Tag pressa
Tudo tem o seu tempo certo de acontecer. Portanto não lamente, nem anseie, saiba esperar...a colheita tem seu tempo de crescimento. Regue seu jardim e semeie seus caminhos, e não tenha pressa, não queira as coisas rápido demais, aprenda com a natureza, a primavera se prepara debaixo do chão frio, repleto de folhas secas
Não, não adianta ter pressa. Querer tanto correr para alcançar algo que ainda não está na hora certa, é que nem correr numa esteira: não saímos do lugar.
A ARTE DE CATIVAR... O PEQUENO PRÍNCIPE E A RAPOSA
"O Pequeno Príncipe" de Antoine Saint-Exupéry
Releitura 
"Era uma vez uma raposa que vivia sozinha em uma floresta. Bonita, de pelo lustroso e castanho, a raposa era caçada por inúmeros homens que tentavam sempre se aproximar dela. Muitos a queriam, e ingênua, muitas vezes ela caiu em suas armadilhas, porém, esperta, sempre conseguiu fugir a tempo, saindo apenas com pequenos arranhões. Que, estranhamente, não cicatrizavam rápido, mas que, de fato, não eram tão profundos. A raposa então tornou-se arisca e passou a evitar os humanos, até que um dia, um pequeno príncipe chegou em sua floresta.
- Quem é você? Perguntou, apreensiva, a raposa.
E ele respondeu seu nome de príncipe, mas a raposa insistiu:
- Você é um caçador?
Ele respondeu com um sorriso: - Não! Sou um príncipe.
A raposa desconfiou, farejou o ar, mantendo-se sempre a distância.
- Príncipe? Pois você tem cheiro de caçador.
O príncipe sorriu e tentou se aproximar, mas a raposa rosnou e se afastou. Mas ele não temeu e se aproximou mesmo assim e facilmente dobrou os joelhos e colocou a raposa em seu colo, que tremia, mas ele colocando seus dedos por entre o pelo castanho a fez se acalmar. E a raposa, com seus olhos negros, que brilhavam somente conseguiu falar:
- Por favor, me cativa?
- O que quer dizer "cativar"? Perguntou o príncipe, com os olhos fixos na raposa deitada em seu colo.
- É algo há muito tempo esquecido - disse a raposa - Significa "criar laços". Significa que você é para mim diferente de todos os príncipes e caçadores que encontrei por aí. Que para ti não sou uma raposa igual a cem mil outras raposas. Se você resolve me cativar e eu também te cativo, nós teremos necessidade um do outro. E eu serei único para ti, e você será único para mim...
- Entendo! - disse o príncipe - Um dia, uma flor me cativou. Ela era única para mim...
- Nada é perfeito! - suspirou a raposa, logo em seguida retomando seu raciocínio - Minha vida têm sido muito monótona, eu caçava galinhas, os homens me caçavam. Todas as galinhas se pareciam, todos os homens também. E isso realmente me incomodava, sabe? Mas se você, meu príncipe, resolver me cativar minha vida será cheia de sol.
Então a raposa calou-se e observou por muito tempo o príncipe, que somente a acariciava por entre os pelos castanhos:
- Por favor... cativa-me! Disse a raposa.
- Sim - disse ele - o que é preciso fazer? Diga-me que farei.
- É preciso ser paciente - respondeu a raposa - temos que nos encontrar todos os dias, e conversar, primeiro a distância, mas aos poucos você chegará cada vez mais perto. E todo dia tem que voltar.
E assim o pequeno príncipe fez, e todo dia ele voltou, e assim cativou a raposa. Todos os dias um pouquinho mais".
Cativar?
O que de fato desejas?
Permanecer entre as vírgulas?
Quem dera se esta sua abstrata sensibilidade, fosse guiada por novos rumos, e não se privasse do desconforto da duvida quando diante de teus próprios anseios.
Sua observação... "indefinida", me dispersa, me irrita, e a ausência de uma ação causou a reação de uma entrega que não aconteceu, seria este um ato singular?
Escrever fascina... mas esclarecer supera o êxtase.
Gosto de quem olha nos olhos e fala! Nada de linhas e entrelinhas. Eu quero ouvir o som, o som daquilo que não estará transcrito em livros ou manuais de instruções.
Seja claro, para não ser esquecido.
Porque não estou propensa a te esquecer!
Mas lhe digo, meu coração não tem uma cadência definida, é imprevisível,  e subliminar!
Descompensado e descompassado, e em muitos momentos chega a ser débil, mas possui um senso prático de escolhas e se basta quando farto de amores assimétricos e sentimentos imprecisos.
É eminente que me enxerga como louca, confirmo de fato sou, as paixões me movem...
Mas como não se alterar? Abster-se de escolhas? Preferir o caminho avesso as sinuosidades?
O não escolher, por si já é uma escolha.
Então que seja o afeto explicito o principio, desta desordem, que seja a causa e efeito o perfazer desta amizade visceral.
Não tenha muita pressa, mas tente não se ater, pois se não houver em ti desejo suficiente para apreciar a curiosidade, a inércia lhe consumirá.
Não sou feita de meros toques, ou retoques, sou apenas uma versão absolutamente mutável, governada por valores, instintos, crenças e intuição.
As vezes me observo e bem lá fundo e me assusto!
Há ainda tantos anseios, vontades certamente insanas para olhares que guardam sua obsoleta lucidez  na gavetinha de cabeceira, mas não me privo de tê-las e desejá-las, e querer realizar cada uma delas a meu momento. Tudo bem eu  sinto que a qualquer instante tudo vai se tornar numa grande tragédia emocional de caráter generalizado onde certamente irá atingir alvos não previamente estabelecidos. Mas fazer o que se nunca tive uma cabeceira, nem tão pouco a gavetinha?
Sei que há por ai um certo ditado que diz: "Quem muito quer nada tem"
Eu particularmente o considero de péssimo gosto,  pois isso tem cara daqueles tipinhos que são dados ao comodismo.
Como não desejar muito?
Fico aqui imaginando aqueles que realmente fizeram História, os grandes inventores, criadores, pesquisadores, artistas, personagens fantásticos que pisaram aqui na Terra e mudaram o mundo, ali sentados contemplando o infinito e se permitindo a tal condição de pensamento?
E você ai deste seu observatório, analisando as fontes de energias, gerando emoções, retardando reações e comprimindo corações, fará o que para sair da caixa ?
Consulte seu terapeuta, pois certamente ouvirá que minha presença é prejudicial a sua saúde.
Mas se mesmo assim, desejar correr riscos, então pare de pesquisas no Google, nada que encontrar chegará perto de uma definição coerente. Lembre-se não sou nenhum ratinho de laboratório, não estou a espera de analises.
Sou apenas a raposa.
Rê Pinheiro.
Quem ama tem pressa
amores são inimigos do tempo
não aguardam o dia raiar,
mas o que vale a pena de se ter...
vale a pena esperar.
Poema da tecnologia
Com todas essas inovações
Computador, tablet e celular
Os amigos não têm tempo nem para se olhar
Conversar cara a cara, dar boas risadas
Sem escrever somente KKK
O melhor de estar perto 
É poder sentir um ao outro
Tocar em suas mãos 
Saber se está feliz ou nervoso
Antes da tecnologia, os amigos se abraçavam
Diziam palavras de carinho e até perdiam a graça
Sem bluetooth ou Wi-Fi
Facebook ou Instagram
Os amigos se entrosavam e falavam de amor
Amores antigos, amores recentes
Amores vividos e até esquecidos
Não tinham note, muito menos iPhone
Mas eram mais gratos por terem sorte
Sorte de ter amigos bem mais presentes
Corpo a corpo, unidos sem a tal internet
Que bom seria se não precisássemos de tecnologia
Assim o tempo depressa não passaria
Então nossas antigas amizades não mudariam
Se nosso jeito de curtir voltasse a ser como antes
Ao invés de ser um clique 
Bons abraços ofegantes
Já pensou que a cada vez em que você deseja que um dia acabe depressa porque está ruim, que a semana passe depressa para que chegue a sexta-feira, que um mês acabe depressa porque está difícil, que um ano passe depressa para que cheguem as férias, você está indiretamente desejando que sua vida passe depressa?
Não há pressa!
não há pressa...
quero que me venhas
com a leveza
e a suavidade 
de uma pena.
traga contigo 
a magia de luares 
de auroras boreais 
de ternas e cálidas 
manhãs de setembro.
não há pressa...
Disputa
Soltos no campo da paixão  estão;  o pensamento 
e o coração.
Ambos buscam saber  da amada,  em qual dois mais 
ela pensa.
A alma vai por caminhos que ela conhece  ver  se 
o âmago que quer  pensando nela fica  perdida de 
amor.
O senso sem pressa,  perto do  citado afeto se encontra.
A  dona dele, acha-se a um canto,  visitando com o seu 
pensar  outros sonhos. 
O pensamento percebendo o descaso,  ao encontro do 
coração vai , demovendo-o da empreitada,  mostra-lhe 
que um dia ainda será reconhecido, mas que no momento 
o seu intento nada adiantaria.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista.- RJ
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Foi então que me ocorreu
das memórias nunca ocorridas. 
Me ocorreu, que a saudade para no tempo
e a pressa fica a somente estar... 
A pressa, que me acompanhou até onde estava a calma.
Quiçá fosse nos teus braços e abraços
ou no amargo do espaço em branco. 
Devaneio ideias, pensamentos que nunca tive. 
Até que nasce um grande ilusão
de tamanha esperança ou o fim dela mesma. 
Então não era amor? 
É ai que brota dor e alívio, dor de pensar, alívio em perdoar-se.
Imaginar que todas as coisas que não puderam ser
não foram por singelo 
cínico
tímido
e seco amor.
E não foram pelo que? Pelo descaso que trato meus sentimentos agora?
Pela dúvida que incrementa e rodeia.
Porque nessa ilusão de ir e vir.
Um dia, cá eu, pensei que...
isso tudo
não era
amor.
“É tão agonizante saber que você está no mesmo lugar que eu estou, mas que ao mesmo tempo meus olhos ainda não conseguem te enxergar.
Onde será que você está agora, meu amor?
Quando que, finalmente, vamos nos encontrar?
Não demores, pois tenho pressa em te amar e no seus braços poder estar.”
O amor, quando nasce forte, tem pressa de ser eterno. Nem se dá conta de que é carne úmida.
Quarta? Terça? Quinta? Sexta, sábado, segunda, domingo...
Em sua pressa para mudar o ano os dias se misturam.
Em meio a pressa do mundo moderno, o homem se perdeu de si, pois em seu caminho, passou a enxergar apenas o externo.
"Não permita que o futuro chegue antes de ele chegar. Para tudo há um tempo, e quem não respeita o momento de cada coisa acontecer, faz acontecer da maneira errada".
Tenho pressa pra ver o teu olhar, tenho pressa pra sorrir o teu sorriso, tenho pressa para abraçar o teu abraço, tenho pressa pra beijar o teu beijo, tenho pressa pra amar o meu amor, tenho pressa para viver a vida todos os dias...
A pressa é inimiga da vida. O apressado não vive o presente que é dado a cada minuto de existência.
A pressa convidou a ansiedade para dançar e juntas elas causaram pânico.
A ansiedade não se reduz a definição de uma pessoa que não consegue esperar por algo.
O que ela traz quando excessiva, é uma bagagem pesada, cheia de artefatos... Insegurança, preocupação com situações fora de alcance, pensamento acelerado, angústia... muita angústia.
Uma mente tomada pela ansiedade sofre com suposições, com a previsão de situações que talvez jamais existam. Elas estão num futuro inventado e a ansiedade chama pelo futuro. Ela pisa na beirada do abismo e grita por seu nome. Mas o futuro nem sabe que ela existe.
Não a escuta, não lhe adianta nada.
Às vezes ela vem por uma razão, outras ela apenas aparece sem aviso, com essa bagagem enorme, sem pedir permissão.
Há momentos em que ela surge como um animal matreiro, que pula de galho em galho, que forja uma dança que faz a mente parecer estar em festa. Mas de tanto acelerar a mente o corpo paralisa. E se ela libera o corpo ele treme, palpita, chora, a partir daí, instaura-se o pânico.
 
 
