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Sempre que vejo as sementes do dente-de-leão, quero deixá-las voar. É como se uma alma ferida estivesse voando livre em algum lugar. Se eles podem criar raízes em um novo ambiente, eles podem esquecer as más lembranças do passado.
É impressionante como a vida é tão frágil, se rompendo por coisas tão pequenas e ao mesmo tempo tão forte ao ponto de resistir às pancadas mais duras
Os assassinos quiseram apagar até suas lembranças, mas no caderno escolar que nunca me deixa, registro seus nomes, e não tenho pelos meus e por todos aqueles que pereceram em Nyamata, nada além deste túmulo de papel.
Dois Tempos
O tempo pode voltar sim! Basta apenas fecharmos os olhos e a mágica começa.
Minha mente é sedenta por recordações e faminta pelas boas lembranças, vivo intensamente o momento de tempos atrás, sinto as gotas da chuva, sinto o gosto daquele beijo, me realizo ao presenciar você envolvida em cenários tão reais.
Voltar no tempo e reviver é mais uma forma que encontrei para regar o meu amor por ti.
Quando estou no presente ao teu lado, percebo como é dinâmico, vibrante e diferente caminhar por dois mundos só para te ver e te conquistar cada vez mais com outros olhares e com o dobro de emoções.
Lágrimas são úteis para lavar os problemas e os sentimentos tristes. Mas, quando você cresce, você aprende que existem coisas tão tristes que nunca poderão ser lavadas pelas lágrimas. Que existem lembranças dolorosas que nunca devem ser lavadas. Então as pessoas que são realmente fortes riem quando querem chorar. Elas aguentam toda a dor e a tristeza enquanto riem com todo mundo.
Nunca posso alimentar esses pensamentos. Classifiquei essas lembranças como se fossem um lugar particularmente perigoso: um lugar escuro.
Sempre vai existir alguém que irá marcar a sua vida e vai ser inesquecível, seja ela de uma forma boa ou ruim. Mas, cabe a nós dar o tamanho de importância certa.
Se for de uma forma ruim, lute para esquecer e seguir em frente, ser feliz. Mas, se for a pessoa que trouxe cores para a sua vida e um motivo para ser mais feliz. Se for a pessoa que te deu as melhores lembranças, aproveite cada oportunidade de ser feliz com ela. E se ela já estiver partido, seja feliz com as memórias deixadas e siga em frente. Tenho certeza de que essa pessoa tão especial, vai sempre querer te ver feliz, aonde quer que ela esteja e seja lá com quem você esteja.
Restou o capuccino que não foi feito, o champanhe que não tomamos, as coisas deixadas no "quarto da bagunça", a mesma casa onde sorrimos e choramos juntos, coisas inacabadas...
Cheguei a uma grande conclusão, que já transparecia em minha frente: tudo é sobre você. Se eu olho para os lados enquanto caminho, é te procurando. Se fecho os olhos ao ouvir uma música que me toca a alma, é em você que penso. Por mais que sua imagem esteja tão apagada em minha mente... eu te vejo com todos os detalhes que consigo lembrar. Por mais distante que aquele momento esteja, eu me lembro exatamente a tonalidade de sua camisa, a textura e a cor de seus cabelos, a sua expressão séria e pensativa, os seus centímetros a mais do que eu, até o seu jeito de andar. E essas coisas eu nunca vou esquecer, por mais que o seu rosto esteja cada vez mais distante de mim.
Amo-te!
Amo-te ‘quanto alto, largo e profundo’
minh’alma pode alcançar.
Amo-te do começo ao fim do mundo.
Amo-te ao quanto o infinito pode chegar.
Amo-te a cada momento do dia.
Amo-te à luz do sol…
Amo-te à luz do luar.
Amo-te todos os dias… do sol se pôr ao novo dia acabar.
Amo-te tanto, meu amor
Amo-te como amiga.
Amo-te como amante.
Amo-te por toda a ‘eternidade e de instante a instante’.
Lembranças do passado é como rodar disco de vinil na vitrola, às vezes a agulha arranha de rodar sempre na mesma faixa...
Tem gente que não fica —
mas também não vai.
Segue a vida noutro compasso,
noutros caminhos...
mas deixa rastro bonito por dentro.
São memórias que não pedem licença,
mas visitam com carinho.
E fazem morada onde ninguém mais alcança.
— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna
quando a luz das estrelas durante a noite não me alcança
o que ainda me ilumina é o amor da sua lembrança
Livro de poesia Novos Ventos
No final, não resta mais nada. Só lembranças. Algumas fotografias quase apagadas. E uma tristeza infinita. Uma incerteza de se alguma coisa, uma só, valeu a pena.
O teu vazio mora aqui do lado.
Na cama vazia.
No guarda roupa sem suas camisas
No sofá da sala.
O teu vazio mora aqui, dentro de mim.
Na falta de colo,
De afago,
De presença.
Indeléveis vazios que estão a me consumir.
As lembranças... De que tudo foi perfeito... Que não se perdeu em um espaço vazio nem no tempo... Porque recordar é viver, e ter certeza que fomos felizes, pelo que temos, pelo que somos...
Nosso mundo é esse, onde pessoas simples fazem parte todos os dias. 😘😍
Entre paredes e fotos pregadas no ar
Entre escolhas e dúvidas se deixe levar
Todo sorriso tem um motivo você vai se lembrar
“Não somos nós que lembramos.
As vezes,
é o passado que sente saudades de nós.
Tão nostálgico
que nos envia as lembranças para nos visitar.
(…)”
Noite de dia de São João.
Há muitos anos atrás, nessa hora a gente já estava todo animado pra acender a fogueira, já estava tudo pronto pra festa começar, faltava somente o sol se pôr pras primeiras labaredas começarem a dançar subindo ao céu. Ainda consigo ver as labaredas subindo e competindo com o brilho das estrelas pra ver quem iluminava mais a rua.
São João lá de muitos anos atrás, era bem diferente do que é hoje em dia. Os preparativos começavam logo no início do mês de junho. Cortar as bandeirinhas, feitas com folhas de revistas, jornal velho e papel de seda. Prepará-las no barbante, enfileiradas distribuindo as cores. A turma toda se reunia para isso. Meninas faziam o grude e iam colando as bandeirinhas, meninos iam ajudando os pais a suspender e amarrar nos telhados, atravessando a rua e colorindo lindamente a paisagem. No começo do mês, os pais já compravam nas compras de supermercado, os ingredientes para as comidinhas do dia da festa. Pipoca, arroz doce, canjica de coco, canjica de amendoim, bolo de fubá, de mandioca, pé de moleque e batata doce pra assar na brasa da fogueira. Uns e outros com um pouco mais de dinheiro, assavam carne. Era um dia de muita alegria. Os cheiros de coisa gostosa tomavam de conta de tudo.
A gente se preparava todo. Além da fogueira, das bandeirinhas e das comidas, a gente se enfeitava colocando retalhos coloridos nas roupas. As mães, quase todas, tinham máquinas de costura em casa e faziam isso pra gente. Com tudo preparado, a ansiedade pra chegar a hora de começar era grande. Fogueira pronta e acesa, forró raiz tocando na vitrola e o cheiro de pipoca tomava de conta da rua. A gente improvisava uma quadrilha, anarriê pra cá, avancê pra lá, a gente se divertia e comia coisa boa a noite inteira. Alegria de menino pobre é barriga cheia de coisa doce. De casa em casa, naquelas ruas de chão batido e poeira solta, a gente passava e ia provando um pouquinho de cada guloseima. A partilha era feita com amor e alegria por todos. Éramos vizinhos, mas parecíamos mesmo como uma grande e unida família. Os filhos eram filhos de todos. As mães e pais eram de todos também.
As fogueiras acesas iam iluminando as frentes das casas e iluminavam também os nossos olhos de criança. O calor daquele fogo aquecia nosso coração e trazia conforto pra alma. Pula fogueira, rodava bombril queimando (fazia um efeito espetacular de labaredas voando), soltava uns traques aqui e ali. Era um dia que a gente se esquecia das dificuldades da vida daquele tempo. Casas pequenas, famílias grandes, pouco recurso, pouco investimento do governo no lugar onde a gente morava. Mas era um povo tão forte, que haviam muitos motivos pra festejar, por mais simples que fosse o festejo. Em anos assim, que misturava São João com Copa do Mundo, a festa era dobrada, as bandeirinhas ganhavam cores em verde amarelo e a união daquele povo aumentava. Tempos bons. Quem sabe é quem viveu aquilo. Coisas simples, enfeitadas de retalhos de pano e papel velho, mas que tem cor de ouro e cheiro de doce nas memórias da gente.
"Olha pro céu meu amor, veja como ele está lindo!"
Viva as boas lembranças!
DIA DOS PAIS
Expressões maquiadas se transformam em presentes. É simples e prático agradecer da boca pra fora e esquecer que atitudes falam mais do que palavras. Presentes não significam lembranças e gratidão. Pelo contrário, neste dia, recebendo presentes, aflora o sentimento de ingratidão, dor, tristeza e lamento.
