Texto de Saudade Profunda
Doi te ver e não te ter
A distância é o chicote do coração
Quanto mais eu sinto saudade
Mais bate em meu coração
Porque será que tem que ser assim?
Eu aqui longe de você
E você aí longe de mim?
Eu nunca senti isso antes
Pensamentos confusos
Noites sem dormir
Como posso eu amar?
Quem nunca esteve aqui.
Lágrimas
Sempre que as lágrimas da saudade caem,
Um coração aflito se desmancha,
Sentimentos de uma dor que exalam e saem,
Em busca de alguém que simplesmente encanta.
Lágrimas de um romance desfeito,
Que gera uma dor quase mortal,
Uma dor que arrebenta com o peito,
E quase sempre sem mandar sinal.
Só o tempo pode curar,
Essa ausência que nos faz vazios,
E esse medo de amar,
Insiste em nos manter sozinhos.
Lágrimas de um coração solitário,
Que muito amou e acreditou,
De um ser bôbo e otário,
Que no falso amor,acreditou.
O amor é um mistério,
Necessário muito observar,
Como o silêncio de um cemitério,
Deve ser o processo de amar.
Caso contrário tudo se desfaz,
Como um efeito dominó,
E o passado não volta atrás,
Nem tampouco se desata os nós.
Nós de uma prisão,
Feita por nossa displicência ,
Que nos gerou decepção,
Devido não trabalharmos tal carência
Lourival Alves
Quando a chuva molhar os olhos teus
E a saudade bater em tua porta
Olhas para os olhos meus
Entenda que nada mais importa
Se a dor te faz prisioneira
Rebentas a corrente e se liberta
Que sejas a tua pioneira
A primeira a abrir a tua porta
Talvez esse medo que consome
Encarcerado teus ais
Quebra a corrente e ele some
Te mostrando doque tu és capaz
01. QUANDO A SAUDADE BATE FORTE
Quando a saudade bate forte
A vida concede a este aprendiz a sorte
O privilégio de rever meu povo e suas culturas.
Desde menino soube entender
Quando se quer algo faz acontecer
E não se acomodar nas enrolações e frescuras.
Mochila nas costas
O roteiro desta emoção sigo apaixonado
A saudade bateu forte
E judia do coração que bate descompassado.
Não estou criando expectativas
Mas rever meu povo cada vez mais me motiva.
A saudade bateu forte outra vez
E olha aqui novamente revendo meu povo
Provando de suas delicias,
Aprendendo um pouco mais do novo.
Estou em família, em plena alegria
E aqui nada me fará ter timidez
A saudade bateu forte e então quero aproveitar
Cada momento em família, entre amigos, não importa lugar
Daqui a pouco é hora de voltar e seguir minha estrada
Que seja verso, canção ou Poema
Mas que faça valer a pena
E quando a saudade bater
Eu não pense duas vezes pra meu povo rever.
“Uma hora, a bebida acaba e a saudade aperta.
Uma hora, a mesa lotada, vai te deixar vazia e o que te fazia livre, se tornará sua cela.
Cada gole que dá, ao tentar afogar-me, só faz transbordar, a sua mazela.
Qualé o sentimento, que em seu peito impera?
Ódio, rancor, de amor, uma quirela?
Uma hora, a bebida acaba e a saudade aperta.
O seu abraço, por tantas vezes fora a minha paz, mas agora, parece-me, que o afeto é uma guerra.
Mas tudo bem, deixe estar, no fim são só palavras vazias, que o vento carrega.
A lágrima é fria e quando ela banha a minha face, não só o corpo, mas minh’alma gela.
O coração esfria, o tratamento muda, o carinho some e a indiferença impera.
E aquele amor, que um dia fora uma chama intensa, será somente cinzas, na fogueira dessa nossa novela.
O que tínhamos esfriou, nosso ardor era de causar inveja.
Eu sei que sente falta do abraço, diferente da bebida, a saudade não acaba, aquele abraço não existe, e o peito aperta…”
mas quando a saudade apertar,
lembra que a gente já foi amor
exagerado mas era amor
transas no carro
para assaciar o vicio,
eu desisto de te procurar,
em cada esquina
em que passei
te deixei rimas
que nunca cantei pra ti,
girassolveja o sol
dava pra sentir por todo corpo,
era amor, tornou dor,
e o tempo não curou....
Era amor, tornou dor, e o tempo curou,
Essa e a ultima rima que te escrevo amor,
bebi em todas as esquinas pra poder me recompor,
Te vi em todos os cantos ou te levei por todos os cantos?
Não desfiz o teu encanto eu devia me recompor?
Tu sabes que de tempos em tempos o coração arde
E a noite se enche de lamento e saudade
Que supro com cigarros e vinho barato
Janela do busão, luzes da cidade
Te ouço num som e percebo a verdade
Te queria por perto, mas estava errado
Eu confesso que não te escutei
Em todos os versos, te eternizei
Ouça flor, já passou, fracassei,
Eu confesso que não te escutei
Em todos os versos, te eternizei
Ouça flor, já passou, fracassei
Não nasci para o amor
Mas quando a saudade apertar
Lembra que a gente já foi amor
Exagerado, mas era amor
Transas no carro pra saciar o vício
Eu desisto de te procurar
Em cada esquina em que passei
Te deixei rimas que nunca cantei pra ti
Girassol
Veja o sol
Dava pra sentir por todo o corpo
Era amor
Tornou dor
E o tempo curou
Era amor
Tornou dor
E o tempo curou.
SAUDADES IRMÃ - João Nunes Ventura-11/2023
Oh que saudade bela irmã
Se de repente sinto agora
Eu estou indo sem demora
Vou voltar pro meu sertão.
Talvez que essa saudade
Doendo em meu coração,
Vou abraçar a felicidade
O manto a minha canção
Assim vou dançar ao luar
O mais lindo dessa nação.
NOS BRAÇOS DA SAUDADE
Olhando pelas gretas do passado
Que já se foram pelo tempo afora
E tão recente me é aquela aurora
Que chora o sentimento. Povoado
De recordação. Ó gosto salgado
Que escorre do suspiro e implora
Os momentos idos, já sem hora
Cheios de memória e significado
Ah! dias meus que se foram, traste
Deixaste doce emoção, guardaste
A sensação do que foi a jovialidade
E resta-me agora, apenas recordar
As várias estórias e nostálgico pesar
Cá a reviver, nos braços da saudade.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27 novembro, 2023, 15"43" – Araguari, MG
*paráfrase Sá de Freitas
Resta o versejar para alentar a gente
Escrevo os versos meus, na saudade
E sensação abafante, a cada instante
Meus versos, dum sentimento errante
Suspira, senti, padece e, então, brade
Ando tão descontente, vago no infinito
Um delírio inquieto nos confins da vida
Sangrando na poesia, tão árdua ferida
Da solidão... Ó escrito frenético e aflito
Repiso as dores que em mim fincaram
Levo no canto as notas que deixaram
Porque o poeta é um genuíno sofrente
Pois, cada verso vertente, nele temos
O diário de tudo, o que, então fizemos
Resta o versejar para alentar a gente.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28 novembro, 2023, 16’02” – Araguari, MG
Essa saudade, que dor...
Que dias sem expectativas.
Foi-se seu tempo.
Esvaiu-se no ar como o perfume da flor.
E a vida continua normalmente a bailar.
Como se a morte não tenha acabado de te levar.
Triste.
Sigo.
Ou não...
Sei lá.
Acho que de agora em frente estarei sempre na contramão.
Uma incerteza audaz e intempestiva...
Por que insiste em me manter viva?
Já respirou minha alma a magia...
Já bateu meu coração de alegria.
Já brilharam meus olhos ao te ver...
Hoje me dedico a tentar te esquecer.
Um céu de outono que não se acaba mais.
Um medo do agora... e do que virá depois.
Dor na alma...
O ir e vir tão imperfeito.
Quem escreveu que as vidas deveriam ser desse jeito?
O abraço
O abraço é o aconchego nos dias de luto, nos dias alegres, nos dias que a saudade bate.
O abraço renova as forças, rouba-nos a tristeza e nos faz enxergar possibilidades. O abraço pode ser de perto, ou aqueles que falam, manda um abraço para ele, para ela.
O abraço aproxima uma mãe de um filho, é o cuidado mudo, é a forma que encontramos para dizer: vai ficar tudo bem, sem palavras.
É a proteção nas noites de dor, é o revelar sentimentos sem fazer estardalhaço. É encontrar o caminho na vida sem pedir informação. É o aconchego, a morada, o calor que vem do fundo do coração e acalenta a alma.
O abraço é o remédio para os desentendimentos, então não perca tempo, vá e hoje mesmo abrace!
Diga que estou por aí,
Não importa onde estou
Deixa a saudade ir embora
Estou por aí,
Quero nem saber desse conflito
Quando estiver bem,
Chega de maneira leve.
Entregue o que pode entregar,
Não se esqueça de esvaziar.
Esvaziar-se de tudo que é pesado
Deixe de lado o pesar
Venha leve, eu já não me importo
O controle está ativado.
Por essa janela eu vejo você, eu
Simplesmente entendi o seu jeito de ser
Não existe falsidade, mas o pensamento
não é o mesmo de um tempo atrás.
Por trás dessa parede, eu sei que também
Se abraça a uma saudade
que não sabe explicar.
Diga para todos que perguntarem
que eu estou por ai.
Deixe a saudade passar!
Poesia de Islene Souza
CANTO DA ASA BRANCA - João Nunes Ventura-12/2023
Que saudade sinto do canto da asa branca
Lá da minha terra amada meu doce sertão,
Debaixo de um juazeiro uma sombra amiga
Eu e minha morena bela em tarde de verão,
Sol dourado desaparecia por trás do monte
Na saudade asa branca cantava de solidão.
Como a asa branca assim cantei de tristeza
Foi a morena que sem pena me abandonou,
Que nas tardes amenas voltava ao juazeiro
Como asa branca eu assim chorava de dor,
E sempre que eu visitava a árvore frondosa
O lindo passarinho já cantava por seu amor.
Agora os meus dias uma profunda saudade
É desse meu coração que tanto lhe amava,
No final do dia na hora que a tarde debruça
Já não há mais sombra o juazeiro tombava
Se quando a asa branca de tristeza soluça
Chorava meu coração morena me deixava.
A música do amor de nossa vida não fala em saudade,
apenas em carinho e bem querer...
MUSICA DO AMOR DE NOSSA VIDA
Marcial Salaverry
A música do amor,
que à alma dá calor,
é uma linda canção,
que sai de nosso coração,
ao estarmos amando...
Com o amor nos dominando,
e a ele nos entregando,
vamos esta melodia dançando...
Esta música suave
que nos embala a alma,
uma dança que excita e acalma...
Não temos necessidade
de tentar a felicidade,
porque de verdade,
já a temos dentro de nós,
desatando todos os nós...
Nossos corpos se entendem,
e a esta música se rendem...
Vamos então o amor viver,
enquanto música houver...
Essa é a vida
sem despedida...
A música do amor de nossa vida...
Marcial Salaverry
'ENFIM ACABOU'
Você se foi, eu te amava demais,
A saudade apertava o peito,
No fundo, eu sabia que não havia mais jeito;
e hoje não te quero mais !
Você foi embora , foi bom , fez certo.
Agora não te quero por perto.
Mas enfim a saudade acabou
O sentimento esfriou
e a vida, feliz, sigo em frente.
Você nunca foi humano.
Ardiloso,Iscariotes , enganador .
Não se esqueça dos outros à quem feriu ,
e dos outros que abandonou .
Não conhece o que é amor.
Lembre-se da Lei do retorno,
lembre-se da colheita da vida
Infiel e traiçoeiro, como fel é seu sabor
Na vida só conhece
ferramentas "destrutiva
Você não sabe o que é amar,
Nem mesmo a si nunca amou
minha sombra você quase apagou
Me abandonou no momento de dor
Mas Deus chegou, me acolheu;
Me envolveu com seu amor,
Me aquecendo do gelado frio da vida,
O qual você me deixou .
Hoje seguindo a vida,com júbilo, contente
Amando e sendo amada
Por alguém que ama e demostra verdade
Incondicionalmente !
Maria Francisca Leite
Para meu futuro Esposo..
Oi amor, tô com tanta saudade de você. As palavras aliviam a ansiedade que eu sinto de te encontrar, enfim. São dias difíceis, parece que a espera não terá fim.. prefiro ficar deitada, calada, de olhos fechados imaginando você .
Não demore à me encontrar, não adie essa conexão. Preciso te ver.
Agora, neste instante meu coração pulsa cheio de adrenalina, os olhos se enchem de lágrimas de.. saudade amorosa .
Eu sinto que você está me esperando, e, que neste exato momento está pensando em mim.
Espero que você esteja muito bem, e, que esteja se cuidando. Sobre o amor; te darei quando nossos olhos se cruzarem.
Recife, 22 de JULHO de 2024
Saudade
Na vastidão do tempo e do silêncio,
O amor se entrelaça com a saudade,
Como uma dança etérea de lembranças,
Que ecoam na alma em tempos de solidão.
No coração, o amor deixa marcas profundas,
Cicatrizes suaves de momentos vividos,
E na ausência, a saudade se ergue como um rio,
Que flui entre a melancolia e a esperança.
Solidão, companheira de tantas noites,
És a testemunha silente dos suspiros,
Dos sonhos que se desenrolam na penumbra,
À espera do toque que acalma a alma inquieta.
Mas mesmo na solidão, há uma chama,
Uma luz tênue que nunca se apaga,
É o amor que transcende o tempo e o espaço,
É a saudade que pulsa como uma canção.
Assim, no tecido da existência humana,
O amor, a saudade e a solidão se entrelaçam,
Formando um poema eterno de emoções,
Que ecoa na eternidade do coração humano.
O que canto em abundância
são retratos de saudade...
És a flor da minha infância
E um cartão de identidade.
I
Nas passagens do rossio
o colorido do ervado,
velhas eiras, algum gado
e cem anos de pousio...
Na riqueza do teu brio
eu vivi sem importância,
sem o vício da ganância,
no carinho do teu leito,
é sincero e por direito
o que canto em abundância.
Ii
Para sempre a minha escola,
o meu teste de memória,
professora dona Vitória
e mil sonhos na sacola...
Sua imagem me consola
num padrão de eternidade,
vi em ti a liberdade,
muita força e muito medo,
e as promessas dum brinquedo
São retratos de saudade.
III
Aquela imensa multidão,
as promessas arrojadas,
com pessoas encantadas
oferecendo a exaustão...
Boa-Nova e devoção
demonstrados na constância,
o teu povo em abundância
vê passar mais um petiz,
mas que hoje ainda diz:
És a flor da minha infância.
IV
És a página mais amena
no meu livro desfolhado,
o sentimento emocionado,
a nostalgia que me acena...
Neste abraço para Terena
há carinho e amizade,
e aquela fraternidade
que eu guardo de criança...
foste tu a minha esperança
e um cartão de identidade.
SAUDADE
Saudade é feita de tudo um pouco. De pessoas, lugares. São memórias daquilo que ficou para trás, mas que vive agora por todo o sempre. Por algum tempo permanece silenciosa e de repente chega sem avisar; se aconchega na mente, tirando-nos o sossego e, sorrateiramente, sem nada nos avisar, de repente desaparece, deixando-nos olhando para cima na falta de sua companhia para mais tarde reaparecer. São lembranças de natureza surpreendentes: nos trazem dores sutis, que não cicatrizam nunca; que vêm em forma de risos e até de gargalhadas. Não nos deixam esquecer o passado de criança e juventude, parecendo estacionar no espaço onde o velho não chegou e o novo ainda não surgiu; carregam recordações dos lugares onde nascemos, por onde passamos, das pessoas com quem cruzamos, de quem nos deu a mão, nos aqueceu e nos acalmou o coração, e de quem também nos largou. Enfim, saudades que nos maltratam, que nos fazem rir, chorar, mas nunca matam nem morrem.
Saudade é mais que um sonho que nos aperta o coração. É sentimento profundo que nos faz pensar em alguém que está distante e que queremos a sua presença o mais breve possível. É tudo que fica daquilo que já não é mais tangível. É a ausência de quem deixou um vazio tão grande dentro do coração, que aperta tanto o peito da gente que acaba transbordando e escorrendo pelos olhos. Sentimento que nos traz de volta pessoas distantes que gostaríamos de revê-las para recordar tempos felizes que vivemos e que não retroagem, para atiçar lembranças de coisas e lugares, de ciclos concluídos e outros interrompidos, que, talvez, não se completam mais. Saudade tem coisas de música que, em som e imagem, abalam as nossas emoções, nos tiram do nosso conforto, desarrumam a nossa vida que estava quieta. Na ocasião, precisamos estar inteiros quando ela bate à porta e senta conosco no sofá da alma.
Hoje se transforma numa mera lembrança que logo deixará de existir, dando lugar a uma nova manhã incerta misturada com o ontem. Mas até que ponto caminhamos e de onde chegam essas memórias distanciadas do que vivemos dentro desse imenso labirinto de sentimentos? Teremos chegado aonde jamais imaginamos chegar, teremos nos perdido em lugares tão distantes, impossíveis de serem encontrados?
CHÃO DE ESTRELAS
Chão de Estrelas, de Silvio Caldas e Orestes Barbosa, é quanto basta para que ainda haja sobre a terra alguns poucos fascínios despertados pela saudade como nos versos que se seguem.
Minha vida era um palco iluminado
Eu vivia vestido de doirado
Palhaço das perdidas ilusões
Cheio dos guizos falsos da alegria
Andei cantando a minha fantasia
Entre as palmas febris dos corações
Nosso barracão no morro do Salgueiro
Tinha o cantar alegre de um viveiro
Foste a sonoridade que acabou
E hoje, quando do sol, a claridade
Forra o meu barracão, sinto saudade
Da mulher pomba-rola que voou
Nossas roupas comuns dependuradas
Na corda qual bandeiras agitadas
Pareciam um estranho festival
Festa dos nossos trapos coloridos
A mostrar que nos morros malvestidos
É sempre feriado nacional
A porta do barraco era sem trinco
Mas a lua furando nosso zinco
Salpicava de estrelas nosso chão
Tu pisavas nos astros distraída
Sem saber que a alegria desta vida
É a cabrocha, o luar e o violão.
Há saudades de diversos tipos e graus: umas que podemos matar e outras que nos matam; umas que nos fazem rir, e outras a chorar. Mas sempre serão memórias que nunca morrem.
E desse encontro só
sobrou um conto sem ponto.
Por isso, escrevo saudade
vazia em uma pequena poesia.
Versos tão tangíveis que posso
senti-los em minhas mãos.
Instantes que se dissolvem
em horas a ponto de não perceber
que o dia já está para amanhecer.
Quando me dou conta do que dizer,
acabo por escrever minha sina:
O tempo não comprou passagem
de volta, hoje sou eu sem você.
