Tag relações
Simplifique sua vida, abdicando de atividades e relações que não lhe acrescentam paixão e bem-estar. É fácil identificar isso, pois são fontes de ressentimento e angústia.
Hoje os relacionamentos sempre serão a 4, os casais e seu celulares. (Um relacionamento monogâmico). (16/11/2017)
As relações que mantemos são os caminhos que percorremos.
Ainda que sozinhos, somos colocados numa íntima relação com nós mesmos.
Eu entendo a plenitude, considero inclusive a linearidade das sensações de uma beleza irreparável, algo que de fato não se deve contestar, mas em mim isso segue oscilante demais. Momentos de uma felicidade inegável, de uma luminosidade tocante, como a observação de gente amada reunida, por exemplo, em contrapartida fases de incessante falta de sensações, sem cor, com a palidez desaforada de um triste azulejo branco encrustado na parede de um corredor de hospital.
Não entendo a felicidade constante, não entendo essa ode ao ser feliz o tempo inteiro, quase que como obrigação. Sou cercado de esquinas onde a vida se torna intolerável e isso não se deve ao fato de um olhar pessimista, eu sei olhar ao meu redor e contar todas as minhas bênçãos. Acredito que essa rejeição expectante, que essa intolerância viva venha justamente de tudo o que nos envolve e que pérfido dolorido ou nulo.
Sentir-se infeliz, entristecer-se, passar por uma fase em que a vida se torna intolerável também faz parte da completude que é existir, é no contraste que aprendemos a reconhecer nossas graças, é na intolerância pelo que é atual, por todo o cenário desastroso em que vivemos que aprendemos a reconhecer o que abre a nossa ferida interna.
Quando a vida fica intolerável é justamente quando ela se aprofunda, quando ela invoca a reflexão, quando toca a consciência, quando aflora nossas questões internas. Quando a vida fica intolerável é justamente quando aprendemos sobre nós mesmos, quando administramos a própria solidão, quando identificamos relações debilitantes.
Felicidade é a superfície, é quando o mar perde a profundidade e termina em uma coisa bonita e mansa que chamamos de praia, felicidade é rasa, é a bolha do conforto que criamos a nossa volta, é o que não nos permite ver além da própria felicidade. Felicidade é bonita, é necessária, mas não abre brechas para grandes reflexões.
Por outro lado, o intolerável da vida é quando o mar se aprofunda, é onde o sol não bate, é quando poucos nos suportam, é na negação das profundezas que fazemos bobas entregas superficiais, é na negação do intolerável e do difícil da vida que surgem as relações por conveniência a aceitação da comodidade em detrimento do que se é, os relacionamentos por medo de estar só. É na negação do intolerável da vida que a gente cria artifícios de felicidade momentânea, que alguns se entregam a vícios e às relações descartáveis.
Em contraponto a essa negação eu aprendi a reconhecer que tudo bem se eu for um pouco triste, que faz parte eu zelar pela vida quando esta se torna intolerável, que aplacar dores particulares faz parte da beleza e da completude que é estar aqui, que repensar sobre o meu caminho é o que me leva além e que a contrapartida é uma felicidade consciente, que vem e que sempre virá quando eu souber conhecê-la, ao invés de ficar perseguindo-a com tudo que for superficial demais.
O inacabado de cada um
Comecei uma crônica dessas há alguns minutos, mas não cheguei ao fim, foram algumas linhas de frustrações e experiências que não encheram uma mísera folha, e assim tive a ideia de criar a pasta dos inacabados e foi para lá que eu mandei alguns textos que não terminei, mas que merecem um segundo olhar, para lá também seguiu uma poesia sem a primeira estrofe, quem me dera se a vida tivesse uma pasta para os inacabados.
Nela eu colocaria quase amores que sumiram sem ponto final nem reticências, deixaria as discussões que não resultaram em conclusões, depositaria um pouco das expectativas que seguem sem desfecho, colocaria na minha pasta de experiências inacabadas todos aqueles “até logo” que falamos sem marcarmos algo em definitivo, ou ainda as conversas viscerais que abrimos mão porque corríamos o risco de parecermos chatos demais no meio da roda de amigos.
Na minha pasta de inacabados teria tudo, absolutamente tudo o que merece um segundo olhar, como aquelas opiniões sisudas demais, toda e qualquer certeza que julgamos ter deveria estar numa pasta de inacabados, porque se pararmos para pensar a própria vida estaria lá dentro, quer coisa mais transitória, incompleta, cheia de incertezas e inacabada? Acho que lá teria espaço suficiente para pessoas que julgamos cedo demais e que merecem um segundo olhar, ou ainda amores que por terem sido subestimados já que não cumpriam com as nossas idealizações foram vítimas do nosso olhar apressado deixando tudo o que poderia ter sido apenas inacabado.
Que lindo seria se aprendêssemos a reconhecer, se parássemos de colocar as pessoas na forma das nossas idealizações, porque assim a gente viveria mais experiências completas e menos inacabadas por medo do que vão pensar ou do que vão dizer. Se tivéssemos coragem de armazenar coisas relevantes na pasta de inacabados pediríamos mais desculpas e julgaríamos menos, atribuiríamos, ainda que em longo prazo, um desfecho para tudo o que poderia ter sido, mas não foi.
É por conta disso que aprendi a desconfiar das pessoas certas demais, não das seguras, mas das muito certas sobre tudo, pois se pararmos para pensar certeza mesmo não há nenhuma. Então tudo bem que eu não termine minha crônica, que a poesia fique sem a primeira estrofe e sem sentido, a vida também é assim a gente é que fica buscando sentido em tudo e tendemos a atribuir a ela os sentidos que melhor nos cabem, até mesmo como autoproteção.
No final a própria existência é a nossa pasta de inacabados e dá para voltar atrás, se arrepender, mudar de ideia, resgatar relações e romper com idealizações, porque não há caminho certo, nem portinha da felicidade, muito menos o mapa da mina e se não há mapas pouco importa o caminho, o que importa é manter-se em movimento e perdoar tudo o que ficou por acabar.
Sobre amar
Amar deveria ser um acontecimento natural que nos torna melhores, pois passamos a acontecer mais intensos a partir do outro; você cuida de mim e isso é bom, mas eu te amo por tudo o que somos quando estamos juntos. Você me faz rir e isso me entorpece, mas eu te amo por todos os sorrisos que você permite que eu arranque de você. Você me resgatou de uma solidão desastrosa, mas eu te amo porque você escolheu ficar mesmo tendo infinitas possibilidades de ir.
A falta de diálogo é um mal que deteriora o convívio humano, gerando desentendimentos, conflitos e esfriamento das relações.
Uma pessoa pode ter sido uma idiota pra você.
E você pode ter sido uma idiota pra uma pessoa.
Mas isso não significa de que a pessoa será idiota pra todo mundo, nem que você será também!
Quando conhecemos uma nova pessoa temos sempre a CHANCE de sermos uma pessoa melhor e conhecer também o melhor da outra pessoa (seja amigo, parente, parceiro... )
A cada pessoa que conhecemos temos toda essa CHANCE de melhorar!
Até um dia realmente sermos quem gostaríamos de ser.
Ai depois de tanto tempo, aquela pessoa ou outras podem te falar: "Como você está diferente".
E com certeza estarão, ambos! Todos!
Tudo vai depender das CHANCES que você aproveitou!
SOBRE CONSTRUIR RELACIONAMENTOS
Se você Investe boa parte de seu tempo para construir grandes relacionamentos, você certamente está se tornando uma pessoa cada dia mais rica. Quando falo de riqueza não falo só de dinheiro, pode ser também, mas não apenas isso, você com certeza tem aumentado seus ganhos em conhecimento, amizades, negócios, experiências de vida, ampliado sua visão e sua ideias.
O ponto importante é doar-se, contribuir, pois certamente a medida que está disposto(a) a contribuir, verá também o quanto ira receber de contribuição, carinho e respeito.
SOBRE CONSTRUIR RELACIONAMENTOS
Se você Investe boa parte de seu tempo para construir grandes relacionamentos, você certamente está se tornando uma pessoa cada dia mais rica. Quando falo de riqueza não falo só de dinheiro, pode ser também, mas não apenas isso, você com certeza tem aumentado seus ganhos em conhecimento, amizades, negócios, experiências de vida, ampliado sua visão e sua ideias.
O ponto importante é doar-se, contribuir, pois certamente a medida que está disposto(a) a contribuir, verá também o quanto ira receber de contribuição, carinho e respeito.
Siga em frente mesmo que devagar, siga em frente, se pode acelerar, acelere, se não, continue em frente devagar, mas não pare, nunca.
A grama que vês de longe é a grama que te arranca suspiros. Só não reparas que o cheiro do verde que sentes vem da grama que pisas.
Abandonei aquela postura vitimista de culpar todos por não demonstrarem o interesse suficiente para criar vínculos sentimentais. Não espero amores eternos e nem mesmo o romance dos contos de fadas. Na realidade, se as coisas dão certo ou errado nem sempre é culpa do desinteresse alheio, às vezes, são as nossas expectativas que afundam todas as nossas chances. Muitas vezes queremos que a pessoa seja mais do que ela está proposta a ser, ou exigimos um tempo de reação igual ao que temos, porém, apaixonar não é uma ciência e mesmo que fosse não seria das exatas. Nosso maior erro é começar algo com alguém e exigir dessa relação a mesma sequência do que lê-se nos livros ou do que presenciamos das relações já existentes. Cada ser tem seu tempo embora conviva no mesmo espaço. Somos trem de carga e cada um puxa seus vagões repletos de história, sucessos e frustrações. A força que cada um precisa para seguir em frente é diferente e não adianta colocar a culpa no maquinista. Amor não é uma troca pois a ele não cabe exigências, o amor verdadeiro é entrega, honesta e sem medidas.
Relações é como brincar na gangorra!
As vezes de um lado, a criança quer desfrutar o prazer de ir o mais alto possível, do outro lado a criança as vezes, por medo ou simplesmente por não gostar, preferem subir não tão alto.
Dali então começam a discutirem um com o outro por seus próprios desejos, uma quer ir ao alto e a outra não. Em alguns casos, mesmo com medo a criança vai ao alto para satisfazer a outra, ou se contenta com o baixo para assim brincarem juntas. Um ou outro estará contrariada, no alto ou no baixo para fins de satisfazer o parceiro.
Assim funciona a maioria das relações. E em um parque sempre há várias crianças, mas ficam juntas quem se conhecem e se gostam, apesar das desavença.
As vezes, por sorte ou por fato verídico do destino, sempre chegam outras crianças ao parque, que gostam de ir ao alto com a mesma intensidade. Dali então brincam felizes e riem o resto da tarde.
Devemos tomar cuidado; em minha infância presenciei crianças que subia a outra na máxima altura e depois soltava o brinquedo fazendo assim com que a outra fosse ao chão de uma vez só. Essas são pessoas egoístas e brincam consigo mesmo com dores das outras.
Novamente falando, acabamos por brincar com a outra por não haver outra opção até que outra criança chegue no parque e brinque com a mesma intensidade.
A culpa não é de nenhuma, pois cada uma tem seu valor próprio, seu direito de escolha e seu direito de escolher quantos metros vai subir do chão. Assim como tem seu direito de escolha quanto a crianças que gostam de serem levantadas com a mesma intensidade.
Não brinque contrariado, não se relacione contrariado. Outros amores sempre vem e se encaixam. Assim como as crianças no parque!
Por onde passo, deixo os meus cumprimentos de chegada e despedida, ou apertos de mão. Faço isso por cortesia, acreditando que a gentileza gera gentileza, e assim surgem relações interpessoais mais amistosas.
Diante da liquidez das relações,
Sábio é quem faz de si um rio.
Deixa fluir tudo que corre em si,
Desvia das pedras, das montanhas,
Vai do alto ao baixo.
Quando seu céu chora, se enche.
Quando seu tempo seca, se conserva.
Depois que já fez seu caminho,
Nos irregulares planaltos do continente da vida,
Deságua já pequeno no vasto mar da eternidade.
Dissolvendo toda sua história no infinito.
E o ciclo se recomeça na completa neutralidade do mar.
Numa nuvem, a gota de chuva que era rio cai,
E como que por um milagre, renasce.
Em toda relação há o ápice da discórdia e da afeição, mas no final, relações verazes irão persistir.
O esforço para o início
Deveria ser mantido,
Pra continuar
Sendo promovido.
Promoção dos sentimentos bons
Como as emoções,
Que culminam
Em nossas relações.
Não existe ninguém que não fala, as pessoas se relacionam (com quem querem).
Não existe ninguém que fale tão pouco que não se solte e nem se encante ou não se esforce para uma boa conversa (quando está interessado).
Não existe ninguém que não tem tempo de te dar um oi (quando você é prioridade).
Não existe ninguém que esteja tão ocupado o ano inteiro que não tenha 1 dia útil ou alguns vários durante um mês de 30 dias. (Quando quer te ver).
O que existe é falta de interesse, é falta de prioridade, falta de importância, ou meia relação. (Se é que me entendem).
E tudo o que for meio se ambos não quiserem meio, não é recíproco, e o que não e recíproco não é legal. E de pouca coisa ninguém vive ou merece!
(18/01/2018)