Texto de Arnaldo Jabor sobre Traicao
Quando crio uma frase, um texto, um poema, poesia ou canção sinto como se mergulhasse em um oceano de opções, cada uma que escolho tem há ver com o que a minha inspiração pede... Pode ser o que vivi, o que acabei de vivenciar, sentir, pode ser algo que já estava ali adormecido e algo fez com que ressurgisse... ou simplesmente pode ser como uma flor que acabou de ser plantada, brotada ou mesmo despedaçada... Tudo pode ter uma inspiração, basta sentir de verdade, a alma sempre tem algo a nos dizer.
Amor, veio por meio desse texto te mostrar o quanto você é importante pra mim, depois desses 6 meses juntos, eu percebi o quanto que eu te amo e que não posso ficar sem você, independente de tudo que acontecer, me prometa que nunca irá me abandonar, desculpa por todas as besteiras que eu fiz, por tudo, qualquer coisinha me desculpa, mas queria dizer que te amo e não importa se não dermos certo no futuro, quero que você esbarre no meu caminho de novo, e a gente tenta algo, te amo.
"Ei, você! É, você mesmo, que nesse exato momento está lendo esse texto. Eu sei que seu coração dói, sua cabeça se confunde. Ontem uma irmã(o), hoje uma estranha(o). Você ama, o coração fica refém. Sei que você pensa muito em vocês, teu pensamento diz: Tenta mais uma vez, "família" não dá adeus, apenas um tempinho. Sei que prometeu á si mesma(o) que não iria derrubar mais uma gota de lágrimas, mas te entendo, sei que seu coração não é de lata. Eu sei que a voz dessa pessoa te conforta, e o abraço dela(e) é a coisa mais aninhadora e precisa neste momento. Sei que ainda tem esperança de acordar com um " bom dia irmã(o) ", e com um beijo na testa. Sei que trilhas sonoras são músicas infinitas de uma amizade que um dia foi feliz. Sei que eram como quebra cabeça, assim como arroz e feijão. Desde começo, meio, fim e recomeço. Eu sei que toda hora te dão conselhos pra você seguir, não procurar, você não escuta pelo tamanho da importância, por tudo que passou, e porque algum jeito você sente que a pessoa também sentir e querer voltar, pra trazer todos sorrisos de ambos de volta. Eu sei que existem lugares que você lembra de histórias, segredos e boas risadas. Eu sei que em cada noite você se despede dando boa noite, mas tentando achar um antídoto, e em pensamento e pedindo a Deus pra cuidar de sua irmã(o). Sei que se veem, mas não se olham, se lembram mas preferem a distância e a frieza. Isso é uma amizade sim, sem mais ou menos, apesar de tudo! Eu sei que em cada letra desse texto, você tem o mesmo nome no pensamento. Eu sei, compreendo, sei a dor que é, não culpo vocês. Em meio de tantos erros, pelo menos um amor justifica tudo, sempre. É tão complicado pra você , porque as letras, as palavras, as frases, o texto que você nem ia dar importância, mas que parou pra lê, era exatamente pra você lê, e sempre trazem de volta o que queremos pelo menos por um tempo esquecer, mas não eternamente."
Que a gente não canse, de apontar o lápis e refazer o texto, de procurar a palavra, revirar o papel e a alma do avesso e encontrar a rima. Que não nos vença. O gosto amargo, o riso murcho, a palavra vazia. Que o inverso disso ganhe sim, e ganhe sempre. Que a rotina não nos destrua, que ainda nos dê crises de riso, que ainda pulse. Só isso que eu quero pra dezembro, e pros outros onze meses.
Eu li um texto esses dias que dizia: “Não quero ter alguém para chamar de meu, isso é clichê. Quero alguém que seja puro encaixe, apenas.” Então acordei para não usar mais essa frase absurda. Não peço posse, não preciso possuir algo que nunca terei controle, mas preciso, e como preciso não me sentir sozinha ou perdida.
Sumariei todos os fatos nesse pequeno texto. Estou muito triste com a sua perda, espero que seja feliz e que encontre alguém que lhe faça sentir-se assim. É bem verdade, que eu não viverei sentindo ausência e nostalgia de alguém que não cumpre suas promessas em relação a continuação de um relacionamento. Estou sólido, porque não frio também, e não me vejo culpado por isso e tão pouco a culparei, passado é passado convenhamos. Estou sem norte, meus passos me conduzem a loucura depressiva, demasiada de saudades e perplexidade, mas o que farei se é você quem resolveu partir, assim sem mais nem menos, aquele que te prometeu amor e cumpriu com ele até o último segundo? Quem serei eu a partir de agora? Eu mesmo lhe responderei a essa indagação, eu não serei nada, porque você é sentido para minha vida, brilho, e se traduz em palavras inexprimíveis e complexas, porque nós somos assim, complexos e completos, imperfeitos perfeitos, somos uma metáfora de felicidade, sumariamente isso.
Esse texto é para você, que, sozinha, carrega a maior das responsabilidades, a mais elevada das missões. Você que é mulher, mãe e pai, que mesmo sozinha não fugiu da responsabilidade e sempre colocou a felicidade do seu filho em primeiro lugar, merece todos os elogios, todas as homenagens. Você é mulher guerreira, corajosa, uma força da natureza, pois você não se diminuiu e assumiu os dois grandes papéis do teatro da vida: mãe e pai. Você é essência que ilumina, que orienta. Você é colo, sorriso e palavra de conforto. Você é exemplo de vida, autoridade que educa. Você é tudo em uma pessoa só, às vezes esquecendo ou negligenciando seus próprios interesses em favor de outros, pois seu coração é maior que o universo e nele vive um amor infinito e incondicional. Sorrisos e lágrimas alternam em seu rosto consumido de preocupação constante. Mas, para você, que é mãe e pai, a recompensa está garantida através do amor e reconhecimento dos seus filhos, e, da certeza de estar fazendo um trabalho maravilhoso!
A influência exercida sobre a nossa alma, pelos diferentes lugares, é uma coisa digna de observação. Se a melancolia nos conquista infalivelmente quando estamos à beira das águas, uma outra lei da nossa natureza impressionante faz com que, nas montanhas, os nossos sentimentos se purifiquem: ali a paixão ganha em profundidade o que parece perder em vivacidade.
Escultura de Barro
Nunca sabemos sobre o final; nunca soubemos o que é, de fato, um fim. Sempre sonhamos com o futuro, mesmo não sabendo se este, será um tempo para cada um de nós feliz.
Já viajamos descalços, solas dos pés sobre uma terra acolhedora; barro frio, gostoso, cheio de sentimentos, que hoje não existem mais, devido aos “asfaltos”, ignorância, disseminados com o passar do tempo.
Sentir saudade de tudo aquilo que se foi, não seca as lágrimas que escorrem em nossas faces, por lembranças, momentos tão únicos, marcantes, individuais.... Nossas fases.
Muitas vezes, pode até parecer normal, ver como a vida nasce e se passa, levando sem permissão as nossas histórias, as essências da gente, que sofrem mutações; eis que devemos entender, elas pertenciam àquele tempo, àquela época, e àquele presente.
Nunca sabemos sobre o final; nunca soubemos o que é, de fato, um fim. Sempre sonhamos com o futuro, mesmo não sabendo se este, será um tempo para cada um de nós feliz.
O tempo de vida é o devido, porém, carregamos pouco de tudo o que vivemos; o tempo arrasta, leva embora, apaga, e se não aprendemos a cultivar todos os dias nossas lembranças e histórias, eis esse fim, um final tênue; ambíguo; fabuloso ou deprimente.
(...) Lembrei-me daquelas mãos quentes, delicadas e atentas, inclinadas sobre as minhas mãos. Do toque daquela pele. Aquele toque tão agradável e demorado sobre mim.
Sempre que me toca é como se todos os meus sentidos ficassem embriagados. E lá estou eu envolvida numa espécie de volúpia e luxúria. E lá estou eu com o ritmo cardíaco em aceleração constante.
Voltei a lembrar-me, desta vez das minhas mãos em estado de desejo absoluto em busca do contacto com aquela pele. A exuberância ansiosa e impaciente que sustentam todos os nossos momentos. A urgência excessiva de nos sentirmos, sem pensarmos em absolutamente mais nada.
Um corpo de encontro ao meu, destilado, consumido, arrebatado, a querer-me toda, tudo de mim…consumir-me toda.
Não me lembrei só hoje. Mas hoje foi diferente. Este silêncio tão único imobilizou-me, mas não me assombrou, muito pelo contrário…na verdade fez-me bem fechar os olhos e voltar a sentir os sentidos como que embriagados. (...)
…“Naquela mesma noite escrevi minha primeira história…era um pequeno conto meio soturno sobre um homem que encontra um cálice mágico e fica sabendo que, se chorar dentro dele, suas lágrimas vão se transformar em pérolas. Mas, embora tenha sido sempre muito pobre, ele era feliz e raramente chorava. Tratou então de encontrar meios de ficar triste para que as sua lágrimas pudessem fazer dele um homem rico. Quanto mais acumulava pérolas, mais ambicioso ficava. A história terminava com o homem sentado em uma montanha de pérolas, segurando uma faca na mão, chorando incosolável dentro do cálice e tendo nos braços o cadáver da esposa que tanto amava…
… sacudi Hassan, para acordá-lo, e perguntei se queria ouvir uma história…Li a história para ele na sala de visistas, perto da lareira de mármore…Hassan era o público perfeito, em todos os sentidos: inteiramente absorto na narrativa, a expressão de seu rosto ia se modificando de acordo com os tons que a história ia assumindo. Quando li a ultima frase, ele fez com as mãos o gesto do aplauso sem som.
- Mashallah, Amir jan, bravo!- disse ele radiante.
- Gostou? – indaguei eu, esperando sentir pela segunda vez o sabor, e como era doce, de uma apreciação positiva.
Hesitou um pouco , então, como se estivesse prestes a acrescentar algo. Pensou bem as palavras e pigarreou.
- Mas posso perguntar uma coisa sobre a história? – indagou envergonhado.
- Claro.
- Bem…- principiou ele, mas logo parou.
- Pode falar, Hassan – disse eu. E sorri, embora, de repente, o escritor inseguro que havia em mim não subesse muito bem se queria ou não ouvir o que ele tinha a dizer.
- Bem… - recomeçou ele – o que eu queria perguntar é por que o homem matou a esposa. Na verdade, por que ele precisava estar triste para derramar lágrimas? Será que não podia simplesmente cheirar cebola?
Fquei pasmo. Um detalhe como esse, tão óbvio que chegava a ser absolutamente estúpido, não tinha me ocorrido. Movi os lábios sem emitir som algum. Parecia que na mesma noite em que eu tinha aprendido qual era um dos objetivos da escrita, a ironia, ia ser apresentado também a uma de suas armadilhas: os furos da trama. E, entre todas as criaturas do mundo, Hassan é que foi me ensinar isso. Hassan que não sabia ler e nunca tinha escrito uma única palavra em toda sua vida.
“Hoje”
Hoje vou fazer uma grande reflexão
Sobre a vida.
Não deixarei para o epitáfio...
Vou viver o hoje como se não houvesse um amanhã.
Vou me culpar menos, e culpar menos os outros.
Vou aceitar a vida, pois ela é realizada por mim.
Vou reparar mais aqueles que me rodeiam.
Cada um é um ser diferente com virtudes e pontos fraco, afinal perfeito só Deus.
Vou reparar mais no céu, nos pássaros, nas flores, na beleza da natureza, enfim...
Vou arriscar mais, chorar mais, rir mais, brincar mais, namorar mais; viver mais.
Porque é no “hoje” que se encontram as oportunidades...
Amanhã ... só Deus sabe...
Alguns provérbios da sabedoria judaica, organizados por Arnaldo Niskier:
DENTES: se não podes morder, é melhor não mostrar os dentes.
APRENDER: aprendi muito com meus mestres, mais com os meus companheiros, e mais ainda com os meus alunos.
ÁGUIA: uma águia não caça moscas.
BÊNÇÃO: as bênçãos são bênçãos para quem abençoa, e as maldições são maldições para quem amaldiçoa.
CONTEÚDO: não olhes a jarra, mas o que ela contém. Há jarras novas que contêm vinho velho e delicioso e há jarras velhas que nem sequer contêm vinho novo.
ELOGIO: quando você vive bastante, é acusado de coisas que nunca fez e elogiado por virtudes que nunca teve.
GERAÇÃO: bem-aventurada a geração em que o grande aprende com o pequeno.
HONRA: não é o lugar que honra o homem, mas o homem que honra o lugar.
CALÚNIA: a língua que calunia mata três pessoas ao mesmo tempo: a que profere a calúnia, a que escuta e a pessoa sobre a qual se fala.
Jamais te vás embora PRESIDENTE Arnaldo!
Por NÃO seres político serviste;
a nossa Alfena, como a tal ninguém;
serviu, a em tal teres servido tão bem;
por todo o bom sabor que em ti tão existe!
Sabor tão recheado de HUMILDADE;
em ti tão vista até em funeral;
de um rico ou de um pobre, pra ti, tão igual;
devido a tua tão linda IRMANDADE.
IRMANDADE a que apelo, fique em nós;
não deixando Alfena, sem PRESIDENTE;
ficando em tal até seres velhinho!
Com esse a todos dar, todo um carinho;
que em ti tão vimos, por SEMPRE presente!!!
por tal, por favor; não nos deixes sós.
Com esperança em teu reconsiderar;
Esse texto é sobre ter perdido você
Todos os dias me pego pensando
Se haveria algo a mais que eu pudesse ter feito
Se havia algum momento desse ano todo
Em que desse pra ter tido mais compaixão
Eu podia ter chorado mais
Ter deixado você ver a tristeza derramar
A tentativa sem fim de ser melhor pra você
A vontade de que o tempo parasse
Pra eu viver pra sempre com você
Farelo na cama
Toalha molhada
Uma mordida
Um uniforme por lavar
Vinho barato
Um óculos sujo
Uma meia sem par
Três pacotes de biscoito (um pra mim e dois pra você)
Uma mochila velha
Uma barba por fazer
Um filme na tv
E uma cueca apertada
Pra combinar com o aperto do meu coração
Esse texto é sobre ter perdido você.
Fiquei gigante para tornar pequeno aquilo que era grande.
Reprogramei todas as fórmulas aprendidas para tornar insignificante a equação do amor.
Cheguei até a desconstruir e retirar todo peso da palavra amor.
Duvidei de tudo.
Questionei tudo.
Pausei a vida enquanto buscava abrigo no escuro.
Nadei no vazio.
Mergulhei na desconstrução de tudo que fui e tudo que poderia vir a ser.
Silenciei.
Terminei com as palavras.
Tornei irrelevante as viagens do pensamento.
Aprendi a arrancar as dores com a mãos, como quem arranca um capim duro da terra seca.
Nesse arrancar, trouxe o barro.
Trouxe a terra.
Muito barro e muita terra.
A terra e o barro eram na verdade minha carne viva sangrando em minhas mãos.
Arranquei minha carne e meu sangue como quem amputa um membro do corpo para se salvar.
Rastejei na lama, sem membros, sem forças e cheio de fracassos.
Respirei e em um gesto quase que súbito, fui deixando de vegetar e voltando a sentir o calor do sol na pele.
O ânimo voltou.
Quem eu era voltou, diferente mas voltou.
Caminhei.
Os pés doeram, como quem tem vidros embaixo da pele cortando enquanto tenta caminhar.
Não conseguir correr como o maratonista que fui um dia.
Mas pelo menos caminhei como um recém acidentado tentando ficar em pé na fisioterapia após um acidente.
Perdi toda vergonha na cara.
Perdi todo orgulho.
Me perdi no caminho.
Morri e vivi ao mesmo tempo como um morto vivo preso a vida por um fio, por uma linha.
Me despedacei em lágrimas.
Me esquartejei em dor.
Mas sobrevivi.
Continuei.
Toquei.
Minha força voltou.
Meus sonhos voltaram.
Meu eu melhorado ressurgiu.
Minhas inquietudes emocionais se estabilizaram.
Depois de tudo isso eu só descobri uma coisa: olhe pata o horizonte, acredite nas histórias contadas estrategicamente pela psicologia positiva para auto cura.
Reze, tome água, café ou chá.
Se quiser até se dope.
Tudo em alguma medida funcionará.
Mas não pare.
Se você verdadeiramente parar e olhar de frente, olhar nos olhos do vulcão 🌋 , ele irá cuspir larvas como quem vomita todo mau está entalado na garganta de uma única vez. Vai queimar tudo.
Vai arrebentar tudo.
Vai derreter toda história, texto ou contexto de insignificância.
O verdadeiro e único amor, é tudo.
O verdadeiro e único amor que uma pessoa sente uma só vez na vida é qualquer coisa, exceto insignificante.
16:46 19 de maio 2019
- Meu filho! Quando um escritor cria um romance sobre um drama qualquer, mesmo uma obra de ficção, por exemplo, tratando de personagens irreais ele precisa mostrá-los com respeito e caridade. O vilão, não deve ser caracterizado apenas como um mau espírito, pois, geralmente, nos mais severos obsessores identificamos a ignorância como gênese dos seus equívocos. Não é costume dos bons escritores dar ênfase ao mal para agradar leitores ou deixar claro que o mal existe e faz vítimas.
" Observamos o grau de responsabilidade de um escritor. A repercussão que um livro tem é muito grande. A depender do seu conteúdo podemos interpretá-lo como um amigo ou um inimigo que adentra o lar, pois em uns provoca mudanças, enche de alegria e a outros causa tristeza, remorso, arrependimento. Como os personagens dos romances espíritas geralmente são reais, as cenas descritas e os atos praticados por ele, lidos repetidamente por milhares de pessoas, poderão, em alguns casos, dificultar a recuperação dos envolvidos, encarnados ou desencarnados, caso venha a se estabelecer uma sintonia com alguém que tenha vivido aqueles episódios ou outros semelhantes. Essa sintonia pode ser motivada pelo medo, ódio, identificação com os fatos narrados ou com as personalidades que os geraram, formando um vínculo, provocando reminiscências passadas. O pensamento, uma vez lançado, é difícil de deter. Existem entre os leitores, pessoas que viveram dramas severos que podem ser liberados do porão que os retêm mediante uma leitura; outros cultivam desejos descontrolados a espera de estímulos que funcionem como gatilhos; terceiros criam fantasias que não devem ser alimentadas. Lembre-se de que nascemos com tendências ainda não sublimadas e de que um livro mal escrito pode aguçá-las, prestando um desserviço à evolução de muitos. Um bom livro é um bom amigo; um mau livro é um péssimo professor. Enquanto um bom livro clarifica o mundo e eterniza seu autor, qual sucedeu a Kardec, outros são pesados lastros a chumbar as pernas de viajantes descuidados. O bom escritor sabe selecionar e dosar dores e alegrias. Qual bom confeiteiro, adiciona à ideia central uma pitada de de poesia, outra de otimismo, mais uma parte de esperança, para então dizer que a dor é real, dói, mas é tragável e tem sua utilidade. Se uma obra não contribui para melhorar o mundo, antes dissemina o pessimismo e o desamor, melhor será deixá-la aos cuidados do pó, nas prateleiras, onde somente as traças a visitem. Um velho adágio popular diz que para iniciar uma revolução, a pena é mais valiosa do que a espada. A revolução que o Espiritismo propaga é aquela que o indivíduo começa em si mesmo a luta contra suas imperfeições morais, ou seja, a transformação que resulta em reformas cada vez mais abrangentes até atingir o estado de felicidade completa. Com sua obras fortaleça a revolução espírita".
Sobre a Solidão
Entender é trancar-se dentro da palavra.
Quem não sabe, quem não sabe, quem não quer saber de nada gruda a língua no céu da boca, não escuta e finge que não vê.
Entender é um outro nível da ignorância. Bastaria um toque se fôssemos livres.
Não é preciso nenhum livro para quem pode não ler.
Se quisermos, amiga, não entendemos nada...
Tem quem prefira os beijos às palavras.
Tem quem não viva sem um off dizendo não, o tempo todo.
Tem gente de tudo o que é tipo.
Só não devemos viver sem o sentido, sem a realidade, o objeto, o eu e o você.
Somos infelizes. Jamais sobreviveríamos à liberdade de leves e inconsequentes ações.
- Vamos, vamos logo subir essa escada que leva o amor ao último andar.
Estamos descalços e o mármore gela os nossos pés. Sobe pelo corpo o tremor do castelo que desmorona.
Então vamos, segura firme no corrimão. Respire fundo. Subir tão alto dá vertigem e olhar para trás deixaria-nos cegos.
Os erros são medusas intransigentes, arrancam as nossas lembranças boas e tatuam os desaforos e mágoas.
Por isso, marche! Ainda estou contigo. Para ir até o fim da paixão deve-se estar acompanhado. Sinta o meu perfume enquanto o vento do tempo sopra esse bafo de mudança. Se quiser, dou-lhe o braço. Entraremos no salão da grande dança. A quadrilha dos desafortunados só começa quando o poeta recita a dor de um adeus. Pronto. Mais alguns passos e poderemos nos soltar no espaço. Livres. Serenos. E tristes. Vamos logo. Não há mesmo como evitar a covardia. Não há coragem para se ir até o fundo.
É isso, meu amor, agora só mais um degrau e você estará – de novo – em paz com o seu coração vazio. Por isso, vamos!
O nada não inspira, não treme os sexos, não dá calafrios, nem ciúmes; Não cria o ódio, nem teme o abandono. Ali você poderá descansar sem culpa, remorsos, sonhos estúpidos.
Amar proibido é muito. Causa tanto estrago...
E por isso, por tudo isso, vamos!
No final devo pedir perdão por tê-lo tocado.
Agora pode largar a minha mão. Pode partir.
Lembre-se ou esqueça-se de mim.
Coração quebrado tem cura: a paz de não precisar mais aguardar a perfeição que não existe.
JUDEUS E IRANIANOS: PAZ E AMOR
A responsabilidade das ações de um Governo não pode recair sobre o povo de um país.
A vontade do povo raramente é representada por seus governos.
Nenhum povo quer a fome.
Nenhum povo quer a miséria, a corrupção, o desemprego, nem as diferenças sociais.
Nenhum povo quer a guerra.
Nenhum pai, nenhuma mãe quer ver seu filho indo à guerra matar os filhos de outros pais.
Nenhum pai se sente feliz vendo seu filho ir morrer numa guerra para defender os interesses
de uma corja de homens gananciosos e corruptos que usualmente ocupam os Governos.
O povo não tem culpa destas atrocidades.
O povo apenas aceita. Forçosamente aceita. Por medo.
O povo ainda tem muito medo.
Mas o amor...
O amor ainda pode vencer o medo – e os Governos!
OS RICOS POBRES
Anos atrás escrevi sobre um apresentador de televisão que ganhava um
milhão de reais por mês e que em entrevista vangloriava-se de nunca ter
lido um livro na vida. Classifiquei-o imediatamente como um exemplo de
pessoa pobre. Agora leio uma declaração do publicitário Washington
Olivetto em que ele fala sobre isso de forma exemplar. Ele diz que há no
mundo os ricos-ricos (que têm dinheiro e têm cultura); os pobres-ricos
(que não têm dinheiro mas são agitadores intelectuais, possuem
antenas que captam boas e novas ideias) e os ricos-pobres, que são a
pior espécie: têm dinheiro mas não gastam um único tostão da sua
fortuna em livrarias, shows ou galerias de arte, apenas torram em
futilidades e propagam a ignorância e a grosseria.
Os ricos-ricos movimentam a economia gastando em cultura,
educação e viagens, e com isso propagam o que conhecem e divulgam
bons hábitos. Os pobres-ricos não têm saldo invejável no banco, mas
são criativos, efervescentes, abertos. A riqueza desses dois grupos está
na qualidade da informação que possuem, na sua curiosidade, na
inteligência que cultivam e passam adiante. São esses dois grupos que
fazem com que uma nação se desenvolva. Infelizmente, são os dois
grupos menos representativos da sociedade brasileira.
O que temos aqui, em maior número, é um grupo que Olivetto nem
mencionou, os pobres-pobres, que devido ao baixíssimo poder
aquisitivo e quase inexistente acesso à cultura, infelizmente não
ganham, não gastam, não aprendem e não ensinam: ficam à margem,
feito zumbis. E temos os ricos-pobres, que têm o bolso cheio e poderiam
ajudar a fazer deste país um lugar que mereça ser chamado de
civilizado, mas nada disso: eles só propagam atraso, só propagam
arrogância, só propagam sua pobreza de espírito.
Exemplos? Vou começar por uma cena que testemunhei semana
passada. Estava dirigindo quando o sinal fechou. Parei atrás de um Audi
do ano. Carrão. Dentro, um sujeito de terno e gravata que, cheio de si,
não teve dúvida: abriu o vidro automático, amassou uma embalagem de
cigarro vazia e a jogou pela janela no meio da rua, como se o asfalto
fosse uma lixeira pública. O Audi é só um disfarce que ele pôde
comprar, no fundo é um pobretão que só tem a oferecer sua miséria
existencial.
Os ricos-pobres não têm verniz, não têm sensibilidade, não têm
alcance para ir além do óbvio. Só têm dinheiro. Os ricos-pobres pedem
no restaurante o vinho mais caro e tratam o garçom com desdém,
vestem-se de Prada e sentam com as pernas abertas, viajam para Paris
e não sabem quem foi Degas ou Monet, possuem tevês de plasma em
todos os aposentos da casa e só assistem programas de auditório,
mandam o filho pra Disney e nunca foram numa reunião da escola. E,
claro, dirigem um Audi e jogam lixo pela janela. Uma esmolinha pra
eles, pelo amor de Deus.
O Brasil tem saída se deixar de ser preconceituoso com os ricos-ricos
(que ganham dinheiro honestamente e sabem que ele serve não
só para proporcionar conforto, mas também para promover o
conhecimento) e se valorizar os pobres-ricos, que são aqueles inúmeros
indivíduos que fazem malabarismo para sobreviver mas, por outro lado,
são interessados em teatro, música, cinema, literatura, moda, esportes,
gastronomia, tecnologia e, principalmente, interessados nos outros
seres humanos, fazendo da sua cidade um lugar desafiante e
empolgante. É esse o luxo de que precisamos, porque luxo é ter
recursos para melhorar o mundo que nos coube. E recurso não é só
money: é atitude e informação.
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