Tag preta
Muitos conseguem prosseguir; outros são interrompidos em sua jornada existencial, até que, quem sabe, um dia, sejam agraciados com uma nova oportunidade de respirar e voltar a contemplar a luz.
Entre a morte e a ressurreição, não há tempo — apenas um piscar entre luz e escuridão, entre as trevas e o sol.
Tempos atrás, foi a jovem Anderli. Logo depois, seu pai, o velho Amaro.
Ontem, foi a vez de Preta Gil. Em breve, será a minha.
Não faço a menor ideia de quando será esse "em breve", mas, diante dos sintomas persistentes e nítidos, não vejo por que duvidar. Mesmo antes de buscar um diagnóstico médico oficial, já sei o que se anuncia.
Maldito câncer, que ceifa vidas e semeia sofrimento, dor... e morte.
De qualquer forma, embora precedido de angústia e dor, acho que não tenho muitas razões para temer.
Afinal, o que vem é apenas paz e alívio.
Estou tão exausto de tanta coisa.
Desventuras em série, decepções... mas também muitos pecados.
Pecados que talvez só possam ser aplacados e curados por meio dessa viagem à inércia e à escuridão.
Poesia livre:Preta sim ! trecho do mini conto Efigenia a mulher de cor preta sim !
Respeite minha cor
Eu sou mulher
Preta
Preta sim!
Tenho muito orgulho de mim.
Nasce na terra eu sou uma flor
Minha luz desceu de Marte eu sou pura arte
Do signo de Ares
Guerreira pronta para o combate
Cheia de desejo fogo que arde
Sacerdotisa de Afrodite eu sou uma linda miragem
Melodia do cosmos sem. Fim
Que busco enfim um grande amor para mim
Eu sou mulher de cor
Eu sou preciosa de valor
Ramalhete de virtudes
Eu sou amor
Preta
Preta sim !
PRETA
Lembra de quando nos conhecemos,
eu penso nisso várias vezes,
o sol batia em seus cachos,
brilhava em sua pele preta
um olhar profundo
seu sorriso tímido trazia um encanto,
delicada como flor, ria tanto,
seu olhar me domina
agora mulher, as vezes menina.
guerreira, as vezes princesa,
sabe onde ir, sabe o que quer,
carrega o mundo, se cobra de mais,
vai além dos seus traços,
vem da história, vão se os anos,
viva o agora
sua beleza infindável
cabelo cacheado, as vezes trançados, solto, afro,
tem um poder incondicional, é forte de mais,
minha preta te quero tanto,
Eu nunca trocaria você por ninguém mais.
Mulher preta
Preta mulher
Trás com ela um Black
Com a beleza de Oxum
E a fúria de Oyá
Mulher preta
Preta Mulher
"Trio Tarja Preta: Carência,
abandono, subjugação...
e assim caminha a humanidade!"
Haredita
18.09.15
Você encontrou o melhor de um fim.
Eu que nem acretiva mais no amor, xonei na preta que acreditou em mim.
Boi de Mamão
Dançamos mais aqui
em Santa Catarina
é o Boi de Mamão,
Comigo você vai dançar
também e dar o seu coração.
Dançamos há um tempo atrás
o Bumba-meu-boi e o Boi-bumbá,
Se você não conhece ou não sabe,
agora você já está sabendo,
claro que é o Boi de Mamão
que ainda segue sobrevivendo.
Antigamente se dançava
o Boi-de-cara-preta,
só que que agora é só cantiga
de ninar que continua mesmo,
Ainda hoje o Boi de Mamão
continua firme e forte,
é nele que tenho a minha fé e a sorte.
O Boi de Mamão sempre é laçado,
morrer para ele faz parte
e ressuscitar acima de tudo já é arte,
O Boi de Mamão é o meu fiel
protetor e também há de proteger
você e o nosso divinal amor,
O Boi de Mamão seguirá sendo
para sempre o nosso fiel protetor.
PRETA
Minha preta eu quero ser seu Porto seguro
Nada de chaveco meu amor ele é puro
Anote o número do meu telefone
Mande um WhatsApp dizendo o seu nome
Estou implorando eu quero estar é perto
Me deixa ser seu homem o cara certo
As mãos suadas sua pele quente
Você não faz ideia do que passa aqui na mente
A noite é uma criança nada de estresse
Você me fascina quando se mexe
É preta e rara com jeito de felina
Ao som da melodia entro na sua vida
Vai vendo você ficou espantada
Moro na rua de cima na mesma quebrada
Sei que vale a pena correr esse perigo
Pelo seu corpo eu estou sempre atraído
Acordo no meio da noite me vejo no meio do nada
Reparo que estou sozinho a mente está cansada
Eu queria estar contigo mas tudo virou pesadelo
A falta do carinho amor e aconchego
A noite que não passa a chuva virando tormento
Certeza que corações não vão se encontrar tão cedo
Quero tanto ver a lua mas a chuva me maltrata
Por que você se foi deixando apenas uma carta
No horizonte da vida necessito da tua palavra
Você não faz ideia como sinto a tua falta
Não quero a faceta do rai que destrói
Construir um paraíso que é só para nós
Guardei todo segredos e medo só para mim
Guardei todos os abraços e beijos só para ti
A noite estou sozinho eu rolo pela cama
Preta volta e diga que me ama
Não Importa
Não importa quem você é
Não importa quem você se tornou
Não importa o quanto mudou
Todos vão te ver como querem te ver
Não importa
A vivência do amor do ser, que se construiu, não cabe a você
Dizem estar tudo bem, mas te desprezam na primeira oportunidade que tem
Não importa
Você não e o que quero
Não tem capacidade, inteligência ou moralidade
Não importa
Não pode ser, pois o mundo já te definiu o que viver
Subindo numa correnteza de aramas farpados
Olhares infames e nem sempre disfarçados
Não importa
A biologia já te definiu, magra demais, gorda, preta, trans, tanto faz
Você não se encaixa no que a gente acha que se pode aceitar para amar
Até gostamos, em quatro paredes, pra ninguém ver e nos definir como faz com você
E não importa
O que fazem ou deixem de fazer
Vocês nunca serão o suficiente para ser
O que importa.
A inspiração e a solitude às vezes se unem na criação de um lindo quadro, cenário fascinante, uma jovem venusta, sentada num balanço, preso a um galho forte de uma árvore solitária, admirando um céu estrelado com a lua se destacando, acompanhada de um espírito felino, desfrutando de uma atípica tranquilidade, certamente, imprescindível, um equilíbrio de neutralidade e veemência, o tom azul reunido à cor preta e alguns toques reluzentes do branco, a arte simples de uma alma sincera vivamente se expressando.
Tomo partido
Eu tomo partido
O partido das mulheres pretas
Mulheres como eu
Quando saem de suas casas
São arrastadas em carro de polícia
Mulheres como eu
Quando exigem seus direitos no trabalho
São arrastadas com algemas da polícia
Mulheres como eu
Quando atuam na política governamental
São alvejadas sem investigação da Polícia
Mulheres como eu
Choram a morte do filho
Que saía para a escola
Mulheres como eu
Choram a morte do filho
Que brincava na calçada
Mulheres como eu
Choram a morte do filho
Que soltava pipa no domingo
Mulheres como eu
Esperam pelo marido que não volta pra casa
Mulheres como eu
Vivem com medo de que o marido não volte pra casa
Mulheres como eu
Sofrem com o marido quando não pode voltar pra casa
Mulheres como eu vivem de luto e de luta
Defendem a honra da família tradicional brasileira sem pai
Defendem o prato cheio na mesa
Não se rendem na guerra
E vencem cada batalha armadas da própria carne
Nos dentes afiados
da Piranha-preta
e da Piranha-Vermelha
estão as cristalinas
páginas das correntes
do rio que é o indomável
poema das nossas vidas,
Tome nas tuas mãos
o remo e respeite
o seu próprio tempo.
Beija-flor-de-veste-preta
meu amoroso poema
das Américas do Sul e Central,
És meu anjo sereno que faz
destas Terras um paraíso Celestial.
