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A posição de crítico talvez seja uma das posições mais confortáveis da mente humana. Isso te torna "pensador", "inteligente", mas sem arriscar.
nossos jovens pesquisadores, o futuro da ciência, precisam ser tratados com respeito, são eles que mudam o mundo. Grandes descobertas são feitas por jovens, cheios de energia e com pouco para perder.
"O jovem pesquisador vive um dilema como um jovem jogador de futebol. De um lado, a vontade de transformar em profissão aquilo que mais gosta de fazer, de outro o desafio de viver disso."
"qualquer forma de assegurar que algo é legítimo". Isso geralmente gera o que se pode chamar de "preguiça intelectual".
Mesmo sendo mais experientes, orientadores também podem ser um desastre em matching, talvez o entusiasmo na pesquisa o faz esquecer deste pequeno detalhe, que pode ficar grande quando se torna uma relação pesada.
Não assuma como default que qualquer pessoa vai dar certos: achar um matching pode ser mais importante do que se pensa, especialmente para pessoas que seriam consideradas “geniais”, personalidade forte.
Eu tenho a sensação de que pessoas possuem tolerâncias diferentes à negação (burocrática) da escolha: eu tenho pouca tolerância à negação da escolha, em especial burocrática (que é a pior e mais violenta na minha visão).
Ao estudar o assunto para esse livro, notei que as pessoas em grupos de Facebook™ repetem a parte utópica e idealizada do processo, como se nunca tivessem participado realmente de um processo de revisão, ou se participaram, estavam tão alienadas que não refletiram sobre as rachaduras nas paredes
"O que os jovens fazem bem, como ver linhas de tendência no mundo científico, os mais experientes não fazem bem. Ao passo que o que os mais experientes fazem bem, como coordenação e orientação, os mais novos fazem mal. Precisamos de colaborações, não competições fúteis e egocêntricas." paradoxo "síndrome de Cassandra"
a autonomia intelectual ajuda o jovem a expressar sua fênix de criatividade, e com isso, sempre renovar os caminhos tendenciosos e viesados das ciências, especialmente dentro de instituições burocráticas, que podem facilmente entrar em ciclos viciosos em busca de recursos financeiros.
trabalhar com pessoas que te colocam para cima é mágico, trabalhar com pessoas que colocam pedras no caminho é infernal
Eu tenho a impressão de que além de cortes de verbas que expulsa jovens pesquisadores da carreira acadêmica, a forma como os pesquisadores sêniores tratam esse jovem também contribui muito para a decisão de seguir outras carreiras.
O pior: existe essa narrativa construída de que tem que tratar mal os jovens, isso é necessário. Eu discordo.
Respeito constrói muito mais caráter do que agressividade e humilhação.
Uma das coisas mais difíceis para mim quando descobri o verdadeiro ambiente de um cientista: i) a verdade não é a prioridade; ii) aprender não é a bússola; iii) curiosidade é somente para loucos; iv) o prazer de aprender deve ficar fora do ambiente acadêmico; v) errar não faz parte do jogo. Quem ousa focar em qualquer um desses fatores são expulsos em algum ponto. Diferente do meio empresarial onde o lucro não é surpresa, na academia isso fica escrito entre linhas.
Toda teoria está errada e incompleta em relação a alguma coisa, assim como os mapas. Mapas de uma mesma região diferem de acordo com a finalidade do usuário. Nenhum mapa, tampouco nenhuma teoria, é uma representação literalmente correta de cada detalhe.
Beba apenas de uma única fonte e achará que só lá tem água limpa sem nunca questionar a qualidade do que você bebe.
“As ciências caracterizam-se pela utilização de métodos científicos, mas nem todos os ramos de estudo que empregam esses métodos são ciências.”
“Toda relação tem o potencial de seguir a direção de resolução de problemas, ou polarização : quando seguimos a direção de polarização, mesmo pesquisadores podem se tornar extremistas, emotivos, e apegados aos seus pontos de vista” Manual de bolso do jovem pesquisador