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RESIGNAÇÃO
Se é isso que tu queres,
Eu não teimo não insisto,
Faça o que tu quiseres,
Eu não luto, eu desisto.
Se é o teu jeito de ser,
E é tua opinião,
Eu procuro te entender,
Não tiro a tua razão.
Respeito teus ideais,
E nem vou mais contestar,
Talvez não me encontre mais,
Se depois me procurar.
A vida corre com o vento,
O tempo é rápido a passar,
Eu já não tenho mais tempo,
Um tempo pra te esperar
Talvez eu me sinta triste,
Deste teu amor ausente,
Mais no mundo ainda existe,
Amores, de amor carente!
Saindo tão de repente,
Aos poucos eu me refaço,
Pois existe muita gente,
Esperando o meu abraço.
Repito,desisto, não vou lutar,
Eu vou te deixar em paz,
Mas se talvez me procurar,
Já será tarde demais.
Não vou tirar-te a razão,
Mas não reclame depois,
O amor,é via de duas mãos,
Não posso amar por nós dois.
Na vida, tudo se ajeita,
Com certeza podes crer
O meu amor que rejeitas,
Alguém ainda há de querer.
No meu pranto derramado,
Não vou ficar iludido,
Pois amar, sem ser amado,
É puro tempo perdido.
Márcio Souza.
Querer exigir de alguém algo que não está completo em si é puro egoísmo ou falta de resignação para perceber que então é melhor estar sozinho do que com alguém para você consumir.
Uma coisa é certa; não sabemos como será o nosso amanhã, não temos nenhuma garantia de nada, porque a vida é um mistério impenetrável, por isso é necessário mostrar às pessoas que amamos, o melhor de nós. E ninguém jamais disse que seria fácil, amar sem machucar, falar sem ferir, e perdoar quando se sentir ferido por alguém. Porém, outra coisa também é certa; temos que aceitar com resignação as coisas que não podemos mudar com as nossas próprias forças, temos que ter a serenidade de esperar pela ação da natureza que a tudo rege, e sorver o cálice de esperança, que é vitamina que fortalece a alma.
SOBRE O ESTÉTICO, O ÉTICO E O RELIGIOSO
No evangelho segundo Lucas, encontramos uma das mais famosas parábolas de Jesus - a parábola do filho pródigo. O filho mais novo pede sua parte na herança (antes mesmo da morte de seu pai) e sai em busca de prazeres e paixões carnais. Gasta tudo o que tem e percebe que não foi feliz. O outro filho, aparentemente mais responsável, submete-se à obediência das normas do Pai. Fica com ele na fazenda, mas não o vê como um pai justo e amoroso, haja vista que questiona seu pai quando este decide receber de volta o filho pródigo. Um paralelo à filosofia existencialista de Soren Kierkegaard, nos remete à ideia das três etapas a que todo ser humano passa, a saber: o estético, o ético e o religioso. O filho pródigo representa o estético, ou seja, a busca por prazeres e paixões. Há uma fome insaciável e um buraco existencial que o leva ao desespero. No ético, representado pelo filho mais velho, existe uma busca pelo que é correto, acreditando que, obedecendo regras, se pode encontrar a paz para alma, contudo, o que se percebe, é uma vida insípida travestida de moralidade, tal qual os fariseus. Apenas no religioso, afirma o filósofo, vamos encontrar a paz para nossa alma. Da angústia, surge a fé - o salto para além da razão, e a total resignação a Deus.
Amor e compreensão do amor nascem do exercício de introspecção, de resignação e, acima de tudo, de aceitação.
Sem tais exercícios, certamente nunca viverás em plenitude as emoções de amar.
"O pior, quando se escreve sobre a distimia, não é a preocupação com a opinião dos outros. O pior é reler o que escrevemos, é ter que admitir que aquilo aconteceu conosco, que estamos relatando a nossa vivência. É preciso ter resignação - coragem e paciência - para aceitar que sofremos os efeitos dessa doença." (Lenise M. Resende, escritora) Trecho da crônica Triste Alegria
Meditando
Um constante resignar...
Sem muito pensar, ou quase nada
Quanto menos questionamentos, melhor pra ser livre.
À medida que abandono os excessos,
vivo plenamente a simplicidade tranquila.
Saber pedir.
Romualdo era um jovem alto, magro, rosto pontudo feito um dente de alho com umcavanhaque na extremidade do queixo, nariz pontudo, e sua cor ia desde o moreno claro até o indiano, seria o que pode-se chamar de mameluco. Por sua figura física recebera dos amigos de futebol o carinhoso apelido de Espaguete. Apesar de ele e o restante da família serem cortadores de cana, Espaguete ainda jogava no Arsenal de Nova Andradina, time da terceira divisão estadual, que lutava para subir para a segunda divisão, apesar de o nome do time ter sido inspirado no time inglês, toda a região conhecia o time pelo carinhoso nome de “Greminho”, isto por que o time jogava com um uniforme azul e branco, que fora cedido pelo Grêmio de Futebol Porto Alegrense, e pela eminente falta de recursos a única alteração que fora feita nos uniformes foi uma letra “A” enorme pintada com Acrilex, em cima do brasão do Grêmio. Nos treinos os jogadores jogavam com as camisas do lado avesso para não sujar até o jogo oficial.
Domingo era jogo decisivo, o Arsenal de Nova Andradina, iria disputar pontos cruciais contra o Milionários de Catanduvas, time forte, que era bancado pela usina de açúcar e álcool Santa Dulce. Espaguete tinha um motivo a mais para jogar bem este jogo, afinal lá jogava o Rodney, mais conhecido como “Rato” jogador miúdo, ligeiro, danado, escorregadio, e o pior namorava a Marinalva, filha do Zé Preto do Alambique, mulata caderuda, lábios e coxas grossas, cabelos de molinha, dentes brancos e olhos de mel. Marinalva estaria lá na platéia torcendo pelo “Rato”, mas quem sabe não seria o dia do “Gato”.
Foi pensando na partida de domingo, que Romualdo treinou, ensaiou, todas as tardes após o árduo trabalho na colheita da cana, ele ainda encontrava forças para correr por 2 horas, procurava ler tudo o que encontrava sobre futebol, e sobre o seu ídolo, Zidane.
Fazia uma semana que a copa do mundo havia terminado, e o mundo havia conhecido um jogador impar, o argelino naturalizado francês, Zinedini Zidane, que parecia ter elástico nos pés, sua precisão nos passes, seu domínio de bola, sua visão de líder no campo, simplesmente inspiravam Espaguete. Espaguete tinha fotos do recente ídolo até no cabo do facão de cortar cana, um transfer que ganhou do sobrinho que mascava mais de 20 chicletes por dia, somente para achar transfer’s do Ídolo francês e correr para dar para o tio. Espaguete andava cerca de 15 quilômetros para ir e voltar da casa do Nerço baiano, para assistir umas fitas k-7 do ídolo Zidane jogando. E voltava por todo caminho chutando todo o que pudesse ser chutado, imitando os dribles do seu ídolo Zidane.
Foi numa dessas idas e voltas que espaguete ao chutar uma espécie de candeeiro ouviu uma grande explosão seguida de um clarão... Um verdadeiro show pirotécnico, havia fumaça de varias cores por toda a parte, um forte vento, e um barulho ensurdecedor que lembrava uma chaleira fervendo. O vácuo da explosão havia arremessado espaguete contra um barranco, atordoado pela explosão e com a vista infestada de pequenos pontos laminosos, “espectros”, causados pela luminosidade da explosão. De repente espaguete vê uma densa nuvem de fumaça sair da lamparina e tomar forma humana de proporções gigantescas, seu susto só não era maior que sua curiosidade, sua mente mandou os pés correrem, porém tomadas de tremedeira recusavam-se obedecer aos impulsos cerebrais. Aquela figura cuspida pela lamparina era assustadora, porém, tinha os braços cruzados e um olhar de agradecimento, o que tranqüilizava espaguete.
– Faça um pedido, seu desejo é uma ordem... Sentenciou a figura.
Espaguete trêmulo, assustado, mas curioso, até porque já conhecia a história do gênio da lâmpada, respirou, tomou forças e fitando a figura nos olhos perguntou:
- Como? Um pedido só! Não são três?
A figura fitou espaguete com um olho mais aberto que o outro, e sentenciou:
- Se você fosse europeu ou americano até poderia ser. -Depressa magrelo, tenho uma eternidade para curtir, rápido, antes que eu me arrependa.
Espaguete percebeu que a aparição estava falando sério pensou, matutou e fez o pedido a que tinha direito.
- Quero jogar igualzinho ao Zidane.
O gênio fez semblante de pensativo, colocou o dedo no queixo e num estalar de dedos fez aparecer um monitor de tv, e como se fosse um Google encantado fez aparecer toda a carreira de Zidane, após alguns segundos matutando, o gênio respirou aliviado.
- Hummmmmmmmffff!!!! -Tudo bem, você quer aprender a jogar igual a esse cara, é isso?
Espaguete com um brilho no olhar, responde:- Sim, é o que eu mais quero na minha vida!
O gênio sem perder tempo toma forma humana, fica de frente para espaguete, da-lhe uma cabeçada no peito, quebrando-lhe três costelas e sentencia:
- Pronto! Agora você já aprendeu a jogar igual ao cara.
Texto, roteiro, história, criados por: Luiz Antonio Nunes
Tudo está onde deveria estar, não existe suposições, o que tinha que ser é e ponto final. Se dar pra mudar? - Sim! Pois tens o teu livre arbítrio. Mas, voltará ao lugar de origem se não for concluído com resignação e resiliência o destino traçado pra ti. As peças de um quebra cabeças sempre existirão, cabe à ti acoplá-las sem burlar uma peça sequer. A Terra é escura mas o céu é límpido.
Não me lembro quanto tempo durou. Na verdade não fiz essa conta. Dia 18, duas coisas vieram à tona. Na primeira, me dei conta primeiramente que meu pai, mesmo morto, não abre mão de viver no que eu poderia intitular "inconsciente impulsionado à submergir". Na segunda, eu me dei conta de que sou único responsável pelos quase-desfechos das histórias que caí como cai a chuva na terra dessa vida. Único foi exagero, claro. É bom que eu pense assim. Dói agora, mas num amanhã que nem sequer apareceu ainda no horizonte, vai espairecer e sumir como a fumaça do último cigarro de cada dia. Tá desconfortável, mas estou aprendendo a sublimar. Ou eu desista dessa merda e diga logo onde estive(ponto paradoxal de continuação)
Fácil é ser grato quando as coisas saem exatamente como planejamos. Difícil é ser grato ainda que não tenham saído como planejado.
O falto de condescendência se irrita facilmente, mas o longânimo com resignação suporta contrariedades.
Todo espírito que um dia almejou ser livre, foi o opressor de hoje para logo em seguida ser o resignado de amanhã
Corra riscos por mim (Jesus Cristo), e você encontrará vida. Faça uma aposta conservadora e perderá tudo.
Amor impossível
Ray lima leite:
-Desde que eu te conheci eu tenho vivido Dias lindos...mesmo distante de você.
-No entanto somente em está escrevendo estes versos pra você, já me traz felicidade,
Saber que você existe.
-E mesmo se nunca nos vermos, ainda assim eu sou feliz por você, pela sua vida, pela sua família, pelo teus filhos.
Sou feliz por você nunca ter esquecido de mim, assim como eu nunca me esqueci de você.
E cada dia que passa o sol da Esperança brilha mais forte para mim,
Me promovendo a certeza de que, se meus dias forem acrescentado mais um pouco... eu verei você com os meus próprios olhos.
Maura :
- E desde que ti conheci, eu vivi sempre na angústia no silêncio,
na escuridão e no desespero de uma necessidade em vão, sempre na ilusão de que um dia se torne realidade.
-E difícil acreditar mas sempre tenho a esperar, e me pergunto, será que um dia isso vai passar?
ray lima leite:
-Se um dia, pra você passar,
que passe lentamente,
Porque só assim dará tempo para que a minha esperança e meu sonho, se torna realidade.
Maura:
-Mas sua ausência destrói minha alma.
-Sonhos incessante tenho tido com nós dois...
Desculpe... nem consigo digitar direito, fico trémula só de estar falando com você.
ray lima leite:
-Eu entro em delírios só em pensar em um dia poder te encontrar.
Maura:
-Sabes que isso nunca vai acontecer...
ray lima leite:
-Porque?
Maura:
- Impossível, Ou talvez só em uma outra vida...
ray lima leite:
-Discordo.
-Porque cada dia que passa eu Sinto que está mais perto de te conhecer.
Maura:
- Nessa época eu já terei desistido.
-Porque sei que e só ilusão.
ray lima leite:
-Mais eu não.
Maura:
- Tem sonhos que se realizam, mas o nosso se tornou pesadelo.
- Preciso de você pra ser feliz.
ray lima leite:
- Eu sempre espero ver você feliz de verdade.
Maura:
-Você sabe o que falta Para isso acontecer...
-Tenho tudo mas não tenho nada Porque sei que não tenho você.
Ray & Maura Vanessa
Raimundo Leite
As vezes a tristeza pega, a depressão agarra e se a gente não buscar a força interior que todos nós temos, periga desistirmos da luta...! Mas além das tristezas, temos muitas coisas boas para apreciar, como essa luz irradiante que entra pela janela e me faz refletir sobre o verdadeiro sentido da vida! Pode até não ter luz... mas é preciso remexer as cinzas pra encontrar alguma faísca que ficou escondida... e saber que nem sempre a relembrança de algo que incomoda é ruim...Ora... e se as coisas viesse prontinhas, sem que precisássemos nem mover, nem sentir, nem inventar? O que seria do amor se não soubéssemos o que é o desamor? E se não conhecêssemos a solidão, saberíamos valorizar a companhia que preenche nossos dias? Pra tudo tem que haver um contraponto, o bom e o ruim, para que possamos saborear o que nos faz bem com mais gosto e mesmo que o bom demore a acontecer, aproveitemos então o tempo para exercitar a paciência, a resiliência e fazer sempre a prece de Francisco de Assis que diz: “Senhor, dai-me força para mudar o que pode ser mudado... Resignação para aceitar o que não pode ser mudado... E sabedoria para distinguir uma coisa da outra.”
Se por acaso me achares bonita.
Não diga nada! Cale-se…
Deixe que o tempo termine minha exposição.
Se por acaso me achares perfeita.
Também, não diga nada! Cale-se…
Deixe que eu termine minhas obras e que elas me retratem.
Se por acaso me achares maravilhosa.
Tampouco, não diga nada! Cale-se…
Deixe que o cinzel do dia-a-dia termine o meu lapidar.
Se me achares doce.
Também não diga nada! Cale-se…
Deixe que o oceano da rotina se misture a mim, somente depois me sorva um gole.
E se depois disso tudo, ainda, quiseres do meu lado estar?
Há um lugar no banco daquela praça, onde estarei todas as manhãs.
Embaixo daquele jequitibá.
Onde o chão é todo rendado.
Pelas sombras das folhas dos dias ensolarados.
E de onde, distante ficarei, a fitar meus flagrantes bisnetos.
A sorrirem de tanta graça, daquela bisa que fica ali sentada.
Enrolada em seu xale rendado.
A sorrir de volta para eles, toda encantada.
No banco daquela praça.
E se por acaso, lá não estiveres…
Ainda, assim, lá eu estarei.
Sob a sombra do jequitibá.
Num tapete rendado pelo sol.
Toda enrolada em meu xale rendado.
A sorrir e a fitar, toda encantada.
Meus bisnetos em flagrantes risadas.
No banco daquela praça
No que se refere à mudança pessoal: é um logo caminho prová-la para alguém que já se convenceu de que você é de determinada maneira. Mais importante do que provar a sua mudança é vivê-la.
Nunca contestei meus espinhos, ao contrário, os aceitei resignada, porque sei que são eles que protegem, a minha delicadeza de flor.
Alguns acontecimentos nos derrubam, nos deitam por terra totalmente. É nessas horas que somos obrigados a aprender a ser semente, a esperar o tempo necessário para crescer e só então, depois voltar a florescer.
