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Romance e musicais nem sempre são lógicos.

Inserida por pensador

A VACA

Houve uma época em minha vida que eu “inventei” de aprender musica. Dirigi-me ao colégio Dom Vital, num dia da semana a noite, que lá davam aulas grátis, me disseram, numa sala nos fundos com o professor cavalo, digo,Tenório. O cara era de uma sutileza de um cacto, militar, deformado, da velha guarda. Chegando lá já tinha uma moça também interessada. Botei logo o olho numa clarineta preta em cima do birô, discreta, com detalhes dourados, que podia ser desmontada e facilmente acondicionada num estojo, também da mesma cor, discreta, muito pratica, um chame. Mas o professor Tenório deu pra ela, mais delicada, mulher, fragilzinha, coisa e tal. - E o meu, professor, perguntei? - Você fica com aquele, um bombardino. – Como? Como é o nome? Bonba o que? – Bom-bar-di-no! Aquele encostado na parede, lá no canto. Só restava ele, pelo jeito, ninguém queria, sobrou pra mim. Devia ser irmão da tuba, pelo tamanho. Perguntei se não tinha outro, de repente, dando bobeira... Ele disse que não, e disparou, se é pra aprender musica qualquer um serve, DO, RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ, SI, DÓ, tudo igual. E naquela noite mesmo eu levei o meu bombardino pra casa, caminhando um pedaço bom, revezando nos ombros, carregando nas costas, na cabeça... Parecendo um Cristo na semana santa. Nessas idas e vindas, numa tarde, fui interceptado por um colega, que também apreciava musica e tirar uma onda, mas era um cara até legal, um dos meus melhores amigos, em frente a um antigo colégio, na hora do recreio, que não deixou por menos e de notar o discreto e dourado instrumento, refletindo o sol em toda sua gloria e logo me interceptou. E eu querendo passar, e o chato: - Quer isso? – Um bombardino. E ele me pedindo pra soprar e eu querendo seguir e ele nada e querendo ver, insistente. Como via que não ia me livrar dele mesmo, a não que metesse na cabeça dele, e saísse correndo, deixei. Ai ele soprou com todas as forças! E já sabia soprar. Tem o detalhe da embocadura, posicionamento dos lábios, que esqueci de dizer, quando se esta começando, você sopra não sai nada, tem que aprender a soprar direito, mais essa, parece que tá quebrado, mas, não é, é um jeito de soprar, não é apito, que deixara seus lábios dormentes e os dentes doendo no final. E como tava dizendo, do amigo inconveniente, pareceu Bruno Mezenga , personagem de Antonio Fagundes no Rei do Gado, soprou com todas as forças, ficou igual a um berrante (risos geral da plateia). - Tá bom me devolve, amostrado, já teve seus menos de quinze minutos de fama. Em casa nos ensaios no quarto também era uma comédia, perguntaram na vizinhança se tinha uma vaca em casa. Ai por essas e outras, e também por má vontade minha mesmo, devo admitir, achava o bichinho feio mesmo, comuniquei ao professor Tenório, que tinha o péssimo habito de gritar com seus alunos, motivando-os, e usar de ironia, dias depois ao final da aula, que não ia mais levar pra casa, ensaiaria e deixaria lá mesmo. É Incômodo coisa e tal. E ele, com cara de indignado, disse, na frente de todos, parecendo emocionado, que quando começou a aprender musica foi justamente num bombardino e não sentia incomodo nenhum. Inclusive ajudando a mãe a fazer a feira com ele no ombro, de tão inseparáveis, que iam e vinham num barco. Sei... Acho que ele dizia isso pra todos, independente do instrumento.

(26.09.2016)

Inserida por Fg7r85

A vida é uma partitura em branco, e cabe a nós escolhermos as notas que vão preencher sua melodia.

Paulo Siuves

Inserida por paulosiuves

⁠Marília Perâ se foi, mas deixou a atenção para o cuidado da voz, na voz. (22/05/2018)

Inserida por larissasardagna

⁠Na alcova, uma atmosfera silenciosa de desejo, interrompida apenas por suspiros longos, como se fossem notas musicais à procura de uma outra para compor o acorde perfeito. 

Inserida por ednafrigato

⁠Pode namorar e postar
Pra tentar tirar a minha paz
Mudar telefone de cidade, vai
Mas esqueça-me se for capaz
Esquece aí, cê não é o bichão?
Nunca esquecerão
Nunca!

Inserida por ericsousa20203847743

⁠Estesia


Entre suaves acordes musicais, escondo-me exausta
da lida da vida, recostada sobre almofadas macias.
Acariciada pelo zéfiro da madrugada luto contra a sonolência
que me esgalha e a monotonia que me abate tacitamente.
Tento fugir das mesmices, reinventando tangentes,
fugindo aos padrões, às normais e às secantes banais,
esculpindo as minhas mais íntimas emoções.
Refugio-me de mim, de tudo e de todos, enquanto o lápis
traça e retraça, estraçalha a minh’ alma abstrata
fazendo surgir diversos temas, oblíquos poemas.
Sinto florescer o ardente desejo de varrer o sofrimento
que me seca e estesia pronunciando um novo acento
uma nova leitura, uma vida nova brotando no âmago.
Por alguns instantes absolutos perco-me
nas vibrações sonoras e não sinto o passar das horas.
Sinto reinar o silêncio superno que vem povoar o afã
O ímpeto estoura um bramido e punge a veia poética e o elã.
Enquanto mergulho nas palavras e escondo-me
entre pontos e vírgulas, acende-se uma luz
à minha volta que transfigura integralmente o meu ser.
e nesse acentuado instante, inicia-se
a minha existência cromática e vertiginosa.

Umbelina Marçal Gadelha

⁠A música, esse sublime e fascinante universo, tem sido objeto de meus estudos por mais de uma década. Trata-se de uma forma de expressão que carrega consigo uma leveza singular. Não é verdade? O que seria de nossos dias sem ao menos uma melodia a embalar nossas vivências?
Por vezes, anseio por expressar-me de maneira distinta, mas é inegável: a música sempre se revela como a mais bela forma de exteriorizar meus sentimentos. O amor, a saudade, o luto, a felicidade, a tristeza... Cada um desses estados encontra seu lugar nas notas e harmonias, fazendo-nos derramar lágrimas de alegria ou sorrir de orelha a orelha. Sempre haverá uma composição para cada um desses momentos. E se por acaso não a encontrarmos pronta, não faz mal! Criamo-la, imaginamo-la!
A música é um vasto universo de possibilidades dentro de outras possibilidades. É um fenômeno verdadeiramente incrível, e assim continuará sendo. Fazer música, ouvi-la, cantá-la, tocá-la e escutá-la, tudo isso me completa quando algo parece estar faltando em minha vida.

Inserida por eduardomelem

⁠*
✍️
*
O vento com seus movimentos,
dá as notas 🎶 musicais,
e as flores 🌷 dançam em grande estilos,
exibindo a beleza da criação de Deus!

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Inserida por ostra

⁠Cenas vivas de um silêncio,
Ventos musicais,  

Inserida por Madasivi

Teus silêncios são pausas musicais.

Mario Quintana
Caderno H. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.
Inserida por pensador

Músicas antigas bonitas, não pelo o tempo, mais pela memória que construímos!

Inserida por andersonoliveiragm