Teus Olhos têm uma Cor
Somos Eternos
Edson Cerqueira Felix
05.04.2019
Soneto
Ela tem os olhos da cor do céu
Seu paladar
Tem sabor de uvas brancas
O teu sorriso é como a lua minguante
O cinto de sua cintura
São gavinhas das plantas
E as plantas dos seus pés
Estão sobre a água
Se ela se materializa
Numa pele morena
Eu reconheço-a
Se ela tem cabelos dourados
Não se esconde de mim
Assim como me conheço, conheço-a
O todo está na parte que você não viu
Por fora você vê a cor dos meus cabelos, dos olhos; o formato da boca, do nariz; a minha estatura, o peso, a roupa que estou usando, o sapato que estou calçando, mas convenhamos, eu sou muito mais que isso.
Apesar das minhas características físicas terem sido estabelecidas pela genética, não são determinantes na regência do meu caráter, logo, insuficientes para definir quem, de fato, sou.
Além dos elementos que me representam por fora, eu sou os valores éticos e morais que carrego, os princípios adquiridos em sociedade que norteiam a minha vida.
Eu sou também as virtudes que o desvelo dos meus pais bordaram em mim.
Sou um punhado de saudade que carrego no coração, a poesia que trago na alma e a beleza que me pousou nos olhos meus na caminhada pela vida.
Sou, esse emaranhado de emoções que você não consegue ver no vitral do meu olhar.
Sou os caminhos secretas que o amor trilhou em mim.
Os sulcos invisíveis que as lágrimas desenharam em meu rosto.
Sou esse entusiasmo bonito que brota em mim toda manhã, a esperança que põe cor nos dias cinzas e a fé que me conduz.
Sou um pouco do que abri mão e muito do que vivi.
Eu sou o que sou e não o que os seus conceitos projetam em mim.
Por isso, não me julgue pela aparência, pelo que você imagina ou supõe, porque a superficialidade do teu olhar raso não consegue alcançar a minha essência.
Olhos cor do mar , uma pele rosa espetacular, seu cheiro é de me embreagar , porém é do gosto dos seus lábios q eu tenho de amar .
Tem uma mulher
que eu amo.
Olhos doídos, pálpebras mornas.
Já acalentou crianças,
deu-lhes o corpo,
alimentou, limpou suas lágrimas,
fez sorrir com voz calma.
Filhos, talvez netos.
Soube renascer neles tantas vezes.
Conhece a fragilidade humana.
Eu beijo os lábios
fechados dessa mulher,
a partir dos cantos,
em pequenas lascas de ternura
e queda no vazio.
Essa mulher viveu coisas
que me abastecem.
Ela fala de alegrias,
de sóis, sobremesas, decotes,
livros, enganos.
Vai falando e contornando dores
com pequenas pausas,
no que os cílios superiores tocam
os cílios inferiores demoradamente,
e ela afunda.
Aperto sua mão e ela emerge.
Enquanto a ouço,
beijo seus olhos.
Digo-lhe que é uma mulher, ainda.
O que eu mais amava
O que eu mais amava em você
Nem era a cor dos teus olhos
Não eram os clássicos que você tinha lido
Nada do que pensavam sobre você
Era o que eu mais amava
O que eu sentia escondia-se
Além das percepções alheias
E aparecia no terremoto que existia
Durante os nossos encontros
Nenhum lugar viu isso acontecer
Nem as ruas dessa solitária cidade
Tampouco os olhares dos nossos amigos
Ninguém soube de nada
Só as paredes arruinadas do teu quarto
E o movimento frenético do meu coração
Que eu entregava para você
Mesmo sabendo que você fingia não saber
O quanto eu te amava.
Conheci uma menina
Com cabelos da cor do sol
Seus olhos ardentes como fogo em brasa
Seu sorriso como o brilho do mar
Sua pele branca como a neve que vai ao chão
Ela tem uma beleza encantadora
Do tipo que não cansa olhar
Seu jeito tímido de ser
Ou até o seu jeito de falar
São coisas únicas e especiais
Coisas do tipo que não se encontra em qualquer lugar
Você tem flores na cabeça
E pétalas no coração
Tem raízes nos olhos, excitação
Acalenta o meu coração
Mas a Flor-poesia,
Qualquer cor seria poesia,
Desde que os olhos de quem visse,
Descrever a emoção que irradia.
Vi um rio:
passou por mim,
era azul da cor de anil,
frio como teus olhos
distantes,
deixou lembranças
marcas,
vi um rio:
tinha um peixe em suas águas
mergulhava
como lágrimas escorriam
feito flor
lançou perfumes
cheiros,
passou levando sonhos
risos,
vi um rio
em águas turbulentas
escuras,
passou deixando loucuras
saudades de amor.
Nosso céu é azul mais realmente é dessa cor?
Nossos olhos humanos podem ver o céu azul mais ninguém garante que se tivéssemos outros olhos ele não seria prata.
Saudade..
O, saudade!
De a mim uma trégua de sua dor,
Ausência dos olhos
Falta de cor
Carência do passado
Do tempo de amor
Arde o peito, faz doer
Tem coisas que não voltam
E outras que não chegam
Em todas possui a saudade
Tanto das lembranças
Quanto do que não se viveu
Do pirulito colorido,
Do amigo que se perdeu
Cheiro de terra molhada
A régua que virava espada
O cobertor dividido
Um círculo unido
Oh, saudade...
Deverias ter o poder de voltar ao tempo, no lugar de só doer e mais doer, a dor que é recordar e não mais poder reviver
O pecado tem cor, tem cheiro.
Tem olhos de encanto,
tem voz, tem vez.
O pecado pode esta do lado
em frente,
pode ser homem ou menino.
O pecado é mel
doce, céu...
ser silêncio, ser palavra.
Pode mentir, se esconder...
pode sorrir, pode falar
o pecado pode trair, não trai.
O pecado anda calado
triste,
anda querendo
não quer.
Vive na dúvida, no meio
é errado, certo.
O pecado é ouro
as vezes brilha, reluz.
Ah, o pecado
seduz !
Você é um anjo que caiu do céu
e fez alegrar meus olhos tristonhos
com seus lindos olhos cor de mel
toda noite aparece em meus sonhos
por um bosque caminhamos lado a lado
olho pra você e seu lindo rosto vejo
então você me da um abraço apertado
e eu lhe puxo para dar lhe um longo beijo
de repente desaparece minha amada dama
e eu acordo sozinho em minha cama
pena que sonhos não são de verdade
mas toda noite rezo pra este tronar-se realidade.
“Quando você passava o anel e deixava em minhas mãos me encantava com o brilho dos seus olhos cor de mel, meu coração já palpitava ao ouvir a sua voz, seu jeito doce de dizer..o anel esta com você.”
Dario Nicolau
