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Com o crescimento alarmante da violência, pensamos em desacreditar da humanidade e acreditar que não tem mais jeito para a raça humana.
A pandemia da violência sempre é explicada por qualquer motivo, menos o gênero do agressor – a explicação mais ampla de todas.
É claro que as mulheres são capazes de fazer todo tipo de coisas desagradáveis, e há crimes violentos cometidos por mulheres, mas a chamada guerra dos sexos é extremamente desequilibrada quando se trata da violência real.
Os inocentes eram o nosso lado mais emocional, vivido de coração escancarado, apesar da polícia. O que seria de nós sem eles? O intenso processo de racionalização a que éramos forçados pelas circunstâncias, e com base em nossa formação política, naturalmente nos poupava sofrimento. Mas também nos roubava o lado inocente que, nos olhos deles, aparecia com toda a força: o escândalo diante da violência; a saudade da vida lá fora, da liberdade nos seus mínimos detalhes.
ENTERRAMADO
Eu sou a muito tempo a petrificação da raiva.
Meu corpo já foi assim.
Meu corpo já foi liquidificado.
Meu corpo já juntou na terra.
Eu já fui enterrado,
em terra amarrado,
enterramado.
Meus pais, filhos e avós já choraram,
E já desistiram de lacrimejar.
Minha compania já se casou no verão,
Nem vem mais me visitar.
E eu sou solidão,
Aqui no fundo do mar.
Do mar bíblico,
onde o colosso da justiça,
lança o pecado.
Cá estou .
No mundo do esquecido.
Oque fiz eu pra isso?
Bom não me lembro,
morro esquecido.
Lembro do pior acontecido.
Morri.
Não foi de febre,
Nem de saudade,
Não foi porque quis,
Nem pela idade.
Morri por má sorte,
Porque encontrei no caminho o espírito covarde.
E os anjos estavam ocupados.
Sei lá, talvez no céu ceavam.
E eu fui machucado.
Me espancaram.
Me mutilaram.
Me enforcaram.
Me alvejaram.
Me estruparam.
Me jogaram no lago.
Mas calma,
não foi simples assim .
Me machucaram, quando voltava da missa, próximo do ponto de ônibus me raptaram, me doparam, me usaram.
Me quadricularam, me puserram fogo,
me deixaram na terra.
E como esses, meus outros também me abandonaram.
Me espancaram, quando fui ouvir minha música favorita,
riram da minha roupa,
me chamaram de bicha,
me jogaram no chão,
arrastaram pelos cabelos,
me segaram com os próprios dedos, arrancaram minha roupa e enfiaram todos os dedos em mim.
Depois levaram minhas feias roupas,
sem deixar meu corpo eu cobrir,
nem minha mãe me descobrir,
eu não tinha nem um dente,
minha cabeça se fundiu com a calçada, quem me viu ,
até hoje não consegue dormir,
minha mãe acha até hoje que na verdade eu só fugi.
Me mutilaram, quando neguei dois tragos.
Me espalmaram a cara,
me prenderam no quarto,
e tiraram do peito meu filho,
me empurraram pela casa,
me levaram pra fora,
levaram também uma faca,
ela andou por tudo,
andou bem mais que as minhas lágrimas,
só perdeu pro meu sangue na caminhada,
com cigarros me queimaram,
onde já nem doia,
doía deixar meu filho ainda no início da vida.
Me largaram lá mesmo do lado de fora as traças,
depois do jornal eu fui capa,
meu filho já estava longe,
e eu nem constava no mapa.
Me enforcaram, quando menti dizendo que não sabia onde ela estava,
tinha medo que ela acabasse enforcada,
fui levada pro banheiro,
ajogada na privada,
eu gritava mas a TV estava ligada,
me deram vários tapas na cara,
me ergueram pelos cabelos,
me estrangularam na mão,
deixaram a vida me escapulir de olhos abertos,
foram perversos.
Me alvejaram,
perto de casa,
eu só caminhava com uma sacola de pão,
a morte vinha automatica,
seu barulho eu conhecia,
me veio não sei de onde,
foi de costas possívelmente,
esse tipo de morte,
por satisfação e lazer nunca vem de frente.
Corri mas já era tarde,
senti sede mas nessas horas a garganta arde,
a vizinha gritou,
chutou a roda do covarde,
a sirene soou mas já era tarde.
Na sirene mais alarde,
na minha morte mais covardes.
Me estruparam,
quando fui tomar banho de rio,
quando me escondi atrás da pedra,
Escondida do meu tio,
quando corri entre a plantação de pinho, quando me espremi entre os frepinhos, quando cai em meio aos espinhos,
quando eu não tinha nada,
nem sabia falar os corrigindo.
Me deixaram ali as margem do rio,
e naquele dia choveu,
fui pra depois da fronteira,
o porco da selva fria meu corpo comeu.
Me jogaram no lago, quando beijei ele depois da aula,
se consumiram de inveja,
me seguiram até a passarela,
me pediram satisfações,
eu não tinha pra lhes dá,
então levaram meu celular,
gravaram eu apanhar e me empurraram de lá,
aproveitaram que ninguém viu chamaram seus primos,
e me tiraram da água,
brincaram comigo,
me lançaram no fundo do lago,
que é tão frio que até hoje existo.
Em dois planos em alma vivo,
entre esse lago ou aquele do destino esqueçido.
Há quem sou ,
Ou melhor quem eu teria sido.
Não vale a vida ,
Se na verdade nada é vívido.
Não tem razões me dar um nome,
se passar o resto dos anos no subsolo pérfido.
Não queria ter pisado nesse mundo perdido.
Não tenho se quer um túmulo vazio,
Eles casaram,
Morreram de velhice,
Foram condecorados,
Praticaram outros assassinos,
Voltaram pra casa e almocaram.
E eu estou aqui,
pra sempre calado.
Eu sou o morto,
Eu sou o que colhe os frutos do cruel.
Se existir justiça,
Ela não está nem aí na terra,
Nem aqui no céu.
Eu peguei minhas coisas e fui embora, simples assim. Porque há esses momentos, depois das violências mais terríveis, quando olhamos em volta e percebemos, cheios de horror, que o mundo continua existindo.
Arma intimida o agente ameaçador e traz mais segurança para quem a porte. Já para quem quer matar, não depende de arma, pois pode usar o próprio corpo ou até um guarda-chuva pra tal.
Estamos diante de tantas barbárie, onde a humanidade está se tornando monstruosa cada dia mais, nos deixando inseguros pois o amor ao próximo deixou de existir...
“Ao `cidadão de bem` assiste o direito de andar armado.
Mas esse `cidadão de bem` precisa ser bem explicado.
Talvez aquele que auxilie a velhinha a atravessar na faixa ou o que paga
suas contas em dia e não tenha inadimplência na Caixa.
Quem sabe aquele que seja decente, não traia a esposa, cuide da família
e frequente a igreja semanalmente.
De bem é aquele que devolve o troco corretamente e é responsável com
o meio ambiente.
Não deve portar aquele que frequenta o bar, o que discute no trânsito ou
o que agride o seu par.
Precisa ser emocionalmente equilibrado, não tomar remédio controlado,
nem ter ficha com o delegado.
Mesmo sendo o tal `cidadão de bem` é preciso saber até que ponto assim
ele se mantém.
Tem cara bem comportado que sai da linha quando é provocado.
Tem aquele que é bipolar, do nada ele cisma em matar.
Pra não complicar mais esse tema, é melhor encerrar o poema.”
Àquele que faz do servir o socorro, não pode concordar com Autoridades que tangencia à violência com atos e palavras.
Honestidade de propósito dignifica a vida; o contrário à acanalha.
Sidney Santos
Poeta Dos Sonhos
Amante da Liberdade
Fico admirado com tantas pessoas postando mensagem sobre Jesus e a humanidade com índice alarmante de violência, fome e miséria.
A vida é um espelho.
Saiba quê, o que quer
pro outro é pra você
Somos todos um
É a verdade.
Sua mãe foi agredida
por seu pai?
Seu cunhado
ofende sua irmã?
Que tal trazer felicidade?
Não erga a mão
a quem te deu uma família!
Tente ouvir a voz
que vem do coração
Tenha mais respeito
e amor a quem te ama
Troque a violência
pela gratidão
Um buquê de flores
não pode esconder
o que sua atitude revela
Procure amar
Tente entender
A vida é um espelho
Tudo volta ao seu lugar
Professor se protege de aluno, e aluno se protege de professor, por causa destas e de outras violências ressonantes do Cabo-de-guerra retesado, Pseudo-socioeducacional é que o dia do professor vai passar em branco. Pois esqueceram-se do dia do estudante.
O motorista foi agredido
Num ato de pura vingança.
Assim o país está perdido
Com certa gente na liderança.
Muitos, por lá já pereceram
E nunca acharam um culpado.
Aqui, por justiça imploram
E suplicam por um amparo.
Provocam vários desacatos
E dizem-se vítimas do sistema.
São imunes aos seus atos
E desprovidos de qualquer lema.
A violência do mundo é o reflexo da violência que existe no nosso interior. Somos todos responsáveis por ela. Só eliminaremos de dentro para fora, vibrando na frequência do amor e da paz.
A violência física ou verbal é a máscara do ignorante, ou do covarde, que se esconde neste último e inútil refúgio.
“Excesso de liberdade não gera violência, apenas estúpidos e inexplicáveis óbitos.”
Airton José Marchi-"Expressões"
Não posso ser filha de mais ninguém, ninguém vai me amar como meu pai e minha mãe me amam
Houve um revés no planeta e nem todos os pais e mães são maravilhosos quanto os meus, nem todos os pais são dignos de terem tido filhos, muitos não tem noção do mal que fazem para sua cria e para a sociedade.
O olhar de quem não estava prestando atenção era do Paulinho, um menino de cinco anos que convivia com gritos e surras desde que estava na barriga de sua mãe, mãe omissa e doente.
O pai se casou com uma mulher gostando de outra e não cansa de repetir isso aos quatro cantos do planeta, a mãe uma pessoa estudada que acredita em cada choro de arrependimento, mesmo que apanhe novamente dez minutos depois.
Paulinho nunca sorrir, nunca soube o que é autoestima elevada e na cabeça dessa criança todas as família são assim, ter família é chato, talvez uma prova de tolerância ele pensava, lógico que com a cabeça de uma criança não com essas frase de uma escritora que não consegue traduzir a confusão contida na cabeça dele.
Os vizinhos começaram a violar a privacidade daquela família por causa de gritos constantes pedindo socorro pelos maus-tratos, os vínculos sociais livremente aceitos pelo machismo não imperava naquela rua e ninguém tinha o pensamento mesquinho de que aquela mulher e aquele filho mereciam apanhar.
Em meio aos próprios preconceitos e cheia de condicionamentos que aquela era a única família que a mãe de Paulinho poderia ter, com uma agravante que ela era proibida de trabalhar, dificultava que ela saísse de casa.
Apesar do clima fora de controle, havia paz e serenidade naquela mulher que acreditava no ser interior daquele homem nojento, asqueroso, imbecil, ok, sem ofensas, mas a mulher achava que tinha chance de salvar aquele homem, achava que o mundo deles (família) poderia ser feliz e harmônico.
Foi difícil estancar o sentimento de culpa daquela mulher que se achava digna de cada bofetada, de cada empurrão, de cada soco, chutes, murro, nunca foi saudável essas agressividades e eu não acredito que ela mereça passar por isso e que é mulher de malandro, essa senhora está completamente doente psiquicamente e precisa de ajuda e não de julgamentos e o Paulinho precisa entender que esse mundo não é para ele.
Cure suas feridas e assim viverá com as cicatrizes e as feridas que não tem mais como curar, onde não sai sangue e sim só faz lembrar das dores do passado.
Janeiro de férias
Férias de alegrias
Alegrias na praia
Praia quase deserta
Deserta pela violência
Violência, te peço, tire férias.
Se você deseja cativar a mente das pessoas, tornou-se um opressor; porém, se cativou com o desejo de libertar, tornou-se um libertador.
Sobre os Ataques às Escolas e em especial esse da Creche:
Dia dos Filhos
“Enquanto as leis e punições forem brandas, haverão crimes bárbaros.”
Rubenita Simey 05/04/23
