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Há gestores da coisa pública que gostam demasiadamente de holofotes; não se esqueçam, o calor da luminosidade pode aquecer sua maquiagem; logo ela se desfaz e todos saberão da fantasia de suas ações puramente midiáticas
E agora Narciso?
O jogo acabou
O fogo apagou
A lenha acabou
O gás acabou
O rio secou
O estrelismo ofuscou
O leite derramou
A máscara caiu
A maquiagem saiu
A farsa acabou
O circo acabou
Não tem mais público
O sonho do palhaço acabou
A bajulação terminou
As luzes apagaram
A boçalidade acabou
E agora você?
Está sem mulher
Está sem carinho
A farra terminou
Quer andar de helicóptero
Mas não tem piloto
Quer luzes dos holofotes
Mas as luzes queimaram
Quer mordomia que apraz
Mas tudo acabou
Quer vender seus sonhos
Os sonhadores acordaram
Não existe mais plateia
A base facial saiu
O narcisista se afogou
Sua imagem desabou
E agora Narciso?
Lampejos de sabedoria.
Vivemos um insofismável conflito de valores entre a virtude e o ilusionismo. Assistimos a um tétrico momento social singular de inversão de valores; onde se vangloria a imbecilidade e execra a virtude; enaltece o narcisista e menospreza o talento; aplaude a mediocridade e despreza a virtude; descarta o homem honesto e confere holofotes aos vendedores de sonhos.
Quando os holofotes se apagavam, ficava apenas um enorme vazio.
No enigma espiritual, quanto mais profunda a egrégia, mais sutil e rara a egrégora. Porque quanto mais elevada a busca, mais singular se torna a energia do ser. Afinal, a espiritualidade não se preocupa com fama, mas sim com a essência que transcende os holofotes terrenos.
Autenticidade é viver de forma livre o que você verdadeiramente é. Ainda que isso te distancie dos holofotes!
A vida é um espetáculo e a gente só começa a viver, de fato, quando os holotes se apagam, as cortinas se fecham e gente para de agradar a plateia.
Obreiros que precisam de holofotes dos membros de sua igreja têm pouco brilho espiritual em seus corações.
O reconhecimento humano, essencial para a autoestima, é buscado através de elogios autênticos, mas pode se tornar problemático quando se torna uma necessidade vital.
Nas redes sociais, essa busca por validação pode levar a uma exibição egocêntrica em troca de curtidas e comentários, valorizando mais o status do que a verdadeira essência.
Será que realmente precisamos estar debaixo dos holofotes para nos sentirmos fortes e satisfeitos?
Ver alguém receber as luzes artificiais dos holofotes não significa concluir que tal pessoa pratica o bem nos bastidores.
Penso que uma pessoa assim, que só recebe luzes de fora, não possui luz interior.
A luz interior não falha e ilumina as mesmas mentes que guiam os holofotes.