Tag prosa
Aos olhos e ouvidos, sementes.
À terra, o germinar.
E à flor, florescer.
Conexões invisíveis, mas essenciais,
movimentos ignorados, não visíveis,
mas vivos e presentes aos que sentem!
Faça uma viagem, retorne ao começo onde tudo é, onde és só, sozinho mesmo, de malas vazias e nu ...
saiba-te, sinta-te, acolha-te ...
e agora, recomece com tudo aquilo que ali encontrou:
malas vazias, nu e você, tão somente, você.
E se os "por quês" e "não é assim" vos chegar, sinta: estes, estiveram lá com você? Se sim, não haverá perguntas. Se não, não há resposta. Sorria dos moldes, a nudez é para quem viaja por dentro e ver requer esse passaporte.
Permita-se!
É uma interrogação perene
que me faz continuar,
passar como quem passa íngreme
rumo ao sótão desse chão
tão firme, calado, dissolvendo-se
a cada resposta encontrada
... tal é o tesouro que me afortuna!
"Amor em ação"
Rosa em gestos
preenche o olhar
colore a alma,
adorna o sorriso
dos espinhos às pétalas,
tua natureza,
é em nós, violeta ...
... à transmutar!
Adormece a noite ...
... em festa
no céu, bailam ...
... pequenos grãos-cometas
e naquele olhar...
... brilham estrelas!
O bela dama,
sua língua afiada me arranha,
Enquanto sua pele me chama,
Perto de você queria estar.
Sua boca com um batom vermelho,
Que me lembra rosas de um floreiro,
Que eu adoraria cultivar.
Seu cheiro me marcou,
Então quando a noite chegou,
Abracei o casaco que com você usei.
Seu rosto tão lindo e fofo,
Esse olhar que me afunda em fogo,
Porém tenho medo de queimar.
Enxerga minhas qualidades e defeitos,
Tudo em seu corpo é perfeito,
Só em você consigo pensar.
Então quando crescer suas asas,
Em vez de apará-las,
Lhe ajudarei a voar.
Perto de você me sinto confiante,
Ainda sou iniciante,
Nesse tal amar.
Seu jeito me deixa abonado,
Talvez esteja apaixonado,
Por quem sou perto de você.
A pessoa que me deu tanta liberdade,
Me trouxe felicidade,
Eu só a queria ter.
Mas sabemos que isso é difícil,
Você me vê como amigo,
Então deixo como está.
~Luiz Feliphe Reis Giglio~
Súplica Muda
Para fora
Para longe
Já foi embora
Em uma falta de firmeza
Permaneceu sem mudança
E perdeu por fraqueza
Chorou
Implorou
Clamou pela volta
Em uma súplica calada
Procurando sem sentido
Em um quarto sem mais nada
Levante-se
Faz alguma coisa
Perde o medo da vida
Perde o medo do pensamento
O pensamento de outras pessoas
Percebe
Que no fim já não importa
Que não deve nada ao outro
E que o sofrimento lhe devora
E que no fim das contas
Necessita colocar tudo pra fora
Se decide
Define a meta da felicidade
Corre atrás do que já foi
Em busca da liberdade
E da sua própria vontade
Entra na luta
Vai contra a sociedade e suas condutas
E argumenta incessantemente
Deixando de lado todo pudor
Rogando para que no fim
Tenha de volta seu grande amor
Minha dor é a tua liberdade?
Longe de ti, padeço de todo tipo de efermidade emocional
Mas com isso, com isso tu consegues paz e tranquilidade.
Saudades e a consciência me arrastam para a tempestade.
Será minha dor a tua liberdade?
Acho que finalmente encontrei um jeito de me perdoar, dos erros que cometi no passado.
Esse é o primeiro passo, certo?
Se me recompor; será a minha felicidade a tua efermidade?
Ôh caro homem, como é que você tá?
O sol tinge tua cabeça e sê não para de plantar,
Pegou água no barreiro, carregou de lá pra cá,
Trouxe o pouco incontestável, mesmo assim não vai jantar?
Ôh caro homem, quando é que vai parar?
Sê saiu o dia inteiro, é bom ver você chegar,
Picado de um mói de abelha,
Se coçando com a poeira,
Tão cansado que fraqueja,
E sê ainda vai voltar?
Ôh caro homem, eu posso ser aprendiz?
Te ajudo com as pedrinhas,
Cavo e planto a raiz,
Alimento os animais,
Canto prosas atuais,
Mesmo sem saber demais,
Se eu pergunto, sê me diz?
Ôh caro homem, entendi tuas 'cicatriz,
Foi teu jeito verdadeiro...
Heroico feito um guerreiro ,
De mostrar pro mundo inteiro,
Que podia ser feliz.
Apreciar é um dom
Observar uma habilidade
Descrever é talento
.
Qualquer um pode fazer
eu só descrevo tentando fazer poesia,
é facil como maresia
;
Mas pra quê?
Que hei de fazer com tanto verso
Onde ponho tanta prosa
,
Se olhos apressados como a corsa
Passarão e não verão
Como a brisa não enchergarão
!
Amar
Quando um certo alguém desperta um sentimento,
penumbra, alarde, incerto momento.
Sem fuga, não ter pra onde ir,
tentar desvanecer, não conseguir fugir.
Ao longe perto se está, engana-se ao tentar enganar
Coração vicioso, confuso dispara.
Logo eu que sempre andei ao rumo de muitas veredas,
trocando o sossego de meu lar pelas ventanias da doce vagabundagem
sem saber se estava fugindo de algo, ou procurando por você.
Culpa
Afinal, o que acontece
Não me alegra, tão pouco entristece
Mas me intriga, causa insônia
É incólume porém é difícil,
Pois escolher é decidir
Estar livre de mim mesmo
E poder atribuir, desta culpa me encarnar
d’está, deixa assim mesmo como está
foi tudo minha escolha
Consequências, sim eu hei de encarar.
Em um dia chuvoso,
Eu com minha xícara de café,
Não paro de pensar naquela muié,
O que será que aconteceu,
Meu coração parece que a ela se rendeu,
Devo eu falar, que das coisas mais belas
é ouvir ela a cantar.
Por meio de verso e prosa,
Minha mente devaneia e entrosa,
Mesmo com um sorriso,
Longe está a dona do meu riso,
Quero viver o momento onde a primavera vai chegar,
E que meu coração, lá construa meu lar.
Nada perco por esperar,
Nessa vida, onde o que vale é o amar.
Independente do lugar,
meu coração está firmado,
pela primeira vez, deixo as incertezas,
pelo poder da decisão,
que muda toda uma vida,
e em tudo procura nova razão
para cada passo ousado em sua direção.
Sorriso, 20 de Fevereiro de 2022
Uma vez um amigo me disse:
Você é uma pessoa "romboide".
Eu sai pesquisando, o que seria isso?
Hoje, talvez, eu entenda que não existe formas para o ser humano, mas espaço e tempo de cada um inseridos no Universo estrelar.
E eu não sou plana.
Você promete não soltar a minha mão?
Quero caminhar de mãos dadas com você pelo resto das nossas vidas.
Quero adormecer e acordar ao seu lado, dividir com você as alegrias e as dores, contar todos os meus sonhos e segredos, e conhecer os seus.
E quando estivermos velhinhos, olharmos um nos olhos do outro, e ver ali nossa juventude refletida, e sentir nosso amor mais forte que a morte. E quando chegar a nossa hora de partir, iremos leves e realizados, com aquela sensação gostosa de dever cumprido e de amor vivido.
Vem comigo, me dê sua mão, prometo não soltá-la, segura firme a minha mão.
Você promete não soltar a minha mão?
Prosa e verso
Verso e prosa
Prosa que se realiza em versos
Versos que ganham vida em prosa
A vida em prosa
A prosa em versos
O verso que se revira e vira
A prosa que se transforma e forma
A vida que se revira e transforma
Tudo que vira e ganha forma
...a forma da vida