Texto sobre Mulheres

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MULHERES E MULHERES

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Há mulheres que se gabam de seus homens muito machos, convictos e viris. Em contrapartida, violentos; mulherengos; desprovidos de quaisquer atenção e afetividade. Mas, pelo menos... dizem elas. E vão levando o que podem, à medida que levam... pelo menos levam algo, e são motivos de boa dose de inveja.
Umas outras se conformam com seus homens fiéis, atenciosos e românticos; porém, não tão viris. Mas, pelo menos... também dizem elas. Vão levando a vida, ou aquilo que julgam vida, enquanto esperam dias melhores... e até despertam alguma inveja das que não contam nem com isso.
Tem as que rangem dentes, mastigam travesseiros e se possuem no silêncio das noites, enquanto seus... dormem ou fingem, para escapulirem do "compromisso" enquanto podem. Elas não se gabam nem se acomodam, pois eles não têm o pelo menos, e por isso ninguém as inveja, o que tira toda graça.
Evidentemente, algumas mulheres têm seus homens perfeitos, dentro do contexto perfeitamente humano de perfeição. Essas não se gabam, não se acomodam nem rangem dentes. Tais mulheres, nenhuma outra saberá quem são, pois não são bestas... não fazem propagandas do que não querem perder.

Inserida por demetriosena

⁠ÀS MULHERES DESTE SÉCULO

Demétrio Sena - Magé

Minha esposa não é minha mulher. É minha esposa. Seria minha sócia, se tivéssemos um negócio em comum. Colega de trabalho, se trabalhássemos juntos... inimiga, se nos detestássemos. Para ser mulher, ela nasceu mulher. É sua natureza biológica ou anatômica (isso não é aula). Já era quem é, quando a conheci, como ainda será, se algum dia nos separarmos.
A mulher que foi minha mãe precisou me dar à luz, para tanto. Minhas irmãs nascerem da mesma mãe... ou não seriam minhas irmãs, o que não as tornaria não mulheres. A Bete, minha cunhada, não a seria se a sua irmã não fosse minha esposa... e as amantes que não tenho, não são minhas amantes e nada existe que as "desmulherize" por isso.
Namoro, casamento, qualquer outra relação amorosa não nos torna propriedades um doutro. Pelo menos não deveria... não deveria roubar o nosso pertencimento intimo e pessoal... nossas vontades individuais e o que fazemos delas. Ambos ou ambas devem continuar senhores de suas consciências, donos de seus corpos, pensamentos. escolhas, sins e nãos.
Mulheres... não sejais submissas a vossos esposos. Eles não são seus donos, homens ou senhores, e sim, esposos. Não haja hierarquia entre o casal! Cumplicidade, acordo, compromisso, entendimento e parceria sim... hierarquia, relatório, constrangimento e liberdade vigiada, não. Sejais esposas de vossos maridos, mas vossas próprias mulheres.

Inserida por demetriosena

⁠Cabeça de mulher!
Vai entender as mulheres, se você não manifesta ciúme, você tem outra ou não gosta mais dela, mas se você demostra um pouco, você é maluco, maniaco, psicopata, perturbado, doente enfim.
Única coisa que concordo com o que elas pensam, é que realmente vamos ficar malucos.

Inserida por joao_galvao

"Mulheres são figuras deliciosamente
contraditórias, aqueles típicos casos em
que pedem opiniao quando, na verdade,
não querem de fato nenhuma opinião, mas
se dissermos "você é quem sabe", nem
preciso dizer , o resultado é imprevisível.
Precisaríamos de uma baita equação para
tentar definir o SER MULHER;, creio que
por isso Einstein escolheu desvendar o
universo e não as mulheres."

Inserida por barnashapadilha

⁠CANTADA DE PALAVRAS


Escrevi os verbos
Dos versos, milhares
Andei com mulheres até tarde
Não tenho motivo para fugir
Me encontro e me acho bem aqui.

Como quais versos, eu te componho
Tudo o que sinto, te proponho.
O que adianta ser rico
E não ser o que é?
O que tudo isso não é...

Passei as duas ruas sem ver
Que você me lê.
Orei horrores até notar
Que anotei, notei seu olhar.

O que vivemos é tudo mais bonito
Que qualquer verso antigo.
Quanto mais o tempo passa,
Mais novo fica,
Causando a velha intriga...

Passei as duas ruas sem ver
Que você me lê.
Orei horrores até notar
Que anotei, notei seu olhar,
Seu olhar... Seu olhar...

Inserida por WalyssonLima

Mulher não abaixe a cabeça
Lute por suas ideais e seus ideais
As mulheres não são inferiores aos homens
Somos a ponte principal para a vida
A misoginia mata todo dia milhares de mulheres no mundo
Somos todos os dias ignoradas e humilhadas
Mas,sem mulheres não existem crianças e nem humanidade.


Inserida por ShalimarFarias15

⁠No passado,as mulheres quando estavam perto e quando passavam dos 35 ⁠anos ficavam desesperadas para engravidar e faziam coisas que quando ficavam mais velhas se arrependiam.
Logo,algumas mulheres "bancavam" até os maridos por causa dos filhos.Na atualidade,as mulheres também se relacionam com outras mulheres e podem fazer inseminação artificial podendo congelar os óvulos ou adotar crianças,ou seja,exercendo a maternidade de forma mais responsável.

Inserida por ShalimarFarias15

⁠Mulheres

Esse amor de mulher! Seleção natural
Da cortesia feminina sem batom!
A singela melodia do bom som
Da voz que irradia todo dia como especial!

Mulher, não corra! Pra que andar depressa?
A sensualidade é desfilar, nesse dom,
De manter na memória o bom tom
Do caminhar, que esse charme interessa!

Sempre sorrindo, avante! Sem a gargalhada,
Dessa risada, que só deixa atrapalhada
A bela expressão de paz, extirpada pela dor…

Ah! Mulher! Resgata essa energia que agita
A postura desse oposto que ainda acredita
Nessa imaculada fantasia desse amor!

Inserida por JeaziPinheiro

⁠Mulheres

Aaaaaa, as histórias do meu cantar…

Além das brumas de Avalon
existem muitas Fridas,
pintando e bordando um cenário de inclusão.
Que cantam
Que riem
Que cuidam
e nos fazem acreditar.

Bem perto da toca do coelho aliciano
recita uma pequena Greta
as maravilhas do plantar.

Na tribuna do parlamento
discursa uma Marielle
fazendo ecoar resistência
frente as injustiças do lugar.

No centro da fome,
dentro do lixo,
tem a Dona Maria,
que amamenta seu filho
e o encoraja a falar.

No meio do povo
tem uma menina
uma moça
uma mulher
uma idosa...
Com asas gigantes.
Com flores na mão,
que levanta todo dia
e faz o mundo mudar.

Valnia Véras

Inserida por Valnia

⁠A dicotomia entre o espaço privado das mulheres e o espaço público dos homens é um tema recorrente na análise das dinâmicas de poder e gênero ao longo da história.

No contexto das antigas sociedades monárquicas, as mulheres eram frequentemente relegadas ao espaço privado, limitadas aos domínios do lar e da família, enquanto os homens ocupavam o espaço público, engajando-se em atividades políticas, econômicas e sociais.

Um exemplo emblemático desse paradigma é observado nos objetivos das princesas dos contos de fadas, cujo principal objetivo era ser escolhidas por um príncipe.

Esta narrativa simbolicamente reforça a noção de que a realização feminina estava atrelada à aprovação masculina, representada pela metáfora do sapatinho de cristal.

Após o príncipe passar por um teste de aptidão, que envolvia a prova do sapato, todas as mulheres eram submetidas a esse mesmo critério de escolha, e apenas uma seria privilegiada.

Esse estado de submissão e falta de autonomia é simbolizado pelo sapatinho de cristal, que além de representar a castidade, também reforça a ideia de que a validação social e a consideração como indivíduo dependem da escolha por um parceiro masculino.

O ideal de amor romântico, difundido ao longo dos séculos, consolidou esse modelo, colocando as mulheres em uma posição de subordinação e limitando sua autonomia.

Qualquer tentativa de separação ou independência era muitas vezes vista como um desvio do ideal socialmente aceito, um pecado contra a ordem estabelecida.

Assim, a análise crítica desses temas revela não apenas a construção histórica e cultural das relações de gênero, mas também os impactos duradouros do ideal de amor romântico na configuração das identidades femininas e masculinas, perpetuando padrões de submissão e limitação da autonomia feminina que ainda ressoam nos dias de hoje.

Inserida por I004145959


A pressão social imposta às mulheres no cuidado dos filhos e nas tarefas domésticas frequentemente as impede de se permitirem momentos de descanso, ao contrário dos maridos, que lidam com essas responsabilidades de maneira mais despreocupada, em grande parte devido à menor cobrança da sociedade sobre eles.

De modo geral, mesmo quando os maridos compartilham as tarefas, as mulheres tendem a estar mais sobrecarregadas.

Inserida por I004145959

⁠Muitas mulheres atribuem à apreciação masculina uma importância fundamental em termos de sua força, valor, realização e identidade, o que as leva a competir umas com as outras em busca desse reconhecimento.

Essa dinâmica frequentemente envolve uma mistura de promoção pessoal, visando aprimorar sua atratividade aos olhos masculinos, e difamação das "rivais", com o intuito de se destacar como a escolha preferida.

Inserida por I004145959

⁠Geralmente, na tradicional família nuclear, na terceira idade, enquanto as mulheres associam essa fase à liberdade e à realização pessoal, libertando-se dos cuidados com filhos, maridos e das obrigações domésticas que marcaram seus anos de casamento, os homens, na contramão, buscam uma maior proximidade com a família, como se quisessem resgatar o tempo ausente durante os anos de trabalho intenso.

Para os homens, essa fase representa uma oportunidade de se reconectar com os entes queridos, dedicando-se mais ao convívio familiar e participando ativamente na vida dos filhos e netos.

Essa busca pelo resgate das relações familiares muitas vezes contrasta com a nova independência que as mulheres experimentam, criando dinâmicas distintas e complementares na vivência do casamento na terceira idade.

Inserida por I004145959

⁠Mulheres frequentemente permanecem insatisfeitas em seus casamentos, mesmo que não separem, devido a diversas razões.

Entre elas: a preocupação com o bem-estar dos filhos, temendo que uma separação possa causar-lhes sofrimento; a crença de que, com o tempo, todos os casamentos inevitavelmente se tornam insatisfatórios; o estigma social associado à mulher que opta por viver sozinha, sendo frequentemente rotulada como fracassada; o receio de estar em uma fase avançada da vida, o que pode gerar a percepção de ser tarde demais para recomeçar; a convicção de que é improvável encontrar um parceiro que a ame novamente; a falta de coragem para dar o passo da separação; o temor de ficar sem um companheiro, em conformidade com a cultura que valoriza a ideia de que é preferível ser infeliz acompanhada do que solitária.

Inserida por I004145959

⁠A problemática da violência dirigida às mulheres transcende as manifestações do machismo e do patriarcado, apresentando raízes profundas na história da civilização ocidental, datando de pelo menos três milênios atrás.

A misoginia, como vetor dessa violência, foi refinada ao longo dos séculos, tornando-se um elemento central na configuração das relações de gênero.

Nesse sentido, a não reversão desse paradigma cultural pode resultar na persistência e até mesmo no agravamento do fenômeno do feminicídio em nossas comunidades contemporâneas.

Inserida por I004145959

⁠A construção social dos papéis de gênero molda profundamente as experiências das mulheres na sociedade patriarcal, relegando-as frequentemente ao trabalho doméstico não remunerado e à abnegação.


Essa construção se reflete desde cedo nas simbologias dos brinquedos infantis, onde as meninas são direcionadas para atividades domésticas e os meninos para aventuras externas.

Além disso, a representação das mulheres na arte e na história frequentemente as retrata de maneira objetificada e subordinada, enquanto os homens são mais frequentemente representados com vestimentas e em papéis de destaque.

Promover a igualdade de direitos e oportunidades para todos os gêneros não significa antagonizar os homens, mas sim reconhecer que as normas de gênero prejudicam tanto mulheres quanto homens, e que a colaboração mútua é essencial para superar essas barreiras.

É fundamental reconhecer que a luta pela igualdade visa beneficiar toda a sociedade, permitindo que cada pessoa viva de acordo com suas escolhas, talentos e aspirações, independentemente de sua identidade de gênero. Ao invés de criar divisões, o objetivo é construir pontes que promovam a compreensão mútua e a colaboração na construção de um futuro mais justo e inclusivo para todos.

Inserida por I004145959

⁠Nas décadas de 1960 e 1970, as mulheres de classe média começaram a assumir funções fora do ambiente doméstico, adotando posturas mais proativas e executivas, em detrimento do tradicional papel de "pastora do lar".

Esse fenômeno resultou na terceirização dos cuidados infantis para babás, avós, televisão e, posteriormente, a Internet, comportamento singular ao ser humano. Simultaneamente, emergiu a figura dos "pais camaradas".

Inserida por I004145959

⁠Algumas mulheres buscam parceiros sensíveis, porém sem exageros, enquanto perseguem seu próprio sucesso profissional.

Existe uma resistência em sustentar parceiros sem ambições profissionais, o que indica que a divisão de despesas seria uma manifestação dessa mentalidade.

Elas apreciam a liberdade; contudo, não têm interesse em parceiros passivos, mostrando pouca tolerância para com homens que se deixam dominar pela tristeza.

Inserida por I004145959

Algumas mulheres afirmam não dividir o custo do motel, mantendo a visão histórica de que cabe ao homem arcar com essa despesa.

Argumentam que, por já assumirem os gastos com estética, não veem necessidade de compartilhar essa conta, o que sugere uma busca pelos benefícios da emancipação sem assumir as responsabilidades correspondentes, caracterizando, por vezes, um feminismo de conveniência.

Inserida por I004145959

Mulheres Meio Ananda
⁠Nós, mulheres meio Ananda,
queremos ser sentidas, não apenas vistas.
Queremos alguém que decifre nossos silêncios,
que ouse atravessar o mistério por trás do olhar,
e encontre, ali dentro,
a vastidão de um universo que pulsa.

Falamos da vida — sim, falamos —
mas não nos resumimos a palavras.
Há em nós um canto que nem mesmo sabemos entoar.
Um desejo sem nome,
uma sede de viver com leveza e fúria,
com beleza e verdade,
tocando com os olhos, os dedos, a alma,
as maravilhas que o mundo esconde.

Nós, mulheres meio Ananda,
aprendemos a nos amar com o mesmo cuidado
que um dia esperamos receber.
Nos amamos no espelho e no silêncio,
nos cuidamos como se fossemos jardim —
flores e espinhos, sol e sombra.
Desejamos ser amadas assim:
sem podas, sem medo, inteiras.

Nossos sonhos — mesmo os mais banais —
carregam o peso doce do coração.
Somos de instantes e de eternidades.
Queremos o alto de um prédio em Nova York,
e também um chalé rústico,
banhado pelo pôr do sol,
ao lado do mar,
com um cabrito chamado Tobias
e um golden de olhar fiel.
E ainda que não leiamos sempre,
amamos a ideia de uma biblioteca —
não pelas palavras, mas pela beleza quieta que ela carrega.

Afinal, o que queremos, nós, mulheres meio Ananda?

Queremos viver com sentido,
rir com o corpo inteiro,
colecionar momentos que fiquem na pele.
Queremos lembrar por que estamos vivas,
ser compreendidas sem precisarmos nos explicar.
Queremos — apenas isso —
ser felizes.

Inserida por yasz