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A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo.
Só quem escreve, mesmo que seja um conto pequenino, sabe o prazer que isso proporciona. Poder conversar com seus personagens, se sentir em suas peles. Poder amar alguém que não existe, sonhar, ter esperança, dizer palavras de raiva, de mágoa ou de amizade a pessoas que você nunca viu, mas que vivem dentro de você, em algum lugar da sua imaginação. Só quem escreve entende como é bom ouvir alguém dizer que se identificou com uma criação sua, ou saber que alguém está ansiosa pra continuar uma leitura. Quem escreve deixa sua imaginação fluir, até um lugar distante do mundo real em que vivemos, um lugar longe, bem distante, uma realidade criada por nós, como queremos e como bem entendemos, com loucuras, sinceridades e criatividade. Quem escreve vê as coisas de um jeito diferente, vê, em historias simples, singelos contos de amor e de amizade, vê em qualquer paisagem, o cenário perfeito pra palavras importantes serem ditas. E muitas vezes, quem escreve, sabe o que fazer com a vida de seus personagens, mas perde a cabeça ao lidar com a sua própria.
Escreve para encher os olhos daqueles que observam. Escreve para tocar sem tocar. Escreve para quem sente. Amor, raiva, dúvida... isso todo mundo tem, mas quem escreve muitas vezes é quem desperta.
Deus não escreve certo por linhas tortas...Ele escreve certo por linhas certas, nós é que entortamos as linhas e as vezes até as escritas.
O Poeta não escreve
por status
por glamour
ou para querer aparecer.
Ele só escreve ...
Porque sem o mundo das palavras ...
Ele não sabe Viver !
Desde menina
Ela pulsa
pulsa
pulsa ...
