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Se Deus disse que eu posso,eu posso....
Logo os cinzas da vida vão embora e dão lugar para um lindo amanhecer....Com Deus do nosso lado faremos proezas,Nele eu sei que sou,sim eu sou em todas estas coisas ,mais muito mais do que vencedor."
O texto de um cronista pode revelar um papel fraco, depressivo, corajoso, hilário, colérico ou, simplesmente, doce e afetuoso.
Goiânia tem histórias mais interessantes do que julga a vã filosofia dos ouvintes da música sertaneja universitária; ela, Goiânia, é intensa e sensível como são os acordes do piano eterno de dona Belkiss.(Do livro Romanceiro de Goiânia).
Anote tudo o que passar pela sua cabeça e você será um escritor. Mas um autor é alguém que sabe julgar o valor de seus próprios trabalhos, sem pena, e destruir a maior parte deles.
Um dia o povo será pelo povo
Um país em crise
Pessoas sendo
Desempregadas,
Alimentos em valor
Elevado.
No meio da miséria
Instalaram
As olimpíadas,
Para a felicidade
Dos que nada tem,
Para enganar
A sociedade.
A corrupção todos,
Todos sabem,
Mas, continuam
Acreditando no governo.
Nos jornais da para vê
A violência, o Brasil
Sangra, o mundo sangra,
Desvalorização a instituição
Pública,
Eles não ligam pra gente
A sociedade sente na pele
A miséria, a desgraça,
A dor, a sociedade sente
E cala, nada fala.
Este é o meu país,
Este é o mundo.
E tudo avança,
Querem que trabalhemos
Até morrer, temos
De produzir, produzir,
Produzir até a morte,
Temos de trabalhar
Para o estado,
Temos de pagar imposto,
Temos de sustentar o governo,
Temos de sentir na pele
A opressão e nada
Podemos falar.
A polícia cala a nossa boca,
Recebendo as ordens do estado,
As redes de televisão,
A rádio, por sua vez
Aliena o povo, o povo
Por sua vez se conforma.
O povo pode dá a voz,
Principalmente os que sabem
Que não tem nada a perder.
Um dia o povo vai vencer
E o povo será pelo povo.
Libertação
À José Martí
Dar a vida pelo país,
Jorra o sangue em defesa do povo,
Lutar de corpo e alma, eis a vida
De quem batalha.
Querer a liberdade, e ser livre
Para escolher entre a liberdade
E a prisão libertar e libertar-se.
Eis, poesia a libertação,
Eis o amor a libertação,
Eis a vida em busca de liberdade,
Eis o viver a libertação,
Eis, viver e correr o risco.
Querer ser livre e ser livre
Sem roubar o direito do outro.
Revolucionar coletivamente,
Junto com o povo.
Saber que numa nação tem vida,
E preservar a vida é muito importante,
É lutar pelo porvir, e buscar o sorriso
Das crianças brincando na rua
Livremente.
Acontece vermos de relance as cegonhas no horizonte, a brisa traz seus gritos triunfais e lamentosos, mas um minuto depois, por mais que você esquadrinhe ansiosamente o azul distante, não verá nem sinal delas, e não ouvirá um som sequer – exatamente assim as pessoas, com seus rostos e falas, passam de relance por nossa vida e se afundam em nosso passado, sem deixar mais do que ínfimos vestígios de lembranças.
Um dia, arriscou ir à biblioteca do palácio e ficou satisfeita ao descobrir como os livros podem ser boa companhia.
Quando algum cérebro mutilado das sutilezas da inteligência tenta compor uma ironia, o resultado é um coice debochado que, ironicamente, revela o asno por trás da rude ferradura.
A vida é tão bela que a mesma ideia da morte precisa de vir primeiro a ela, antes de se ver cumprida.
E bem, qualquer que seja a solução, uma coisa fica, e é a suma das sumas, ou o resto dos restos, a saber, que a minha primeira amiga e o meu maior amigo, tão extremosos ambos e tão queridos também, quis o destino que acabassem juntando-se e enganando-me...
Os homens gostam das mulheres que escrevem. Mesmo que não o admitam. Uma escritora é um país estrangeiro.
Escreve-se sempre para dar a vida, para liberar a vida aí onde ela está aprisionada, para traçar linhas de fuga.
É a falta de noção do que estamos experimentando quando o vivenciamos que multiplica as possibilidades de escrever.
Eu gosto de livros. Eles são quietos, dignos e absolutos. Um homem pode vacilar, mas suas palavras, uma vez escritas, resistirão.
Há uma coisa que tenho feito muitas vezes ultimamente: olhar- me ao espelho. Em certos dias, chego a não me considerar real, tenho a impressão de que não é a minha imagem que está ali a meio metro de distância. Tenho de desviar o olhar. Volto a olhar para meu rosto, para meus olhos. Tento ver o que que meus olhos dizem... O que sou. Que razão me trouxe aqui.
Trecho do diário o de Miranda
(20 de Novembro)
Livro: O Colecionador - John Fowles
Te vi de longe,
pensei que fosse perfeita,
achei que trazia flores no cabelo,
mel gotejando dos lábios.
De perto pude notar,
que eu estava muito errado,
a perfeição era um laço,
as flores eram mísseis,
o mel era veneno.
Roney Rodrigues em "Miopia"