Tag mate
A humanidade são como peças de xadrez,
no tabuleiro do opressor,
ele importa-se apenas em ganhar,
desconhece o amor
e em tudo quer aplicar
"um xeque mate"...
***
O espelho me descreveu:
Ela trás na testa um X
De xeque mate...
Na garganta um V
De verdade...
E neste abate
Ela sem suavidade,
Vai derramando sua autenticidade.
***
Muitos se afastam por não gostar
Do veredicto...
**"
Foi-se a época em que eu arrumava desculpa pra vir no mercado pra comprar cerveja. Hoje eu arrumo a mesma desculpa pra comprar chá mate. Oô Glória!
Erva-mate folhas que falam.
Entre campos de verde intenso, onde o vento sussurra histórias, nasceu um elo entre caminhos, tecendo fronteiras, moldando memórias.
Raízes fundas sob a terra, folhas que falam sem voz, erva-mate, irmã do tempo, guardiã de um povo feroz tribo guarani guerreiros herdeiros desta terra.
Ponta Porã, portal sem muros, sangue misto na mesma estrada, misturam-se línguas e gestos, no mate quente, na cuia gelada.
O tereré, frescor da manhã, Refresca o corpo e o pensamento, enquanto o chimarrão, atento, aquece os laços no firmamento.
Dividiu-se a terra, mudou-se o nome, mas nunca a alma do lugar, cada gole é um pacto antigo, de quem nasceu pra aqui ficar.
No ciclo eterno da bebida, Entre rodas, mãos e tradição, mate é símbolo, mate é vida, é a essência da região fronteiriça.
A vida...
uma travessia,
um espaço,
um tempo...
um dia, outro dia,
um momento.
A vida...
dúvida, incerteza,
confusão, desorientação,
total escuridão.
Uma grande proeza.
A vida...
contentamento,
vencer,
perder...
ou empatar.
O mínimo,
o máximo...
o não,
o sim.
O começo,
Xeque-mate!
O fim...
O Ouro Verde da Fronteira
Nas margens da Laguna Punta Porã, onde o Brasil e o Paraguai se tocam com as mãos entrelaçadas, a história da erva-mate floresceu como um elo entre povos, terras e destinos.
Antes mesmo de as fronteiras serem traçadas no mapa, a planta nativa já era cultivada pelos guaranis, que a consideravam sagrada. Com a chegada dos colonizadores e das missões jesuíticas, a erva-mate passou a circular além dos limites da mata, tornando-se mercadoria e símbolo de riqueza.
No pós-Guerra do Paraguai, a economia local foi devastada, mas a erva-mate emergiu como um novo ciclo econômico. A Companhia Matte Laranjeira, fundada por Thomaz Larangeira, explorou o potencial da planta, estabelecendo-se em Porto Murtinho e expandindo suas operações.
A produção e exportação de erva-mate impulsionaram o desenvolvimento da região, tornando Ponta Porã um centro produtor e exportador de destaque.
A erva-mate, conhecida como "ouro verde", desempenhou um papel crucial na formação da identidade cultural da região. O tereré, bebida típica feita com a planta, tornou-se símbolo de hospitalidade e convivência entre brasileiros e paraguaios. As rodas de tereré, compartilhadas em praças e ruas, representam a união e a amizade que transcendem fronteiras.
Com o tempo, a produção de erva-mate enfrentou desafios, incluindo crises econômicas e mudanças no mercado. No entanto, a planta continua a ser um elemento central na cultura da região, presente nas tradições, na culinária e no cotidiano das pessoas.
Assim, a erva-mate permanece como um testemunho vivo da história e da cultura da fronteira, conectando passado e presente, Brasil e Paraguai, em um laço verde que resiste ao tempo.
Faça seu plano em silêncio
Pegue seu nó e desate
E você só abra a boca
Para dizer: Xeque Mate!
Gélson Pessoa
Santo Antônio do Salto da Onça RN
Terra dos Cordelistas
12 Março 2025
O processo é como um jogo de xadrez um movimento errado e xeque mate. Quem advoga precisa estar preparado para todos os cenários possíveis e imagináveis. Cautela nunca é demais.
**Ponta Porã, Princesinha dos Ervais**
*por Yhulds Bueno*
Na linha sutil de um mapa sem muro,
Onde o Brasil e o Paraguai se dão as mãos,
Nasce Ponta Porã, em abraço maduro,
Terra de ervais, de cheiros e canções.
Princesinha cercada de verde e neblina,
Com a alma gelada do vento europeu,
Nos dias frios, o céu se inclina
E acaricia o mate que alguém aqueceu.
Aqui, o tereré canta em roda de amigos,
Fronteira sem porteira, só coração,
Mistura de línguas, de risos antigos,
De lendas que cruzam o chão do sertão.
Brasileiros e paraguaios se encontram,
Sem barreiras, sem pressa, sem porquê,
As histórias se fundem, os olhos se contam,
E a cultura floresce onde a paz quer viver.
Ó cidade das neblinas e do chimarrão,
Dos mitos que dançam no campo molhado,
És poesia na palma da minha mão,
Ponta Porã, meu canto encantado.
Cuia Bago de Touro
tesouro da memória,
Com uma amorosa
Erva-Mate te celebro,
E a herança gaúcha
eu honro por completo.
Sangue Gaúcho
Não preciso perder tempo
criticando a cultura de outro lugar,
tenho a minha própria cultura
para me orgulhar e exaltar.
Quem tem sangue gaúcho
se orgulha da influência do mundo
na formação dos seus ritmos
e dentro da sua própria tradição.
De alma e coração sempre
há de se encontrar na Rancheira
cultivando toda a história guerreira
que lapidou a cultura gauchesca.
Compartilha a Milonga e outros
ritmos com orgulho no salão,
e sabe muito bem que é Erva-Mate
com raízes neste abençoado chão.
Chimarrão verdadeiro
O meu coração é feito
das cinco regiões
do meu Brasil Brasileiro,
minha Pátria de sangue,
destino e meu amor primeiro.
Eu sou poetisa do Sul,
as minhas rimas são do Sul,
a minha poesia é do Sul,
e por entre elas vive
perpétua a América do Sul.
O meu espírito e meu corpo
são feitos das cinco regiões
do meu Brasil Brasileiro
que encontram contentamento
na Craibeira que dá sombra
e a visão sublime enfeita.
Eu sou poetisa do Sul Brasileiro
que só tem o espírito saciado
com Erva-Mate Tradicional
para o meu Chimarrão bem feito
porque a qualquer hora ele é perfeito.
Em mim moram as cinco regiões
e toda minha poesia também
mora em cada uma delas
e esperando o florescer as Craibeiras,
a hora da colheita da Erva-Mate
para que o Chimarrão de verdade
jamais falte nas nossas mesas.
Apaixonado
Um Mate com carinho
para preparar um bom
Chimarrão Apaixonado,
Dar um beijinho atrevido
para alegrar o meu amado,
No frio não existe melhor
maneira de tê-lo aconchegado.
Chimarrão de China pobre
O gaúcho sempre teve um
coração enlaçado pelo mundo,
olhando e meditando
para o Chimarrão de China pobre
na Cuia pode ser que
o nome dele remeta a memória
do doloroso período
Imperial que foi uma época
que o povo chinês vivia
condenado a pobreza brutal,
assim esculpido na Cuia o Mate
me fez lembrar da luta sem igual.
Meia Lua
Para encantar te preparo
um Chimarrão Meia Lua
com um Mate perfumado,
Você sabe que não resisto
mais o seu charme que tem
deixado o coração apaixonado.
Homenagem
Um Mate bem posto
é oportuno para fazer
um bom Chimarrão Homenagem independente da hora
como manda o figurino,
Agradecer a quem
merece faz parte,
porque o destino
sempre ajuda mais o caminho
de quem busca ser agradecido.
Mate Amargo
Beber um Mate Amargo
é para um coração forte,
doce e bem preparado
que não deixa ser por
qualquer proposta
de amor ser enganado,
e que busca estar para o amor verdadeiro bem preparado.
Formigueiro
Um Mate saboroso
para fazer e acontecer
um bom generoso
Chimarrão Formigueiro
para te deixar ligeiro
e por mim todo faceiro.
Furo alto
Um Mate carinhoso
para fazer um amável
Chimarrão Furo alto
como demonstração
de total dedicação
ao amor e a paixão
só para mostrar que
é teu o meu coração.
O Mate na Cuia
é uma constelação,
Esculpi uma Estrela
e cantei a canção
do herói que tinha
uma na testa que
aparecia sempre
quando havia uma
luta pela frente.
Quem tem um amor
verdadeiro na vida tem sorte,
Não sei se o meu amor
virá do Sul ou do Norte,
Só sei que com o meu Mate
esculpi uma Ferradura
para quem sabe ter esta sorte.
No caminho nada entre
nós pode ser invertido
porque quero viver
bem sempre contigo,
Na vida somente admito
o Mate na Cuia para fazer
um Chimarrão Invertido,
o resto deixo em paz
e por conta do destino.
Um Mate bem fresquinho
para fazer um
Chimarrão Escavado
faz com que eu
reflita o seguinte
que todo aquele
que se apresenta
com a cabeça no passado
não vale o tempo esforço
para se tornar o meu amado.