Tag pobreza

151 - 175 do total de 601 com a tag pobreza

Soneto de indignação

A aparente ossada do animal morto intimida,
mosaicos na pele, nos pés, no chão, seco e rachado,
a aridez pastel contrasta com a beleza do céu azulado,
a inabalável fé vencendo um ambiente hostil a vida...

A pseudo falta de solução, ativo de útil contrapartida,
para heróis que logo somem após terem se elevado,
se apropriando da esperança de um povo subjugado,
Indecente placebo que ilude mas não cura a ferida...

Mas a maior virtude é persistir um tanto a mais,
quando tudo de fato já parece totalmente perdido,
onde o ato de sobreviver se torna um fato contumaz

Inerente a força de quem acostumou-se a ser esquecido,
vivendo um dia por vez à sombra da ganância voraz,
onde para o povo pobre o pior foi ter nascido.

Inserida por ClayWerley

Aproveite o anonimato e a pobreza para escolher os verdadeiros. Porque depois do auge (😆😆😆 Fama) terás muitos falsos para compartilhar o Egno (😇😅😅😅😅 Sucesso).

Inserida por Flusilmoment

Intelectuais acadêmicos teorizam politicas publicas de longe pois não são eles que vão socorrer os miseráveis na base da piramide social brasileira.

Inserida por RicardoBarradas

Vivemos uma pobreza cultural, onde quem não sabe o que faz, faz sucesso!

Inserida por Macall-Pensante

A maior parte da população passa a vida tentando não morrer de fome. Não sobra tempo pra tentar ficar rico.

Inserida por willian_santos_1

"A simplicidade nos faz enxergar o quanto somos ricos."

Inserida por willcoran

Apoiar governantes com base na pobreza de seus cidadãos efetivamente premia as políticas que causam o empobrecimento.

Inserida por Rockland

Só existe fome no mundo porque aqueles que estão de barriga cheia não se importam.

Inserida por Neptune

Isso, em... Beirando abismos.

E eu que sou feito de misérias, vago...Andarilho, corpo fora do tempo e espaço. Passo, transito à margem do juízo, por dentro do caos e edifícios, fuço lixo, lambo o chão em que piso. Foi no reflexo do vidro que soube, sou reles, sujo! Subproduto do azar de ter nascido isso... O pino bate, apita o medo, corre pelo olho toma o corpo, cresce em mim o louco, me ganha o bicho, sou eu que desvivo... Enquanto não morro.

Inserida por jo_nogueira

OS DENTES DE JOÃOZINHO

Joãozinho apareceu no primeiro dia de trabalho com um par de sapatos maior que o seu pé. As roupas, bem largas, dançavam em seu corpo delgado. Ainda não havia recebido o uniforme azul para a labuta, e por isso precisou improvisar. Todo mundo reparou o seu jeito meio desconjuntado, mas ninguém comentou patavina.

No outro dia, já de uniforme e sapatos luzentes do seu tamanho, veio de cabelos bem penteados e unhas cortadas. Apresentava-se sempre sorridente e cortês, assim como havia aprendido em seu treinamento para ser um jovem aprendiz, e assim também como, decerto, ditava a sua própria natureza.

Os dias foram passando e todo mundo se afeiçoou ao Joãozinho. Um garoto de costumes simples e jeito humilde, mostrava-se sempre prestativo, educado, gentil e bem humorado.

Pele negra, estatura pequena, bastante magro, cabeça ovalada enfeitada de madeixas negras encaracoladas, mãos, pés e orelhas desproporcionais, Joãozinho no auge de sua adolescência, tinha os dentes grandes e brancos sempre ostentados em um sorriso.

– Joãozinho, você cuida muito bem desses seus dentes, hein? – Disse como forma de encômio, no intervalo do café.

– Sim, senhora, cuido sim. Na verdade a mamãe faz uma fileira conosco todas as manhãs e no fim do dia. Ela mesma escova nossos dentes.

Sem entender muito bem aquela resposta, continuei meus questionamentos:

– Como assim João? Você já tem 15 anos de idade, já sabe escovar seus dentes sozinho. Sua mãe não precisa mais te ajudar.

– Sabe, dona, lá em casa a água é difícil. E não temos escova de dente. Mamãe pegou alguns sabugos de milho, cortou assim ó (mostrou com as mãos vários longos cortes na vertical) e cada um de nós tem uma “lasca”. Somos doze, né…

Eu continuei ouvindo estarrecida, não imaginava que era aquela a realidade de Joãozinho.

– Dos doze, dona, dez já tem dentes, dois são muito bebês ainda. Daí mamãe guarda nossas “escovas” bem organizadas na beira da prateleira e cobre com um paninho bem limpo. De manhã e à noitinha ela nos coloca enfileirados por ordem de tamanho, e começa o trabalho do menor para o maior. Os pequenos, que não tem dentes, ela limpa direitinho a boca e as gengivas com um rasgo de fralda umedecida na água. Na sequência, ela vai pegando as nossas “escovas”, passando um pouco de sabão de coco na ponta e esperamos todos de boca bem aberta. Mamãe é muito inteligente, dona, ela nunca confunde nossas “escovas” para não correr o risco de pegarmos bactérias da boca um do outro.

Joãozinho descrevia aquele rito com uma absurda riqueza de detalhes, e com os olhos tremeluzindo de orgulho da sua tutora esmerada. E ainda teve mais:

– Ela escova nossos dentes, dona, pois pela manhã, por exemplo, só temos um balde grande de água para tudo. E mamãe, para não desperdiçar, faz o trabalho ela mesma, evitando que entornemos ou que um de nós use mais água que o outro. Ela pega o copo de ferver a água do café, enche, e faz com que aquela porção dê conta de todos os nossos dentes. Sabe, dona, sabão de coco não é muito gostoso não, mas olha o resultado (e arreganhou os dentões todo soberbo). Como sou o maior e mais velho, sempre fico por último, e às vezes saio de casa com gosto de sabão na boca, pois o que sobra de água para mim para retirá-lo às vezes é bem pouquinho.

Joãozinho relatou sua higiene bucal e a de seus irmãos com muito empolgamento e a mesma alegria estampada na cara, do começo ao fim. Pelo que se podia perceber, era um momento ímpar de união familiar e partilha, promovido pela mãe daquela trupe.

Após o seu relato, engasgada, não consegui falar muita coisa. Terminei o meu café, já frio, agradeci pela história em murmurejo e saí dali de volta para o meu gabinete de trabalho. Mas não consegui ficar sentada por muito tempo. Peguei a minha bolsa e avisei a minha secretaria que iria rapidamente a um supermercado nas redondezas.

No final do expediente, como era de costume, Joãozinho foi até a minha sala perguntar se existia mais alguma demanda para aquele dia, e, em caso de minha negativa, sempre se despedia com o mesmo mantra “deus te abençoe, te dê tudo em dobro e a faça sonhar com anjinhos, dona”.

Estendi a mão com uma sacola plástica com as compras recém-adquiridas e entreguei ao Joãozinho. Lá dentro quinze escovas de dente de tamanhos e cores variados, alguns pacotes de algodão, dois pacotes grandes de lenços umedecidos, cinco tubos de pasta de dente com sabores diversos, um vidro grande de enxaguante bucal e duas embalagens de fita dental.

– Toma João, coloca na prateleira da sua mãe.

João recebeu a sacola com uma interrogação na fronte. Abriu e espiou, matreiro. João não sabia o que fazer de tanta satisfação. Abriu, vislumbrou e fechou aquela sacola plástica um milhão de vezes, como se ali escondesse uma grande e reluzente barra de ouro. Ele não acreditava no que via. Não sabia se agradecia, se me abraçava ou se saía correndo dali para encontrar logo a mãe.

– Dona, isso é pra nós mesmo? É sério? – Perguntou, com os olhos marejados.

– Corre, João, sua mãe precisa se organizar para o ritual da tarde. – Respondi.

Joãozinho, se não bastasse, deixou a sacola sobre a mesa, e subitamente, ajoelhou aos meus pés principiando um Pai Nosso bem alto, com as mãos para cima. Tentei retirá-lo dali puxando-o pelo braço, constrangida, mas foi em vão levantá-lo. Deixei-o terminar a sua oração. Era o seu jeito de agradecer por aquele gesto tão ínfimo da minha parte.

– Deus te abençoe, te dê tudo em dobro e a faça sonhar com anjinhos, dona.

E aconteceu. Naquela mesma noite eu sonhei que estava no Céu. Doze anjos negros e lindos, cabelos pretos encaracolados, vestidos de branco, asas enormes, suspensos do chão, cantando divinamente em uníssono, alinhados, mostrando os seus sorrisos com dentes tão brilhantes que ofuscavam o meu olhar…

Inserida por nivea_almeida

"O mais podre dos homens é aquele que vive pra manter a ilusão de seus prazeres."

Inserida por beckerema

Ser pobre e morar junto com os pobres não é vergonhoso. Vergonhoso é ser milionário roubando as pessoas, mesmo morando junto com os ricos.

Inserida por CristianismoPratico

Ser rico e morar junto com os pobres não há nada de anormal. Anormal é ser milionário roubando as pessoas, lavando dinheiro, mesmo morando junto com os ricos.

Inserida por CristianismoPratico

Você pode tirar uma pessoa da pobreza, mas nunca a pobreza de dentro da pessoa, principalmente a pobreza de espírito!!! (Pedro Marcos)

Inserida por PMarcos

Um rico que ficou pobre consegue partilhar, diferente do pobre que ficou rico.

Inserida por manoel_elsilva

Domínio Estrutural

Pessoas sem sonhos...
Vagando na destruição...
Perdidas sem destino...
Apodrecendo neste domínio

Poucos com muito
Muitos com nada
Sofrimento, dor...
Intenso terror...

Pobreza intelectual...
Domínio estrutural
Condenados ate a morte
A viver a própria sorte...

Inserida por Ipse

Simplicidade não significa pobreza,
mas sim, que a riqueza não é a coisa mais importante.

Inserida por EricJoLopes

Para a nobreza,
a pobreza
se transforma em poesia.
Mas alguém sendo nobre,
ficando pobre,
morreria.

Inserida por WandoGomesOficial

O ser humano a cada dia que se passa esta perdendo seu valor,o dinheiro esta sempre mandando na sociedade em geral

Inserida por cristiano_ramos

NA POBREZA MORA O DESCUIDO, NA JUVENTUDE A FALTA DE EXPERIÊNCIA, NA DOENÇA OS MAUS TRAÇOS.

Inserida por Kllawdessy

Para que poucos tenham muito, muitos precisam ter pouco

Inserida por EriclesCastro

A inteligência está para a beleza, assim como o luxo para a pobreza. A inteligência é uma deformidade, e a beleza uma pobreza. A maioria continuará vencendo até a morte chegar para todos!

Inserida por Kllawdessy

Já se foi o tempo que o cheiro de alho era o cheiro da pobreza.

Inserida por NinoCarneiro

Falta de dinheiro é um circunstância. Já a pobreza é um estado d'alma

Inserida por RobertoNetto

Quem não tem dinheiro, paga juros.

Inserida por dum