Teto
Eu só soube que era amor quando olhei pro teto do meu quarto vazio de você, peguei uma caneta e um pedaço de papel e escrevi pensando em como queria que estivesse ali, olhando pro teto junto comigo.
Um quarto apenas com uma fresta no teto, sem janelas, porta trancada sem chave, dormir de dia para passar admirando a noite escura que da sentido a minha vida.
Retoquei do piso ao teto
Removendo as lembranças
Consertando as lambanças
Que surgiram no projeto
Procurando ser discreto
Pensei tê-lo renovado
Mas descobri abismado
Não ter surtido efeito
Cada canto do meu peito
Tem o seu nome gravado
Glosa: Eliézer Aguiar
Mote: Luiz Ademar
Fumo a fumaça dos carros
e vago pelo teto dos prédios.
Ao meio-fio do prazer,
enquanto as ruas
caminhavam sobre mim,
transito, transando com a poesia.
Eu acordei sozinha, olhando para o teto. Eu tento não ligar, mas isso me machuca.
Não adianta tentar motivar um trabalhador sem melhorar sua condição de ganho.
Piso, parede e teto em boas condições.
De baixo do meu teto marrom
Não há nenhum tipo de som
Lembranças boas
Não esqueci a cor do seu batom.
Roxa como uma violeta
Linda como uma borboleta
Só com Alzheimer
Para tirar você da cabeça.
Abraço apertado como despedida
Disse que voltaria
Esqueceu de mim
Então o que disse era mentira.
Promessas,
Vários anos sem ela
Forte por fora
Dentro o coração se quebra.
O indivíduo que joga pedra em teto que já o protegeu, jamais entenderá de gratidão e pluralidade de vida. Viverás sempre a beira do abismo da solidão.
"Não exijo muito da vida.
Um teto sólido, alimentação saudável, uma renda plebe e, não poderia faltar para equilibrar a estabilidade emocional, uma paixão inesquecível!"
Star Dust
Como se fosse um teto
Cheio de possibilidades a pensar,
Como se fosse de vidro
Prestes a desmoronar,
Mas não tenho medo disso
Pois são reflexos do passado
Que estão ali a nós iluminar,
Astros e poeira assim por dizer
Assim como nós; poeira...
De poeira estelar é feita nosso ser
Intrusos neste plano que estamos sem saber,
Curioso por natureza sobre tudo que vai acontecer
Não é atoa que admiramos o céu a fora
Devemos saber de onde viemos,
Para onde vamos,
O que devemos fazer
Mas às vezes isso não importa
E sim o que importa é o viver,
Façamos valer a pena enquanto nesse plano estivermos,
Admiro as estrelas...
Irei admirar por toda vivência de meu ser... Até seu término...
E poeira estelar eu voltar a ser.
SONETO AO ANDARILHO
Senhor dos becos e ruas
Das estradas por aí a fora
Sem teto para dormir
Às vezes um pedaço de pão.
Caminhando sem preocupação
De passo em passo sem direção
Alguns caminham sozinho
Outros na companhia de um cão.
Difícil alguém lhe estender a mão
Muitas vezes de bandido é taxado
Um ser perdido e desesperado.
Andarilho sem projeção
Sem carinho e paz no coração
Para ele apenas desilusão.