Texto para um Amor te Esquecer

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Chego em casa
Encontro apenas seu perfume
Alimento certo, nutritivo para o ciúme
Um bilhete escrito com batom me diz assim:
"Entre um take e outro eu telefono, pense em mim"
Para me relaxar ligo a televisão
Mas que tolice a minha
Triste tentativa em vão
Ela me aparece com alguém que não sou eu
Vejo noutros braços tudo aquilo que é meu.

Vejam só vocês que foi que eu fiz
Fui me apaixonar por uma atriz.

Outra vez eu tento controlar meu coração
Mas meu controle é mais remoto
Que o que eu tenho em minha mão
Fecho os olhos, tento não pensar
Mas não consigo
Com ou sem controle
É sempre nela que eu me ligo.
Vejam só vocês que foi que eu fiz
Fui me apaixonar por uma atriz.

O telefone toca, ela me chama
Me lembra que me ama
Aquela voz macia
Diz que tem ciúme e quer saber
Se nela eu pensei
Durante todo o dia.

Ser é ser além do humano. Ser homem não dá certo, ser homem tem sido um constrangimento. O desconhecido nos aguarda, mas sinto que esse desconhecido é uma totalização e será a verdadeira humanização pela qual ansiamos. Estou falando da morte? não, da vida. Não é um estado de felicidade, é um estado de contato.

Ah, não penses que tudo isso me nauseia, acho inclusive tão chato que me torna impaciente. É que se parece com o paraíso, onde nem sequer posso imaginar o que eu faria, pois só posso me imaginar pensando e sentindo, dois atributos de se ser, e não consigo me imaginar apenas sendo, e prescindindo do resto. Apenas ser – isso me daria uma falta enorme do que fazer.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Aquele que deseja continuamente "elevar-se" deve esperar um dia pela vertigem.
O que é Vertigem? Medo de cair? Mas por que temos vertigem num mirante cercado por uma balaustrada sólida? Vertigem não é medo de cair, é outra coisa. É a voz do vazio debaixo de nós, que nos atrai e nos envolve, é o desejo da queda do qual logo nos defendemos aterrorizados.

"Ele é só um cara...

É só um cara.Não o ‘denso lago de mistérios gozosos onde você mergulhou e ainda não submergiu’.Nem o ‘sustentáculo de todos os ossos de seu corpo’, tampouco ‘o mármore onde está gravada a suprema razão de sua existência’.É só um cara.

E quer mesmo saber?É um cara como todos os outros caras.

Esse que te perguntou as horas no meio da rua – podia ter sido ele e você nem ligou.O mendigo, o ginecologista, o padre, o dealer.Ele estava ali o tempo todo.E ele não estava.Ele é só um deles.Vários.Uma legião.E ninguém.

É só um cara.E não a sua vida.E não todos os dias da sua história.E não todas as suas lágrimas juntas em um único sábado solitário.Ele não é o destino.É um cara.Existem muitos destinos.

Ele é só um cara que mal sabe escolher os próprios perfumes.Não sabe sangrar.Não sabe que nome daria a um filho.Não pode ficar mais tempo. Ele é só um cara perdido como muitos outros caras que você encontrou. E perdeu.

Ele é só um cara.E você já esqueceu outro caras antes."

Ele não é só um cara, esse sim, esse esquenta as suas mãos e escuta os seus impropérios e gracinhas com o mesmo apego.

Faz perguntas, faz suas unhas, faz comida, te leva o mundo numa bandeja quando você acorda. Ele não te deixou apodrecendo ali onde você não pudesse incomodar, não não: ele chegou meia hora antes e trouxe flores cor de laranja. Depois ainda te levou para algum lugar cheio de estrelas e pernilongos. E te avisou que quando seus olhos borraram do rímel.

Ele é diferente de tudo o que é errado em seu mundo e em outros mundos. Não te poupou, porque sabe que você é esperta. Você diria que ele salvou sua vida se não soasse tão dramático. E se isso não fosse mentira – a sua vida velha não merecia ser salva e ele te trouxe uma vida nova que inventou só pra você.

Ele te faz sofrer muito, porque sofrer é importante. Ele não faz planos ou promessas, só surpresas. Te ensinou a gostar de surpresas, a esperar, ele te deixa esperando, não deixa nada muito claro, você voltou a roer unhas, você nunca sabe, mas a verdade é que ele está sempre ali, ou logo adiante.

Ele é diferente. Ele não é só um cara. Ele te ouve como se te entendesse, fala como quem soubesse o que dizer e não diz nada muitas vezes, porque ele entende os silêncios. Ele mente pra não te chatear e não te deixa descobrir. Ele existe. Você sabe que seriam bons amigos, bons parceiros, bons inimigos, mas você prefere ser a ´
garota dele. E que serão importantes na história um do outro para sempre, independentemente de tudo que estiver pra acontecer.

Porque ele não é só um cara. Você não quer mais só um cara. E ele é tudo que você quer hoje.

A CONSCIÊNCIA DE SUA MISSÃO

Freqüentemente, eu me pergunto:
“O que cada um de nós está fazendo neste planeta?”
Se a vida for somente tentar aproveitar o máximo possível as horas e minutos, esse filme é bobo.Tenho certeza de que existe um sentido melhor em tudo o que vivemos.
Para mim, nossa vinda ao planeta Terra tem basicamente dois motivos:
Evoluir espiritualmente e aprender a amar melhor.
Todos os nossos bens na verdade não são nossos.
Somos apenas as nossas almas.
E devemos aproveitar todas as oportunidades que a vida nos dá para nos aprimorarmos como pessoas.
Portanto, lembre sempre que os seus fracassos são sempre os melhores professores e é nos momentos difíceis que as pessoas precisam encontrar uma razão para continuar em frente.
As nossas ações, especialmente quando temos de nos superar, fazem de nós pessoas melhores.
A nossa capacidade de resistir às tentações, aos desânimos para continuar o caminho é que nos torna pessoas especiais.
Ninguém veio a essa vida com a missão de juntar dinheiro e comer do bom e do melhor.
Ganhar dinheiro e alimentar-se faz parte da vida, mas não pode ser a razão da vida.
Tenho certeza de que pessoas como Martin Luther King, Mahatma Ghandi, Nelson Mandela, Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce, Betinho e tantas outras anônimas, que lutaram e lutam para melhorar a vida dos mais fracos e dos mais pobres, não estavam motivadas pela idéia de ganhar dinheiro.
O que move essas pessoas generosas a trabalhar diariamente, a não desistir nunca? A resposta é uma só: a consciência de sua missão nesta vida.
Quando você tem a consciência de que através do seu trabalho você está realizando sua missão, você desenvolve uma força extra, capaz de levá-lo ao cume da montanha mais alta do planeta.
Infelizmente, muita gente se perde nesta viagem e distorce o sentido de sua existência pensando que acumular bens materiais é o objetivo da vida.
E quando chega no final do caminho percebe que só vai poder levar daqui o bem que fez às pessoas.
Se você tem estado angustiado sem motivo aparente está aí um aviso para parar e refletir sobre o seu estilo de vida.
Escute a sua alma: ela tem a orientação sobre qual caminho seguir.
Tudo na vida é um convite para o avanço e a conquista de valores na harmonia e na glória do bem.

“O filósofo das ruas estava se tornando mestre de um jovem da elite social. O jovem admirou o mendigo e o mendigo se encantou com o jovem. Começaram a ser amigos. Ambos viviam em mundos distintos, mas foram aproximados pela linguagem universal da sensibilidade e da arte de pensar. Uma fascinante história seria desenhada.”

(O futuro da Humanidade. - Página: 29)

Mas continue a supor. Suponha que todos os mundos, todos os universos se reúnam num único nexo, um mesmo portal, uma Torre. E que dentro dela haja uma escada, levando, talvez, à própria Divindade. Você teria coragem de subir até lá, pistoleiro? Não é possível que em algum lugar sobre toda essa infinita realidade exista uma Sala?...
“Você não teria coragem.”
E na mente do pistoleiro, aquelas palavras ecoaram: você não teria coragem.

“O temperamento não predestina um homem à santidade e outro à reprovação. Todos os temperamentos podem servir de material para a ruína ou a salvação. Temos de aprender a ver como nosso temperamento é um dom de Deus, um talento que devemos fazer valer, até que ele venha. Não importa até que ponto somos dotados de um temperamento difícil ou ingrato. Se fizermos bom uso do que temos, se disso nos utilizarmos para servir nossos bons desejos, podemos conseguir mais do que alguém que apenas serve seu temperamento em lugar de obrigá-lo a servi-lo.”

Na liberdade da solidão, (Editora Vozes, Petrópolis), 2001. p.20

Sete. Sinônimo de azar?
Praia. Um ótimo lugar pra fazer novas amizades, conversar com pessoas bacanas, pegar um corzinha. Um ótimo lugar pra quem quer perder a esposa. Ainda mais se for com o melhor amigo da família. Foi o que aconteceu comigo em sete de julho de mil novecentos e setenta e sete. Uma data inesquecível para quem perdeu o grande amor da vida. É muito difícil para eu contar uma história onde o equivocado fui eu, onde o ludibriado fui eu, onde o “corno” fui eu. Eu fui traído pelo meu melhor amigo francês e pela minha linda negra mulher, Verônica e Sthéphan. Uma afro-descendente com um moderno francês. Não combinariam. Era dia de muito calor; estávamos em 1977, era sete de julho, estávamos de férias do trabalho; Sthépan me liga e me propõe um banho de mar em Copacabana, confirmo a presença de minha família ao encontro. Desligo o telefone. Apreço Maria Isabel, minha filha, e minha mulher, Verônica. Pego meu Volvo 76, e saímos em partida ao nosso chalé em Copacabana, chegamos por volta das 13h40. Avistamos Sthépan sentado na cadeira de montar bebendo uma água de coco. Ele nos oferece. Dizemos não. Agradecemos. Pedimos dois guarda-sóis e outras cadeiras. Ele está hospedado no Palace Hotel, que á dois meses foi comprado por meu avô. Sthépan é filho de um grande amigo de meu pai, por isso ele está pagando metade da diária. O sonho de Verônica sempre foi conhecer Paris e andar em um transatlântico. Mas todas as vezes que lhe propunha viajar ela preferia gastar em joias e roupas de grifes, e ela nem sabia o que era isso. Verônica pede para ver as fotos novas que ele tirou em paris durante esses anos. Então ele pede para que ela o acompanhe até o Hotel, pede para que eu e minha filha olhemos as coisas, para que eles fossem ver as fotos. Concordamos. E eles se foram. Sthépan sempre ficou admirado com a beleza de minha esposa, pois ele nunca tinha visto uma negra tão linda como Verônica. Em mil novecentos e cinqüenta quando eu me noivei com Verônica, ele morava aqui no Brasil. Sempre nos finais de semanas íamos à praia. E eu percebia como ele olhava para o grande busto de minha mulher, ficava impressionado com o tamanho de seus seios, ficava bobo de ver que aqueles grandes pomos eram “frutos” de uma pele negra. Ele adorava vê-los. Verônica sabia disso. Eu ainda não. Também já estava desconfiado de como ele não se casava de segui-la, sempre que ela ia para o nosso chalé preparar alguma coisa para comermos na praia ele ia atrás. Podia ser uma urgência urinária, um reforço na bebida, não importava o que fosse tudo era pretexto para ele se engraçar com ela. Aposto que o caso começou daí, ela farta das pobres cantadas dele, não se importou de lhe abrir a blusa e lhe conceder alguns momentos de prazer em minha casa - que ficava ao lado do Hotel de meu avô. – E pronto. Não custou tanto assim satisfazer aquele grande homem, meio sem-vergonha, mais algumas vezes. E daí não teria o porquê de recusar visitas intimas na casa dele. Não sei se felizmente ou infelizmente nunca peguei os dois se deleitando. Revirando o baú da memória, enquanto Maria Isabel se banhava nas águas salgadas de Copacabana me lembrei de tudo isso e me perguntei se eles depois de tantos anos poderiam ainda me trair. Se dependesse daquele crápula com certeza sim. Mil vezes sim. Não esperei nem mais um segundo. Atravessei a Avenida Copacabana sem olhar para os lados. Cheguei às portas do hotel, subi as escadas. Todas as 264 escadas em poucos minutos. Nem um empregado ousou a me parar, estava disposto a atropelar qualquer um que tivesse tamanha estupidez. O pouco tempo que levei para subir a escadaria fiquei pensando no que os dois estariam fazendo. E se não fosse nada daquilo que imaginei? E se fosse somente alucinações? E se os dois apenas estivessem vendo fotos de Paris? Mas para saber era preciso ir até lá. Pagar esse preço que talvez seja o mais alto que temos que pagar na vida. Subi. Cheguei. Esmurrei a porta. Berrei: POLÍCIA. Ele abriu. Vi Verônica se escondendo atrás do lençol. O que não adiantou. Reconheceria aqueles pés tamanhos 33 com as solas encardidas de areia e sal em qualquer lugar. Com um safanão arranquei o lençol que ela estava embrulhada. Simultaneamente Sthépan me chamou de covarde tipo selvagem. Iria lhe responder rispidamente, mas nem isso ele merecia. E Verônica só sabia chorar. Eu a agarrei e a levantei pelos cabelos. Arrastei-a pelas escadas, humilhei-a perante os porteiros, faxineiros, recepcionistas do hotel. Bati-lhe entre os bêbados das ruas e avenidas. E com isso ela veio ao falecimento, e eu ao sabor da vitória de que uma vez na vida fiz o que achei conveniente. Condenado a prisão eu fui. Depois eu nunca mais vi Sthépan, o fim dele certamente foi a morte por uma baiana infeliz.

O FLORISTA

Havia um garotinho
que todas os dias oferecia rosas vermelhas
às pessoas que passavam na rua.

Para ele, era sagrado.
Fizesse chuva ou fizesse sol, não importava:
todos os dias lá estava ele
a oferecer rosas vermelhas aos que passavam,
e sempre com o melhor sorriso no rosto!

E havia os que gostavam muito.
Havia quem estivesse triste e ficasse alegre.
Havia os que ficavam surpresos.
E havia até os que iam até ele buscar mais rosas!

Mas também havia os que dispensavam
e até os que reclamavam,
como uma certa senhora
que falou ao garotinho certa vez:
De novo? Outra rosa vermelha?
Já estou até cansada de receber todos os dias
uma rosa vermelha!

Então o garotinho primeiro ficou envergonhado, mas depois, sorrindo, disse para ela:
Me perdoe.
A senhora merece muito mais do que isso.
Por favor, aceite DUAS rosas vermelhas!

O inferno é aqui. A cabeça da gente é um inferno. E essa coisa de "o inferno são os outros" não sei não… Para mim, que dependo muito de amigos, de carinho dos outros, não vejo a vida contra alguém. Posso até ser meio ingênuo. Essa visão de inferno e céu: eu não vejo o inferno como uma coisa ruim e o céu como bom. O céu pode ser uma chatice e o inferno uma coisa divertida. Aliás, as imagens que temos do inferno são sempre aquelas onde localizamos o demônio, as pessoas transando, se comendo. O inferno é um baile de carnaval no Monte Líbano.

Finalmente, eu consegui definir qual é o meu papel nesse mundão. É passar para as pessoas a minha energia. É aprender e, em cada trabalho meu e em cada disco, poder passar as minhas conquistas. Eu conquistei a vida de um ano para cá e quero passar isso para as pessoas. Isso é uma coisa meio cristã. Sabe, você repassa aquele amor que armazenou e as pessoas adoram.

Às vezes, fico triste, mas não consigo me sentir infeliz. Acho que o tédio é o sentimento mais moderno que existe, que define o nosso tempo. Tento fugir disso, pois tenho uma certa tendência ao tédio. Mas, felizmente, eu sou animadérrimo! Sou muito animado para sentir tédio. Sou animado à beça, qualquer coisa me anima. Se você me convida para ir à Barra da Tijuca, eu já digo logo: Vamos! Qualquer besteira me anima. Tudo que já passei na minha vida não conseguiu tirar essa animação.

Mulher... jamais permita ser escravizada por um alguém que não te mereça.
Não seja nunca!!! Um boneco fantoche, nas mãos de um homem.
Nascemos livres, para amar, sermos amadas, e viver! Cabe a nós escolher, aquilo que queremos ter.

Mulher... não perca seu tempo com alguém, que não lhe merece, que às vezes até te esquece.
Não fique horas a fio esperando por um encontro, e esse encontro não acontecer?
Corre o risco de você ver o dia amanhecer, e esse homem não aparecer.

Mulher... não permita que teu coração chore, por alguém que te ignore.
Seja mais você, permita homens honrados pisar na terra do teu coração, pois para homens covardes não tem perdão. Procure homens, que os faça sorrir e não se deprimir.

Mulher... és vencedora desde o dia que Deus lhe criou. Tens a chave do sucesso, não deixe que roubem esse galardão. Cuide da sua alma, da sua integridade. Na hora certa te aparecerá um homem de verdade.

Mulher... não permita ficar linda, a espera de um homem que nem te observa. Não se torne nunca escrava de um deles. Não caminhe em direção de alguém, já que esse alguém, está querendo desviar-se de ti. Não vale a pena!

Mulher... não tire sua coroa de MULHER, está, é só sua, lhe pertence, não permita que um qualquer venha tirar de você, é tua marca.

Mulher, não deixe que venham tirar de você toda sua garra, todo seu poder, lhe tirando a paz. Não deixe que sentimentos, como raiva, ódio, solidão ou desprezo, venham fazer de você uma mulher amarga, mal amada.

Mulher... seja sempre você sem precisar andar com os pés de um homem, que te chama de carrapicho, e na verdade ele quem é um lixo. Não permita que homem algum venha dizer seu nome em vão. Seja mais você e tenha sempre em mão a mulher heroína que tens na tua alma. Nunca deixe ninguém tirar sua dignidade de ser MULHER. Mas tenha certeza... nem todos os homens são iguais, o seu deve estar escondido/guardado/esperando em algum lugar... mulher forte como é, irá logo encontrá-lo.

Mulher... não permita que alguém venha apagar a sua luz, pois é o teu brilho que lhe conduz... ao caminho de ser UMA VERDADEIRA MULHER.

"Quando eu não te tinha
Amava a natureza como um monge calmo a Cristo...
Agora amo a natureza como um monge calmo a Virgem Maria...
Religiosamente, a meu modo, como antes,
Mas de outra maneira, mais comovida e mais próxima...
Vejo melhor os rios quando vou contigo
Pelos campos à beira dos rios;
Sentado a teu lado reparando nas nuvens
Reparo nelas melhor...
Tu não me tiraste a natureza...
Tu mudaste a Natureza...
Trouxeste a Natureza para o pé de mim.
Por tu me amares, amo-a do mesmo modo, mas mais,
Porque tu me escolhestes para te ter e te amar,

Os meus olhos fitaram-na mais demoradamente
Sobre todas as coisas.
Não me arrependo do que fui outrora
Porque ainda o sou..."

A Um Ausente
Tenho razão de sentir saudade
tenho razão de te recusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Perder um filho

O dia amanheceu nublado e a chuva ainda não parou. O sol veio com a minha dor e tristeza. A dor de perder um filho é inexplicável. É muito difícil superar a perda.

A maternidade muitas vezes traz-nos um medo absurdo da perda. Mas eu amei estar grávida, viver a maternidade é amor! Esteve alojado na minha barriga durante alguns meses e carreguei no meu ventre um filho que amava e que ainda não conhecia!

É sofrer sozinha e sentir solidão apesar do apoio da família. É ter de sorrir com o coração que está em pedaços e caminhar com a saudade infinita no peito. Não há dor maior do que a de perder um filho. É dor e dor com muita saudade!

Como é triste perder um bebê, eu sei que nunca vou esquecer o meu anjinho! Quero acordar e ver que tudo não passou de um sonho. Mãe é capaz de dar a própria vida para salvar.

Perder um filho é sentir-se no meio do deserto e afogar-se no mar de dor! Senhor, que a minha dor e a minha tristeza se torne felicidade!

Sem desandar, sem humilhar ninguém
É assim que eu quero ser, sim, um cara melhor
Não melhor do que ninguém, mas o melhor que eu puder ser
O tempo passa e tudo muda e você tem que entender
Que existem vários caminhos, escolha um pra você
Você tem o dom da voz, você tem o poder
De prosperar, de evoluir e de fazer acontecer
De prosperar, de evoluir e de fazer acontecer

Entenda como se comportam os homens
Não se respeitam e não se tratam como irmãos
Pois quase tudo gira em torno de poder
E sufocado eu me liberto nessa canção

Então faça o que tiver que fazer
Busque a evolução e se liberte
Não fique aí perdido no espaço
Pois ficar só reclamando é muito fácil

Você nasceu pra brilhar, o sol está em suas mãos

Livre eu vivo, livre eu sou
Livre eu vivo, livre eu sou

Camisa 10 joga bola até na chuva
Eu não sou envolvido mas meu papo não faz curva
Sem sequer imaginar no que viria a ser melhor

MEU CANDIDATO A PRESIDENTE

Ele, ou ela, tem entre 40 e 60 anos, talvez uma pouco menos ou um pouco mais, a chamada meia-idade, em que já se fizeram algumas besteiras e por conta delas sabe-se o que vale a pena e o que não vale nessa vida.

Nasceu no Norte ou no Sul, não importa., desde que tenha estudado, e se foi em escola pública ou privada, também não importa, desde que tenha lido muito na juventude e mantido o hábito até hoje, e que através da leitura tenha descoberto que o mundo é injusto, mas não está estragado para sempre, que um pouco de idealismo é necessário, mas só um pouco, e que coisas como bom senso e sensibilidade não precisam sobreviver apenas na ficção.

Ele, ou ela, é prático, objetivo e bem-humorado, mas não é idiota. Está interessado em ter parceiros que governem como quem opera, como quem advoga, como quem canta, como quem leciona: com profissionalismo e voltado para o bem do outro, e que o dinheiro seja um pagamento pelos serviços prestados, não um meio ilícito de enriquecer. Alianças, ele quer fazer com todos os setores da sociedade, e basta, e já é muito.

Ele, ou ela, sabe comunicar-se porque seu ofício exige isso, mas comunicar-se é dizer o que pensa e o que faz, e como faz, e por que faz, e se ele possui ou não carisma, é uma questão de sorte, se calhar até tem. Mas não é bonito nem feio: é inteligente. Não é comunista nem neoliberal: é sensato. Não é coronelista nem ex-estudante de Harvard: é honesto.

Meu candidato, ou candidata, é casado, ou solteiro, ou ajuntado, ou gay, pode ter filhos ou não; problema dele. Paga os impostos em dia, tem orgulho suficiente para zelar por seu currículo, possui um projeto realista e bem traçado, e não está muito interessado em ser moderno, mas em ser útil.

Meu candidato, ou candidata, é católico, evangélico, ateu, budista, não sei, não é da minha conta. É avançado quando se trata de melhorar as condições de vida das minorias estigmatizadas e das maiorias excluídas, e é retrógrado em questão de finanças; só gasta o que tem em caixa, e não tem duas.

Ele, ou ela, é uma pessoa que tem idéias praticáveis, que aceita as boas sugestões vindas de outros partidos, que não tem vergonha de não ser malandro e sim vergonha de pertencer a uma classe tão desprovida de credibilidade, e tenta reverter isso cumprindo sua missão, que é curta, e sendo curta ele concentra nela todos os seus esforços.

Pronto. Abri meu voto.

A possíveis leitores

Este livro é como um livro qualquer. Mas eu ficaria contente se fosse lido apenas por pessoas de alma já formada. Aquelas que sabem que a aproximação, do que quer que seja, se faz gradualmente e penosamente – atravessando inclusive o oposto daquilo que se vai aproximar. Aquelas pessoas que, só elas, entenderão bem devagar que este livro nada tira de ninguém. A mim, por exemplo, o personagem G.H. foi dando pouco a pouco uma alegria difícil; mas chama-se alegria.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Era uma vez um monge que achava que Buda dava respostas pouco claras sobre
questões importantes, por exemplo, o que é o mundo ou o que é um homem. Buda respondeu contando a história de uma pessoa que tinha sido ferida por uma flecha envenenada. Este homem nunca perguntaria por puro interesse teórico de que material é feita a flecha, em que veneno foi embebida ou a partir de que ponto ele fora atingido.
-Ele havia de querer que alguém lhe tirasse a flecha e tratasse a ferida.
- É, não é? Isso seria existencialmente importante.
Buda e Kierkgaard sentiam que existiam por um curto espaço de tempo. E como eu disse: nesse caso, não nos sentamos a uma escrivaninha a especularmos sobre o espírito.
- Compreendo.
- Kierkegaard disse também que a verdade é "subjetiva". Não queria afirmar que é indiferente o que pensamos ou aquilo em que acreditamos. Queria dizer que as verdades realmente importantes são “pessoais”. Só essas
verdades são "verdades para mim"

“ – A sabedoria de um ser humano não está no quanto ele sabe, mas no quanto ele tem consciência de que não sabe. Você tem esta consciência?
Após uma pausa, Marco Polo falou, pensativo:
- Creio que não.
- O que define a nobreza de um ser humano é a sua capacidade de enxergar sua pequenez. Você a enxerga?
- Estou tentando – disse Marco Polo, acuado pela inteligência do filósofo.
- Nunca pare de tentar.”

(O futuro da Humanidade. - Páginas: 80-81)

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