Tag viagens
pessoas com gaiola na mente não podem fazer uma viagem longa mesmo em apenas 1 minuto, mente fechada não os faz sair do lugar, não os faz ir a Paris mesmo sem ter dinheiro algum.
Quimera
Quando a noite surge chegam os sonhos,
resultado das atividades do dia.
Sonhos de amor, aventuras que na maioria
das vezes, são a tradução de nossas ilusões.
Todas as noites eles veem.
Para mim todos te trazem junto, com as saudades
e a vontade que de ti tenho.
Sonho com os beijos teus,com teu corpo que em minhas
mãos tornam-se viagens inimagináveis.
Fantasio os nossos encontros, sem censuras ou medos.
Ali és minha por inteiro, da cabeça aos pés.
Bom ter esse encantamento pela noite, madrugada adentro
até que o dia nasça.
Ai, sais de perto de mim e ao pensamento retornas,até que
à noite em forma de uma quimera, voltas a ser minha.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil.
Membro da U.B.E
Viajar faz isso: cria um espaço que permite que pensamentos e memórias se intrometam e se afirmem impunemente. Cheiros e visões, a qualidade da luz, o toque de uma buzina...
Há algo no ato de partir que me renova, que me enche de um sentimento de possibilidade. Na estrada, sou forçado a confiar no instinto e na intuição, na gentileza de estranhos, de maneiras que iluminam quem eu sou, de maneiras que iluminam minhas motivações, meus medos.
Como costuma acontecer quando viajo, minha vulnerabilidade - não saber o que diabos vou fazer quando chegar - me torna mais aberto a interações externas do que quando estou em casa e acho que sei melhor o que precisa ser feito.
A alegria descomplicada de conhecer um novo dia sem passado, sem planos e sem ninguém no mundo saber onde estou só pode ser comparada a acordar na manhã de Natal quando era criança. É o mais perto que cheguei de entender a palavra "liberdade".
Estudamos o passado para que possamos conhecer o futuro. Por que não estudar no exterior, para que possamos nos conhecer?
Viajar, ele sempre pensou, era como ele encontraria seu outro eu. Em algum lugar estrangeiro, ele esbarraria no pedaço de si mesmo que estava perdido.
Na maioria uma viagem só de ida,
num mundo que me fixa,
um conhecimento que me cria;
livros, viagens necessarias à vida.
Tive na minha vida essas viagens que nunca acabavam nem começavam, de e para lugar nenhum, e onde eu passava a maior parte do tempo sem fazer nada, andando nas ruas, sentada em cadeiras pré-moldadas, deitada em colchas de hotéis baratos, olhando o negro das janelas de metrôs, o branco das janelas dos aviões, falando frases que não eram minhas. Desse período, tão longo, ficaram uns poucos dias. Uns porque nunca acabaram, outros porque nunca existiram, o anterior se debruçando sobre o novo que não conseguiu se instalar.
" E deixaram o corpo amortalhado no mar para encontrar a alma quando regressassem. Em todas as viagens levaram as memória e as ilusões ...das ilusões tiraram sonhos e das memórias já se esqueceram ...porque no tempo do tempo, tudo é agua e ás vezes luz "