Texto de reflexão
Entre o Assassino e a Vítima
Quem sou eu?
Um humano imperfeito,
destroçado entre o espelho e a carne,
cometendo crimes contra mim mesmo,
atentados sutis que corrompem a alma
e rasgam a pele da consciência.
Sou vítima ou assassino
daquilo que me tornei?
Voluntário no ato de me ferir
ou involuntário na arte de desmoronar?
Sou necessidade que enlouquece,
psicose que se veste de razão,
ou um delírio lúcido que encena
a tragédia de ser quem sou?
Sou mesmo louco?
Ou a loucura é a máscara
que uso para não ver a verdade
do caos que me habita?
Sou mesmo eu?
Ou sou um espectro fragmentado,
uma nota dissonante
na sinfonia do que jamais fui?
Indizível.
Como nomear o vazio que preenche
os espaços entre meus gestos?
Como afirmar com certeza
que sou algo além do que falha
ao tentar existir por completo?
Se a dúvida me define,
sou tanto a ferida quanto a lâmina,
a mão que acolhe e que esmaga,
o vulto que se esconde atrás de um rosto
que mal reconhece sua própria sombra.
E se o espelho estilhaçado
reflete múltiplos eus
que coexistem na fissura do real?
Serei eu o caco que corta
ou o reflexo que sangra?
Sou a colisão entre o ser e o não ser,
o vértice do abismo onde a dúvida ecoa
e a própria identidade se desfaz.
Há um grito que rompe o silêncio,
uma palavra que treme na garganta,
como se nomear-se fosse desabar
e aceitar-se fosse um pacto
com a dor que me habita.
E no limiar dessa guerra interna,
sou o paradoxo que respira,
uma verdade que mente para si mesma
enquanto tenta sobreviver ao próprio fardo.
Ser é ser incompleto.
Sou a imperfeição que sobrevive
no abismo entre razão e caos,
desafiando a lógica
com um coração que ainda pulsa
mesmo quando a mente implora por trégua.
Monólogo ao Mar
Às vezes, assim penso, vivo
um monólogo diário,
ecoando pensamentos soltos
pelas vielas da alma
onde não há atalhos,
apenas passos
que ressoam no asfalto molhado
de manhãs silenciosas.
Em frente ao mar,
dedico-lhe meus devaneios,
como cartas lançadas ao vento
sem, ao menos, um pingo de receio.
Discorro sobre você,
como se as ondas fossem
páginas brancas
esperando minhas confissões.
O mar, atento,
ouve com paciência de quem
já engoliu mil naufrágios
e ainda assim permanece,
se comunicando
através de suas ondas,
mergulhante, deslizante, ascendente,
um discurso contínuo
que cabe àqueles
que mantêm os olhos bem abertos
decifrar.
E eu, narrador solitário,
me vejo parte da maré,
flutuando entre a certeza
e o esquecimento,
tentando entender
se o que entrego ao mar
é o peso dos dias
ou a ânsia de ser ouvido.
O vento salgado
me corta os lábios
enquanto o mar responde
numa marola discreta,
como se dissesse
que palavras se dissolvem
como espuma,
mas sentimentos permanecem
ancorados no fundo.
Talvez ele saiba
que não há resposta certa,
pois enquanto me desfaço
em palavras e sonhos,
ele se refaz
em ciclos e ondas,
e assim seguimos,
dois monólogos paralelos
que jamais se tocam,
mas se compreendem
no silêncio que resta
após o último sopro de vento.
E então, na maré baixa,
percebo que talvez
o mar também sussurre
suas incertezas para a areia,
e que nós,
vagando por nossas marés interiores,
somos tão mutáveis quanto ele,
sempre buscando a margem
onde a alma repousa.
E enquanto observo
o encontro da água com a terra,
sinto que viver é isso:
um eterno diálogo
com o imenso e o indomável,
uma troca de segredos
entre solidão e grandeza.
O mar nada exige,
apenas acolhe,
como se dissesse
que a liberdade reside
em aceitar a fluidez
e não temer os ciclos.
Por fim, sorrio,
pois entendo que o mar
não é apenas ouvinte,
mas também mestre
de uma sabedoria inquieta,
que ensina a ser vasto
sem perder a essência,
e a permitir-se tempestade
sem deixar de ser calmaria.
O Encontro no Ônibus
Estava eu, mais uma vez, indo para a casa de minha avó. Para tanto, preciso pegar dois ônibus ou ir a pé até o ponto do segundo. Com muita cautela, vou. Passo atenciosamente de rua em rua, esquivando-me das esquinas como quem evita lembranças indesejadas.
Decido ir a pé. Chego ao segundo ponto um pouco cansado, o corpo denunciando a caminhada, e logo vejo meu ônibus se aproximar. Entro, pago e me assento. Como em qualquer outro dia, encaro a janela como uma tela em branco, onde os cenários passam rápido demais para serem compreendidos. Imagino tudo, porém nada de importância.
Um bairro se passou quando sinto um toque no braço, leve como o roçar de um galho ao vento. Vinha de alguém que se assentava do meu lado direito. Penso que foi apenas um esbarro casual e volto ao meu devaneio, mas novamente sinto. Dessa vez, decido me virar e entender o que estava acontecendo.
Era uma senhora, pequena e franzina, de mãos trêmulas e olhar perdido. Tentava, com delicadeza, chamar minha atenção. Algo havia de diferente em seu olhar — um brilho úmido que parecia conter todo o peso do mundo. O marejar de seus olhos já me inundava, e antes que pudesse dizer qualquer coisa, ela segurou minha mão com firmeza, como quem busca âncora na tempestade.
Sem dizer uma palavra, ela apenas suspirou fundo, como se aquele gesto contivesse anos de histórias acumuladas. Seus dedos enrugados e frágeis envolviam minha mão como se segurassem um último pedaço de esperança. Por um instante, o mundo se reduziu àquele toque, e o barulho do ônibus se tornou um murmúrio distante.
Aos poucos, seus lábios se abriram, e num sussurro quase inaudível, ela disse:
— Você se parece com meu filho...
Houve um silêncio denso, como se o universo contivesse o fôlego. Não sabia o que responder, e talvez ela nem esperasse uma resposta. Apenas segurava minha mão, fixando o olhar num ponto indefinido do corredor.
— Ele partiu faz tanto tempo... — murmurou, com a voz quebrada pela saudade.
Um nó se formou na minha garganta. Respirei fundo, sentindo o peso daquele instante. Então, num gesto instintivo, apertei a mão dela com carinho e disse:
— Eu estou aqui... Pode me contar sobre ele, se quiser.
Ela pareceu surpresa, como se aquela simples oferta fosse um presente inesperado. Seus olhos marejados se voltaram para mim, e um sorriso tímido despontou, como um raio de sol por entre nuvens carregadas.
— Ele tinha esse jeito quieto... sempre olhava pela janela, pensativo. Gostava de imaginar histórias. E quando eu estava triste, ele só segurava minha mão, como você está fazendo agora.
Senti meu coração pulsar mais forte. Eu não era apenas eu — naquele instante, eu era um fragmento de memória viva. Ela continuou falando, e a cada palavra seu rosto se iluminava, como se a lembrança trouxesse o calor de um reencontro.
— Ele dizia que as nuvens eram mapas de terras mágicas — disse ela, sorrindo leve.
— Sempre acreditava que, se prestássemos atenção, descobriríamos um caminho que só os sonhadores enxergam.
Sorri também, e sem perceber, comecei a compartilhar minhas próprias memórias de viagens e pensamentos perdidos olhando pela janela. Ela escutava atenta, como quem encontra companhia na dor e na saudade.
Quando o ônibus freou bruscamente, ela soltou minha mão com delicadeza, como se devolvesse à realidade o que fora apenas um breve consolo. Antes de descer, olhou para mim com um sorriso pequeno, mas sincero, carregado de um agradecimento mudo.
— Obrigada... Você me fez lembrar que o amor não morre... Só se transforma em saudade.
Olhei para ela e, com um sorriso sincero, respondi:
— Talvez ele ainda segure sua mão... de algum jeito, através de quem traz um pouco dele no olhar.
Ela desviou o olhar por um momento, tentando conter as lágrimas. Mas quando voltou a me encarar, havia uma serenidade nova ali, como se minhas palavras tivessem encontrado um canto acolhedor dentro dela.
Fiquei observando-a partir, pequena e delicada, desaparecendo na multidão. O ônibus seguiu viagem, mas aquela sensação permaneceu em mim — uma mistura de melancolia e gratidão por ter sido, ainda que por poucos minutos, um porto seguro para alguém que precisava ancorar suas lembranças.
No caminho até a casa de minha avó, pensei sobre a força que existe em simplesmente estar ali para alguém. Às vezes, somos chamados a ser companhia em meio ao tumulto da cidade, como se a vida nos empurrasse para encontros que não esperávamos, mas que, de alguma forma, precisávamos viver.
E ali, entre a dor e o alívio, aprendi que às vezes somos porto, outras vezes somos naufrágio — e, no intervalo entre os dois, a vida nos permite tocar o coração de um desconhecido, deixando nele um pouco de calma, e levando conosco a certeza de que a humanidade sobrevive nos detalhes.
Do Vazio, Transbordo
Do vazio, preencho-me,
como tela que se pinta sozinha,
colorido com as mais belas cores
de uma paleta que nem escolhi.
Sou arte que se faz sem intenção,
um quadro que respira
e dança com os tons
que o acaso me deu.
Do vazio, transbordo,
como rio que se perde
entre margens inconstantes,
a fluidez de um só
corpo que se desenha
com as tintas do improvável,
na liberdade de ser
mais que apenas vazio.
Quando a vida me cobre
com véus de incerteza,
esboço-me em traços largos
e deixo que o tempo
pincele meus contornos.
Não sei se sou obra completa
ou fragmento em constante mudança,
mas aceito o caos
como parte da criação.
Sou o intervalo entre
a matéria e o conceito,
o pulsar do imprevisto
na estrutura que se rompe.
Quando me olho de fora,
percebo que sou mais
do que a soma de escolhas,
sou o reflexo que escapa
entre as fendas da razão.
Há beleza no que escorre
sem forma definida,
no gesto que se faz
pela inquietação do existir.
Sou composição inacabada,
mas inteira naquilo
que jamais cessa de se criar.
E assim,
de um espaço que era nada,
sou cor, sou movimento,
um corpo que não cabe
em linhas retas
nem em molduras fixas.
Sou a contradança
entre o vazio e o transbordar,
a essência que se molda
na ausência de certezas,
como verso que se escreve
no tempo que passa
sem pedir licença.
E se ao final
me perguntarem o que sou,
direi que sou fluido,
transição que se esparrama
entre o ser e o deixar de ser.
Um conceito escorrendo da mente
que, ao tocar o chão,
se torna rio que não desiste
de encontrar o mar.
Porque ser é também desaguar
em possibilidades infinitas,
é não temer a dissolução
e encontrar na própria mudança
a raiz que jamais se fixa.
Sou processo que se faz
enquanto a vida se move,
uma arte sem moldura,
uma verdade sem contorno,
transbordando de mim
no vazio que me acolhe.
E se por acaso
me perguntarem novamente,
não direi mais que sou completo,
nem que estou pronto.
Direi que sou como a água,
que ao abraçar a terra,
transfigura-se em rio,
em mar, em chuva,
mas nunca deixa de ser
essencialmente líquida,
livre para se moldar
e expandir,
pois mesmo quando se evapora,
não deixa de ser presença,
não deixa de ser vida.
O que já passou...
Quando eu era criança,
Via o mundo como um caleidoscópio,
O sol refletia alegria,
tinha um olhar de esperança.
Com o passar dos anos,
tudo se tornou uma memória borrada,
via apenas os danos,
virei uma alma condenada.
Como queria voltar a ser criança,
que não tinha uma memória criada,
nem uma mente arranhada,
apenas vivia de alegria e graça.
Aquilo que não é experienciado pelo ouvinte ou telespectador é visto por ele como ilusão. Ele acredita no que pode ver e se contradiz no seu próprio sentir.
Tudo o que a mente é capaz de imaginar é porque já existe no invisível.
Nós não criamos, senão captamos a chamada ideia.
Somos, em matéria, apenas uma ferramenta de nossa alma.
Certa vez, havia um caipira descascando fumo, sentado, na entrada de uma cidadezinha do interior. E passou um carro com um homem da cidade grande, parou ao lado e perguntou: ôh caipira, como é a próxima cidade, é boa?
O caipira respondeu: "depende, sô!."
O homem do carro retrucou: depende de quê?
O caipira então disse: "depende se de onde você vem era bom..."
Hoje celebramos você, mãe, pilar fundamental que sustenta nossa existência e transforma simples momentos em memórias eternas.
Nas suas mãos, realizar o impossível se torna rotina, e no seu coração, o amor desconhece limites. Em um mundo por vezes sombrio, você permanece uma fonte inesgotável de luz e aconchego.
Feliz Dia das Mães!
Mudança exige ação: não se transforma um caminho repetindo os mesmos passos
Como você pretende mudar fazendo sempre as mesmas coisas?
Recentemente, eu e meu esposo estávamos em um Uber quando o motorista começou a falar sobre sua vida. Um homem jovem, que reclamava do fato de a ex-esposa estar seguindo em frente, vivendo novas experiências, enquanto ele continuava no mesmo lugar.
Perguntamos: — O que exatamente ela fez de diferente? Ele listou algumas atitudes dela e, logo em seguida, caiu em si: — Enquanto isso, eu continuo fazendo tudo igual.
— Por quê? — perguntamos. E ele respondeu com sinceridade: — Trabalho, trabalho... sempre faço as mesmas coisas.
Essa conversa me fez refletir: Será que alguém consegue mudar mantendo os mesmos hábitos, percorrendo o mesmo caminho todos os dias?
Quando percebemos que uma trajetória já não está trazendo os resultados esperados, é hora de reavaliar. Permanecer no mesmo lugar, insistindo nas mesmas atitudes, não gera um futuro diferente — apenas nos mantém presos ao passado.
É preciso maturidade emocional para entender que certos ciclos se encerram. Que alguns espaços, rotinas e até pessoas já não cabem mais na nossa história. Ficar lamentando o progresso dos outros não nos ajuda a avançar — pelo contrário, nos afasta de nós mesmos.
Às vezes, estamos tão focados na vida alheia que esquecemos de cuidar da nossa. Gastamos energia tentando entender o que o outro está fazendo, quando poderíamos estar nos reconstruindo por dentro.
Busque conhecimento. Procure ajuda, se necessário. Mas não permaneça parado. Não espere que as coisas mudem se você segue exatamente o mesmo caminho todos os dias.
Com sorte, pode ser que alguém apareça para te estender a mão… Mas entre um e um milhão, a sua melhor chance é você mesmo decidir recomeçar.
Porque para viver o novo, é preciso ter coragem de deixar o velho para trás.
Que hoje você reserve um momento… Para olhar para dentro… E reconhecer o quão longe já chegou. A vida é uma jornada…
De crescimento… e cada experiência molda… A pessoa incrível que você está se tornando. Se ame… Se valorize… Celebre suas vitórias… E nunca tenha medo de se colocar em primeiro lugar. O amor-próprio… É a base de tudo.E lembre-se… Quem se conhece… Nunca se perde.
Reserve seu brilho apenas para quem
reconhece sua verdadeira essência; pessoas extraordinárias despertam o melhor em nós. Seu coração é um tesouro de bondade que ninguém pode apagar. Não se arrependa de ter sido autêntico, mesmo para quem não merece; você fez o que era certo e ser verdadeiro é sua maior força. Afinal, ser você é um ato de coragem em um mundo que tenta te moldar.
Já passei da fase dos beijos de sábado à noite, que se apagam com o amanhecer e se tornam meras lembranças no domingo. Eu quero um beijo que seja promessa, que me encontre pela manhã e faça o domingo ainda mais intenso.
Tem gente que não só deseja o teu corpo, mas se perde na tua alma e se apaixona pela tua essência. Eu quero um beijo que dure mais do que uma noite, que me procure no domingo e me faça sentir que o amor verdadeiro não tem fim.
Demorou, mas eu entendi:
a solitude não é ausência, é presença.
É quando a gente aprende a ficar com a própria companhia
e percebe que o silêncio pode ser um abraço.
Que a paz mora onde não há cobranças, só verdade.
Foi na solitude que me encontrei de novo.
Sem precisar provar nada, sem máscaras.
Ali, enxerguei as feridas que escondi por tanto tempo
e tive coragem de curá-las.
Com calma.
Com verdade.
Com amor-próprio.
Descobri que estar só é diferente de estar vazio.
E que, às vezes, a gente precisa da solidão pra lembrar de quem é.
Aprendi a me escolher, sem medo.
A cuidar de mim, sem pressa.
A não aceitar menos do que eu sei que mereço.
Hoje, se não for inteiro, eu não fico.
Se não for recíproco, eu me retiro.
Porque depois que a gente conhece a paz da solitude,
não se contenta mais com metades.
Me amar foi o início da minha cura.
E a minha paz… virou sagrada.
Hoje em dia, muita gente se contenta com presença parcial, sentimento raso e promessas vazias.
Mas quem sente de verdade sabe: amar não é sobre preencher tempo.
É sobre tocar alma.
Não quero metades, joguinhos ou dúvidas.
Quero alguém que olhe nos olhos e fique. Que fique mesmo quando o silêncio pesar, mesmo quando a intensidade assustar.
Amar é coragem.
É escolher, todos os dias, ser abrigo, não distração.
É se despir da armadura, encarar as próprias dores e ainda assim dizer:
“eu quero viver isso”.
Porque amar não é sobre depender, é sobre somar.
Não é sobre carência, é sobre entrega.
E entrega não se finge. Se sente.
Tem presenças que aquecem mais que palavras bonitas.
Tem toques que dizem “eu tô aqui” sem precisar gritar.
Tem olhares que seguram mais que promessas.
Quem ama de verdade não some na primeira dificuldade.
Não desvia quando encontra profundidade.
Porque sabe que amar, de verdade, é se permitir ser visto inteiro.
E quando isso acontece, tudo muda.
A conexão é outra.
O toque é mais profundo.
O silêncio vira abrigo.
Não quero alguém só para noites vazias…
Quero alguém que transborde até no silêncio.
Que não fuja da intensidade, mas que se afogue nela comigo.
Porque amor real não é para qualquer um.
É para quem tem coragem.
Qual foi o momento mais difícil que te fez se encontrar?
Pra mim…
foi quando perdi quem eu mais amava.
Quando fui traído por quem jurei confiar.
Quando percebi que ninguém viria me salvar.
A dor rasgou…
me tirou o chão, os sonhos, a fé.
Mas foi ali, no escuro…
que eu descobri minha luz.
Chorei baixinho, me calei por dentro…
mas continuei.
Com o coração em pedaços…
mas com a alma em reconstrução.
Nem toda ferida sangra.
Algumas moldam.
E às vezes, é no fundo do poço…
que a gente aprende a voar.
Porque a dor, quando não te mata…
te transforma.
E foi essa dor…
que fez me encontrar.
A vida…
Às vezes, a gente busca felicidade em lugares que nunca vão nos encontrar.
Em pessoas que não sabem o que é paz.
A gente se perde no que é passageiro, e esquece do que realmente importa:
os momentos que fazem a alma respirar.
A verdadeira felicidade não está nas coisas que o mundo nos empurra…
está nas pausas, nos silêncios que falam mais do que qualquer palavra.
Está em saber que, mesmo nos dias difíceis, a gente se mantém firme.
Que a vida nos dê o que ninguém pode roubar:
a paz de ser quem somos,
a tranquilidade de estar em harmonia com o próprio coração.
E que, quando a gente finalmente encontrar esse lugar…
ninguém tenha coragem de nos tirar de lá.
O medo de amar: Por que fugimos quando o amor verdadeiro chega?
Já tentou dormir com um amor inacabado latejando no peito? É como tentar silenciar uma música que nunca foi sua, mas que insiste em tocar dia após dia dentro da sua cabeça.
Nos convencemos de que foi melhor assim, que a dor foi menor, que a história nunca passaria de mais um capítulo mal escrito. Mas, se você olhar de verdade para dentro de si, vai perceber que a verdade é bem mais simples: você fugiu.
Fugiu da intensidade.
Fugiu do olhar que atravessava as suas defesas.
Fugiu de alguém que, sem precisar tocar, via você nu por dentro.
A gente diz que quer amor verdadeiro, mas quando ele chega, despido de jogos, cru e avassalador, ele assusta. Porque o amor de verdade não é bonitinho. Ele é incômodo, desconfortável. Ele exige entrega, coragem, e presença real.
E é aí que muitos escolhem o caminho mais fácil: o dos "quase".
Quase amor, quase presença, quase futuro.
Relacionamentos mornos, onde ninguém se arrisca, onde ninguém se entrega de verdade. E o coração, com o tempo, vai se acostumando com migalhas. Com palavras pela metade, carícias vazias.
O amor de hoje, parece preguiçoso. Ele tem medo de se mostrar. Todo mundo tentando parecer desinteressado, como se sentir fosse uma fraqueza. Mas onde estão as pessoas emocionadas? Onde estão os corações intensos e bem resolvidos?
Amar de verdade não é para qualquer um. O verdadeiro amor exige maturidade emocional, exige vulnerabilidade. Ele exige coragem. O oposto da proteção que construímos, muitas vezes, para não nos arriscar.
Depois que você prova o gosto do amor real, nada mais sacia.
Você até tenta seguir em frente. Conhece outras pessoas, sorri, posta fotos felizes, mas lá, no fundo, sabe: está apenas vivendo um eco. Uma sombra daquilo que poderia ter sido.
Isso cansa. Corrói. Porque o que você quer de verdade é aquele amor que faz o mundo parar. Mas para isso, seria necessário ficar. Encarar os medos. Mergulhar com coragem.
E no fim, quem foge do amor verdadeiro acaba colecionando "quase amores" pela vida inteira. Relacionamentos que nunca foram amor de verdade. Apenas ecos de algo que, no fundo, nunca teve a chance de florescer.
Então, da próxima vez que o amor bater à sua porta de verdade, sem disfarces talvez seja hora de parar de fugir. Ele não vai ser fácil. Ele vai exigir tudo de você. Mas é exatamente essa entrega que, no final, vai transformar a sua vida. E só quem tem coragem de amar de verdade sabe que isso vale cada segundo.
"A verdade? O amor assusta, porque só quem é inteiro entende a profundidade de se entregar.
E no fim… Quem foge do amor verdadeiro passa a vida inteira colecionando quase amores que nunca foram amor de verdade."
A COLHEITA.
Muitos apenas observam o brilho da luz poucos compreenderão a importância dos fios.
Às vezes, precisamos ser vistos para sermos lembrados. Quantos de nós estamos nos bastidores, dando o nosso melhor para que o espetáculo saia perfeito.
Não são todos do espetáculo que aparecem para a plateia, mesmo assim continue o seu trabalho sabendo que você é importante para a equi
Os aplausos da plateia são para o palhaço mas a colheita é do circo completa.
O TREM DA VIDA.
A vida é comparada a um trem, o mundo é o trem e os dias são os trilhos pelos quais o homem deve passar.
O homem vive dentro desse trem, que está acima dos trilhos, que representam os dias Assim, o homem observa os dias passando que são os trilhos.
O trem continua seguindo pelos trilhos, e a cada trilho que passa, o homem percebe que o trem está se aproximando do fim.
Não há nada que o homem possa fazer, pois quando embarcou nessa jornada, ele já sabia que um dia o trem cruzaria os últimos trilhos.
A partir daí, ninguém saberá como irá terminar a viagem.
FELIZES FORAM OS CEGOS.
Felizes foram os cegos que não viram a miséria dessa terra, não viram a dor, nem a fome, nem a peste nos olhos faminto de quem lutava pela vida.
Felizes foram os cegos que não viram a morte, não viram o tiro a queimar roupa
não viram o branco do pano sujar com o vermelho do sangue.
Felizes foram os cegos que não puderam
ver o choro daqueles que derramaram suas lágrimas.
Foram felizes por que não foram forçados participar de uma guerra, eles foram felizes por não presenciar a crueldade do homem sanguinário tirar a vida da sua própria semelhança.
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