Texto de reflexão

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⁠Os calafrios da incoerência
Que prazer é ler um texto coeso e coerente. Viaja-se dentro dele como se passa por uma seara de trigo embalada pelo vento suave e quente. Seguimos pelos seus caminhos com confiança e alegria, sabendo que o seu autor nos propõe uma rota de leitura com unidade, com harmonia e lógica profundas. Um prazer!
Ora, o mesmo se passa com o ser humano, melhor dizendo, com as pessoas. Como se escrevem as pessoas?
Quando "leio" as pessoas, espero delas essas mesmas características que procuro nos textos: coerência e coesão. O oposto incomoda-me, irrita-me, arrasta a desconfiança e provoca-me calafrios, frios, frios.
É suposto que um texto, por esses mesmos princípios de beleza, de encanto e de equilíbrio, me causem admiração, desejo, orgulho e imensa vontade de saborear cada sílaba, palavra e frase.
E as pessoas? Que textos são as pessoas? Tanta gramática, tanta sintaxe, tanto vocabulário por fazer e refazer e aperfeiçoar!
Exijo que a prosódia se eleve. Quero que a grafia, a entoação, a pontuação, a acentuação se desenvolvam com princípio, meio e fim, numa edição única, esbelta, matura e profunda da Alma e que seja o mais belo texto que jamais terei lido em alguém!
E assim, acredita, já no aconchego do meu outono, entre o crepitar de uma lareira reminiscente e um sóbrio despertar de alma, prometo ler e saborear o Ser que trazes até mim, essa obra humana que soubeste escrever.

Inserida por JPRSANTOS

⁠O que os livros de história nos contaram, gerações a fio, sobre os índios?
Para um texto bem resumido, trago uma reflexão em dois aspectos.

Dentro do olhar capitalista, que os índios são preguiçosos, não gostam de trabalhar. Dormem o dia inteiro e tem uma vida sem responsabilidades.

Dentro do olhar religioso, um povo pagão, que não conhecia a Deus e não rezava a doutrina católica. E precisava ser catequizado.

Isso ainda perdura pelo Brasil afora.
Reforçado ainda mais por falas excludentes e escrotas a que ouvimos nos últimos tempos.

Mas, quem são os índios?

Debruçar-se sobre eles é debruçar-se sobre o aprendizado da contemplação e do respeito à natureza em todas as suas formas e manifestações.
Onde os índios colocaram os pés, vemos o uso da terra com responsabilidade porque sabem que todo contexto natureza tem interligações de seres em equilíbrio.
A contaminação se dá quando os povos que por aqui atracaram, carregados de seus apetrechos consumistas, diminuíram os povos que aqui já estavam numa referência de posses, considerando os índios como primitivos, de valores insignificantes.

O que vemos, hoje, é a continua tentativa de diminuição da cultura, dos conhecimentos práticos e da religiosidade concreta desses povos pelos direitos à terra e à vida que lhes foi roubada.

Os índios sabem que a vida tem uma curta duração e que não adianta acumular bens e riquezas, porque tudo fica aqui quando partem.
E que é mais rico quem faz a passagem integrado numa mística de reencontro com a divindade que tudo criou e confiou, à criatura, a responsabilidade de cuidar e proteger.

Os índios preservam a natureza.

O homem branco,
e branco no sentido de pensamento e não cor de pele, ganancioso que é,
destrói tudo por onde passa.

É isso!

Inserida por verinha_sfalsin

⁠Texto por Débora Ildêncio
Publicado no livro: 50 anos Escola Estadual Assis da Chagas| 2016 pg. 78

O ano de 1994 não foi o mesmo!
Lembro de minha ansiedade quando chegou o dia de conhecer a tão sonhada escola. Uma sensação inefável que misturava a expectativa e a curiosidade de conhecer aquele famoso lugar. A blusa nova repleta de quadradinhos simétricos e equidistantes de cor azul e branca e o sol impresso no bolso do lado esquerdo escrito. “E.E. Assis das Chagas”, mostrava que para conhecer aquele local precisávamos de uma roupa especial que era completada com uma bela saia azul-marinho bem engomada! O cabelo bem penteado, meia branca, tênis novo e a pasta maleta na mão completavam o traje necessário para adentrar por aquela porta imensa que me esperava.
Lembro de chegar naquele imenso espaço e ficar extasiada ao ver tantas salas, carteiras e o quadro “negro”, um sentimento de surpresa que era compartilhado com outras crianças da mesma idade. De repente ouvimos uma voz nos chamar para o pátio e após montarmos a fila era hora de ir para sala.
Uma moça de sorriso fácil e bastante empolgada nos conduziu até uma das salas e após perguntar o nome de cada um da turma, se apresentou dizendo alegremente: - Eu sou a Lilia, mas podem me chamar de Tia Lilia!
A partir daquele primeiro encontro, sabia que os meus dias nunca mais seriam iguais!
Com sua voz doce Tia Lilia nos embalava com suas canções, músicas que nos acalmava e outras que nos faziam dançar. Tudo era divertido e aos poucos íamos descobrindo o mundo. As folhas também começavam a fazer parte do aprendizado! Lembro-me dos pontilhados tão bem desenhados que vinham acompanhados do inesquecível cheiro do mimeografo. Naquelas folhas tudo tomava forma, e a cada traço do lápis uma nova imagem surgia, formando curvas e criando um caminho de uma estrada do conhecimento que jamais teria fim! Aos poucos as letras iam surgindo e formavam palavras que a cada momento faziam ainda mais sentido.
Algumas letras bem elaboradas como o “H” eram difíceis de escrever e pacientemente ela pegava em minha mão e fazia com que tudo parecesse fácil!
A aula era tão legal que não entendia qual a necessidade do descanso nos finais de semana! Incansavelmente minha mãe tentava explicar, mas não adiantava, pois, a vontade de aprender e de estar com a Tia Lilia, fazia que o sábado e o domingo parecessem uma eternidade. A cada dia uma nova descoberta e assim vieram os teatros, as apresentações, os poemas de Cecília Meireles e a cada dia aprendíamos mais!
Ao fim do ano estávamos prontos para a nossa primeira formatura! Isso mesmo! FORMATURA! Já sabíamos ler e assinávamos com total propriedade o nosso nome! Em nosso juramento dizemos em alto e bom som: - Prometo honrar meus pais e minha professora.... E dali em diante continuamos cada um a escrever sua própria história sem ter noção do quão importante seria essa professora em nossas vidas!
Todos os outros aprendizados que vieram depois só foram possíveis porque alguém nos alfabetizou. Não haveria uma formação se não houvesse sua dedicação!
As palavras que hoje faço canção, só foram possíveis pelo seu apoio e por segurar na minha mão quando precisei. Ela permitiu que os sinais deixassem de ser apenas desenhos e passassem a ser a forma de comunicação! Em qualquer palco que eu esteja ela sempre estará comigo! Obrigada Tia Lilia!

Inserida por debora_ildencio

⁠O Brasil que desejo acontecer!
(Texto atualizado em 11/10/2022.)

É evidente que no Brasil tem muita gente sendo roubada, enganada por maus políticos/picaretas, por pessoas mau caráter, (mau caráter pode ser qualquer pessoa que se desvia dos seus princípios morais) e até pela justiça, onde existem muitas cobras, raposas, que por não agirem com prudência, ou seja, com ética, imparcialidade, prejudicam o Brasil.

Contudo, por sermos um país à esperança, solidário e muito religioso, (respeito ao livre arbítrio e ao poder de escolhas), há uma boa parte da população, neste caso, talvez a maioria, que ainda acredita nos bons políticos, na regeneração do caráter de pessoas e de profissionais, na dita banda boa da justiça, nos bons líderes religiosos e nas obedientes, mas atentas ovelhas, quanto à propagação das respectivas doutrinas religiosas.

Ora, diante disso é possível também acreditar mais no Brasil. Por quê não num novo tempo? Um tempo de gente mais pensante, sábia, sóbria, tolerante, resistente, amável, gentil, crítica, instruída, questionadora e mais educada! Ou seria apostar num Brasil com distribuição igual de tudo aquilo que é nosso? Nossos direitos! Nossa renda! Nossa riqueza! Um Brasil mais partilhado, justo, sem preconceito, sem racismo, com igualdade e mais fraterno.

E se o povo, as lideranças ou outras autoridades fossem realmente submissos a Deus e às leis e as boas intenções conspirassem? E se fosse um país sem tanta hipocrisia e com menos idólatras ou bajuladores? Talvez seria um país mais saudável e com maior e melhor visibilidade? E se as verbas públicas chegassem inteiras aos estados e aos municípios do jeito que são aprovadas no Congresso Nacional e fossem investidas à melhoria das comunidades e das pessoas? E se todas essas ações acontecesse com transparência, bons modos e com respeito também às individualidades, inclusive estrangeiros, naturalizados, aposentados, abrigos, bolsistas, comunidades tradicionais e trabalhadores que recebem o mínimo de salário para viver? Estes grupos, como tantos outros que compõem essa grande nação, enseja por mais assistência, alegria, felicidade, cultura e espaços culturais, assim como mais esportes e muito mais atenção aos portadores de necessidades especiais, aos enfermos, aos idosos e aos mais necessitados dos suados direitos constituídos.

Assim sendo, talvez o Brasil poderia ser ainda um país com a melhor ciência e educação entre todas as nações? Quiçá, uma educação mais humana, respeitando, obviamente a opinião tradicional/tecnológica/competitiva de cidadãos, especialistas, educandos e educadores, com melhores salários para estes? Ou poderia ser um Brasil mais competitivo, com um salário com mais poder de compra? Que fosse também um Brasil mais industrializado, porém com mais oportunidades e melhores políticas para os pequenos produtores rurais, pequenos empreendedores. Um Brasil que mostrasse mais firmeza e pluralidade nas políticas fiscais, pois tudo isso coopera com a economia e oxigena a “massa”, as empresas e o próprio sistema financeiro.

Um Brasil que anseio também e muitos brasileiros sonham e lutam por isso, talvez seja aquele Brasil que possa cuidar mais da sua gente, sobretudo das suas crianças, desde a gestação, passando pela infância e suas fases até a fase adulta, à preocupação de cumprir o Estatuto da Criança e do Adolescente! Um Brasil que cumpra o Estatuto da Juventude! O Estatuto do Idoso! Um Brasil que cumpra o Código Penal, que cumpra as leis, principalmente a trabalhista! Um Brasil que cumpra a Constituição! Um Brasil que faça um Judiciário com meritocracia! Um Brasil que abrace e proteja nossa biodiversidade, nossa Amazônia, nossos biomas! Nosso meio ambiente!!! Um Brasil que faça reforma agrária! Um Brasil que proteja, respeite e não mate os índios! Um Brasil que proteja, respeite e não mate os negros! Um Brasil que proteja, respeite e não mate os jovens! Um Brasil que proteja, respeite e não mate as mulheres! Um Brasil que proteja, respeite e não mate as famílias! Que não mate ninguém! Um Brasil que não morra ninguém pela violência urbana/campo/civil ou através da violência policial! Um Brasil com mais segurança pública e com menos segurança privada. Um Brasil com mais recursos, cuidado e bons salários para todos que cuidam da segurança pública ou da segurança privada.

Idem, um Brasil que a maioria da população também deseja vê-lo, é um Brasil que invista mais dinheiro nas políticas de saúde, com melhores salários para seus profissionais, para que estes passem a cuidar com mais tranquilidade de seus cidadãos. Um Brasil responsável e sem exagero de agrotóxico nos alimentos! Um Brasil que sonhamos, é um país que seja capaz de gerenciar e se comprometer com a nossa saúde alimentar, e isso deve começar desde o preparo com as sementes das culturas e seus desenvolvimentos nas lavouras, passando por uma nova dieta que deve começar na família e nas escolas, mudando inclusive o comportamento alimentar das crianças, pois os infantes de hoje são os adultos e os idosos do amanhã, porque do jeito que está o momento da sociedade desse país, o futuro que queremos que seja, poderá se tornar um país ainda mais triste e absurdamente imensurável de pessoas cancerígenas, obesas, depressivas, indiferentes, atônitas, estranhas, loucas, doentes...

Então, o Brasil que necessitamos é um país que imponha regras sinceras e rígidas nas comunicações, que tenham poucas caras hipnotizadas nas tvs e mais caras com olhos bem abertos para cumprir seus deveres e reivindicar seus direitos, bem como estarem acordados para verem o que se passa no mundo, nas artes e nos livros. Um Brasil que seja mais leitor, intelectual, protagonista, honesto, cumpridor de deveres e garantidor do contraditório e do direito ao exercício da cidadania do seu povo, sobretudo menos corrupto, no entanto, mais democrático, próspero...

Enfim, que o Brasil seja aquele país transparente, capaz de devolver nossos impostos através das realizações, promovendo direitos e liberdade individual, coletiva e financeira! Que o Brasil seja aquele país que nos conceda abrigo e abrigue aqueles que sente frio, que não tem teto! Que amamente aqueles que tem fome, que não tem pão e nem terra! (Decreto que nenhum brasileiro passe mais fome ou fique sem lar! Nem morra sem cultivar no seu próprio pedaço de terra!). Que o Brasil seja aquele país com igualdades! Que o Brasil seja aquela “...pátria amada Brasil...” e de “...um povo heróico e retumbante...” Que seja um país de ordem! Que seja um país do desenvolvimento e do progresso! Que seja um país de inclusão! Que seja um país garantidor de direitos! Que seja um país de oportunidades! Que seja um país de superação! Que seja um Brasil de todos! Um Brasil independente! Uma Pátria Soberana!

Inserida por RamaAmaral10

"⁠FIZ UM POEMA PRA TI"

Quando a saudade morar em você, Leia esse texto,
História como a nossa eu nunca li,
Um amor como o nosso eu nunca vi,
E sim...
Já não estás aqui
Nem eu ali,
Mas o nosso amor é assim,
Transcende o que é tangível,
Invade o que é inatingível.,
Eu sei que sou um pouco complicável,
E que nem tudo que digo é explicável,
Mas enfim...

Fiz um poema pra ti.
Pra ti dizer que a distância não significa nada,
quando se tem alguém que significa tudo.
Pra ti dizer que achei o céu sem sair do chão,

Fiz um Poema pra ti,
Pra ti dizer que durante o passar do dia,
Eu fico lembrando o seu sorriso,
Da sua voz, do som da tua rizada,
E de todo que gravou em mim,

Fiz um poema pra ti,
Pra ti dizer que ao teu lado,
A felicidade é somada,
A tristeza é diminuída,
A alegria é multiplicada,
E o amor é dividido,

E sim...
Já não estás aqui
Nem eu ali,
Mas o nosso amor é assim,
Transcende o que é tangível,
Invade o que é inatingível.
Eu sei que sou um pouco complicável,
E que nem tudo que digo é explicável.
Mas,

O teu sorriso contém melodia,
És mulher, mas também és poesia,
Se você não existisse, eu ti inventaria,
História como a nossa eu nunca li,
Um amor como o nosso eu nunca vi,
Mas enfim...
Fiz Um Poema pra ti...

Inserida por Elias_Sambaulo

Texto em homenagem a todos os participantes do grupo do Facebook: Artrodese da Coluna Cervical - "Guerreiros Parafusados".

O apoio - 19/05/2023

A dor nos machucou
O sofrimento nos uniu
Entre um relato e outro
A empatia surgiu

Gente que gosta de gente
Orações ecoando aos céus
Pessoas reunidas humildemente
Confiando na graça de Deus

A distância não nos impediu
De sermos sensíveis a ouvir
Pensamento positivo fluiu
Dando forças para decidir

Muitas mensagens e experiências
Alento trouxe ao coração
Sou grata a Deus pela providência
E a cada um pela compaixão

Inserida por anabeatriz_depaula

⁠Nos erros da vida
Te perdi sem perceber
Hoje conto
Nesse pequeno texto
"A história que me fez se apaixonar por você"

Te conheci
Em uma noite estrelada
Naquela noite
Percebi que
Mais forte que o brilho da lua
Era seu olhar

Desde então
Fico vagando na noite
Procurando a tal estrela
Que se foi tão depressa
Onde estar você minha amada?

Por que se escondes de mim?
Não tenhas medo!
Aliás
Não duvide do que sinto.


Noites e mais noites
Te busco
Procuro em minhas memórias
Aquele brilho que me fez viver
Onde estas, pequena estrela?

"Será.. que Ainda consegues pensar em mim?:
[...]

Inserida por Usuario173

⁠29-06-23
Último texto e esse são dessa data
Estou estressada porque minha mãe quer mudar para morar comigo e minhas irmãs, e vem minha avó, meu sobrinho e meu pai.
Não que seja ruim, pelo ao contrário, seria muito bom. Mas eles vindo, as contas vão aumentar, e eu não sei como vou fazer, eu não ganho muito, preciso ganhar mais e começar a estudar tbm. Preciso começar a fazer algo pra ganhar mais dinheiro. E outra coisa que me está estressando é que eu vou ter que dá explicação toda vez que eu saí de casa pra encontrar alguém, e vou ter que ter hora, eu não gosto disso, é estressante, acostumei com a minha vida de agora, e é tão chato ter que lidar com essas coisas bobas. Eu não sei porque estou agindo de forma tão infantil, mas tenho que acalmar isso. Porque isso está me fazendo mal, me causando ansiedade.
Sobre questão de homem, estou tranquila, porque não estou com desejo nenhum em ninguém atualmente, estou buscando melhorar dessa gripe chata e de melhorar essa ansiedade que está me deixando ruim, não ajuda em nada, só me faz pensar demais.
Estou gripada e é chato está assim!
Meu serviço tem dia que me estressa, mas tem dia que é terapêutico.

Inserida por tururususu

Texto autoral: Amor

⁠⁠Ah o amor, o sentimento mais traiçoeiro que todos maqueiam dizendo ser perfeito, afinal tudo nele se resume a flores porque todos ocultamos a principal parte, a responsável por todas as dores, tentar te amar se compara com a tempestade em que me iludo que logo irá passar mas ela apenas insiste em se intensificar, essa falha tentativa eu jogo ao universo, ficarei no aguardo do julgamento, esperando ele me dizer o que é certo, aguardarei com a reflexão se é uma boa escolha tentar te amar ou não.

Afinal eu queria poder te amar, mas amar requer um dedicação que não estou disposta a te dar, vai ver nem seja amor, e sim um sentimento acorrentado de sofrimento tentando disfarçado me fazer a creditar que ele ressusitou, sempre dizem que todos somos capazes de amar mas talvez eu não esteja num todo eu apenas tento fazer parte e me infiltrar, tentar te amar vai além de tudo que planejei, vai ver em outra vida a nossa história seja a mais linda, mas nessa ainda a mesma nunca existirá.

Inserida por Luisadanielle

⁠texto autoral

Percebo o seu brilho no olhar ao meu nome mencionar, você diz que sou sua calmaria, que te lembro um fim de tarde com o restar da maresia, mas o que te responder se o mesmo não posso dizer, até poderia esclarecer mas então iria me perder na culpa, na intensa culpa de não amar você. Essa não correspondência faz com que eu sinta pena e apenas continue na intensa encenação da nossa linda relação, criada a partir da sua ficção.

Inserida por Luisadanielle

⁠Texto autoral - SARAU: IGUALDADE

Igualdade, todos querem o mesmo, mas ao chegar na comunidade no máximo fingem respeito

Todos os dias ouvindo: "olha o que se tornou!"
Mas será?
Será que ninguém percebeu que o meu EU nunca mudou?

Amar, todos podem demonstrar, mas ao chegar a minha vez tenho que me recuar, afinal aqui não é lugar e alguém eu posso influenciar.

Alvo constante de preconceito.

Por que tanto ódio?
Afinal nem te conheço. Vivo em uma realidade rodeada de maldade

Muitas vezes excluído, isolado, me faz pensar se nunca poderei ser amado, afinal muitos diziam estar ao meu lado mas ao informar a minha forma de amar foram os primeiros a me apunhalar.

Me sinto sufocado, como em caixa de sapato, vivendo camuflado apenas evitando atitudes e comentários desnecessários.

Inserida por Luisadanielle

⁠texto autoral - SARAU: VIVÊNCIAS

Minha história vou te contar!

Só existe um porém, aqui a liberdade você não vai encontrar, afinal até hisso querem opinar.

O que dizer?

Vivo com medo e no escuro!

Tudo isso para preservar um moro em um lugar onde futuro, moro em um lugar onde ao sair para passear tenho grandes chances de não voltar.

Aguento calado os julgamentos que são desde ao me vestir até a forma de amar.

Afinal levantar a minha bandeira é fácil, mas me prestar apoio nos momentos necessários já se torna contrário.

São tantos comentários que às vezes me pego pensando o que será que fiz de errado?

Não lembro de ter cometido um crime para ser tão julgado e maltratado, mas me sinto em cárcere privado.

Só espero respeito não aceitação, até porque em nenhum momento lhe envolvi, no que você denominou: minha "CONFUSÃO".

Inserida por Luisadanielle

⁠ODE AO CIÚME

Quem pode resumir em um texto ou em um livro, ou num poema, as nuances do ciúme?

É preciso ser um gênio da ficção para compor uma ode ao ciúme, ou como eu, ser vítima dessa áspide venenosa e cruel.

O que é o ciúme? Ninguém ainda consegue explicar, como seres humanos, talvez nos seja permitido apenas experimentar suas mil e uma facetas ou manifestações. O ciumento não sabe controlar seu ciúme, pois age com o instinto animal que ainda preserva nas veias, no sangue ancestral.

O desejo de dominar o outro é mais severo entre os ciumentos, eles querem ter o controle total da relação. Qualquer distração do seu parceiro é para ele causa de desconfiança, na verdade, segundo o ciumento, se a atenção folgar por horas ou dias, caso não seja valorizada constantemente, lhe dá motivo, certeza de que está sendo traído, deixado de lado, os sentimentos dos outros não tem importância.

Inserida por EvandoCarmo

⁠[AS ESCRITAS DO TEXTO URBANO - a Cidade como texto]



⁠A aplicabilidade da metáfora da “escrita” à cidade pode incorporar, certamente, diversos sentidos. Existe por exemplo a escrita produzida pelo desenho das ruas, monumentos e habitações - em duas palavras: a escrita arquitetônica de uma cidade. Trata-se de uma escrita sincrônica, que nos fala daqueles que a habitam, e também de uma escrita diacrônica, que nos permite decifrar a “história” da cidade que é lida através dos seus ambientes e da sua materialidade. A cidade em permanente transformação, em muitos casos, vai dispondo e superpondo temporalidades, ao permitir que habitações mais antigas convivam com as mais modernas . Em outros casos, a cidade parece promover um desfile de sucessivas temporalidades, quando deslocamos nossa leitura através de bairros que vão passando de uma materialidade herdada de tempos antigos a uma materialidade mais moderna, nos bairros onde predominam as construções recentes.

É também importante notar que os próprios habitantes reelaboram a escrita de sua cidade permanentemente. Por vezes imperceptível na passagem de um dia a outro, este deslocamento da escrita urbana deixa-se registrar e entrever na longa duração. Os prédios que em uma época eram continentes da riqueza e símbolos do poder, podem passar nesta longa duração a continentes da pobreza e a símbolos da marginalidade. Os casarões do século XIX, que eram habitações de ricos, degeneram-se ou deterioram-se em cortiços, passando a abrigar dezenas de famílias mal acomodadas e a configurar espaço habitacionais marginalizados. Nesta passagem marcada pela deterioração do rico palacete em cortiço miserável, deprecia-se também a imagem externa do bairro e o seu valor imobiliário, de modo que o espaço que um dia configurou uma “área nobre” passa em tempos posteriores a configurar uma zona marginalizada do ponto de vista imobiliário.

Este ‘deslocamento social do espaço’ também acaba por se constituir em uma forma de escrita que pode ser decifrada. As motivações para este deslocamento podem ser lidas pelo historiador: a história da deterioração de um bairro pode revelar a mudança de um eixo econômico ou cultural, uma reorientação no tecido urbano que tornou periférico o que foi um dia central ou um ponto de passagem importante. Ou, ao contrário, pode ocorrer o inverso: um bairro antes periférico ou secundarizado no tecido funcional urbano torna-se, subitamente, valorizado pela construção de um centro cultural, pela instalação de uma fábrica, por uma mudança propícia no eixo viário, pela abertura de uma estação de metrô, ou por diversos fatos de redefinição urbana. .Enfim, de múltiplas maneiras o próprio espaço e a materialidade de uma cidade se convertem em narradores da sua história.



[trecho extraído de BARROS, José D'Assunção. Cidade e História. Petrópolis: Editora Vozes, 2007, p.42-43]

Inserida por joseassun

⁠[A CIDADE COMO TEXTO]


Entre as diversas metáforas operacionais que favorecem a compreensão da cidade a partir de novos ângulos, uma imagem que permitiu uma renovação radical nos estudos dos fenômenos urbanos foi a da “cidade como texto”. Esta imagem ergue-se sobre a contribuição dos estudos semióticos para a compreensão do fenômeno urbano, sobretudo a partir do século XX. Segundo esta perspectiva, a cidade pode ser também encarada como um ‘texto’, e o seu leitor privilegiado seria o habitante (ou o visitante) que se desloca através da cidade - seja nas suas atividades cotidianas para o caso do habitante já estabelecido, seja nas atividades excepcionais, para o caso dos turistas e também do habitante que se desloca para um espaço que lhe é pouco habitual no interior de sua própria cidade. Em seu deslocamento, e em sua assimilação da paisagem urbana através de um olhar específico, este citadino estaria permanentemente sintonizado com um gesto de decifrar a cidade, como um leitor que decifra um texto ou uma escrita.



[trecho extraído de BARROS, José D'Assunção. Cidade e História. Petrópolis: Editora Vozes, 2007, p.40].

Inserida por joseassun

⁠⁠[O CAMINHANTE E O TEXTO URBANO]


Ao caminhar pela cidade, cada pedestre apropria-se de um sistema topográfico (de maneira análoga ao modo como um locutor apropria-se da língua que irá utilizar), e ao mesmo tempo realiza este sistema topográfico em uma trajetória específica (como o falante que, ao enunciar a palavra, realiza sonoramente a língua). Por fim, ao caminhar em um universo urbano onde muitos outros caminham, o pedestre insere-se em uma rede de discursos - em um sistema polifônico de enunciados, partilhado por diversas vozes que interagem entre si (como se dá com os locutores que se colocam em uma rede de comunicações, tendo-se na mais simples ‘conversa’ um dos exemplos mais evidentes).

Enfim, se existe um sistema urbano - com a sua materialidade e com as suas formas, com as suas possibilidades e os seus interditos, com as suas avenidas e muros, com os seus espaços de comunicação e os seus recantos de segregação, com os seus códigos de trânsito - existem também os modos de usar este sistema. A metáfora linguística do universo urbano aqui se sofistica: existe a língua a ser decifrada (o texto ou o contexto urbano), mas existe também o modo como os falantes (os pedestres e habitantes urbanos) utilizam e atualizam esta língua, inclusive criando dentro deste mesmo sistema de língua as suas comunidades linguísticas particulares (dentro da cidade existem inúmeros guetos, inúmeros saberes, inúmeras maneiras de circular na cidade e de se apropriar dos vários objetos urbanos que são partilhadas por grupos distintos de indivíduos)


]trecho extraído de BARROS, José D'Assunção. Cidade e História. Petrópolis: Editora Vozes, 2007, p.43-44 ].

Inserida por joseassun

366 dias

Meu caro leitor ou ouvinte,
Com este meu simples texto
Quero homenagear 2020,
O novo ano que é bissexto.

Teremos 366 dias
De tantas novas auroras
Para vivermos com alegria
Essas 8784 horas.

527.040 minutos
Que serão muito intensos,
Momentos bem impolutos
Partilhados com carinhos densos.

31.622.400
É o total dos segundos
Que viveremos com sentimentos
E pensamentos profundos.

Mas o que é todo tempo
Senão uma oportunidade
De se viver com intento
Para fazer nova realidade?

Posso dizer que será bom
Esse futuro que há de vir,
Que poderei dar o tom
Ao calendário a se abrir?

Mas vai depender de nós
Para fazer isso acontecer,
Pois parece que estamos sós
Em um mundo a padecer.

Economia mal das pernas
Pelo menos para o povão
Políticas interna e externa
Sofrendo ataque do coração.

Renovação não aconteceu
Uma parcela está frustrada
O erro já se reconheceu
Da população enganada.

Tudo continua muito igual
Se não estiver bem pior
O mundo está mais desigual
Não se vê nada de melhor.

Porém 366 dias vem vindo
Como um presente divino
Gostoso e muito lindo
Para todos nós peregrinos.

Podemos só deixar rolar
Cada chance de vida,
Podemos só sentar e chorar
Pelas coisas não resolvidas.

Ou podemos sim renovar
Nossas escolhas diárias
E não somente se desesperar
Pelas condições precárias.

Tudo depende de cada um
Ser vaquinha de presépio
Ou na sua vida dar um “boom”
E fazer esse favor por obséquio.

Mas se vai depender de herói
Como numa revista de HQ,
Seja em Campinas ou Niterói,
Nada vai dar certo pra você.

Pois infeliz é o povo
Que precisa de um chefe,
Pois se a ele pedir um ovo
Vai ganhar um belo tabefe.

Feliz é quem faz história,
Vai à luta e não desanima,
Não vive a contar vitória,
Mas mostra sua obra prima.

2020 pode ser somente
Um número, uma marca
Ou pode, decididamente,
Ser para vida nova, uma arca.

Mas não tenhamos ilusão
Que um milagre vai acontecer,
Pois o aumento da produção
Do trabalho vai depender.

Não espere que governante
Faça a sociedade ideal,
Pois mesmo importante
Ele é apenas um serviçal.

Só quem pode fazer algo
É Deus que nos vem,
Pois faz de cada um, fidalgo,
Para fazer, no mundo, o bem.

Empenhemo-nos somente
A viver com justiça e amor
E assim lançaremos a semente
Do Reino de Deus e Senhor.

Aberio Christe

Inserida por aberio_christe

CUIDADO AO LER O TEXTO ABAIXO,
A LINGUAGEM PODE NÃO LHE FAZER BEM !!!

Olá, amigo Leitor e prezados amigos de rede, venham sem medo com Nilo Deyson.
A vida aqui é muito divertida para uns e muito triste para outros, isso é óbvio!
No meu caso, a vida é muito divertida, e com um tom irônico e ao mesmo tempo cruel, hoje vou falar um pouco sobre os motivos de tantas frustrações das pessoas com a própria vida.
Vejo cada coisa estranha, que não fosse a consciência despertada eu poderia me considerar um morto vivo.
Infelizmente o vazio existencial toma conta da mente da maioria das pessoas no mundo todo, poucas pessoas são livres e felizes, pois muitas precisam se apoiar em algo para garantir sua sobrevivência.
As pessoas sonham com uma vida de alegrias constantes, realizações, paz, prosperidade e por aí vai; no entanto, muitas são frustradas ao longo de suas vidas.
No mundo existe pessoas de todos os tipos, e respeitamos cada uma delas, pois é maravilhoso viver com tanta diversidade.
O problema está no poder de cada sistema.
Os sistemas à todo custo impõe regras para vida das pessoas desde o momento em que nasceram até sua idade adulta.
São impostas regras para cada indivíduo que aceita ser dominado, essas regras impedem elas de pensar, impedem elas de ter acesso ao conhecimento, de pesquisar o oposto da "verdade" que lhes foram colocadas goela abaixo, e inventaram punições ou premiações segundo o comportamento delas; um céu ou um inferno, uma dualidade onde o medo é trabalhado para assustar, um verdadeiro cenário do teatro da inconsciência, logo elas não encontram outras alternativas por conta da visão limitada de mundo e a falta da educação no sentido de conhecimento.
Essas supostas " verdades" impostas, podem ou não, anular a liberdade e a construção da realização e da própria essência da felicidade.
Por exemplo: sistema político, sistema religioso, ou seja lá qual for, todos de alguma forma manipulam e influenciam pessoas, de modo que elas não possam enxergar outros horizontes além do cardápio proposto.
Quando a pessoa encontra acesso ao pleno conhecimento da história, ela pode sair do vazio existencial, pois muitos são enganados pelas "estórias " contadas pelo sistema como uma suposta "verdade", eles estabelecem regras e estruturam todas as camadas do sistema, e escolhe quem pode e quem não pode saber direito, quem pode subir e quem deve permanecer no anonimato, isto é, no porão.
Muitas dessas "verdades" foram minuciosamente erguidas à muitos anos, afim de estabelecer uma certa liderança ou autoridade, isso foi criado por vezes antes mesmo de você nascer, porém, quando o homem é despertado do sono da inconsciência e se torna mestre de sua própria vida, de sua própria história, então sua consciência o faz buscar à fundo todas as teorias e verdades das quais ele tinha convicção de ser verdadeira, para que ele possa assim, saber de verdade onde está pisando e quem é que deu a ele a informação de que ele deveria viver segundo o pensamento de um certo tipo de sistema, ou de uma verdade absoluta que lhe ofereceram outrora na vida inconsciente e profana que vivia.
A partir da investigação, o homem pode cogitar ser livre, ainda que suas antigas convicções estejam corretas, ele já não pode voltar atrás no sentido da inconsciência, ao contrário, uma vez despertado, ele já não é o mesmo homem inocente e ignorante, pois agora ele pode desenvolver sua vida com imparcialidade, liberdade e leveza.
Enfim, a vida aqui é uma diversão, pois quando vejo pessoas pragmáticas, tenho compaixão delas, pois sei que a culpa delas estarem nessa prisão não é delas, e sim de um enredo complexo de situações que levaram essa pobre criatura à viver um vazio existencial, por vezes presos em fantasias criadas pelo sistema.
Cuidado com suas convicções absolutas, investigue bem sobre elas, pois sempre aparece de tempo em tempo a visitação do questionar-se à própria existência, e os porquês de seus resultados ruins na vida.
Quando isso acontece, é preciso aproveitar o ensejo e tomar coragem para mudar sua vida. Portanto, esteja resolvido consigo mesmo, e tenha assim a capacidade de fazer de sua existência no universo, um verdadeiro espetáculo aos seus olhos, pois tudo logo vai acabar, inclusive você!
Eu, Nilo Deyson, posso não ser uma janela aberta para o mundo, mas certamente sou um pequeno pelescópio sobre o oceano do social. Muito cuidado para não perder comigo o seu fantástico mundo encantado, sua "inocência", pois posso sem querer, te acordar do teatro e deixar você sozinho consigo mesmo refletindo diante do espelho de suas convicções, então você corre o risco de ser despertado e ficar livre, porém eu sei que a liberdade assusta muita gente, muitas não querem acordar e outras não cogitam o diálogo.
" Provocações " Libertei mil escravos e teria libertado outros mil se esses soubessem que eram escravos.
DEUS abençoe sua vida.
Leiam Apocalipse 11.

Nilo Deyson Monteiro Pessanha

Texto sem título

Eu não sou mais que eu costumava ser. Eu costumava cantar quando era mais jovem, mas agora, o meu silêncio é mais profundo do que uma música particularmente especial.
Quando envelhecemos, nós percebemos que a fonte da juventude não existe e que nenhum raio de esperança será capaz de impedir o acontecimento daquilo que quase todos nós tememos, a morte.
A morte já se hospedou vinte ou trinta vezes em minha casa, às vezes a sua chegada era tão imprevisível como um parente distante que eu nunca cogitei a possibilidade de conhecer tão cedo, mas eu nunca quis conhecê-la, por isso eu sempre a temi, na verdade, acredito que todos temam a morte por isso, porque ela é imprevisível.

Inserida por MarianaMarkes14

Lembro que eu vendia alguma coisa
Sempre se tem algo para vender.

Um dia escrevi um texto
Todo mundo escreve algum texto.

Alguém leu minha escrita
Sempre tem algum curioso que lê.

Mais tarde, bem mais tarde
A sugestão para publicar.

Eu vendia alguma coisa.
Era minha profissão (de fé).

Eu escrevia alguma coisa
Coisa qualquer.

Inserida por Moapoesias