Talvez
Esta noite passei por um antigo amor
que talvez não fosse tão antigo quanto pensava
Apesar da estranheza
não houve reconhecimento.
"A alma, sendo levada por Caronte até Hades, talvez se sinta destruída por partir sem querer partir. Por outro lado, o vivo, quando não quer ficar, mas fica por uma retidão moral, talvez também se sinta destruído. Corpo e alma vivem o paradoxo de querer ser e não estar, de estar sendo e, ao mesmo tempo, não estar."
Carta de Despedida
Eu não tive a chance de me despedir de você…
E talvez por isso eu carregue até hoje essa sensação de que nossa história ficou suspensa, como uma frase interrompida no meio.
E eu fiquei parada ali, sem saber se continuava ou voltava atrás.
Quando penso em nós, lembro de como você sempre me olhava nos olhos e dizia o quanto eu era bonita.
Do jeito firme como segurava minha mão, como se, naquele instante, nada pudesse nos separar.
Lembro das coisas que vivemos e que você dizia nunca ter feito com ninguém.
Das vezes que vinha só para conversar.
E daquela vez em que vi um medo tão simples e tão profundo em você, quase como o de uma criança — o medo de gostar, de se apegar, de amar.
Você chorou no meu peito, e mesmo sem entender, eu parei de perguntar.
Só te abracei.
Lembro também da festa que você não queria ir, mas foi só para me agradar.
A chuva caiu tão forte que nos fez ficar no carro.
E ali, como se o tempo tivesse parado, nós nos amamos como se não houvesse amanhã.
Quando a chuva cessou, fomos à festa e você, com seu sorriso de menino, fez todos rirem.
E alguém disse: "Cuide bem dela."
Lembro do dia em que você me ligou várias vezes, achando que eu tinha sofrido um acidente.
Naquele momento, não percebi o peso disso.
Hoje sei que era a sua forma silenciosa de dizer: "Você importa para mim."
E lembro, também, das vezes que você aparecia do nada, nos momentos em que eu mais precisava de um ombro amigo.
Você dizia: "Você briga comigo, mas eu tô sempre aqui."
E estava mesmo.
Eu brincava te chamando de "meu karma" — você ficava bravo e eu adorava te provocar.
Você era carinhoso e insistente.
Houve aquele dia em que eu estava muito triste, sem te dizer o motivo.
E você, sem insistir para saber, simplesmente disse:
"Ah, a vida é tão curta para ficarmos tristes e arrumando conversa complicada... bora, banho quentinho ajuda a resolver essa cara amarrada."
E assim, pacientemente, você lavava meu cabelo mecha por mecha, me abraçando o tempo todo.
Quantas vezes você fez isso…
Quantas noites pediu para eu ficar só para dormir juntinho…
Quantas vezes tentou me acalmar, e eu sempre com dificuldade de entender o que estava acontecendo entre a gente.
Também lembro de quando você me pediu ajuda num período difícil da sua saúde emocional, e eu prontamente estive lá.
E também lembro, com dor, da vez em que você me ligou várias e várias vezes dizendo que estava mal… e eu não dei a atenção que deveria.
Eu me distanciei, e só depois percebi que, mesmo com tantas pessoas para quem poderia ligar, era a mim que você recorria.
Você dizia que nem sabia por que fazia isso, mas que se sentia bem conversando comigo.
E quando estava triste ou desanimado, era em mim que pensava — até fazendo campana no meu portão.
E mesmo com tudo isso… eu parti.
Queria um título, uma segurança, algo que me dissesse que você ficaria.
E quando senti que talvez não ficasse, fugi antes que a perda viesse.
Talvez por medo.
Talvez por não saber lidar com o seu jeito de amar — silencioso, inesperado, mas verdadeiro à sua maneira.
E isso ficou claro para mim alguns dias antes de você partir para sempre.
Você veio diferente.
Sem brigas, sem discussões… só queria passar mais um tempo comigo.
Mas eu não podia — nossas vidas já tinham tomado rumos diferentes.
Você só queria um abraço, ficar ali, grudado, em silêncio.
E disse:
"Chatinha, me abraça forte… porque pode ser a última vez que faça isso."
Eu briguei, como sempre, e respondi:
"Sempre estaremos aqui. Podemos brigar, ficar distantes, mas sei que sempre estaremos aqui."
Você sorriu e disse:
"Você não tem jeito."
Nos despedimos e eu falei: "Até outro dia."
Mas esse dia nunca mais chegou.
Se eu soubesse que aquele seria o último abraço, teria ficado mais tempo.
Teria gravado cada detalhe — o calor do seu corpo, o cheiro, a força dos seus braços em volta de mim.
Teria dito tudo que guardei por medo ou orgulho.
Mas não disse.
Agora ando nas ruas como sempre andei…
Com aquela esperança boba de encontrar você.
Porque, antes, era assim: do nada, você aparecia.
Agora eu posso andar… e andar…
E nunca mais vou ver você chegar com aquele sorriso de menino,
que sempre carregava um pouco de malandragem e um tanto de carinho.
Não vou mais sentir o toque rápido da sua mão puxando a minha,
nem ouvir você dizer que estava só passando, mas que resolveu parar para me ver.
Não vou mais encontrar seus olhos me procurando na multidão,
nem o jeito único que você tinha de transformar um dia comum em algo inesquecível.
E isso dói… dói porque a sua ausência é tão presente que parece gritar no silêncio.
Dói porque, mesmo sabendo que você não vai voltar,
a minha alma ainda espera.
Hoje, eu entendo que não existe um adeus perfeito.
Sempre vai ficar algo por dizer, um gesto por fazer,
um último olhar que nunca aconteceu.
E o meu último olhar para você… ficou preso na memória.
Você indo embora, sem saber que era para sempre,
e eu, sem imaginar que aquele instante seria o nosso fim.
Se um dia, em algum lugar que eu não conheça, a gente se encontrar de novo,
não quero palavras.
Quero só o silêncio…
aquele mesmo silêncio em que a gente se entendia sem esforço,
aquele mesmo silêncio em que você me abraçava forte,
como se dissesse, sem dizer:
"Eu nunca vou te esquecer."
E eu também nunca vou.
Dizem que cada átomo no nosso corpo alguma vez foi parte de uma estrela, talvez eu não vá embora, talvez eu vá para casa.
Você está reacendendo tudo.
Eu pensei que talvez o tempo, o silêncio, ou o bom senso te fizessem recuar.
Mas não. E eu sinto que você quer mais do que nunca.
Eu sinto, na pele, que você quer esse perigo.
E eu não deveria gostar de correr perigo. Mas eu quero.
Quero esse arrepio de te olhar sabendo que não devo, e mesmo assim não desviar.
Quero essa sensação que grita dentro de mim
toda vez que você chega perto.
Quero o incômodo gostoso da sua atenção.
Quero essa provocação que você lança com o olhar, com a escolha exata das palavras,
e do momento certo de se aproximar.
Quero a sua presença atravessando o espaço,
como se o ambiente inteiro soubesse o que a gente sente mas ninguém ousasse falar.
Porque seria loucura pensar que isso acontece entre nós. Mas é.
A loucura mora aqui, quieta, disfarçada.
Na troca de olhares que dura segundos, mas diz muito. E nos entendemos muito bem.
É isso que me prende.
Essa atração no secreto.
De sentir toda a sua vontade me consumindo por dentro, enquanto por fora fingimos normalidade.
É delicioso saber que somos só nós dois
nesse nosso lugar escondido entre o possível e o proibido.
A fantasia de se encontrar no meio da rotina,
de se provocar com palavras comuns,
mas carregadas de intenções.
De existir um mundo só nosso: invisível, proibido, sufocante, quente, e inevitável.
E ninguém vê. Ninguém sabe.
Mas eu vejo. Eu sei.
Você vê. Você sabe.
E isso basta.
Escrever ideias que toquem a mente é difícil. Se soubesse música, talvez tocasse a alma em vez de escrever.
Todos nós passamos por lutas silenciosas...
Mas lembre-se: talvez exista alguém que realmente queira te ajudar.
Talvez você até saiba quem é essa pessoa, mas por medo ou insegurança, não queira se abrir com ela.
Talvez ela já tenha te mostrado que você pode superar qualquer coisa.
Então continue, mesmo depois daqueles dias que pareciam te destruir.
Essa pessoa vai te lembrar: Continue, pois você é uma pessoa maravilhosa.
Continue…
Às vezes, acho que falta algo.
Mas talvez o que falte não esteja fora.
Talvez seja só o espaço onde eu possa existir inteira.
Sem ter que me diminuir pra caber,
sem ter que sorrir quando tudo grita por dentro.
Quero um lugar onde minha intensidade não assuste,
onde minha sensibilidade seja abrigo, não peso.
Quero ser vista…
mas não com os olhos.
Quero ser vista com alma.
—Priscila de Araujo
Talvez seja um erro afirmar que algumas pessoas não sabem amar!
A verdade é que existem pessoas que não sabem como oferecer ou retribuir oque elas nunca tiveram.
Quem é você!?
Você é o resultado das experiências que viveu e aprendeu?
Ou talvez você seja o resultado do que ensinaram para você?
Sem o mínimo de autoconhecimento, ambas as perguntas, como muitas outras sobre nós mesmos ficam sem resposta.
Talvez você esteja agora torcendo para que alguém reconheça seu esforço.
Mas respire fundo e acalme seu coração: você não precisa convencer ninguém do seu valor. Deixe que pensem o que quiserem, que se sintam melhores — isso não diminui quem você é. Cuide da sua casa interior e valorize-se como realmente merece.
Porque pobre é aquele que se julga superior ao outro.
Hoje sei que poderíamos ter sido extraordinários.
Mas talvez, só talvez, o extraordinário esteja em ter vivido o que jamais aconteceu.
A Democracia talvez NUNCA tenha nascido. Está num laboratório sendo sabotada por algumas famílias que comandam tudo: os Rothschild, os Rockefeller, os Soros, os Gates e outras.
A democracia talvez NUNCA tenha nascido. Está num laboratório sendo sabotada por algumas famílias que manipulam e comandam tudo em beneficio próprio: os Rothschild, os Rockefeller, os Soros, os Gates e outras.
Somos voláteis, bipolar talvez. Isso quer dizer somente que nem sempre fazemos o que queremos fazer e às vezes, também fazemos por que não queremos e raramente, a gente faz o que quer.
MEU MUNDO AOS 40.
"Nunca soube ao certo o que queria, e talvez por isso tenha sido mediano em tudo. Fui um médio filho, médio irmão, médio amigo, médio marido, médio profissional e um médio Alagbê. Mas ser mediano, no meu caso, nunca foi uma zona de conforto, era a saída da zona ruim. Meu esforço sempre foi diário, a busca por ser melhor do que eu fui ontem, e isso, ao longo do tempo, me levou à mediocridade. Uma mediocridade que eu precisei aprender a amar.
Aos 40, passei a entender melhor o amor fati, de Nietzsche, no qual se passa a aceitar, ou melhor, a amar, os desafios do destino, por mais dolorosos que sejam. Para um ser mediano como eu, essa filosofia se traduz num esforço motriz de uma usina nuclear, pois é preciso manter-se no patamar mediano, mesmo já com 40 anos.
Antes, a mediocridade não era o meu aspecto principal de vida. Aliás, sequer achava que um ser mediano poderia ser bom, pois sempre me cobrei pela excelência. Mas hoje, aos 40, a minha excelência é ser mediano. E por isso celebro minhas médias colunas, médios joelhos, médios pensamentos, média visão e a minha privilegiada calvície.
Ao final desta jornada, ao chegar do lado de lá, caso ele exista, não aceitarei os dizeres, 'você não tentou'. Pois briguei muito para ser mediano. E essa foi a minha maior luta. Bem-vindo aos 40."
a alguém em algum lugar de salvador
Que anseia por minha chegada
Mesmo sabendo que talvez
Eu não faça morada
A alguém em algum lugar de salvador
Que me trás alegria em momentos de dor
Que pinta minha imaginação nos tons do céu do farol da barra
Que me fará esquecer a boêmia e as noites de farra
A alguém em algum lugar de salvador
Que nesse momento está pensando em mim
Ignorando completamente a distância física
E que mesmo a 806.0 km se faz presente aqui
A alguém em algum lugar de salvador
Que me faz sorrir com uma simples flor
Que me canta e encanta com sua voz
Que me dá motivos para deixar de ser eu e passar a ser nos
A alguém em algum lugar de salvador
Que me espera chegar para ver o sol se pôr
Que em um fim de tarde me chamar de preto ou de amor
Que sorrira ao me olhar enquanto o sol me ilumina
A alguém em algum lugar de salvador
Que me arrepia a pele sem se quer me tocar
Que tem em seu horoscopo a magia de me fazer ficar
E em seus olhos o brilho pra me hipnotizar
A alguém em algum lugar de salvador
Que leva em sua boca o meu nome e também o meu amor
Que me deseja noite e dia
Sabendo que em algum momento
Para o seu colo eu vou
Às vezes a vida nos dá
pessoas boas
quando a alma está destruída.
Karma, talvez.
Quando sorrimos,
chega aquele que nos ferem.
Quando tentamos reconstruir
as cicatrizes antigas,
aparece quem acha poder consertar
algo que nunca quebrou.
E sabemos que:
quem tenta arrumar algo que não é seu
sai mais quebrado do que quem estava
com a vida em pedaços.
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