Texto de Superação
No meu silêncio
Me recompus sozinho.
Sem mãos que me erguessem —
apenas a dor, a febre, a indiferença.
Bebi angústia em copos rachados.
Fumei lembranças até virar cinza.
Hoje, não salvo mais ninguém.
Se vieres,
vem nua de idealizações.
Nunca fui o ideal —
nem quero ser.
Mas traga coragem nos olhos,
pra suportar minha tempestade.
Não quero juras de amor.
Quero presença
quando o verbo falhar.
Não peço perfeição.
Só alguém que me veja
como eu vejo:
com falhas,
sem medo,
sem pudor,
sem fuga.
Cicatrizes que sussurram
Estou em pé, mas não inteira, há frestas em mim onde a luz hesita, esquinas da alma onde o medo ainda mora, e a vergonha sussurra antigos nomes.
Carrego silêncios que pesam mais que gritos, feridas que não sangram, mas ardem baixinho.
Já quis fugir de mim,calar partes que doem só de existir.
Mas hoje aprendo a me sentar comigo,
a ouvir sem julgar, a tocar cada sombra com mãos de ternura, e chamar pelo nome o que antes eu escondia.
Porque há beleza também no imperfeito,
força no que um dia foi queda, e cura, talvez, em simplesmente não fugir mais.
Por muito tempo, eu ficava irritado ao ver voltar para o meu lado uma bola que batia querendo que fosse indefensável.
A beleza do tênis, porém — assim como da vida — está muito mais na troca, no ponto bem disputado.
Encare a bola que retorna como uma nova oportunidade de fazer o seu melhor.
Consegui.
Cheguei à distância onde a visão já não está turva.
Enxergo, enfim, o sentido que antes me escapava.
O tapete, antes um caos de fios partidos, hoje revela seu desenho.
Entrelaçado de dores, linhas cortadas, cores que sangraram dos meus dedos.
Mas está completo. Está no chão.
E ali, eu coloquei o ponto final.
Agora vejo:
Cada dor foi um traço.
Cada perda, um nó.
Cada esforço, uma cor.
Gratidão.
Gratidão por tê-lo tecido,
por enxergá-lo,
por compreendê-lo,
e por firmá-lo no chão —
porque é sobre ele que dou meus próximos passos.
Estou de pé.
E subirei.
Não tirarei meus pés desse chão — piso firme, como quem pisa sobre serpentes.
Piso com confiança, porque os lábios que feriam, agora estão silenciados.
O veneno perdeu o efeito.
Na verdade… me fortaleceu.
Você não perdeu o valor.
Eu é que ganhei consciência.
E isso muda tudo.
Este texto é uma marca —
uma fronteira entre o que fui e o que estou construindo.
É o testemunho do homem que, dia após dia, pensou em desistir,
achando-se fraco...
sem perceber que estava resistindo.
Hoje, a minha mente é minha.
O veneno que me derrubava, virou alimento.
As conexões partidas se romperam com o ranger dos dentes,
mas abriram espaço para o silêncio fértil.
O amor que virou ódio,
o ódio que virou compreensão,
a compreensão que virou indiferença…
e a indiferença —
me libertou.
Eu sou o que restou depois da tempestade.
Eles me procuraram.
O quebrado.
O derrotado.
Aquele que caiu e não voltou.
Mas não encontraram.
Porque eu renasci no silêncio das noites frias,
nas calçadas onde ninguém me ofereceu abrigo,
na solidão que me forçou a conversar com meus próprios fantasmas.
Eles queriam que eu desistisse.
Mentiram, me traíram, me empurraram até o fundo... e eu fui.
Mas lá no fundo, eu descobri uma verdade:
quem aprende a andar no escuro,
descobre o que é confiar em Deus.
Antes de tudo desmoronar,
eu escrevi nas paredes do meu quarto como quem já sabia que o fim estava próximo.
Palavras como alertas.
Como profecias.
Como quem já tinha morrido em silêncio,
e deixou ecos no lugar de explicações.
Falei das orações.
Do amor que nunca foi verdadeiro.
Da distância que eu previa.
Eu previ o que fariam comigo.
Como um homem caminhando de braços abertos para a traição,
eu deixei acontecer.
Em silêncio.
Sem vingança.
Sem olhar para trás.
Porque há olhos que você nunca mais encara.
Porque há feridas que provam sua honra.
Eu não precisei gritar minha dor.
Não precisei provar nada.
A vida recompensa quem caminha com honestidade.
E eu ainda estou aqui.
Mais inteiro do que muitos que tentaram me destruir.
Eu fui importante — mesmo quando não reconheceram.
Fui espelho.
E espelhos quebram quem foge da verdade.
Aos que buscam meu nome,
que encontrem minha força.
Aos que desejaram meu fim,
que assistam ao meu recomeço.
Eu sou o que restou depois da tempestade.
E o que restou… é indestrutível
“A infância que vive em mim”
Há quem diga que crescer é endurecer.
Que ser homem é calar o choro, esconder o afeto, vestir a couraça da indiferença e marchar rumo a uma vida prática, mecânica, “funcional”.
Há quem diga que o adulto de verdade não corre com crianças, não ri alto, não se importa demais, nem se curva ao sentimento.
Mas eu digo:
Que espécie de adulto é esse, que matou dentro de si a melhor parte da vida?
Que espécie de maturidade é essa, que exige sepultar a alegria sóbria, a leveza consciente, o riso genuíno?
Eu cresci.
Mas não endureci.
Não porque minha vida foi leve —
mas justamente porque ela foi pesada demais.
Fui ferido cedo, por mãos que deveriam me proteger.
Fui machucado por palavras que deveriam me ensinar.
A vida me mostrou seu lado mais cruel ainda na infância —
mas em vez de repetir o ciclo,
eu decidi quebrá-lo.
Não com raiva,
mas com carinho.
Não com revolta,
mas com escolhas firmes.
Hoje eu cuido.
Cuido da casa, do corpo, da mente.
Faço minhas obrigações, limpo o chão e a alma.
E quando tudo está em ordem,
eu calço os tênis e vou correr com o vento.
No campo, entre crianças que ainda não sabem o que é dor profunda,
eu brinco, eu sorrio, eu permito que a luz entre.
Não sou um crianção.
Sou um adulto que carrega dentro de si uma criança viva, curada, acolhida.
Sou o reflexo do que eu gostaria que tivessem feito por mim.
Sou o abraço que eu não recebi, o riso que me negaram,
a presença que me faltou.
Brincar com uma criança, ouvir suas gargalhadas, ver seus olhos brilhando com algo tão simples quanto uma bolinha de plástico —
isso não é perda de tempo.
Isso é reconciliação com a vida.
É lembrar que ainda vale a pena viver.
A sociedade não entende.
Rotula. Julga. Distorce.
Acha que maturidade é viver cansado, seco, amargo.
Mas eu aprendi que viver de verdade é manter a alma limpa, mesmo depois de toda a lama.
E que o amor, quando é consciente, é a forma mais elevada de sabedoria.
Minha mãe talvez nunca entenda.
Talvez ninguém entenda.
Mas tudo bem.
Porque eu entendo.
E essa compreensão me basta.
Ser adulto, pra mim, é ter responsabilidade sem perder a ternura.
É saber quando falar firme e quando calar em respeito.
É saber que a dor do outro importa, mesmo que ninguém veja.
É limpar uma casa e limpar uma alma no mesmo dia.
É correr atrás do vento sem fugir da realidade.
Não vou me tornar morto por dentro só para caber no molde do que dizem ser "adulto".
Não vou me tornar frio porque o mundo se esfriou.
Vou seguir aquecendo corações com o que me restou de luz —
e com o que eu reconstruí com minhas próprias mãos.
E quando alguém me chamar de “bobo”, “infantil” ou “sensível demais”,
eu sorrirei,
porque só um tolo confunde pureza com fraqueza.
Eu sou forte —
porque escolhi amar mesmo depois da dor.
Sou maduro —
porque cuido da vida que existe em mim e ao meu redor.
Sou feliz —
porque reconheci que ser adulto de verdade é nunca abandonar a criança que sobreviveu dentro de você.
A história da gente — por mim, pra você
Era pra ser só mais uma noite qualquer. Minha priminha me chamou pra brincar na rua e, pra ser sincero, eu fui sem saco, só pra não ficar em casa. Mas aí, de longe, eu vi você — e naquele instante eu soube: “é ela”. Uma garota linda demais pra passar despercebida, uma luz no meio da rua, no meio da minha vida.
Na época eu era um moleque tímido, frio até. Mas você... você era diferente. Tinha um brilho, uma coragem de falar comigo que eu nunca tinha visto em ninguém. Enquanto os outros só zombavam, você me acolheu, me escutou, me contou sua vida inteira em um dia só. Viramos amigos. Melhores amigos. E foi ali que tudo começou.
Eu fui me apaixonando aos poucos, em silêncio. Cada abraço, cada brincadeira, cada conversa de calçada me deixava mais preso a você. E por mais que eu tentasse esconder, tava na cara — eu tava apaixonado pela minha melhor amiga. Mas eu morava no Rio, e você em Pernambuco. Eu sabia que ia ter que ir embora... e por isso nunca tive coragem de te pedir em namoro.
A vida levou a gente por caminhos tortos. Você viveu coisas difíceis com quem não te merecia, e eu assistia tudo de longe, engolindo o sentimento e a raiva. Mas eu nunca te deixei. Mesmo longe, mesmo calado, eu nunca parei de te amar. Até que um dia eu voltei — e tive coragem de te dar um selinho. Tive coragem de pedir pra ficar com você. E mesmo com medo, você deixou. E foi lindo.
Mas eu errei. Eu fui burro, cego, fraco. Me deixei levar por uma situação idiota com alguém que não tinha metade do que você tem no olhar. E eu me odeio por isso. O dia que eu te vi triste por minha culpa foi o pior da minha vida. Eu chorei, me culpei, e continuo me culpando. Porque você é a última pessoa no mundo que merecia dor.
Mesmo assim, você me perdoou. Com o tempo, com carinho, com esse seu coração gigante que insiste em me amar mesmo quando eu falho. A gente passou por muito. Praia de madrugada, caipifruta, caixa d’água com xixi (kkkk), choros escondidos, risos sinceros... momentos que parecem simples mas que pra mim são eternos.
Hoje eu tô aqui, servindo no Exército, longe de você fisicamente, mas com o coração mais colado no seu do que nunca. Eu penso em você o tempo todo. Em tudo que a gente viveu e ainda vai viver. Quero casar contigo, ter uma casa, cuidar de você, te dar tudo que você merece. Quero vencer pra te dar uma vida tranquila, cheia de amor e paz.
Letícia, eu te amo. E não é qualquer amor, não. É aquele amor que sobrevive ao tempo, à distância, aos erros. É um amor que me faz querer ser melhor, lutar, planejar o futuro. Você é meu mundo, minha esperança, minha razão.
E se Deus quiser, um dia vou te entregar essa carta olhando nos teus olhos, com aliança no bolso e a certeza no peito de que eu nasci pra ser teu.
Do moleque tímido ao homem que só quer te fazer feliz,
continuo sendo teu.
E quero ser… pro resto da vida!
Eu vi você.
Vi a menina que sorria tímido, mas também a que se escondia por dentro.
Vi os olhos cansados de noites ruins, de palavras duras, de brigas que não eram suas, mas te atravessavam.
E mesmo assim…
Vi beleza.
Não de fora, mas de dentro.
Vi coragem por acordar todo dia e continuar.
Vi o esforço de parecer leve quando tudo pesava.
E mesmo sem saber como te curar, eu fiquei.
Fiquei quando ninguém via.
Fiquei mesmo nervoso, atrapalhado, mas inteiro.
Eu sei que você teve que partir.
E talvez nunca vá me contar tudo que sentia.
Mas tá tudo bem.
Porque hoje, olhando pra trás, eu não vejo um fim vazio.
Eu vejo um capítulo lindo.
E se você estiver lendo isso em algum plano invisível, eu só quero que saiba:
Eu tenho orgulho de ter te amado.
E tenho mais ainda por estar seguindo.
Com tudo que aprendi com você.
Pode ir em paz.
Eu vou ficar bem.
E vou continuar sendo esse homem que ama de verdade —
até que alguém saiba ficar.
FELIZ ANIVERSÁRIO!
Feliz aniversário de fim.
Feliz chá de término,
de conclusão,
de reciprocidade.
Feliz aniversário de vida,
de muita,
muita,
e muita vida.
Feliz morte de sentimentos,
invenção de relacionamento.
Feliz...
Seja lá o que te dê motivo pra sorrir agora.
E um belíssimo: — Vai se ferrar!
Por me fazer sentir falta daquilo,
por não me quebrar,
mas deixar um pedaço de você em mim.
Feliz...
Quer saber?
Não.
Te desejo confusão.
Uma noite cheia de memórias minhas,
de arrepios de pele toda vez que ouvir alguém te chamar pelo seu nome completo,
como eu fazia.
Um pensamento de erro toda vez que alguém chegar perto demais do seu corpo.
Porque você sabe,
e eu sei:
que me pertence.
Te desejo vontade —
vontade de mim.
Te desejo um sentimento estranho toda vez que lembrar que eu te fiz sentir coisas que você não queria,
mas que foram reais.
Te desejo medo de não se sentir assim de novo.
Te desejo o medo de passar a vida sem mim.
Te desejo arrependimento,
confusão,
e desequilíbrio.
Te desejo falta.
Te desejo o que você provavelmente já sente,
e já sabe.
Como diria Clarice:
Ninguém sou eu,
Ninguém é você,
E essa é a solidão.
Resistência
Como vai você?
Eu?
Eu estou.
Me perdendo e me achando.
Mas estou.
Sobrevivendo e resistindo.
...
Talvez este seja o problema:
Resistir.
Melhor seria eu me render.
...
Hein?
Quando foi que nos ensinaram a resistir?
Você lembra?
Quando que entendemos isso como uma qualidade?
...
"Seja resistente na vida" diz o mundo.
Mas, por definição, resistência
'refere-se à capacidade de oposição à algo, de ser firme, de suportar as dificuldades e,’
Atenção:
'refere-se à recusa em ceder'.
...
Que lição estranha recebemos.
Pois ter a 'qualidade' de ser resistente na vida
Significa ter a capacidade de ser oposição à ela,
De não deixar que ela nos atinja.
De não deixar que ela nos toque.
...
Eu não quero ser firme.
Eu quero ser fluida.
Quero que, ao ser tocada pela vida,
Eu me molde.
Quero ser senhor das formas,
Não escravo delas.
...
Já as dificuldades não servem para serem suportadas.
Servem para serem superadas.
Suportar é passar por elas e sair ilesa.
Superar é passar por elas até sair mais forte.
Suportar é aguentar.
Superar é vencer.
...
E a recusa em ceder, da última parte?
Deus me livre não ceder.
Deus me livre ficar lutando com o coração endurecido,
E não me render ao aprendizado,
Ao crescimento.
...
A vida não foi feita para ser resistida.
Ela foi feita para ser experimentada, experienciada.
Não gaste vida sendo resistência ao que te toca.
Quem resiste, sobrevive.
Quem se rende, flui no voo da vida.
E se resistência é ser oposição à vida,
Resistência, na verdade, é morte.
Com a palavra,
Alice Coragem.
"Coisas que Não Eram Pra Ser Vistas"
Desde pequeno, sempre tive que ser forte,
como se o mundo exigisse aço em vez de pele.
Vi coisas que não eram pra ser vistas,
fardos demais para olhos tão jovens.
Lembro da despedida do meu pai,
do seu abraço — e depois,
o silêncio eterno, sem mais uma palavra.
Lembro da minha mãe me empurrando,
me chutando para os braços da minha avó,
como se amar fosse errado,
como se um abraço fosse crime.
Lembro de mim e meu primo,
duas crianças na estrada de terra,
planejando fuga com um canivete na mão,
como soldados sem guerra,
mas feridos por dentro.
Lembro da madrugada com duas tias,
uma saiu...
um tiro, um grito, um banho de sangue.
Tentei correr pra debaixo da cama,
mas fui forçado a encará-la.
Ela se apoiou em mim como bengala,
e eu, criança, virei pilar de dor.
Lembro da viatura, do meu tio gritando,
clamando pela chance de matar o atirador.
Meus olhos não paravam de chorar,
meu peito, pequeno demais pro desespero.
Ali, pedi a Deus pela minha morte,
e eu tinha apenas seis anos.
Lembro de não ter mais notícias da minha mãe,
de saber que tinha um irmão,
mas quase nunca vê-lo.
Lembro das reuniões na escola,
e do sentimento de abandono —
só descobria minhas notas
quando diziam se eu precisava de recuperação.
Lembro dos colegas com tênis novos,
e eu, só querendo que a aula acabasse
pra voar na minha bicicleta,
criança-jato rasgando a cidade,
aprendendo o que era contramão
só depois do quarto atropelamento.
Lembro da promessa do meu avô:
"Se passar com todas as notas azuis,
vai ganhar um presente!"
E eu me esforcei, estudei, lutei.
Minha avó buscou o boletim:
todas as notas... azuis como o céu.
Primeira vez que senti orgulho de mim mesmo.
Corri pra mostrar ao meu avô.
Ele me esperava no sítio.
Mas no sábado, minha avó recusou —
disse estar com dores.
No domingo fomos.
Saltei do ônibus com o boletim nas mãos,
coração aos pulos...
mas a cancela estava trancada.
Minha avó mandou que eu fosse.
E eu fui — como um cão obediente.
Pulei a cerca, corri...
e o encontrei no chão,
moscas ao redor, sem vida.
Deus, por que mais uma vez?
Por que me fazer ver
o que não era pra ser visto?
Eu tinha só 10 anos...
e já desejava a morte com o coração inteiro.
Lembro de ser tratado como delinquente
pelo tio que mais admirava.
Mesmo com boas notas,
mesmo com certificados da igreja,
seus olhos eram de ódio.
Lembro dele com uma arma,
por eu ter discutido com minha namorada.
Minha voz — mal compreendida — virou afronta.
Corri. Minha avó entrou na frente.
Corri mais ainda.
Ganhara segundos de vida.
E naquele instante, eu soube:
eu estava sozinho.
“Depois da Queda, Asas”
Já chorei por quem não viu,
Já dei tudo a quem partiu.
Confiei de alma aberta,
E encontrei porta deserta.
Doeu…
Como só dói o que é real.
Mas até na dor mais cruel
há algo essencial:
A decepção não é o fim,
É um início camuflado.
É o corte que ensina o sim,
É o chão que firma o passo.
Aprendi que nem todo abraço
vem com amor de verdade.
Que nem todo sorriso sincero
é sinônimo de lealdade.
Mas também aprendi a mim mesma.
A me ouvir, me acolher, me bastar.
Descobri que a dor é professora,
Mas que eu posso levantar.
Hoje, sigo com menos peso,
com mais fé e coração em paz.
Não esqueço o que me feriu,
mas não deixo que isso me desfaz.
Resiliência é isso:
ter sido partido e ainda ser inteiro.
É olhar pra trás com coragem
e dizer: “Eu cresci primeiro.”
E se vier outra decepção,
que venha… já aprendi:
Não me perco por quem vai,
me reencontro em mim — e prossegui.
“Da Decepção à Glória”
Caí, sim — e foi alto o tombo.
Acreditei onde não havia chão.
Entreguei mundos em mãos vazias,
E recebi silêncio por gratidão.
Doeu…
Não nego o gosto amargo.
A alma sangrou calada,
e o coração ficou frágil, fraco.
Mas ali, no fundo do poço,
no ponto mais escuro da história,
nasceu algo que ninguém viu:
a semente da minha glória.
Pois quem sofre não fica o mesmo.
Ou afunda, ou se transforma.
E eu escolhi crescer do caco,
renascer fora da forma.
Fui traído? Sim. Subestimado? Também.
Mas nunca fui vencido,
porque aprendi com o desdém
a caminhar mais protegido.
Hoje, quem vê o brilho em meu passo
não imagina o que já suportei.
Mas cada lágrima guardada
é tijolo no que conquistei.
A glória não veio do acaso.
Veio da dor que não me matou.
Veio do “não” que me fechou portas,
mas me forçou a criar o meu valor.
Então, se um dia a vida te quebrar,
não te desesperes na queda.
Pois há vitórias que só nascem
quando a alma já se enreda.
A decepção é só o início,
não é ponto, é reticência.
A glória? Ah… ela é destino
de quem fez da dor: resistência.
“Você Não Veio Até Aqui Pra Parar”
Ei, respira.
Eu sei… tem dias que tudo pesa.
Mas olha só:
você já passou por tanta coisa que jurou que não ia aguentar —
e tá aqui.
Não é à toa.
As quedas? Te ensinaram.
Os nãos? Te fortaleceram.
As dores? Te refizeram.
Você virou alguém que levanta mesmo quando ninguém vê.
Que sente medo, mas vai assim mesmo.
Que chora à noite e sorri de manhã,
porque sabe que desistir não é opção.
Então escuta:
não importa se tá lento,
se tá difícil,
se ninguém entende o que você sente.
O que importa… é que você segue.
Cada passo seu é prova de que ainda tem fogo aí dentro.
E se tem fogo, tem caminho.
Se tem caminho, tem chance.
E se tem chance — tem mil motivos pra continuar.
Você não veio até aqui pra parar.
Você nasceu pra virar a mesa,
pra surpreender o destino,
pra mostrar que quem tem fé, coragem e propósito…
sempre encontra um jeito.
Vai.
No seu tempo.
Mas vai.
“Deus Ainda Está Escrevendo”
Calma.
A tempestade assusta, eu sei.
Mas lembra: quem acalma o vento… ainda está no barco com você.
Tem hora que a gente não entende,
não vê saída,
não sente força.
Mas é aí que a fé começa:
quando os pés falham,
e só o coração caminha.
Você já passou por desertos onde só Deus te viu.
E mesmo assim, continuou.
Não foi por acaso.
Foi propósito.
As lágrimas que você derramou em silêncio
foram ouvidas no céu.
Cada oração quebrada, cada “Deus, me ajuda” —
Ele ouviu.
E Ele não te trouxe até aqui pra te deixar no meio do caminho.
O que parece demora… é preparo.
O que parece silêncio… é cuidado.
Deus trabalha em segredo,
mas revela em glória.
Então respira.
Entrega.
Confia.
Mesmo que tudo diga “não”,
o céu já escreveu o “sim”.
Porque quem tem Deus,
tem esperança mesmo na dor,
tem direção mesmo na dúvida,
tem vitória… mesmo antes da batalha acabar.
Você não está só.
E ainda vai entender por que tudo precisou ser assim.
“Quando Deus Age no Silêncio”
Quando tudo em volta parece parado,
quando as portas se fecham,
e o céu parece calado…
não pense que Deus te esqueceu.
Ele só está agindo de um jeito que você ainda não vê.
A fé verdadeira não vive de sinais,
vive de confiança.
É acreditar mesmo quando os olhos não enxergam,
é seguir mesmo sem entender o caminho.
Deus não abandona os Seus.
Ele trabalha no secreto,
lapida no processo,
e honra no tempo certo.
A dor que hoje pesa no peito
vai se transformar em testemunho.
As noites sem dormir?
Vão virar resposta.
Cada lágrima sua foi colhida,
cada oração foi ouvida,
cada desabafo que só Ele escutou —
já está em movimento no céu.
Não é o fim.
É só uma curva no caminho que Ele traçou.
E mesmo que o plano tenha saído do seu controle,
nunca saiu das mãos de Deus.
Então respira com fé.
Descansa no cuidado Dele.
Porque no tempo certo,
Deus faz do impossível…
milagre.
Fé Inabalável
Quando tudo escurece e o chão desaparece,
Quando o mundo desaba e a alma enfraquece,
É aí que a fé, silenciosa, aparece —
Não como fuga, mas como quem permanece.
Fé não é ausência de dor ou de pranto,
É caminhar, mesmo trêmulo, em meio ao quebranto.
É crer que a luz, ainda que distante,
Brilhará firme no olhar de quem é constante.
Já caí mil vezes, me feri no caminho,
Mas nunca estive, de fato, sozinho.
A cada tropeço, Deus me ensinava:
A dor que machuca é a mesma que lava.
Não me curvo ao medo, nem à solidão,
Minha força vem da oração.
Superar é verbo que nasce na alma,
É guerra travada com fé e com calma.
Hoje eu sou prova viva e pulsante,
Que a fé que não quebra é a que segue adiante.
Pois mesmo em ruínas, um novo começo
Se ergue mais forte, com brilho e apreço.
Deus Contigo
Quando o peso for demais e a alma cansar,
Quando o mundo parecer querer te esmagar,
Lembra: Deus está contigo, a te sustentar —
Mesmo no silêncio, Ele segue a te guiar.
Na lágrima que cai, Ele vê esperança,
No teu medo, Ele planta confiança.
Cada passo incerto, cada noite em dor,
É campo onde Deus semeia amor.
Não temas o vale, nem a tempestade,
Pois o céu se abre com fé e verdade.
Deus não te promete caminho sem dor,
Mas garante presença, abrigo e amor.
Se a vida te quebra, Ele te refaz,
Com mãos de ternura, te leva à paz.
É na queda que Ele mostra o poder
De quem levanta sem nunca esquecer.
Deus contigo — nos dias bons ou ruins,
Nos recomeços e nos “fins”.
Segura firme, não solta a mão,
A vitória já pulsa no teu coração.
“Levanta-te”
Quando o peso do mundo te curva o olhar,
E a estrada parece querer te parar,
Respira profundo, segura a emoção —
Teu sonho ainda pulsa no teu coração.
Não deixes que a dúvida roube o teu passo,
Nem que o medo te prenda num falso abraço.
És mais forte do que hoje imaginas,
Carregas o sol nas tuas retinas.
Cada queda é lição, cada dor, semente,
Flores que brotam de alma valente.
Se a vida apertar, não temas lutar,
É na dor que aprendemos a recomeçar.
Então levanta-te, mesmo cansado,
Segue adiante, mesmo machucado.
A vitória é irmã da persistência,
E a luz sempre nasce após a ausência.
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