Tardes
Que saudades sinto daquelas tardes deliciosas, quando sem pressa e sem preocupações eu sentia o deleite do calor do sol aquecendo meu rosto enquanto escrevia versos para o mar, recostada em algumas pedras da costa de Dorsetshire1, sentindo meus pés tocarem a areia branca e macia da praia de Weymouth2, desviando meu olhar do papel apenas para admirar a desconcertante vista marítima na tentativa de encontrar a linha onde o verde finalmente se perdia no azul.
E dessas tardes de filmes e cappuccino,
nesses doces afetos de conversa animada
em que segredos escapando se vão
mergulhei na essência linda do seu ser,,
na noite inesquecível dos olhos seus
e no inebriante calor de um amor só nosso!...
No futuro...
Nas valquírias trovadas no instantes das tardes se findarem na cor alaranjada sangue as sombras me seguiram e o breu do céu comidos por mim
Nas asas dos querubins abitarei rasgando os céus
Nas finas canção nos tons mesmo ao som de tão pouca intercidades alimentarei da alquimia
Nas quedas da flores e folhas as pétalas firmará os nossos dias com essência e perfume no fresco da luz do amanhecer
Segurarei o firmamento nos dedos dos trovões e nos ecos a voz do criador e suas benças serão eternas
Hoje...
Se eu não morrer...
Arrastarei as sombras dos dias...
E levarei me vivo ate aquele dia dos eu regresso
Serei mas grato aos acordes da vida
E nas poesia e som das cansão serei mas atento
E se vejo hoje gritos dos pássaros em seu cantar e que a dor desanima no desespero e temor
Não mas esticarei a moite e as madrugadas estarei descansado em seus braços...
Viverei arrancarei da seiva deste amor os assucares do seus beijos
Agora...
Carrego a tarde nos ombros e sobre espinhos a luz do sol tão longe já escorregando na saliência do dia se findando morro lentamente...
A gastura da luz fere meus olhos mesmos as artificiais
O luar em seus brilhos não consigo ter outro sentimento se não a tristeza de não ter a ti
Sei que virá tão perto já a noite vem mas quem sorrir a espreita são as sombras...
Por Charlanes Oliveira Santos ( Charles )
As tardes não são mais as mesmas,
as árvores, que um dia
me deram sombra,
desabrigaram até os passarinhos.
TARDES DO CERRADO
É o entardecer no cerrado das tardes de todo dia
Solitário no silêncio, chega à noite e, o olhar tardia
Se tarde é, todavia, o tardar apressa a hora vazia
Enchendo de quimeras a noite que no céu sombria
E no breu do tal entardecer que a noite tão pedia
O sol no horizonte abrasa-se e o adormecer regia
Nos galhos tortos, recria, tal qual o poeta na poesia
Em um entardecer rubro, árido e de aspereza fria
Vem a tarde, chega à noite valsando em melancolia
Onde o vento entre as secas folhas no tardar rodopia
E o tempo e saudades no peito se fazem em sinfonia
Pra haver outra tarde, outra noite, haver outro dia
Sem saber se é pranto, choro ou remia que prazia
Adentro no entardecer do cerrado que a noite espia
Com seu luar gigante, reluzente que o denso lumia
Vai-se a tarde, num lusco e fusco, e a coruja pia...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março, 2017, 18'00"
Cerrado goiano
Tardes que nuca acabam
Ultimamente tenho voltado meus olhos ao simples, ao que quase não se repara, um parafuso mal apertado, uma folha comida pela lagarta, um sorriso tímido de um casal apaixonado, são essas coisas que visitam meu interno, as mesmas se alojam e o enchem de alegrias, mas nunca eufóricas, simplesmente claras. Me encontro com o sol diariamente, a cada novo encontro, uma nova vida, uma nova visão. Provo sentimentos e emoções que até então desconhecia ou duvidava da existência. Se me incomodo em estar só? Não, pois finalmente me sinto vivo, vivo como nunca me senti antes, esses pores do sol tão absolutos como a vida, tão fascinantes, me deixam sem palavras, sem pensamentos, a um tempo não os via muito menos sentia-os, eu era Drácula, enxergava apenas as noites, selvagem, bruto, correto, ético. As tardes me trazem esperanças de que o futuro será melhor obs. Nunca acreditei que o futuro exista, e para ser sincero, nada lá fora faz sentido (aparências, interesses, planos...).
Procurar sentido para minha existência já não é mais preocupação como era a um tempo atrás , quando tenho em vista os ativos vulcões eruptivos, preenchendo o céu de vermelho, esqueço até de minha própria existência, ou, na verdade apenas recuperei-a de volta, não sei, só sei que incorporo um ser de espirito elevado, uma existência tão genuína, que a cada novo ciclo de tardes se vivifica, intento viver essas loucas emoções até os fins das minhas existências, até o fim de cada uma, a morte de uma existência apelido “o renascimento”, queria que essas tardes nunca acabacem, mas na verdade elas nunca acabaram, afinal, tardes são eternas, ficam lá, todo tempo a vista de quem quiser ver e sentir e algo mais, elas sempre irão existir é fato! Mas o que você prefere apreciar?
Vive a boêmia
Em sons de tardes
Tocados
Frases cantadas
Trocadas
Sorrisos, palavras...
Olhares tímidos
Segredos...
14/10/2019
Tardes
Sol
Vida
Ar
Verbo amar
Tudo louco
Real
Brincadeiras
Animal
Tudo certo
Palavras
Ditas
Contidas
Escondidas
Benvindas
Músicas
Cantadas
Canta
Fala
Diz
Um verso
Vício
Canção
Cheiro
Paixão
Seduz
Reluz
Apimenta
Sonho
Ilusão
23/09/2019
Fantasma
São nas tardes de domingo,
no pensamento vazio
Que você surge
Voraz
Depois de dias inertes
Vem com um estalo
Um alfinete sob o lábio
E chove
E entra
Sem medo, sem precisar
E eu me lembro
Dos seus traços, dos seus braços
Dos embaraços
Entrelaçados
Desgraçados
Será que um dia terá pena
e deixará de espetar?
Ou será para sempre a roseira morta
que tenho no jardim?
Agora vai, mas um dia volta
E bate na porta vestido de esperança
Com um sorriso maldoso que traz na manga
A ponta conhecida da lança.
Primeiro amor
Lembro-me das tardes de domingo
E dos encontros furtivos pela cidade.
Lembro-me até do primeiro beijo pedido,
Mas querendo ser roubado.
Sinto o gosto da inocência, do carinho e do desejo de apenas olhar-te
Guardo, com carinho de uma criança que guarda seus primeiros brinquedos
As nossas conversas jogadas ao vento e sem grandes pretenções.
Quando fecho os meus olhos, ouço as suas risadas achando graça do que eu não conhecia e, de quando nossa maior vontade era não ver o sol anunciar o fim do dia.
Esses sentimentos são, pra mim
Como uma obra de arte rara e sem valor estimado.
Tem nele todas as cores, todas as emoções e nenhum significado capaz de explicar o quanto esse amor marcou em mim.
Se olhar pra dentro, com muita atenção.
Ainda ouço o eco harmonioso do seu coração.
Revendo letras
Músicas
Ouvindo tardes
Vivendo manias !
Você meu dengo
Você meu cheiro
Você meu riso
Você
Reprises, revivendo.
20/03/2020
Meu sorriso
Tardes procuram
Tardes
Buscam palavras
Olhares
Meu sorriso anseia afagos
Aconchego
Meu sorriso quer cama
Praia, maré
Meu sorriso quer flores
Ser amada
Meu sorriso quer músicas
Cantadas !
De Alexandre à Vercillo
Alcione, Carolina, Fernanda Abreu
Edson e Hudson
Paulo Ricardo à Roberto
Joana à Paula Fernandes
José Augusto à Betânia
De Bruno à Zezé
Meu sorriso clama por teus olhos
Cafuné !
Logo nas primeiras tardes, mudanças pingaram lentamente do céu em forma de pensamento. E por estar acordado, algumas pequenas mudanças lhe acertaram. Sua sorte foi estar desprovido de qualquer guarda-chuva...
O Corredor
As tardes caíam cada vez mais longas, sem expectativa e numa falta de prosa desconcertante.
Já ia longe a guerra do silêncio entre o casal em sua primeira disputa. Era difícil aplacar a angústia do que ia acontecer, disfarçar a ansiedade da volta e representar que tudo vai bem ou ia bem.
A janela foi objeto do desejo de disputa.
Abre a janela, Ana, está um calor danado desse jeito não consigo dormir, o quarto está abafado isto só dá pesadelo. Ela retrucou:
Pesadelo são os morcegos que entram no quarto e ficam assombrando o meu sono. Passo a noite vigiando a janela, de sentinela, enquanto você se refresca e dorme. No outro dia fico exausta.
— Assim não dá, Ana você acende velas no oratório, fecha a janela e o quarto fica mais abafado do que igreja em dia de Semana Santa. Isto já virou tormenta na hora de dormir, perde até o gosto de se deitar. Suar na escuridão é triste.
— Gosto da janela cerrada, dá mais segurança...
Vou abrir, Ana. amanhã é dia de serviço, a esta hora ainda não peguei no sono... deixe a luz da lua molhar o seu corpo, soprar o cheiro da flor do pequizeiro a perfumar o quarto.
Empertigada, Ana levantou-se:
— Então fique aí com a lua, os morcegos e as formigas dos pequizeiros. Vou para o outro quarto.
— Você é quem decide, Ana.
No corredor, quando as tábuas estrilaram, já bateu arrependimento.
Ana mastigou o conselho da avó: “Nunca saia de sua cama a volta é mais difícil''.
E foi assim. Tião ficou no quarto do oratório, de cortinado, as melhores cobertas, com a luz da lua, de janela aberta. Ana penava no final do corredor em colchão de capim, suando de calor e medo, disputando espaço com as muriçocas. Toda noite planejava e ameaçava: vou lá no outro quarto; “Amanhã tiro o cortinado...” Mas clareava o dia e pensava: “Quem vai subir e pregar este peso nas alturas?"!
Não se conversou mais sobre o assunto. Os pequizeiros floresceram, cheiraram, derramaram seus frutos, caíram suas folhas e não conversou mais.
O inverno chegou, a janela cerrou e Ana emperrou no quarto do corredor. Tião apostava até quando?! Aqui neste sertão sozinhos era só esperar...
Agora quem deixava Ana de sentinela eram seus pensamentos, haja tijolo quente debaixo da cama para aquecer a solidão, além da trabalheira, dos dedos queimados, dos pés gelados a indecisão deixava o corredor da volta mais comprido.
Tião matutava: tinha que tomar atitude, Ana ia botar fogo na casa. Coitada! Moça da cidade não tinha costume da roça. Levantou-se, encheu-se de coragem, pegou a vela para atravessar o corredor. A cálida luz iluminou todo esplendor de Ana que de vela na mão também voltava ardendo de saudade.
Entreolharam-se e gungunaram:
— Oiiiii.
Cruzaram o corredor cada um em sentido contrário. Ana adentrou no quarto do oratório com cortinado e Tião no quarto do corredor com o colchão de capim. Sentou-se na cama desolado, contrariado, acanhado e deitou-se.
Palpitando de ansiedade Ana mal conseguiu sentar-se na cama: no instante sentiu o cheiro das roupas de Tião que exalavam da cama ainda quente o que disparou suas lembranças e encurtou o caminho da volta. Com as mãos e os pés frios da noite, com o coração ardendo de coragem, a chama da paixão iluminou o corredor e caminhou para junto de Tião.
No espaço exíguo da cama deitou-se com o coração apertado acomodando seu corpo ao de Tião. Ele entrelaçou sua cintura em sinal de reconhecimento. Ana com os pés gelados encostou seus pés ao dele para roubar seu calor. Ele a aqueceu e perguntou:
— Não estamos brigados, Ana?
Rindo afirmou:
— “Pés não brigam”.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury
Nas tardes disponíveis
me deito em um canto
onde posso escutar o pranto
do universo à sussurrar,
pedindo socorro pela humanidade
que simplesmente está perdida
numa fusão de pensamentos,
refletidos nessa vida corrida.
Mas apesar da decadência do mundo
temos que ver o lado bom de tudo,
compreender as intenções
que são concedidas aos corações
daqueles que sabem observar...
o canto dos pássaros a voar;
das nuvens deslocando-se sobre o mar;
do vento arrastando as folhas caídas;
E na espera da próxima fase da lua ser definida
uma gota d'água cai em minha alma ferida
com o propósito de me acalmar
por ser o universo mandando sinais
de que um dia em algum lugar
viveremos totalmente em paz.
Saudades, minha Nega,
dos nossos espirros de alcova
e das minhas corizas
das tardes de domingo!...
LA
Girassóis
São como os filhos do sol.
Seu amarelo me alegra e me traz paz.
Girassóis, são tardes ao por do sol com a brisa de outono.
É uma orquestra sinfônica inteira.
É a cor preferida de Van Gogh.
Tem as semente mais conhecida.
É o seu sorriso que deixa saudade.
Girassol é a recordação daquele piquenique com você.
É a cor dos olhos dela.
É o toque dos lábios .
(Eu) lírio, ela girassol.
Parece que um vento de outono
Com folhas da mesma estação
E aquelas tardes de mesmices
Vem arder no coração
Pra mostrar que deixaram uma certa saudade
Daquelas, que se leva tempo a perceber
Mas elas vem, porque
Sempre há de soprarem
Vazios, que te fazem ocultar a tantos rios
Rios guardados num lugar que só se sente
Quando o outono varre as folhas
Que só sabe, que só sente
Os olhos que guardaram essas imagens
Paisagens que a vida escondeu
Num lugar assim, pra lá de especial
Perdido, escondido
Aqui, no coração da gente.
Edson Ricardo Paiva.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp