Texto Medo
Os silêncios da minha alma
São feitos de ecos que se arrastam,
Com o peso do medo e da dor,
Que se enterram fundo no peito
E a voz se apaga antes de sair.
São silêncios de batalhas invisíveis,
Onde o corpo sorri, mas a alma sangra,
Onde os gritos não são ouvidos
E as palavras se perdem nas sombras do medo.
Na multidão, a solidão grita, em meio ao riso, o vazio se esconde,
A mente, uma tormenta constante,
Que nunca se aquieta, que nunca se rende.
São silêncios que falam muito mais
Do que qualquer palavra poderia dizer,
Dúvidas e certezas que dançam
Em um ciclo que não termina, mas insiste.
São silêncios de uma luta silenciosa,
Onde o corpo resiste, mas a mente se curva. E, no fim, talvez o silêncio seja apenas ogrito que nunca se permite ser ouvido.
Eu sou Guerreiro
Pra mim, a vida é um aprendizado.
A gente expressa o que sentir, sem medo de estar errado.
A vida é um labirinto, ninguém pode fugir.
Somos guerreiros de coração, prontos pra vir.
Seguindo sempre em frente, é difícil a caminhada,
Caindo e levantando, tirando as pedras da estrada.
Eu tenho fé em Deus, e nunca irei Desistir
Sou sonhador e isso tá em mim
A vida é traiçoeira, ela tentou me derrubar.
Levou a minha mãe, eu não quis acreditar.
Foi como uma tempestade que caía sobre mim,
Meus sonhos apagando... e eu nem aí.
Só vontade de sumir, de nunca mais voltar.
Perder quem amamos, não dá pra acreditar.
Saí pelas ruas pra poder refletir,
Pensamentos cheios, sem saber pra onde ir.
Lembrei das palavras que ela me falava:
"Não fique contra Deus, é Ele quem te salva."
A dor foi muito grande, mas eu tive que aceitar.
Deus sabe o que faz, não vou reclamar.
Só tenho a agradecer por estar aqui,
Com as pessoas que amo, que estão perto de mim.
Sou um guerreiro, e não vou parar.
Enquanto o sol brilhar, eu sempre vou lutar.
E recomeço uma nova caminhada,
Acreditando em mim, que esperança nunca acabar,
Eu sou guerreiro, e sempre vou lutar.
Vou seguir o meu caminho, e se eu cair, vou me levantar.
Porque guerreiro não pode desistir,
Luta até o fim, tá pronto pra vir.
AMARÉ
Passo a vida em mar aberto —
às vezes calmo, ora tempestade sem aviso.
Mesmo com medo de ondas altas,
há um receio ainda maior:
te perder em meio à extensa praia,
mesmo estando tão longe do perigo.
Ambos precisamos sempre tocar com os pés no fundo.
Como quem esquece que já aprendeu a nadar...
Por que ainda nos sentimos tão inseguros?
Quando o vento nos empurra
e o corpo, num súbito, mergulha,
buscamos um porto seguro
onde seja possível atracar.
Mas não tem jeito —
mesmo à deriva, só há uma alternativa.
Há momentos em que o coração
nos convida a saltar,
por mais turbulento que o meu mar possa estar.
E, em meio à queda, a pergunta:
Você não vem?
Mesmo sabendo que pode doer,
que depois de tanto esforço ainda podemos nos afogar,
te convido a seguirmos juntos —
nem que seja até uma próxima enseada.
E se lá também houver tempestades,
que ao menos sejamos abrigo um no outro,
pelo tempo que escolhermos estar.
E se houver calmaria,
que saibamos aproveitar a dádiva de flutuar sem medo.
Porque amar, no fim,
é escolher mergulhar —
mesmo sem saber, ao certo,
em que profundidade podemos chegar.
Prefiro morrer errando do que perder algo pelo meu próprio medo de errar.
Se eu tivesse que fazer a escolha entre morrer por dirigir no volante ou perder pontos numa simples prova, eu preferiria morrer sabendo que minha consciência errou em me criar, e não errou numa falsa interpretação por sua própria sabedoria.
A lógica é algo incrível, e perigoso. Ela cega o óbvio em troca de acertar afirmações difíceis. Prefiro errar todo o difícil e acertar todo o fácil, pois é muito mais fácil começar a treinar o difícil do que ter que reaprender todo o fácil. Minha consciência errou comigo em diferentes provas, e me senti pior do que quando errei de verdade.
tenho medo que interpretem demais minhas palavras:
que coloquem significados onde não existem
que fiquem focados em compreender muito esta ou aquela expressão
que se iludam buscando profundidade no raso e luz onde só há escuridão
que espelhem demais suas próprias frustrações naquilo que eu disse
porque eu raramente digo o que não queria dizer
é quase sempre direto, reto, sem arrodeios
mesmo quando invento palavras apenas porque acho mais bonitas de ler
tenho medo de quem perscruta cada colocação pronominal
caçando explicação que eu nunca desejei oferecer
trocando os verbos, pintando a roupa, tirando a tinta, podando o verso
quando tudo o que eu falo é tão simples
tão simples
tão simples
é coisa mais sobre sentir do que sobre entender...
A ânsia de ter e o medo de possuir.
O desejo ardente de usufruir o mundo - mas o receio de que, ao tocá-lo, ele se desfaça.
É a saudade do que nunca foi, De lembranças que habitam não o passado, mas o possível que não ousou acontecer.
São ecos do Ser, que sussurram verdades nas frestas do silêncio.
Verdades que — talvez — tenham ocorrido, não no tempo linear, mas na liberdade de Sócrates, onde o pensar é mais livre que o próprio corpo.
Ali, onde a mente fala, e revela, sem vergonha, que ela também mente.
"A Pureza do Que Não Foi Tocado"
Guardei meu corpo..
não por medo do toque,
mas por amor à essência, a minha mente..
Porque há partes de mim que não se entregam a mãos vazias,
a olhos que não sabem ver com alma,
a bocas que falam de amor, mas não sabem o que é sentir verdade..
Não me nego ao prazer..
Mas recuso a vulgaridade..
Não sou feito para me deitar ao lado de corpos que apenas respiram..
Quero alguém cuja respiração dance junto à minha emoção, com a minha mente..
Já me apaixonei..
Já amei..
Mas não me entreguei..
Porque senti que o amor dela não me via por inteiro,
via o reflexo, não a profundidade..
E quando o espelho quebrou, e ela me traiu, eu vi a verdade:
ela nunca teve coragem de realmente mergulhar..
Enquanto isso, sigo inteiro..
Sim, inteiro..
Mesmo que sozinho..
O mundo tenta me convencer que estou perdendo tempo..
Que o prazer imediato vale mais que a espera..
Mas o que sabem eles da paz de deitar no próprio peito sem arrependimento?
Sem culpa, e peso emocional..
Do orgulho em olhar no espelho e ver alguém limpo,
não só na pele, mas na alma..
Depilo meu corpo,
cuido da pele,
me alimento bem,
faço exercícios,
não por vaidade..
Mas porque respeito o templo onde habita a minha alma..
Me chamam de exigente, de estranho, de ingênuo..
Mas o que é exigência senão o cuidado com o que é precioso?..
Eu não nasci para me entregar ao acaso, ao vazio, a futilidade..
Eu nasci para ser escolhido com amor, com consciência,
por alguém que veja nas minhas ações diárias,
o reflexo de um homem que honra seu corpo e mente como honra sua verdade..
Não me envolvo com qualquer uma..
Não por soberba..
Mas porque sei o preço de tocar o que não te ama..
E sei o valor de guardar o que ainda é sagrado..
O corpo sente..
Mas a alma, essa…
ela lembra de tudo..
E eu escolhi não dar a minha alma para qualquer história mal contada..
Porque sei me amar, sei o preço, peso, a dor de entregar o próprio corpo e no fim sentir vazio..
Porque no final daqiele momento íntimo, eu quero me deitar e sentir paz, realização, e não dor no peito, vazio, medo..
O Porão
No fundo do poço tem um porão,
com paredes pintadas de frustração,
onde o medo sussurra um grito,
e um trauma vira manuscrito,
com gotas de sangue e suor,
cada linha descreve um terror,
uma lágrima marca o papel,
o choro pedindo socorro pro céu,
rimas de dores, nas nuvens escuras,
implorando respostas tão duras,
vozes perdidas, na calada elas vem,
trazendo memórias que fere também,
verdades malditas, rasgam o peito,
ecoam saudades, um vazio sem jeito,
riscar, apagar, deletar, já não é possível,
por mais previsível, um arquivo invisível,
tatuado na pele, realismo sem cor,
sombreado que marca, hà rumor,
se eu pudesse, amassar essa folha,
reiniciar, começar, faria outra escolha,
No fundo do posso tem um porão,
quadros, retratam passos sem chão,
meu corpo levita, e não sinto leveza,
me deixo levar, pela correnteza,
gelada, escura e lodo, exala o terror,
a fé se dissolve, enriquece o pavor,
arregalo os olhos, parece uma luz,
se apaga na grade, eu vejo o capuz.
Por ti, através de mim
Eu choro com alma,
sem medo, sem calma.
Eu choro com dor,
no rastro de um amor.
Choro em silêncio,
choro em brado,
choro no verso
que nasce apertado.
Choro no peito,
no tempo calado,
no sonho desfeito,
no fim não falado.
Choro o que fui,
choro o que via,
choro Lucci —
chora a poesia.
Havia amor,
havia esperança,
restou a dor
na lembrança criança.
Mas mesmo chorando,
me ergo do chão ...
meu choro é semente,
meu peito é vulcão.
Talvez o medo de decepcionar
Acaba sendo o meu próprio inferno.
O nosso melhor nunca é suficiente,
Apenas o resultado importa.
Ninguém percebeu como eu tava
me esforçando
para me manter viva.
ninguém nunca quis saber como eu realmente estava,
apenas olharam e disseram:
"Não pode desistir ",
Quando tudo já caminhava pra isso.
O meu desejo nunca foi "vencer na vida" ,
e sim me sentir amada, vista e importante.
Até porque,
Não me trate como criança se for pra me cobrar como um adulto.
No final de tudo,
Eu sou uma jovem tentando entender a vida.
Vem!!!!
Me queira
Que eu vou....
E, vou pra ficar
Sem medo do escuro
Vem, ser meu porto seguro
Eu vou, vou no primeiro vôo...
Desembarco nos teus braços...
A bagagem que levo....
É apenas meu coração.
Vem, fica comigo
Eu vou, e fico com você.
Voltei pra rede
Pra matar a sede de você.
E agora cadê você...
Não tenho mais medo
Eu tenho amor e desejo
Me leva no teu passeio
No teu pisar na areia.
Depois me devolve para teus braços...
E no teu abraço eu me deleito e me deito para descansar
E quando amanhecer verei que tudo que se passou conosco foi pouco...
Só não quero dizer é........
Sumistes...
(Saul Beleza)
Alma triste
Alma triste delirante...
Ouviu na porta alguém bater.
O medo a paralisou...
‘Será a saudade que veio aqui me ver?’
Tem-na perseguido a dor...
Tem-na feito sofrer.
Alma triste e palpitante,
Pra bem longe tens que correr.
Anoitece quando o sol nasce.
Anoitece no meu coração.
Meu espírito melancólico
vive um infeliz viver.
Jogo da Verdade
Nada me abala, já sei do enredo,
já li os seus passos, seus planos, seu medo.
A máscara cai no silêncio do olhar,
e eu sigo firme, sem me rebaixar.
Você joga sujo, com fala ensaiada,
mas minha alma é limpa, e bem acordada.
Não temo embate, nem sua armadura,
porque minha verdade é minha cura.
Vejo a má-fé, sinto a intenção,
mas não carrego ódio no coração.
Se é jogo que quer, pois então prepare:
jogo com luz — e minha luz não pare.
Medo de Amar
Se um dia gostar de alguém, não tenha medo de abrir seu coração e falar dos seus sentimentos, pois os sentimentos devem ser compartilhados, e falar do que se sente é maravilhoso, por quantas vezes perdemos pessoas por medo de falar, o que se sente, ou deixamos alguém que poderia ser um amor ou uma paixão, sair de nossas vidas, por medo de falar o que estamos sentindo pela pessoa, então sempre que gostar de alguém fale, não tenha medo da reação do outro, você disse o que sentia.
Eu me desnudo sem medo de cair, sem rede de segurança, sem véus para esconder. Minha alma é um abismo, profundo e escuro, onde apenas a verdade pode respirar.
Eu me exponho, como uma ferida aberta, sem curativos, sem disfarces, sem medo de sangrar. Meu coração é um grito, um berro de silêncio, um sussurro que ecoa, sem palavras para dizer.
Eu sou a minha própria sombra, a minha própria luz, a minha própria verdade, sem filtros, sem disfarces. Eu me desnudo, para me encontrar, para me conhecer, para me amar. Sem máscaras, sem véus, apenas a minha essência.
Eu me exponho, como um rio que flui, sem margens, sem fronteiras, apenas a corrente da minha alma. Meu ser é um espelho, que reflete a verdade, sem distorções, sem sombras, apenas a luz da minha existência.
Eu sou a minha própria criação, a minha própria destruição, a minha própria redenção, sem culpa, sem pecado. Eu me desnudo para me libertar, para me soltar das correntes que me prendem, das sombras que me cercam.
Eu sou a minha própria liberdade, a minha própria prisão, a minha própria escolha, sem medo, sem arrependimento.
(“Nudez”, de Douglas Duarte de Almeida)
Ontem eu me via sem sorte
Sem direção, amigo da morte
O destino queria somente o medo
As palavras desenhavam este enredo
Num coração vazio, escuro de ilusão
Tudo parecia enorme, uma imensidão
Queria desistir nesta circunstância
O horizonte estava sem fragrância
E neste sentimento de abandono e dor
Percebi que maior era o meu amor
Ame
Sem perguntas
Sem medo
Sem qualquer arremedo
Não busque a perfeição, o ideal
No galanteio seja leal
Assim, simplesmente
E não mais que de repente
Verá a felicidade brotar
No coração, no desejar
Nos segredos da doação
No sentimento da paixão
E nada deverá ser tão em vão...
Regue a cada dia com emoções especiais
Carinhosamente, sempre, mais e mais...
Ame! Seja capaz!
FIM DA VOLTA (soneto)
E pelo cerrado eu fui, prosseguia
No coração só saudades e medo
No olhar lembranças em segredo
O vento pálido em prece reluzia
Longínquo o horizonte, romaria
Espesso e truncado o arvoredo
Rasteiro, estava mudo e quedo
Nenhum pio ao derredor ouvia
Parca aragem, alma em degredo
Ferindo-me no silêncio aí eu ia
No peito a dor velava o enredo
Fim da volta, para ti eu partia
As mãos tomando-me um aedo
Tive que aprender nova alegria...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
Dos Medos
Meus medos me dão medo
Me dão vontade de chorar
Remetem medo no enredo
Põe temor no meu olhar
Os medos me apontam o dedo
Me acusam sem se explicar
Os medos do medo fazem arremedo
Deixando a ousadia se calar
Os medos criam muros, segredos
Engaiolando a valentia no lugar
Os medos nos põem em degredos
E nós acovardam na hora de amar
Tenho medo dos meus medos
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
27/1/2015, 16'10"
Cerrado goiano
O amor persiste, tudo passa
O ciclo lunar
A saudade a apertar
O medo do obscuro
O pensamento descuro
A solidão a atormentar
A ofensa a machucar
A tempestade que amedronta
A ignorância que afronta
A felicidade em gomos
A diversidade que opomos
A ingenuidade que acredita
O xingamento que irrita
O ato que envergonha
A moral sem vergonha
O desamor que insiste
Tudo passa! O amor persiste…
Então, aos que desconfiaram
Revelo: amei e me amaram!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
03/03/2009
Rio de Janeiro
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