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O aborto é um homicídio doloso e covarde, uma vez que a vítima não oferece a mínima chance de defesa. Não existe o aborto involuntário, a isso damos o nome de acidente.
O mormaço da hipocrisia
De Recife à Olinda
Só se ver alagamentos
E o povo, em lamento
Diz que vai tomar medida
Contra esse homicida
Que é o governo local
Mas logo perdem a moral
Quando vem as eleições
Vendem o voto pra ladrões
Repetirem tudo igual
(Jefferson Moraes)
Olinda, Pernambuco
01/05/2014
Não quero apenas estar em teus braços, quero estar em sua vida. Não quero apenas os teus beijos como bocas sem sentido misturadas uma na outra num desejo louco e incontrolável, nos perder e nos sufocar neste instinto animal louco que nos devora. Não quero saciar apenas o prazer do momento. Quero que você me entenda e leia nos meus lábios as palavras que eu não sei dizer. Quero que conheça o meu intimo, algo que o exterior não revela, algo que o prazer não satisfaz. Quero o teu sentimento. Quero te entender. Tocar no fundo do seu coração. Quero você perto de mim. Quero sentir o que sente. Estar sintonizado em você. Não só pelo corpo que nos aproxima, e sim pelo coração que nos une e nos torna um só. Amo-te minha estrela guia, minha luz, minha amada iluminada e bela como o sol do Recife.
Reflexos
Assisto ao espelho as marcas de histórias vividas e escritas em meu rosto.
Uma obra do tempo que em traços profundos, imperfeitos, eu descrevo.
De cada momento, minutos, segundos, alegrias e tristezas que invento.
E a tal me reinvento, meus ressentimentos e queixas descarto, prescrevo.
Meu espírito fosco debruça-se em meus olhos sofridos, cansados, vermelhos.
refletem os desgostos remoídos e engolidos em noites a claro, sem alento.
Assisto ao espelho as marcas de histórias vividas e escritas em meu rosto
Uma obra do tempo que em traços profundos, imperfeitos, eu descrevo.
Minha história reescrevo nas linhas de versos dispersos, adversos e tortos
Eis meu universo, transverso em minh'alma, ao mundo desnudo, exposto.
E em meu mundo aposto consciência em viver o altruísmo e sem o apego.
É chegado o tempo de colher sossego, aferir a balança, medidas e pesos.
Assisto ao espelho as marcas de histórias vividas e escritas em meu rosto.
Beto Acioli
07/11/2013
Construir
Despertar pra vida remir os sonhos remissos com desvelo;
Banir o ócio, tecer o fio, reencontrando a ponta do novelo;
Projetar-se com zelo, acordar cedo ao raiar da alvorada;
Dar ao oposto um gelo, seguir avante afora a estrada.
Ir adiante, sempre confiante sem ignorar o retrovisor;
Alicerçar-se nas experiências tidas das quais já vivenciou;
Tirar proveito e lições das quedas, tropeços e decepções;
Ter apreço a lida, ter da vida, urgente, uma nova visão.
Erguer paredes, abrir portas, janelas, construir os sonhos;
Arregaçar as mangas, por a mão na massa, na argamassa;
Bater o nível, prumo, linha, quarto, sala e cozinha em esquadro.
Cobrir a casa, proteger a vida, construindo um alto telhado;
Eis a guarida pra família e o regaço para quando já cansado;
Valeu o suor que foi à massa e aos tijolos dessa casa misturados!
Beto Acioli
10/11/2013
Sem dó
Eu não tenho Dó
Se tu vens de Ré
E te entregas pra Mi
Na cama ou (so)Fá
Me deixando afim, quente como o Sol
Remexendo assim, pra cá e pra Lá
Sem ter dó de Si
Sem de mim ter Dó.
Beto Acioli
09/11/2013
FESTIM
Não tem salmão
atum azul
Gadus morhua
na santa ceia
deste poeta
esfomeado e patife
que chegue aos pés
do meu filé de sereia
que disfarçado em sardinha
trago contrabandeado
do doce mar do Recife.
Recife, quando olho me encanta.
Desde as pontes às calçadas.
Tuas lindas praças movimentadas.
Com teus versos me pulsando.
Quando um fumo de cigarro.
Um conhaque despejado.
Já não se sabe ao certo.
De quem foi o intelecto.
Que herdou á ti ô meu lar.
RAZÃO DOS MAIS FORTES
Corações partidos
Fazem guerra,
Corações vazios
Lutam elas.
Fiz aniversário
Na cadeia.
Mãe, o teu cuidado
É uma cela.
O canto dos malditos
Me interessa.
Há algo de faminto
Na favela
No sonho que percorre
Minhas veias
E no sorriso triste
De Isabela.
Sabiás e Bem-te-vis
(Gleidson Melo)
Sabiás e bem-te-vis fazem uma festa grandiosa do amanhecer em Recife. O brilho do sol aquece a areia da praia. A paisagem deslumbrante e banhada pelas ondas do mar verde-esmeralda faz o dia resplandecer com harmonia e felicidade. Num clima de beleza sem igual, quero passar os meus dias. Com tranquilidade, o meu desejo é o de viver e poder viajar no vento, que acalma e funciona como terapia d’alma. Nos cajueiros frondosos, os pássaros repousam nos galhos e se alimentam dos frutos doces e carnudos, dando um ar de graça e equilíbrio com a natureza. A cidade festeja o ano inteiro e a cultura regional põe à prova um sabor todo especial e cativante para os visitantes, que cruzam as pontes em busca de novas descobertas e do prazer de estarem presentes. Em paz, descanso na sombra dos coqueiros, embalado ao som de uma música tipicamente regional.
O amor
O amor é indefinível,
tem nele todo indizível,
difícil de se entender...
Tudo que dele se diga,
é, certamente, plausível,
mas não passa de clichê...
O amor vem de alma pura,
não veste-se de fuga ou medo
é forte tal qual um rochedo
não é doença, ele é cura.
Perene, pra sempre dura,
não divide, multiplica;
não se traduz nem se explica,
em palavras, sua essência,
mas se expressa na evidência
dos gestos de quem o sente...
A cor dos olhos não mente
quando irradia o seu lume;
no amor não cabe o ciúme,
mas sim respeito e lealdade.
O amor traz felicidades,
não a dor nem o sofrimento,
insegurança e tormento,
sentimentos doentios...
Se é amor tem que ser sadio,
ser livre e sem vencimento...
Homenagem a Recife
Recife Estado
Desde o passado
É um relato
Do seu retrato.
Veneza Pernambucana
E metropolitana
Patrimônio cultural
Desde os tempos de Cabral.
Cidade pura,
Da cultura,
Que bravura,
Com tanta literatura.
Com suas vistas naturais
E com seus mananciais
Não tem como explicar nem mensurar
O que me basta é admirar.
Nada como sair de férias com o copo (cabeça) vazio(a). Assim, conseguimos bastante espaço para encher-lo(la) de muitas lembranças, banhadas pelo sol e pela maresia do Recife.
Nem todas as pessoas que passam por sua vida necessariamente exista um propósito, as vezes é só o acaso, o cotidiano, alguns minutos, uma semana, meses, anos, não importa o tempo, se a pessoa não influenciou em suas escolhas, decisões ou sonhos, a não existência dessas pessoas mudaria em nada sua vida.
Oh Recife, de belas paisagens, de povo humilde e trabalhador.
Veneza brasileira, cidade perfeita para quem quer um amor.
Recife de encantos mil, de belas mulheres e de muitos poetas.
Conhecida pelos seus rios, em lugar nenhum do Brasil, existe riquezas como estas.
Noite quente
Durante a noite quente,
numa faixa de terra
O mar reflete o céu
A lua brilha no mar
Recife o meu cantar
De porto a atracar
Para capitania a prosperar
Lugar onde o mar ressoa sem sessar
Dá sé, ouve-se o cantar
Do velho Barroco a ladrilhar
Duarte Coelho que fez vingar
E Bento Teixeira a prosopopeia narrar
Terra dos altos coqueiros
Do marco zero e do frevo
Recife, mar
Ah, Recife
Amar!
Se teu amor é intangível
Vivo desonroso ostracismo
Dipsomaníaco contumaz
Arguição da dor mordaz
Vá linda moça
Acautele Bandeira
Para pasárgada irei
Juntos evocar Recife; trovarei
Do meu Arrudão ao Espinheiro
Boa viagem á Casa amarela
Da tarde de Valença és a mais bela
Deixe-me no Rosarinho, cantar para ti à capela
E quando em pasárgada
Lembra-te do meu amor
Ide
Ide para lá
Mas vá e fique linda moça
Pois quando o ócaso raiar
Poderei ter a mulher que desejar
E se ficares, lá ela estará
O ARCO-ÍRIS
Margem do Capibaribe,
arco-íris, raridade,
cruza o céu do meu Recife
no meio da claridade.
Ele vem em boa hora
sobre a Rua da Aurora,
o postal da minha cidade.
RECIFE CENTRO
O teatro e a ponte
A praça e o grande rio
Esquentam o coração
Não te deixam passar frio
Capital de frevo e cor
Um povo que esbanja amor
E no sangue tem seu brio
DIVERSIDADE
No alto do elevado,
visão privilegiada,
vejo Olinda e Recife,
juntas e conectadas.
Arco-íris de verdade
mostra a diversidade
do povo dessas cidades.
