Tag ninho
Momentos
Tem momentos...
E momentos!
Tem pensamentos
que povoam os
meus momentos...
Que deveriam
fazer ninho
em minh'alma!
Ninho
Faça do meu corpo
seu ninho!
Nele, crie canções de amor
feito um passarinho.
Somente voa...
Se de mim te faltar amor.
Se não...
Permaneça em meu corpo,
por favor!
E me cante as suas
mais lindas canções..
Sonhando Acordada
São com
olhos abertos...
Sonhando acordada,
que te percebo!
Te sinto.
E me envolvo com você!
O trago para perto de mim...
E em você...faço ninho!
EU-NINHO
Como um ninho de passarinho eu me alojei em tua vida, construindo pela delicadeza dos gestos e palavras. Quantos ovos me habitarão? Um emaranhado de fios de textura gravetosa, um nicho de encantamento para os olhos. Em todas as minhas gestações de eras, meu eu- ninho que te abraça, e te permite voar. Por saber, que a liberdade do nosso amor o sustenta.
``Desatei os Nós,e continuei calçado.Nunca furei teus olhos ou cortei tuas asas.Eu árvore, você, o ninho de galhos secos que a ventania levou.
Você se deita ao meu lado, se aninha em meu peito, procura e em menos de quatro segundos acha a posição que mais te conforta, e isso se dá porque no meu colo tem amor, amor que te recebe e enlaça, amor que te abraça.
E se você babou, não faz mal, eu acho lindo, e vou entender isso como quem no ápice no conforto me diz: eu gosto de estar aqui, e é por isso que sempre procuro esse ninho.
Amor de estar.
IMBUÍDO SÂNDALO
"Suavizei as termas do meu espírito aviado,
Avistei os corpos do além-inverso em adoração,
Custando em mim o imbuído sândalo em composturas
Com vícios para satisfazer ninhos rebocados
No vento estagnado e ungido
Que enluvou no penacho da crisálida
Meu daltonismo visceral e sem calosidades."
CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES
FUI À MORTE
"Fui à morte para fugir de guerras em perigo,
E alucinei o esboço situado no sol da peneira
Em meu regalado ninho.
Cravei endossos em meu jazigo,
Situei sucumbências,
Desfiz divagações multipolares,
Mapeei instigações do meu viveiro
No elã purgado, seviciado e enlatado
De curvaturas em simplória despedida."
CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES
Quando um filhote sai do ninho é porque está pronto pra voar, mas a mãe ave nunca estará pronta para ficar sem ele...
O olhar ascendeu quando um beijo nos selou; um abraço apertou mais forte quando os próprios braços se atavam uns aos outros, e entre bocas, abraços e braços à procura de "ninho", um espaço para o amor e uma eternidade ao nosso dispor!
De uma palavra fiz um caminho.
No caminho fiz meu ninho.
Agora vou buscar você.
Me espere...
Não tardo a estar ai.
Enide Santos.
NINHO
No sono refaço as forças.
No sonho ao teu lado fico.
Acordado, o meu pensamento
viaja.
Como uma ave, rompe o vento
enfrenta a chuva, na busca de
quem é o seu amor, vai.
Além do ninho, a companheira o
espera, juntos se completam,
juntos se encolhem buscando
um, o calor do outro.
Para eles é sempre primavera.
Há flores nas juras de amor
feitas.
Há as flores do amor, que por
suas vidas se espalham,
enfeitando os caminhos,
por onde seus corações passam.
Roldao Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Acadêmico Acilbras - Roldão Aires
Cadeira 681 -
Patrono- Armando Caaraüra- Presidente
Me acompanha no caminho
Não me deixe sozinho
Porque sem o seu amor
Meu bem
Eu sou um estranho no ninho
Nem todo colo é ninho
Nem todo ninho é de amor
Nem todo espinho é de flor
Nem toda gaiola é prisão
Nem só as asas batem
Bate também o coração.
Era manhã de primavera e os capotes caminhavam em bando pelo cercado. Já havia tirado o leite e colocado a ração para o gado. Observando os capotes e ouvindo o canto deles de longe para que eles não se assustassem. Percebi que uma delas cantava ao lado do mandacaru numas moitas. Quando ela se retirou fui procurar entre as pedras e moitas e próximo ao mandacaru estava um monte de ovos escondidos, um ninho de capote.
Mãe Zuza (1914-1990)
Encontrei um ninho de capote, havia muitos ovos e não era apenas uma que botava ovos naquele lugar. Fiz o ninho da galinha para que ela chocasse dois tipos de ovos. Coloquei primeiro os de capote e após uma semana os de galinha. Aumentei meu pequeno bando de capotes. Eles cantam no Barro Preto todos os dias.
Fragmento do livro "Um ninho de capote" de Mãe Zuza (1914-1990), Maria da Saúde de Araújo, escritora e beata Markenciana.
Há momentos em que eu me recolho dentro de mim.
Faço um ninho.
Privo-me do barulho externo e ouço os meus próprios pensamentos.
São nesses momentos que tiro para eu me doar de presente. Desembrulho os meus sentimentos, enxergo os meus motivos e dialogo com os meus sonhos adormecidos. Faço colorir em tons e sons o que de melhor posso extrair das minhas vontades; abro possibilidades de reconstrução.
São nesses instantes que me primo em harmonia.
E é assim que eu lanço o melhor que tenho: palavras em silêncio, belezas invisíveis, interpretações das minhas próprias raízes que o mundo tenta arrancar ou simplesmente enterrar.
São nos encontros enigmáticos dos meus ocultos alentos que eu me descubro em simples dose de vida; conta gotas do que sou. E quando tudo está tão claro, inquiro-me novamente. Então, brindo viver em permanente busca dos sentidos: atos, fatos, gente, mundo, eu.
Nunca se acha a resposta de pronto certo, mas tudo se faz querer saber.
É disso que faz a vida dinamizar os seus mistérios.
Entender-se não é tarefa fácil e nem completa.
Mas a gente tenta.
Eu tento!
Amor, pra mim, só dura em liberdade. Nasci livre... Pra amar de verdade. Sou pássaro sem ninho. Mas que nunca voa sozinho.Tenho um coração que quase me devora. Sou forte e Indomável - por dentro e por fora. Sou filha do ar. Gosto de vôos altos e rasantes, de ter a vista mais bela e inusitada - a jamais vista antes. O beijo mais terno e apaixonado - doce, gostoso e molhado. Não gosto de café morno nem de conversa mole. Sou alegre e divertida. Difícil me vê entristecida. Algumas vezes fico distante. Mas, não me pergunte o por quê... Nem eu mesma saberei dizer. E não perca seu tempo tentando me decifrar. À penas me sentir... Será o bastante pra conseguir me amar.
PERCURSO DA LUZ
"O percurso da luz fomenta nossas escudeirices,
Agradece o escaldo rimado nos léus enfurecidos,
Impera em cubos de epístolas fosforescendo
A esguelha de cada elfo acasalado e efervescente,
Recende cientificidades em alíquotas venenosas,
Derrama redes de espalmações coloquiais
Em avisos de sopros serpentiformes,
Suaviza momentos de custódia em súmulas embargantes,
Terroriza o avesso do ninho perorado em rimas azuis."
CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES
(OBS: a palavra "espalmações" é um neologismo e significa ato ou efeito de espalmar, tornar plano e aberto; aplanar, alisar)