Tag dançar
Música no ar
Um despertar sonolento...
Da vida apenas mais um momento
Que se esvai nos raios de luz que o sol
Traz com o arrebol.
Alvorada... fria madrugada.
Tênue luz indefinida...
Amarelada... azulada?
Não há nuvens no céu.
A brisa é leve e suave.
Começa devagarinho o canto das aves.
Uma música no ar.
Alguém acordou com vontade louca de dançar...
É outro dia que se inicia...
O que trará de novo...
Medos... tristezas... ou alegrias?
Na beira da fogueira ela dança,
e com seu olhar marcante,
e sorriso enigmático,
a cigana encanta.
A magia que ela exala
vem da sua ancestralidade,
poder concedido àqueles
que se conectam
à sua espiritualidade.
É incomum a amplitude
da luz e a sua “majestade”,
que a todos seduz,
sem nenhuma dificuldade.
Quando você nasceu, o universo começou a tocar uma música exclusiva para você dançar. Uma música somente sua. Mas acalme-se, e não dance tão depressa. Diminua o ritmo. Sinta a música na alma e fique feliz com ela. Porque o tempo voa.
Como é gostoso dançar, tua alma e teu espírito ficam leves como a pena...
E se olhar nos olhos do amado, a dança fica melhor ainda..
E se beijar ele e dançar, você começa a flutuar,
A música ela é a melhor amiga dos amores..
Mas quem disse que pra ser feliz, precisa saber dançar?!?
A dança é você quem faz..
O amor é você quem escolhe..
A música é você quem decide..
Então veja qual se adaptar e seja feliz.....
Não me limite
Se não quiser me ver dançando com outra pessoa, dance comigo ou me observe dançar
Se não quiser se molhar na chuva comigo, não abra o guarda-chuva, me deixe molhar
Se não quiser ser intenso comigo, vá embora!
Não me limite.
Assuma sua mente, brother
E chegue a uma poderosa conclusão
De que os blacks não querem ofender a ninguém, brother
O que nós queremos é dançar
Dançar, dançar e curtir muito som
A DANÇA
Agora já tarda
O ponteiro não para
Sem intervalos nem pausa
entro na dança
Erro passos
Cometo delitos
E muito sem querer
Encontro o teu retrato
Não culpo a moldura
Então mudo o cenário
me acostumo com o ritmo
Se burlei o esquecer
Ele apenas retorna
No infringir do entardecer
Andanças
Pelo caminho a vida vai traçando passos. Os pés vão aprendendo a dançar na poeira do tempo. Tempo de sóis e ventania.
Mudanças nas andanças são rotineiras, certeiras e ferozes. Guarda teus pés da lama e procura os lírios que nela nascem. Vivencia as pegadas que estão à frente, mas finca teus pés no teu próprio traçado. Vale a pena, pequena, cuidar de ti. Lavar os pés em água de chuva, às vezes é necessário, muitas vezes imprescindível. Reconhece tua dança, teu canto, tua morada. Redescobre o caminho quando se perder. São eles, os teus pés, que lhe trarão de volta, e, também, a farão prosseguir. Lava tua alma na canção do rio. O rio que corta a tua estrada vai dar no mar do coração. E aí, escuta, criança, no barulho dos teus passos, os segredos da viagem, e transforma em laços todos os nós do caminho. E que teus pés te levem, te tragam, te conduzam, desenhem e contem sua história: história de mulher com detalhes de menina.
Um toque lindo
Não adianta ficar olhando... Tem que fechar os olhos e sentir a profundidade de quem lhe toca...
Então: vamos dançar até o dia anoitecer... Que assim seja, eternamente... Amém!...
Dançando Negro
Quando eu danço
atabaques excitados,
o meu corpo se esvaindo
em desejos de espaço,
a minha pele negra
dominando o cosmo,
envolvendo o infinito, o som
criando outros êxtases...
Não sou festa para os teus olhos
de branco diante de um show!
Quando eu danço há infusão dos elementos,
sou razão.
O meu corpo não é objeto,
sou revolução.
Ela sorri para mim e tem olhos inquisitivos, e eu sei que terei problemas com esses olhos, um dia. Não quero que a música pare. Quero continuar cantando e dançando, porque preciso de tempo pra saber o que dizer, porque sei que ela é a tal, e eu só preciso de tempo.
"Distantes, não podemos nos tocar, mas, podemos tocar nossos corações, nossas almas podem se abraçar, em sonhos podemos dançar, devanear..."
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
O sambista e o Covid 19
O sambista diletante, já aposentado, depois de contribuir ao INSS por uns 47 anos, começou a frequentar as Rodas de Samba nos Bares temáticos da sua cidade natal. O que era uma aspiração juvenil se transformou em paixão passageira e depois se tornou amor eterno. Resultou no casamento perfeito (tipo a fome e a vontade de comer). Bem assim. Desde a infância (anos 50), o dito “Sambista Diletante” tinha aprendido através das “ondas sonoras” das emissoras de rádio AM, a apreciar o Sertanejo Raiz, o Samba e o Choro, com destaque para os compositores e intérpretes dos anos 20 a 50. Nas Rodas de Samba reencontrou muitos “amigos de infância e juventude”, além de colegas de estudo e trabalho. A cada reencontro era uma festa. E também granjeou novas amizades. Os canais de comunicações Facebook, Whats e E-mail se tornaram a ligação quase que diária com alguns, uma vez por semana com outros, mas o importante mesmo era aquela agradável sensação do reencontro e da troca de energias. A música é linguagem universal, enleva, alegra, aproxima as pessoas. Até que a pandemia 2020 surgiu e foi necessário confinar as pessoas, isolar socialmente os mais vulneráveis (grupo de risco), a obrigar a população a usar máscaras faciais protetivas e seguir rígidos protocolos de segurança. Desde o início de março o Sambista Diletante se recolheu, juntamente com centenas de músicos e amantes da MPB, entrando no esquema de hibernação. E somente pelas redes sociais se comunicam com familiares e amigos. Alguns mais afoitos (e imprudentes) continuaram a frequentar os botecos preferidos, a se reunir com os amigos nas Rodas de Sambas, à revelia das orientações dos médicos e gestores públicos. Muitos contraíram o Covid 19 e alguns já partiram antes do combinado. Até quando assim será?
Juares de Marcos Jardim - Santo André / São Paulo – SP.
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Interrogações consistentes
Pontos de interrogações me motivam cada vez mais a desafiar os abismos existentes nas opiniões do mundo.
Olho da minha janela e vejo muita demonstração e pouca consideração no jeito de dançar das pessoas.