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NA QUARTA PELE
De João Batista do Lago
A serpente que me habita desejosa está,
A pele que nela há precisa reabilitar-se ― troca!
É preciso comê-la. Degustá-la até o fim ― profundamente!
Minha nova pele fugazmente anseia…
No pasto do mundo comi com toda manada.
E bebi do vinho sacrossanto ― satânico e santo!
E de entre todas as peles vomitara deuses e diabos!
― Poderia embriagar-me com a minha pele? ― Como!?
"Não subestime o poder de apenas uma flor. Ela pode alegrar um dia, inspirar um poema, despertar uma memória ou simbolizar um amor."
Sangue e dinheiro tem muita coisa em comum. Alem dos dois serem feitos de átomos e serem ricos em simbolismos, eles também representam as verdadeiras ações em que as pessoas merecem investir.
Muito se fala na criação de expectativas dos pais em seus filhos ou de relações familiares tóxicas, mas pouco se fala na simbolização dos pais, na qual o filho vislumbra seus pais não como humanos, mas como símbolos e assim acabam por os exigir em demasia ou por não ver suas falhas como deve, beirando o fanatismo. Não há pior vida que aquela à base de ilusões.
Vejo muitos postando em suas redes sociais o simbolismo da Páscoa, mas será que a pessoa entende o real motivo da Páscoa?
Só lembro da música “Papai Noel, Velho Batuta”, dos Garotos Podres, que é uma crítica social ao Natal, e usarei ela para fazer uma crítica aos que acham que hoje é dia de chocolate, de dar para seus amados, e esquecem que outros vivem à margem social ou familiar!
Sem hipocrisia, façam suas reflexões.
Fiz tanto, que hoje sou MISÂNTROPO — e para muitos, isso é uma loucura!
X
Sou sonho de barro, disfarce,
a perder-se no traço sem forma.
Luz que não turva à sombra,
abismo, sem trono — aurora.
Lavei as mãos num rio sem nascente;
a cruz não pesa quando feita de névoa.
Não há dor na carne que aceita,
nem medo onde o fogo se entrega.
No coração do fogo não há queima,
tampouco centelha a aviltar.
Quem nada reteve, acendeu o ouro,
não fogo em palha a brasar.
Vejo a prata nascer da cinza imóvel,
fênix que arde num voo sem cruz,
sem dor, sem retorno nem em vão.
É fogo ou ouro ou luz?
Aprendi a Respeitar e Entender Simbolismos sem o Olhar Religioso ou Místico - William Contraponto
Durante muito tempo fui ensinado a associar símbolos a crenças, ritos e dogmas. Toda cruz era uma fé. Todo círculo, uma divindade. Todo gesto, uma invocação. Mas aos poucos comecei a perceber que há mais camadas nas formas que repetimos e nos signos que carregamos do que apenas o viés religioso ou místico. Aprendi com o tempo, e talvez com certa dor, a respeitar e entender os simbolismos como linguagem humana. Não como ponte para o sobrenatural, mas como reflexo do que somos e do que buscamos compreender.
O símbolo não é necessariamente uma janela para outro mundo. Pode ser apenas um espelho. Um modo de organizar o caos da experiência. Um desenho que resume uma ideia complexa, um medo ancestral, um desejo escondido. A serpente, por exemplo, já foi o mal, a sabedoria e a renovação. Nenhuma dessas definições é definitiva, todas são interpretações culturais. O símbolo, em sua essência, não exige fé. Exige leitura.
Percebi que símbolos são como palavras condensadas, signos que falam diretamente ao imaginário, não à crença. Eles pertencem à arte, à filosofia, à política, à ciência e até ao cotidiano. Um punho cerrado é resistência. Um arco-íris, diversidade. Um labirinto, introspecção. E tudo isso pode ser compreendido sem recorrer ao sagrado. Basta enxergar o humano por trás da forma.
Respeitar os simbolismos, para mim, passou a ser um ato de escuta. Um esforço de tradução. Entender que eles não são meros enfeites, tampouco relicários mágicos. São manifestações simbólicas de trajetórias coletivas e individuais. São tentativas, muitas vezes desesperadas, de dar sentido ao indizível. E esse esforço é digno de respeito, mesmo que não acreditemos no invisível.
Assim me libertei da obrigação de crer para compreender. E aprendi a honrar os símbolos como quem lê um poema, não buscando verdades absolutas, mas sentidos possíveis. Porque, no fundo, simbolizar é um modo de sobreviver ao real, e isso por si só já é profundamente humano.
As palavras não são neutras. Nunca foram. Por mais simples que pareçam, elas carregam camadas de história, afetos e intenções. Cada palavra dita é um gesto simbólico. Pode abrir mundos, mas também pode fechá-los.
Seu Mês, Sua Flor
Nasceu em Janeiro, abraço frio e suave,
O cravo é teu encanto, amor que nunca acalma.
Nobreza e graça, traços que definem,
Lealdade à família, laços que nos unem.
Fevereiro trouxe modéstia a irradiar,
Violetas se erguem, sonhos a embalar.
Sábio e reservado, teu coração se abre,
Lealdade profunda, onde a amizade vibre.
Março em cores vivas, Narciso a desabrochar,
Paz e felicidade, em ti a dançar.
Criativo e amável, és a flor gentil,
Sorriso constante, amor que é sutil.
Abril, mês de margaridas, pureza a exalar,
Revela-se sem medo, seu interior a mostrar.
Leveza e despreocupação, traços encantadores,
Alegria em gestos, como cantores.
Maio traz o lírio-do-vale, humildade a florescer,
Prático e doce, vida a enriquecer.
Enfrentas desafios, como flor tóxica em sino,
Teu coração é puro, como um hino.
Rosa é flor de junho, amor a desabrochar,
Romântico e adaptável, sonhos a alcançar.
Amizades e laços, como pétalas a abrir,
Compromisso e lealdade, a sorrir.
Julho traz o delfino, transparência a encantar,
Engraçado e acolhedor, risos a se espalhar.
Charme em cada gesto, positividade a emanar,
Família é alicerce, amor a iluminar.
Gladíolo de agosto, força e vitória a guiar,
Intelectual e líder, luz do conhecimento a brilhar.
Força inabalável, como flor erguida alta,
Integridade e sucesso, estrela que exalta.
Setembro surge com áster, sabedoria a trazer,
Perfeccionista e emotivo, coração a aquecer.
Comunicação excepcional, como estrelas a luzir,
Empatia e paciência, em cada olhar a surgir.
Calêndula em outubro, harmonia a emanar,
Amizade e descontração, vida a iluminar.
Busca pela paz, equilíbrio a lutar,
Generosidade no coração, sorriso a encantar.
Crisântemo em novembro, compaixão a brotar,
Honestidade e amizade, em ti a vibrar.
Alma altruísta, como pétalas que se expandem,
Sorrindo para o mundo, luz que nunca se rende.
Dezembro traz azevinho, proteção a enlaçar,
Bem-estar e aconchego, coração a brilhar.
Organizando a vida, bagas a proteger,
Defendendo teu espaço, a viver, a crescer.
Cada mês, cada flor, um pedaço de emoção,
Teu ser é jardim, mundo de paixão.
Traços de alma e coração, em cada pétala a dançar,
Guiando teus passos, a te inspirar, a encantar.
