Tenho Três Filhos
Que espécie de nação que seus “líderes” se servem do que é público em benefício próprio, enquanto a sua população trabalha para carregar o Estado – quando o mesmo deveria servir aos seus filhos e a sua sociedade?
Certa vez, um garimpeiro passou
esbaforido pelo mestre.
Ao ver o garimpeiro,
o mestre o inquiriu dizendo:
- Amigo, para onde você vai
com tanta pressa?
O garimpeiro respondeu:
- Estou a procura de um grande tesouro.
Se eu o achar, realizarei meu sonho.
Então, terei mais tempo para
conversar com você e dedicarei
mais tempo à minha família:
brincarei com meus filhos e
darei mais atenção à minha esposa.
Ao que o mestre lhe retrucou dizendo:
- Se você conversasse mais comigo,
brincasse com seus filhos e
desse mais atenção à sua esposa,
você teria todo o tesouro do mundo.
O Mestre e o Menino
As expectativas pré-natais dos pais e os projetos que envolvem a criança podem exercer pressão sobre ela, afetando seu desenvolvimento e bem-estar ao longo da vida.
A autoridade parental, fundamentada no pátrio poder, não se limita a bons exemplos; estes, por si só, não asseguram uma educação completa, e eventuais discrepâncias comportamentais dos pais não a diminuem.
A importância da reciprocidade nas relações familiares é evidenciada, reservando-se o apoio incondicional aos filhos pequenos, ao passo que, à medida que amadurecem, espera-se uma atitude correspondente.
Ser excessivamente condescendente, dando presentes ou realizando todas as tarefas pelos filhos sem que estes retribuam, não é salutar.
É essencial fortalecer os vínculos familiares e fomentar a gratidão, instruindo os filhos acerca da importância dos laços familiares e das obrigações mútuas.
O suporte não pode ser unidirecional; deve ser condicional e recíproco, e os pais têm o direito de demandar tal comportamento sem hesitação.
Para uma educação eficaz das crianças, é imprescindível dispor de ferramentas apropriadas, como o diálogo, que fomenta a reflexão e o entendimento. Na ausência de resultados satisfatórios por meio do diálogo, torna-se imprescindível recorrer à imposição de limites.
Além disso, a habilidade de ajustar abordagens para corrigir rotas de comportamentos inadequados assume um papel fundamental no desenvolvimento saudável dos jovens.
Quando uma criança demonstra comportamentos desviantes, como agressividade ou brigas constantes com irmãos, alguns pais tendem a recorrer desnecessariamente à terapia.
Entretanto, é importante salientar que a intervenção psicológica é indicada especificamente para casos de transtornos mentais, não sendo apropriada para situações em que os pais enfrentam dificuldades em educar e estabelecer limites para seus filhos.
Além de instruir competências socioemocionais, como estabelecer limites e demonstrar amor, os pais desempenham um papel fundamental na formação moral e ética dos filhos.
Eles são os primeiros educadores e modelos de comportamento, influenciando diretamente no desenvolvimento emocional e social das crianças.
Já a escola, não apenas transmite conhecimentos acadêmicos, mas também promove o desenvolvimento integral dos alunos.
Isso inclui a promoção da autonomia, da criatividade, do pensamento crítico e da convivência democrática, preparando os estudantes para lidar com os desafios do mundo contemporâneo.
Assim, a educação socioemocional e o cultivo do amor não apenas complementam os objetivos da escola, mas são pilares essenciais para um processo educacional verdadeiramente completo e enriquecedor.
Quando pais e escola trabalham juntos, oferecendo um ambiente de aprendizado e convivência positivo, os alunos têm mais chances de alcançar seu pleno potencial e se tornarem cidadãos responsáveis e conscientes.
Os pais têm o poder de decidir sobre a mudança das regras, enquanto a escuta requer respeito, não desafio. Seguir regras é parte natural da vida e não prejudica.
As crianças têm a habilidade de ressignificar a vida, basta olhar para aqueles olhinhos cheios de esperança para ter a sua resgatada.
É da sede,
é da sede de vida, do sonho e do acordar
Que me vem da alma
Este arrepio na pele
Que me faz sentir
Cada toque
Cada palavra
Cada som
Com a grandeza dos mundos
E a ti
Com a grandeza do universo
Nascemos filhos de sangue
Crescemos filhos do mundo
E morremos filhos de ninguém!
Minhas flores quando olho para vocês
minhas lindas e queridas filhas
penso como o tempo passa depressa
vocês dão luz e cor à minha vida
Ser Pai,
É magicar aquela forma de sacar um sorriso
É fazer de conta...
Fazer de conta que se dorme para nos pintarem a cara, andarem com carrinhos nos nossos olhos...
Ser Pai... é fazer a comidinha com aquele amor interminável, é olhar, assim de lado e esperar que digam "papá gosto muito da tua papinha"
Ser Pai é lutar todos os dias para que me digam - Pai, és o melhor Pai do mundo!
Ser Pai é ter a certeza de que eu olho para as pessoas mais lindas do mundo sem me cansar, sem vacilar e com um respeito inigualável, inesgotável.
Ser Pai é ficar sentado na cama a olhar para o amor com forma, passar a mão pelos seus rostos, e dizer-lhes ao ouvido enquanto dormem. O papá ama-vos, até amanhã.
Ser Pai,
Ser Pai continua a exigir cada minuto, cada segundo,
Mas é, sem igual
A melhor coisa do mundo!
O pai se ressente da ideia de que o filho tenha uma vida melhor do que a que ele teve. "Por que você deveria ter uma vida melhor do que a que eu tive?" – eis aí uma sensação ignorada por muitos pais com respeito aos filhos.
Como a mãe que perdeu seu filho para a morte, ou a que o perdeu para algum "desvio" de vida, ambas enlutadas, amargam profunda dor.
Já fui criança... brinquei muitas vezes com brinquedos usados, bois de manga verde debaixo das arvores e com pés de latas... não tive muitos brinquedos mais brinquei muito... não tive todo ano uma festa de aniversário mas tive uma que nunca me esqueci, da decoração do bolo de morangos... Hoje eu cresci, os brinquedos que não tive não me fizeram falta, as festas também não. O que carrego sempre desde infância são os ensinamentos que me fizeram um adulto melhor e a gratidão aos meus pais que nunca me pouparam a verdade e a realidade da vida.
