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Saúde mental: a arte de dizer a si mesma/o que, apesar da confusão lá fora, aqui dentro está tudo bem.
Por vezes, dirigimos uma cobrança "excessiva" às pessoas que nos cercam. Parte disto, pode estar relacionada à cobrança que dirigimos a nós mesmas/os. Dar-se a oportunidade de reconhecer as raízes dessa "necessidade", pode ser um bom caminho, que beneficiará a você e, por consequência, as pessoas com as quais você convive. Talvez um erro aqui e acolá não sejam assim tão difíceis de contornar. Talvez, você só precise reconhecer suas humanidades, limites, e abraçar, com respeito e acolhimento, quem você é.
"A psicanálise é um suporte tão especial, em que através da fala no setting analítico, os indivíduos falarão sobre seus medos, seus anseios, suas angústias, suas iras, suas dores e descobrirão sobre seus traumas, suas neuroses, etc. Uma oportunidade do autoconhecimento."
"A psicanálise proporciona aos pacientes ou aos clientes um despertar gradativo, um autoconhecimento transformador."
Você não será muito melhor para outra pessoa sem que, antes, o seja para si mesma/o. Lembre-se: toda mudança deve começar por você e para você!
Talvez não seja questão de apagar o que passou, mas de voltar a esses lugares, por meio da palavra, e, mais uma vez por meio dela, dar um novo significado ao vivido...
A vulnerabilidade social prejudica e atrasa toda contínua formação psíquica do indivíduo, pois é um fator que desencadeia a pulsão de morte em cada membro familiar.
Quando se tenta contrariar alguém enquanto modo de afirmar a sua diferença, mais se evidencia o nível de dependência que existe nessa relação.
Diante de inúmeras possibilidades, é preciso fazer recorte, estabelecer seus próprios limites. Como diria Guimarães Rosa, criar sua terceira margem.
O trabalho do psicanalista é como o do arqueólogo, ambos investigam as marcas do passado que permanecem no presente (Arkhé).
O/a psicanalista não deve desprezar um ou mais atos falhos do/a paciente, pois são rumos importantes e condicionantes ao inconsciente.
Seja qual for a crise, passar por essa etapa reflexiva é uma grande oportunidade de crescimento pessoal. Pena que a maioria das pessoas não conseguem compreender a trajetória e ainda resmungam sem limites.
Olhar para si mesmo e reconhecer suas próprias qualidades, seus defeitos e suas limitações não é uma tarefa fácil, requer humildade, paciência e resiliência.
Cada pessoa tem um mar de histórias e uma interpretação subjetiva de suas próprias vivências, então não se cobre tanto, tudo é aprendizagem para um bem maior.
A fala produzida no setting terapêutico permite a ressignificação das experiências, especialmente das que estão adormecidas nas entrelinhas do não-dito.
Impor limites com proeza e sabedoria, não te faz ser uma pessoa indelicada, mas te traz objetividade, sem perder sua própria subjetividade e o seu senso psicossocial. Impor limites promove equilíbrio em diversas ações cotidianas da vida, sem perder a afetividade construtiva.
Fugir dos problemas não é uma solução adequada, pelo contrário é uma bola de neve, que cedo ou tarde prejudicará a sua trajetória de vida, pois a parte psíquica é a nossa enigmática engrenagem.
Somos seres tão complexos, justamente pelo poder da subjetividade de cada um. Cada pessoa carrega um leque de emoções, sejam experiências negativas ou positivas. O diferencial é que cada indivíduo reage de um jeito, devido ao equilibrio ou não das pulsões inconscientes.
O mundo não é sombrio, as pessoas que se escondem em suas próprias sombras egocêntricas, por medo de caminhar em estradas solares.