Tag demagogia
Num reino distante, bem lá no sertão,
Viviam duas irmãs de grande ambição,
A tal Demagogia, esperta e astuta,
E a Burocracia, com sua face oculta.
Viviam brigando, em pura vaidade,
Pra ver quem enganava mais a comunidade.
Uma com promessas, cheia de emoção,
Outra com papéis e muita enrolação.
A Demagogia se fez a primeira:
"Eu sou a rainha da fala certeira!
Prometo o futuro com brilho no olhar,
Faço o povo sonhar, sem nem precisar dar.
Minha arte é o verbo, que engana e embala,
Conquisto corações com minha fala.
Dou risada e abraço, me faço tão boa,
Mas por trás dos panos, minha trama ressoa."
A Burocracia não ficou calada:
"Tu iludes o povo, mas eu tenho a estrada!
Papéis, carimbos, e filas sem fim,
Confundo as mentes e mantenho assim.
Quem tenta comigo jamais vai vencer,
Regras e normas pra tudo envolver.
Meu poder é eterno, bem mais do que o teu,
Pois quem cai nos meus laços nunca se perdeu!"
O embate acirrado logo começou,
E o pobre do povo no meio ficou.
Demagogia vendia um mundo encantado,
Enquanto a outra fazia o futuro atrasado.
Uma dizia: "Eu prometo progresso!"
Outra gritava: "Tudo é só processo!"
O povo cansado, com tristeza no olhar,
Perguntava quem poderia os salvar.
E assim, as irmãs seguiram brigando,
Cada qual ao seu modo, o povo enganando.
Mas a lição que fica, no cordel contado,
É que o valor do trabalho não está no falado.
Cuidado com promessas ou com o excesso de normas,
O que faz diferença são ações que transformam.
Que o povo se una, buscando a verdade,
Pra fugir dessas irmãs que só trazem maldade.
"Nesse grupo, estavaam presentes figuras que se apregoavam "independentes" e desenvolviam um sutil anticomunismo, o anticomunismo eficaz, o de esquerda, ao mesmo tempo que buscava caminhos radicais, desesperados, criticando os que combatiam essa tendência à aventura. Era um pouco o que se convencionou conhecer como "esquerda festiva", que pretendia conciliar o ímpeto revolucionário com largo consumo de uísque e frequência costumeira a boates e reuniões em apartamentos luxuosos, onde se misturava política com negócios"
A FÚRIA DE CALIBÃ, pág. 178
Quem optou por enunciar o inquestionável é, além de óbvio, desnecessário e inútil, também e acima de tudo covarde.
O patriotismo resulta de uma manipulação demagógica.
Ninguém é mais corajoso do que aquele que diz verdades indigestas a uma multidão empanturrada de amor-próprio.
Embora exista coisas que o dinheiro não compra, eu acho que é demagogia dizer que dinheiro não traz felicidade, já que na falta absoluta dele é impossível que alguém seja feliz.
Aos conterrâneos brasileiros, ocasionalmente se apresentam "fatos" com uma função social análoga a da arena romana, conquanto, nada verossímil a eloquência de Górgias ou à retórica sofisticada de Protágoras.
"Não me venha com demagôs. Em certas ocasiões prefiro nem responder, pra não ter que fazer denominações que no acaso; não vem ao caso"
—By Coelhinha
