxito à missão de que fui incumbido.
43 Aqui estou em pé diante desta fon­te; se uma moça vier tirar água e eu lhe disser: Por favor, dê-me de beber um pouco de seu cântaro,
44 e ela me responder: 'Bebe. Também darei água aos teus came­los', seja essa a que o Senhor escolheu para o filho do meu senhor.
45 "Antes de terminar de orar em meu cora­ção, surgiu Rebeca, com o cântaro ao ombro. Dirigiu-se à fonte e tirou água, e eu lhe disse: Por favor, dê-me de beber.
46 "Ela se apressou a tirar o cântaro do ombro e disse: 'Bebe. Também darei água aos teus camelos'. Eu bebi, e ela deu de beber tam­bém aos camelos.
47 "Depois lhe perguntei: De quem você é filha? "Ela me respondeu: 'De Betuel, filho de Naor e Milca'. "Então coloquei o pendente em seu nariz e as pulseiras em seus braços,
48 e curvei-me em adoração ao Senhor. Bendisse ao ­Senhor, o Deus do meu senhor Abraão, que me guiou pelo caminho certo para buscar para o filho dele a neta do irmão do meu senhor.
49 Agora, se quise­rem mos­trar fidelidade e bondade a meu senhor, digam-me; e, se não quiserem, digam-me tam­bém, para que eu decida o que fazer".
50 Labão e Betuel responderam: "Isso vem do Senhor; nada lhe po­demos dizer, nem a favor, nem contra.
51 Aqui está Rebeca; leve-a com você e que ela se torne a mulher do filho do seu senhor, como disse o Senhor".
52 Quando o servo de Abraão ouviu o que disseram, curvou-se até o chão diante do Se­nhor.
53 Então o servo deu joias de ouro e de prata e vestidos a Rebeca; deu também presentes valiosos ao irmão dela e à sua mãe.
54 Depois ele e os homens que o acompanhavam comeram, beberam e ali passaram a noite. Ao se levantarem na manhã seguinte, ele disse: "Deixem-me voltar ao meu senhor".
55 Mas o irmão e a mãe dela responderam: "Deixe a jovem ficar mais uns dez dias conosco; então você poderá partir".
56 Mas ele disse: "Não me detenham, agora que o Senhor coroou de êxito a minha missão. Vamos despedir-nos, e voltarei ao meu senhor".
57 Então lhe disseram: "Vamos chamar a jovem e ver o que ela diz".
58 Chamaram Rebeca e lhe perguntaram: "Você quer ir com este homem?"
"Sim, quero", respondeu ela.
59 Despediram-se, pois, de sua irmã Rebeca, de sua ama, do servo de Abraão e ­dos que o acom­panhavam.
60 E abençoaram Rebeca, dizendo-lhe: "Que você cresça, nossa irmã, até ser milhares de milhares; e que a sua descendência conquiste as cidades dos seus inimigos".
61 Então Rebeca e suas servas se apronta­ram, montaram seus camelos e partiram com o homem. E assim o servo partiu levando Rebeca.
62 Isaque tinha voltado de Beer-Laai-Roi, pois habitava no Neguebe.
63 Certa tarde, saiu ao campo para meditar. Ao erguer os olhos, viu que se aproximavam camelos.
64 Rebeca também ergueu os olhos e viu Isaque. Ela desceu do camelo
65 e perguntou ao servo: "Quem é aquele homem que vem pelo campo ao nosso encon­tro?" "É meu senhor", respondeu o servo. Então ela se cobriu com o véu.
66 Depois o servo contou a Isaque tudo o que havia feito.
67 Isaque levou Rebeca para a tenda de sua mãe, Sara; fez dela sua mulher, e a amou; assim Isaque foi consolado após a morte de sua mãe.

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Gênesis 25

A morte de Abraão

1 Abraão casou-se com outra mulher, cha­mada Que­tura.
2 Ela lhe deu os seguintes filhos: Zinrã, Jocsã, Medã, Midiã, Isbaque e Suá.
3 Joc­sã gerou Sabá e Dedã; os descenden­tes de Dedã foram os assuritas, os le­tusitas e os leumitas.
4 Os filhos de Midiã foram Efá, Éfer, Enoque, Abida e Elda. Todos esses foram descendentes de Que­tura.5 Abraão deixou tudo o que tinha para Isa­que.
6 Mas para os filhos de suas concubinas deu presentes; e, ainda em vida, enviou-os para lon­ge de Isaque, para a terra do oriente.
7 Abraão viveu cento e setenta e cinco anos.
8 Morreu em boa velhice, em idade bem avançada, e foi reunido aos seus antepassados.
9 Seus filhos, Isaque e Ismael, o sepultaram na caverna de Mac­pela, perto de Manre, no campo de Efrom, filho de Zoar, o hitita,
10 campo que Abra­ão comprara dos hiti­tas. Foi ali que Abraão e Sara, sua mulher, foram sepultados.
11 Depois da morte de Abraão, Deus abençoou seu filho Isaque. Isaque morava próximo a Beer-Laai-Roi.

Os filhos de Ismael

12 Este é o registro da descendência de Ismael, o filho de Abraão que Hagar, a serva egíp­cia de Sara, deu a ele.
13 São estes os nomes dos filhos de Ismael, alistados por ordem de nascimen­to: Nebaiote, o filho mais velho de Ismael, Quedar, Adbeel, Mibsão,
14 Misma, Dumá, Massá,
15 Hadade, Te­má, Jetur, Nafis e Quedemá.
16 Foram esses os doze filhos de Ismael, que se tornaram os líderes de suas tribos; ­os seus povoados e acampamen­tos receberam os seus nomes.
17 Ismael viveu cento e trinta e sete anos. Morreu e foi reunido aos seus antepassados.
18 Seus descendentes se estabeleceram na região que vai de Havilá a Sur, próximo à fronteira com o Egito, na direção de quem vai para Assur. E viveram em hostilidade contra todos os seus irmãos.

Jacob e Esaú

19 Esta é a história da família de Isaque, filho de Abraão: Abraão gerou Isaque,
20 o qual aos quaren­ta anos se casou com Rebeca, filha de Betuel, o arameu de Padã-Arã, e irmã de Labão, também arameu.
21 Isaque orou ao Senhor em favor de sua mulher, porque era estéril. O Senhor respon­deu à sua oração, e Rebeca, sua mulher, engra­vidou.
22 Os meninos se empurravam dentro dela, pelo que disse: "Por que está me aconte­cendo isso?" Foi então consultar o Senhor.
23 Disse-lhe o Senhor: "Duas nações estão em seu ventre; já desde as suas entranhas dois povos se separarão; um deles será mais forte que o outro,
mas o mais velho servirá ao mais novo".
24 Ao chegar a época de dar à luz, confirmou-se que havia gêmeos em seu ventre.
25 O pri­meiro a sair era ruivo, e todo o seu corpo era como um manto de pelos; por isso lhe deram o nome de Esaú.
26 Depois saiu seu irmão, com a mão agarrada no calcanhar de Esaú; pelo que lhe deram o nome de Jacó. Tinha Isaque sessen­ta anos de idade quando Rebeca os deu à luz.
27 Os meninos cresceram. Esaú tornou-se caçador habilidoso e vivia percorrendo os cam­pos, ao passo que Jacó cuidava do rebanho e vivia nas tendas.
28 Isaque preferia Esaú, porque gostava de comer de suas caças; Rebeca preferia Jacó.
29 Certa vez, quando Jacó preparava um ensopado, Esaú chegou famin­to, voltando do cam­po,
30 e pediu-lhe: "Dê-me um pouco desse ensopado vermelho aí. Estou faminto!" Por isso também foi chamado Edom.
31 Respondeu-lhe Jacó: "Venda-me primei­ro o seu direito de filho mais velho".
32 Disse Esaú: "Estou quase morrendo. De que me vale esse direito?"
33 Jacó, porém, insistiu: "Jure primeiro". Ele fez um juramento, ven­dendo o seu direito de filho mais velho a Jacó.
34 Então Jacó serviu a Esaú pão com enso­pado de lenti­lhas. Ele comeu e bebeu, levantou-se e se foi. Assim Esaú desprezou o seu direito de filho mais velho.

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Gênesis 26

Isaque e Abimeleque

1 Houve fome naquela terra, como ti­nha acontecido no tempo de Abraão. Por isso Isaque foi para Gerar, onde Abimeleque era o rei dos filisteus.
2 O ­Senhor apareceu a Isaque e disse: "Não desça ao Egito; procure estabelecer-se na terra que eu lhe indicar.
3 Permaneça nesta terra mais um pouco, e eu estarei com você e o aben­çoarei. Porque a você e a seus des­cende­ntes darei todas estas terras e confir­marei o jura­men­to que fiz a seu pai, Abraão.
4 Tor­narei seus descen­dentes tão nume­rosos como as estrelas do céu e lhes darei todas estas terras; e por meio da sua descen­dência todos os povos da terra serão abençoados,5 porque Abraão me obedeceu e guar­dou meus preceitos, meus mandamentos, meus decretos e minhas leis".
6 Assim Isaque ficou em Gerar.
7 Quando os homens do lugar lhe pergunta­ram sobre a sua mulher, ele disse: "Ela é minha irmã". Teve medo de dizer que era sua mu­lher, pois pensou: "Os homens deste lugar podem matar-me por causa de Rebeca, por ser ela tão bonita".
8 Isaque estava em Gerar já fazia muito tempo. Certo dia, Abimeleque, rei dos filisteus, estava olhando do alto de uma janela quando viu Isaque acariciando Rebeca, sua mulher.
9 En­tão Abime­leque chamou Isaque e lhe disse: "Na verdade ela é tua mulher! Por que me disseste que ela era tua irmã?"
Isaque respondeu: "Porque pensei que eu poderia ser morto por causa dela".
10 Então disse Abimeleque: "Tens ideia do que nos fizeste? Qualquer homem bem poderia ter-se deitado com tua mulher, e terias trazido culpa sobre nós".
11 E Abimeleque advertiu todo o povo: "Quem tocar neste homem ou em sua mulher certamente morrerá!"
12 Isaque formou lavoura naquela terra e no mesmo ano colheu a cem por um, porque o Senhor o abençoou.
13 O homem enriqueceu, e a sua riqueza conti­nuou a aumentar, até que ficou riquíssimo.
14 Possuía tantos rebanhos e servos que os filisteus o invejavam.
15 Estes taparam todos os poços que os servos de Abraão, pai de Isaque, tinham cavado na sua época, enchendo-os de terra.
16 Então Abimeleque pediu a Isaque: "Sai de nossa terra, pois já és poderoso demais para nós".
17 Por isso Isaque mudou-se de lá, acampou no vale de Gerar e ali se estabeleceu.
18 Isaque reabriu os poços cavados no tempo de seu pai, Abraão, os quais os filisteus fecharam depois que Abraão morreu, e deu-lhes os mesmos no­mes que seu pai lhes tinha dado.
19 Os servos de Isaque cavaram no vale e descobriram um veio d'água.
20 Mas os pastores de Gerar discutiram com os pastores de Isaque, dizendo: "A água é nossa!" Por isso Isaque deu ao poço o nome de Eseque, porque discutiram por causa dele.
21 Então os seus servos cavaram outro poço, mas eles também discutiram por causa dele; por isso o chamou Sitna.
22 Isaque mu­dou-se dali e cavou outro poço, e ninguém discutiu por causa dele. Deu-lhe o nome de Reo­bote, dizendo: "Agora o Senhor nos abriu es­paço e prosperare­mos na terra".
23 Dali Isaque foi para Berseba.
24 Naque­la noite, o Senhor lhe apareceu e disse: "Eu sou o Deus de seu pai, Abraão. Não tema, porque estou com você; eu o abençoarei e multiplicarei os seus descende­ntes por amor ao meu servo Abraão".
25 Isaque construiu nesse lugar um altar e invocou o nome do Senhor. Ali armou acampa­mento, e os seus servos cavaram outro poço.
26 Por aquele tempo, veio a ele Abimele­que, de Gerar, com Auzate, seu conselheiro pessoal, e Ficol, o comandante dos seus exércitos.
27 Isaque lhes perguntou: "Por que me vieram ver, uma vez que foram hostis e me mandaram embora?"
28 Eles responderam: "Vimos claramente que o Senhor está contigo; por isso dissemos: Façamos um juramento entre nós. Queremos firmar um acordo contigo:
29 Tu não nos farás mal, assim como nada te fizemos, mas sempre te tratamos bem e te despedimos em paz. Agora sabemos que o Senhor te tem abençoado".
30 Então Isaque ofereceu-lhes um banquete, e eles comeram e beberam.
31 Na manhã seguinte os dois fizeram juramento. Depois Isaque os despediu e partiram em paz.
32 Naquele mesmo dia, os servos de Isaque vieram falar-lhe sobre o poço que tinham cava­do e disseram: "Achamos água!"
33 Isaque deu-lhe o nome de Seba e, por isso, até o dia de hoje aquela cidade é conhecida como Berseba.
34 Tinha Esaú quarenta anos de idade quan­do escolheu por mulher a Judite, filha de Beeri, o hitita, e também a Basemate, filha de Elom, o hitita.
35 Elas amarguraram a vida de Isaque e de Rebeca.

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Gênesis 27

Jacob recebe a bênção de Isaque

1 Tendo Isaque envelhecido, seus olhos ficaram tão fracos que ele já não podia enxergar. Certo dia chamou Esaú, seu filho mais velho, e lhe disse: "Meu filho!"
Ele respondeu: "Estou aqui".
2 Disse-lhe Isaque: "Já estou velho e não sei o dia da minha morte.
3 Pegue agora suas armas, o arco e a aljava, e vá ao campo caçar alguma coisa para mim.
4 Prepare-me aque­la co­mida saborosa que tanto aprecio e traga-me, para que eu a coma e o abençoe antes de mor­rer".
5 Ora, Rebeca estava ouvindo o que Isaque dizia a seu filho Esaú. Quando Esaú saiu ao campo para caçar,
6 Rebeca disse a seu filho Jacó: "Ouvi seu pai dizer a seu irmão Esaú:
7 'Traga-me alguma caça e prepare-me aquela comida saborosa, para que eu a coma e o aben­çoe na presença do Senhor antes de morrer'.
8 Agora, meu filho, ouça bem e faça o que lhe ordeno:
9 Vá ao rebanho e traga-me dois cabritos esco­lhi­dos, para que eu prepare uma comida saborosa para seu pai, como ele aprecia.
10 Leve-a então a seu pai, para que ele a coma e o aben­çoe antes de morrer".
11 Disse Jacó a Rebeca, sua mãe: "Mas o meu irmão Esaú é homem peludo, e eu tenho a pele lisa.
12 E se meu pai me apalpar? Vai parecer que estou tentando enganá-lo, fazendo-o de tolo e, em vez de bênção, trarei sobre mim maldição".
13 Disse-lhe sua mãe: "Caia sobre mim a maldição, meu filho. Faça apenas o que eu digo: Vá e traga-os para mim".
14 Então ele foi, apanhou-os e os trouxe à sua mãe, que preparou uma comida saborosa, como seu pai apreciava.
15 Rebeca pegou as me­lhores roupas de Esaú, seu filho mais velho, roupas que tinha em casa, e colocou-as em Jacó, seu filho mais novo.
16 Depois cobriu-lhe as mãos e a parte lisa do pescoço com as peles dos cabri­tos,
17 e por fim entregou a Jacó a refeição sabo­rosa e o pão que tinha feito.
18 Ele se dirigiu ao pai e disse: "Meu pai".
Respondeu ele: "Sim, meu filho. Quem é você?"
19 Jacó disse a seu pai: "Sou Esaú, seu filho mais velho. Fiz como o senhor me disse. Agora, assente-se e coma do que cacei para que me aben­çoe".
20 Isaque perguntou ao filho: "Como en­controu a caça tão depressa, meu filho?"
Ele respondeu: "O Senhor, o seu Deus, a colocou no meu caminho".
21 Então Isaque disse a Jacó: "Chegue mais perto, meu filho, para que eu possa apalpá-lo e saber se você é realmente meu filho E­saú".
22 Jacó aproximou-se do seu pai, Isaque, que o apalpou e disse: "A voz é de Jacó, mas os braços são de Esaú".
23 Não o reconheceu, pois seus braços estavam peludos como os de Esaú, seu irmão; e o abençoou.
24 Isaque perguntou-lhe outra vez: "Você é mesmo meu filho Esaú?"
E ele respondeu: "Sou".
25 Então lhe disse: "Meu filho, traga-me da sua caça para que eu coma e o abençoe".
Jacó a trouxe, e seu pai comeu; também trou­xe vinho, e ele bebeu.
26 Então Isaque, seu pai, lhe dis­se: "Venha cá, meu filho, dê-me um bei­jo".
27 Ele se aproximou e o beijou. Quando sentiu o cheiro de suas roupas, Isaque o abençoou, dizendo: "Ah, o cheiro de meu filho é como o cheiro de um campo
que o Senhor abençoou.
28 Que Deus lhe conceda do céu o orvalho e da terra a riqueza, com muito cereal e muito vinho.
29 Que as nações o sirvam e os povos se curvem diante de você. Seja senhor dos seus irmãos, e curvem-se diante de você os filhos de sua mãe. Malditos sejam os que o amaldiçoarem e benditos sejam os que o ­abençoarem".
30 Quando Isaque acabou de abençoar Jacó, mal tendo ele saído da presença do pai, seu ir­mão, Esaú, chegou da caçada.
31 Ele também preparou uma comida saborosa e a trou­xe a seu pai. E lhe disse: "Meu pai, levante-se e coma da mi­nha caça, para que o senhor me dê sua bênção".
32 Perguntou-lhe seu pai, Isaque: "Quem é você?" Ele respondeu: "Sou Esaú, seu filho mais velho".
33 Profundamente abalado, Isaque começou a tremer muito e disse: "Quem então apanhou a caça e a trou­xe para mim? Acabei de comê-la antes de você entrar e a ele abençoei; e abençoa­do ele será!"
34 Quando Esaú ouviu as palavras de seu pai, deu um forte grito e, cheio de amargura, implorou ao pai: "Aben­çoe também a mim, meu pai!"
35 Mas ele respondeu: "Seu irmão chegou astutamente e recebeu a bênção que pertencia a você".
36 E disse Esaú: "Não é com razão que o seu nome é Jacó? Já é a segunda vez que ele me en­gana! Primeiro tomou o meu direito de filho mais velho, e agora recebeu a minha bênção!" Então perguntou ao pai: "O senhor não reservou nenhuma bênção para mim?"
37 Isaque respondeu a Esaú: "Eu o cons­tituí senhor sobre você, e a todos os seus parentes tornei servos dele; a ele supri de cereal e de vi­nho. Que é que eu poderia fazer por você, meu filho?"
38 Esaú pediu ao pai: "Meu pai, o senhor tem apenas uma bênção? Abençoe-me também, meu pai!" Então chorou Esaú em alta voz.
39 Isaque, seu pai, respondeu-lhe: "Sua habitação será longe das terras férteis,
distante do orvalho que desce do alto céu.
40 Você viverá por sua espada e servirá a seu irmão. Mas, quando você não suportar mais, arrancará do pescoço o jugo".

Jacob foge para Labão

41 Esaú guardou rancor contra Jacó por causa da bênção que seu pai lhe dera. E disse a si mesmo: "Os dias de luto pela morte de meu pai estão próximos; então matarei meu irmão Jacó".
42 Quando contaram a Rebeca o que seu filho Esaú dissera, ela mandou chamar Jacó, seu filho mais novo, e lhe disse: "Esaú está se con­solando com a ideia de matá-lo.
43 Ouça, pois, o que lhe digo, meu filho: Fuja imediatamente para a casa de meu irmão Labão, em Harã.
44 Fique com ele algum tempo, até que passe o furor de seu irmão.
45 Quando seu irmão não esti­ver mais irado contra você e esquecer o que você lhe fez, mandarei buscá-lo. Por que perderia eu vocês dois num só dia?"
46 Então Rebeca disse a Isaque: "Estou desgostosa da vida, por causa destas mulheres hititas. Se Jacó escolher esposa entre as mulhe­res desta terra, entre mulhe­res hititas como es­tas, perderei a razão de viver".

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