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Tem coisas que o tempo é inábil a levar, tem almas que mesmo separadas nunca deixarão de pertencer-se.
Flávia Abib
há uma beleza sutil e profunda em pertencer sem possuir. em amar e, ainda assim, libertar. porque quem entende o valor da presença, também entende a delicadeza de uma ausência necessária.
deixar livre é confiar que o que é verdadeiro não precisa ser mantido sob controle.é saber que o que floresce, floresce melhor quando não se sufoca a raiz.
e no fim, a vida revela seu segredo mais antigo: ela se mede menos por promessas sussurradas, e mais por escolhas silenciosas.
porque a verdade pulsa nos gestos.
Nos atos.
sempre mais do que nas palavras.
Ser “um só” não é apenas viver junto, é pertencer de forma profunda e integral, onde o amor do outro nos completa e nos revela.
Meu nome é trabalho, construção e conexões. Onde não sou necessário ou sou covardemente hostilizado por imbecis vaidosos, sorrio amarelado e me afasto de mansinho pois estava equivocado e não faço e nunca fiz parte deste lugar.
Seja lar para si antes de tentar ser abrigo para alguém. Quem não se acolhe, se perde tentando caber em lugares que não o pertencem.
Sabe aquele desejo de estar em outro lugar?
É o mesmo de outrem, cansado de lá estar.
Nossa natureza nos traz essa dor:
presos no ciclo de querer
e no tédio de pertencer.