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O navio negreiro e o aumento do campo de atuação

Os navios negreiros se transformam ao longo dos tempos, hoje já não navegam mais em alto mar, andam sobre trilhos em meio à selva de concreto. Ampliou seu campo de atuação, deixou de carregar apenas escravos negros e tem agora transportado também escravos brancos.
Nos dias atuais o banzo não é mais preocupação, pois os explorados pela modernização já carregam desde a infância dispositivos eletrônicos que aparentemente são para lhes entreter, mas na realidade acabam por escravizar ainda mais. Tais dispositivos fornecem comunicação direta com os amigos que estão conectados a mesma rede e em contra partida distanciam cada vez mais pessoas que estão lado a lado no mesmo navio, ou seja, no mesmo metrô.
Não parecem mais seres humanos se locomovendo e sim vários perfis de redes sociais off line para o mundo real, ou simplesmente com aviso dizendo “ausente” estampado em suas faces fechadas impedindo qualquer tipo de comunicação.
O navio fica a cada dia mais cheio, anda pesado quase se arrastando, mas ao mesmo tempo se vê um vazio dentro dele, as pessoas se transformaram em cargas que aos poucos cada vez mais se fecham dentro de si e esquecem que a vida é melhor em comunhão.
Eu ando nesses navios, acho que você também deve andar, espero que quando nos encontrarmos em algum desses trilhos que serpenteiam pela cidade, tanto no subsolo quanto lá no alto, possamos pelo menos um bom dia, um boa tarde ou um boa noite falar.
Desconecte um pouco, veja as pessoas que estão ao seu redor e valorize as relações não virtuais, assim poderemos talvez atravessar nossos mares diários com mais alegria.
O navio negreiro ampliou seu campo de atuação e hoje transporta também escravos brancos. Sempre dependeremos do navio, ele sempre estará em nossas vidas, mas acho que podemos abandonar a escravidão, evoluir e viver uma vida real em união.

Os navios estão a salvo nos portos, mas não foi para ficar ancorados que eles foram criados.

Éramos amigos e agora somos estranhos um ao outro. Mas não importa que assim o seja: não procuremos escondê-lo, como se isso nos envergonhasse. Somos como dois navios, cada um dos quais com seus próprios objetivos e rotas; talvez possamos cruzar-nos e celebrar uma festa como já o fizemos – e estes intrépidos barcos, debaixo do mesmo sol e no mesmo porto, teriam feito acreditar que alcançaram o mesmo objetivo e destino. Mas a onipotência de nossas tarefas separou-nos, empurrando-nos para outros mares, debaixo de outros sóis – e talvez nunca mais nos reconheçamos: mares diferentes e sóis diferentes nos mudaram!

Friedrich Nietzsche
A Gaia Ciência (1882).

As pessoas não querem saber das tempestades pelas quais você passou, elas querem saber o que você trouxe no "convés de seu navio".

⁠Os aviões, navios e arranhas céus, são na verdade, provas da capacidade humana, que é assombrosa.

O belo mar com suas lindas ondas, também afoga e deixa navios a deriva... E assim as ondas vão e voltam... É vida que segue.

Inserida por RoneiPortodaRocha

Verão?

Na beira do mar,
Quase sempre fico
A ver navios.

Inserida por FrancismarPLeal

Era tão tímido, mas tão tímido que amava, mas negava esse amor se o questionassem. Só sabia declará-lo no papel, mas não o endereçava a ninguém. Resultado: ficou a vida toda a ver navios.

Inserida por neusamarilda

Um farol não consegue guiar os navios que se aproximam se a luz dentro dele não estiver acesa.

Inserida por MauricioVeneroso

SOMOS COMO OS NAVIOS SE FICARMOS PARADOS APODRECEM

Façamos de nossas vidas oque fazem os grandes navios que enfrentam as piores tempestades,mais no final chegam vitoriosos ao seus destinos,por mais que as tempestades do dia dia queiram nos afundar,sejamos persistentes pois somos semelhantes aos navios ,que por mais que estejamos nos sentindo seguros por estarmos ancorados nos portos,com o tempo nossos fundos começam a apodrecer.

Inserida por valdeir2vieira

Eu afundaria todos os navios nesta noite. Incendiaria o porto. Só para ver o brilho das chamas refletido nos seus olhos escuros.

Inserida por pensador

Algumas pessoas poderiam olhar para uma poça de lama e ver um oceano com navios.

Zora Neale Hurston
Seus olhos viam Deus. Rio de Janeiro: Record, 2002.
Inserida por pensador

É o olho que tudo vê
Eu olho e só vejo views
No olho do vendaval
O povo a ver navios
Na era da fake news
Matrix destrói o Neo
Bem-vindos ao Brasil

Inserida por pensador

⁠Início de uma noite de verão; um tom de amarelo adentra pela janela.
A chuva cai leve, sem pressa e os pássaros estão felizes.
A sensação quente traz um certo conforto e o breve vento refrescante traz um alívio.
Algumas nuvens cinzas navegam o céu assim como navios navegam pelo mar.
Outra nuvem solitária no horizonte, iluminada pelo pôr do sol, se assemelha a uma explosão devoradora de vidas.
Os esboços das casas assumem um tom rosado e as árvores são apenas sombras.
A escuridão quase completa se instala, a luz do poste queimou.
Fim de um dia qualquer em Tamandaré.

Inserida por GabrieleRocco

⁠Depois de vários navios afundarem eu deixaria de culpar o mar. 

Inserida por Nayanexavieroficial

Onde

Onde você estava enquanto eu gelava,por dias e noites? Açoites de silêncio e solidão...
Onde você estava, onde se escondia, em que vão?
Será que ria do meu desespero, enquanto eu me unhava, descabelava e urrava como mulher das cavernas
que não queria mais abrir as pernas? Pra ninguém!
Onde estava você, meu bem?
Onde se encontrava você nas muitas vezes em que eu precisei? Eu tanto penei...precisando de um colo, de carinho, precisando de atenção.
Onde estava você, em que quarto, em que colchão?
Onde vagava você quando eu me sentia perdida, doente e quase demente de tanto sofrimento?
Será que seu pensamento alcançava a medida exata do meu tormento?
Onde você estava, que muralha tão impenetrável ergueu em volta do meu castelo, como reduziu meus sonhos a pó, a farelo e me deixou a ver navios, por muitos cios?
Onde você gozava? Em que sexos? Por que levou de mim todos os reflexos de luz, energia e calor? Como me causou tão grande dor?
Não foi você? Será que fui eu mesma que me causei apenas porque confiei?
Onde você estava enquanto todos os pecados eu pagava, pecados que nem mesmo cogitei?
Onde se escondia você, assim tão querido e tão fugido como nunca imaginei?
Será que também estava ferido? Incomunicável? Preso ao medo ou a ironia, se fez escravo de qual covardia?
Onde estava você meu bem, enquanto eu não perdia a esperança, enquanto eu buscava na minha criança interior a capacidade de perdão.
Onde estava você, perdido numa multidão ou na solidão de quem também sofre e chora?
Onde se escondeu você, quando de mim foi embora, onde se entranhou você, em cada minuto, em cada hora?
Seu cheiro ficou comigo, seu olhar animal, o abraço amigo, seu jeito paradoxal, eu fiquei com muitas coisas, eu fiquei no lucro, eu fiquei de luto por muito tempo. Eu fiquei sem tempo pra nada, eu fiquei descalibrada, mal amada.
Um dia não sei como nem porque você voltou a se comunicar. De onde saiu você, o milagre veio de que lugar?
Aos poucos eu voltei a sorrir, voltei a sentir que posso te tocar, voltei a vibrar e a enxergar o colorido que andava fosco. Esqueci aos poucos o desgosto, zerei a mágoa, achei melhor nem perguntar.
Mas agora aqui pensando eu queria te dizer:
Não me faça mais sofrer, porque não faço por merecer, eu só quero te amar !
Onde você estava? Tão longe de mim...
Onde você está agora? Tão perto assim...
Por favor nunca mais vá embora! Diga sim!

Inserida por daliahewia

Que falta me faz verdadeiramente nos dias de hoje os apitos, sejam eles tantos os de locomotivas como os de navios.
A mim me parece mesmo que meu gosto pelos pastéis de carne moída de vaca feitos com massa grossa de pouca aguardente que permanecem tão forte em minha saudade tenha se firmemente estabelecido por longa persistência no meu paladar infantil pouco exigente.Assim também o é com os apitos de trilhos, de mestre salas, fiscais de salão nas gafieiras, até de guardas noturnos e de mar, são a celebração viva da chegada e da partida, do vai e vem, das novas notícias que chegam e das notícias antigas que vão embora.Um movimento constante que exibe nos pelos seus apitos onde são os limites, e por onde se vê a vida inteira passar.

Inserida por ricardovbarradas

⁠Apenas navios fantasmas carregam correntes. Liberte-se das fantasias e zarpe em direção à liberdade autêntica.

Inserida por evermondo

⁠A intolerância e a falta de respeito nos relacionamentos são como ventos intempestuosos açoitando os navios em noites de tempestades: provocam grandes naufrágios.

Inserida por ednafrigato